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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

O fim chegou! Alarmismo ou realidade?


 




    O rumo dos acontecimentos nos últimos tempos tem causado preocupação e temor sobre o futuro do nosso planeta. Analistas e especialistas em geopolítica tem alertado sobre as reais possibilidades e consequências de um conflito global iminente.  Por outro lado entidades governamentais e autoridades científicas tem apresentado previsões de um provável colapso ambiental global nos próximos 3 ou 5 anos. Saiba mais <aqui> e <aqui>.

    Nos últimos dias algumas mídias seculares tem postado conteúdos relacionando textos bíblicos aos conflitos no oriente Médio e a segunda vinda de Jesus  (confira <aqui> e <aqui>). Há uma expectativa  de grandes mudanças para o mundo em diferentes segmentos da sociedade. Na visão dos evangélicos baseados na Bíblia, a expectativa é da chegada  do fim desta era e a implantação do reino de Jesus Cristo em sua segunda vinda.

    Mas o que indica mesmo que estamos na reta final da história deste mundo? Qual é a diferença principal de hoje em relação a outros períodos críticos da história? O  agravamento simultâneo de várias  crises no mundo e o aspecto dos problemas ambientais tem sido o diferencial.  É preocupante o acúmulo de problemas de alta complexidade, como por exemplo as guerras atuais, porém sabemos  que apesar de ser de difícil solução, pode-se conseguir de alguma forma, um alívio temporário ou pausa nestes conflitos. No entanto, a questão ambiental demonstra-se ser uma crise que extrapola os recursos humanos de contenção. Sem entrar na polêmica sobre o grau de responsabilidade do homem pelo agravamento desta, a verdade é que, de fato, se trata de uma ameaça real e os esforços para tentar conter os danos estão se esgotando ou são utópicos.  Os principais acordos internacionais, como o de Paris (2015), não estão sendo cumpridos e tudo indica que não serão atingidas as metas  estabelecidas. 

    Uma avaliação mais realista, segundo alguns especialistas do clima, indica que já passamos do ponto de reversibilidade da crise ambiental, ou seja, não tem mais volta ou forma de contenção da mesma. Esta visão vem se confirmando nos eventos climáticos extremos ocorridos nos últimos tempos e tem surpreendido os especialistas no assunto em várias partes do mundo. Na realidade a natureza tem extrapolado os nossos recursos de previsibilidade, fato é que muito pouco tem sido feito para minimizar os danos de tantas tragédias e catástrofes climáticas. A administração pública e os mecanismos de defesa civil tem sido pegos de surpresa pela alta incidência dos eventos climáticos. Mas o mais grave se trata da possibilidade de alteração do fino e complexo sistema de ventos e correntes marinhas que controla o equilíbrio do clima no mundo. Não se pode prever de forma exata o  momento em que o sistema climático global vai colapsar, mas temos a indicação certa de que estamos a caminho de mudanças imprevisíveis e com certeza catastróficas. 

    Jesus, após citar vários sinais que cresceriam em frequência e intensidade comparáveis às dores de parto (Mat. 24:6-8), menciona o florescimento da  figueira antes da chegada do verão (um fenômeno cíclico da natureza), como ilustração para a nossa observação dos sinais que anunciam a aproximação de sua volta  (Mat. 24:32-33). Isto indica que além dos sinais pontuais citados por Jesus (guerras, fomes, terremotos), há um contexto amplo de eventos que possibilitará aos crentes a percepção da brevidade do Seu retorno.  A nossa atenção deve se concentrar na amplitude dos sinais, já que em outras épocas também houve guerras, pestes, fomes e terremotos, agora, além da  maior intensidade destes fatos, podemos notar também outras evidências indicativas, como declínio moral e sinais da natureza. 

    Sobre a resposta à pergunta que é o título deste post, sobre se é alarmismo ou realidade as projeções que indicam o final dos tempos, acho que é de cunho pessoal. Aquele que não quiser ver não verá, mas as indicações, sinais e evidências são abundantes.

    "Então Ele lhes ponderou: “Quando começa a entardecer, dizeis: ‘Haverá bom tempo, pois o céu está avermelhado’. Ou, pela manhã, dizeis: 'Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho nublado'. Sabeis, com certeza, discernir os aspectos do céu, mas não podeis interpretar os sinais dos tempos? (Mateus 16:2,3). 

Aguinaldo C. da Silva





sexta-feira, 11 de agosto de 2023

O Último Império

 


    Como estudioso das profecias escatológicas, percebo um cumprimento profético  no cenário geopolítico atual. O  Apocalipse, capítulos 13 e 17, nos mostra que no cenário final da história deste mundo haverá um alinhamento de nações (reis),  que  em comum acordo com a Besta irão reger as nações por um certo período de tempo. Minha observação  confrontava com diversas dificuldades  no sentido de isto vir a ocorrer em nosso tempo. Em especial considerava a falta de unidade ideológica necessária para uma coalisão política na forma descrita pela profecia bíblica. Na minha avaliação não via como um centro unipolar pudesse tomar conta do mundo no sentido de impor sansões coercitivas, mas de repente tudo começou a mudar.  

    Durante  séculos houve um cenário de multipolaridade na geopolítica global. Até o início do século XX a política entre as nações foi marcada por alianças e acordos entre as potências ou impérios, que determinava o jogo de poder e a estabilidade alcançada naquela fase da história. O quadro passou a se alterar depois da segunda guerra mundial, estabelecendo-se uma bipolaridade geopolítica entre os EUA  e  a URSS, período marcado pela guerra fria. Com o final da União  Soviética, os Estados Unidos da América passaram a exercer um domínio hegemônico no mundo. A partir da segunda década deste século este domínio passou a ser questionado ou ameaçado por potências emergentes como China e Rússia. No entanto, hoje percebe-se que a hegemonia americana se manterá ainda por algum tempo, fortalecendo-se na atualidade os laços políticos entre EUA e as potências da Europa. Contrariamente ao que pretendia Rússia e China, a invasão da Ucrânia pela Rússia  revitalizou a OTAN e fortaleceu os laços das nações do Ocidente. 

    Por uma série de razões, percebe-se a necessidade de um governo global no mundo, isto é o que  dizem diferentes personalidades e lideranças da atualidade. Isto parece ser algo inevitável num futuro próximo. Há muitos problemas que exigem uniformidade de ações e isto demanda imposições que interfiram na soberania dos povos. Pelo rumo que vai tomando o cenário geopolítico atual percebe-se quem são os atores deste grande cumprimento profético. Há um alinhamento ideológico muito forte entre as lideranças democratas estadunidenses, o Papa Francisco e várias lideranças globalistas europeias, saiba mais <aqui>. O pensamento comum destas lideranças está ganhando força nas  reuniões de cúpulas e fóruns representativos. Os planos e projetos para atender as questões cruciais hoje no mundo, seja no aspecto ambiental, econômico ou político, são idealizados e propostos por este núcleo de poder.

    Ellen White, em seus dias ainda no século XIX,  escreveu o seguinte: "Mostrou-se que os Estados Unidos são o poder representado pela besta de chifres semelhantes aos do cordeiro, e que esta profecia se cumprirá quando aquela nação impuser a observância do domingo, que Roma alega ser um reconhecimento especial de sua supremacia. Mas nesta homenagem ao papado os Estados Unidos não estarão sós. A influência de Roma nos países que uma vez já lhe reconheceram o domínio, está ainda longe de ser destruída. E a profecia prevê uma restauração de seu poder. "Vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a Terra se maravilhou após a besta." Apoc. 13:3. A aplicação da chaga mortal indica a queda do papado em 1798. ( O Grande Conflito pág. 579).

    Esta visão acerca do cumprimento profético de Apocalipse 13 foi gradativamente ganhando relevância no decorrer do século XX. Na época da citada escritora, os EUA ainda eram uma promessa como potência hegemônica. Mas depois dos conflitos mundiais a ascensão norte-americana se consolidou e passou esta nação a conduzir por sua influência, capacidade econômica e militar, os fatos de interesse global.  Parece ainda que há algumas arestas a serem aparadas na geopolítica global para que ocorra um evento da magnitude descrita na profecia de Apocalipse 13, mas o contexto atual denota que tais fatos podem ocorrer de forma rápida. 

    O cumprimento desta previsão da escatologia adventista é uma poderosa evidência que pesa a favor de sua veracidade e relevância. A medida que os eventos vão se encaixando no cenário descrito por esta interpretação, cresce a expectativa que os demais eventos também ocorrerão na forma indicada.  Acima de tudo aponta o fato de que estamos chegando nos últimos dias da história deste mundo e que logo será instaurado um novo Reino superior a todos os impérios humanos e que jamais será destruído, o Reino do Senhor Jesus que se estabelecerá na sua segunda vinda.

Aguinaldo C. da Silva







 

terça-feira, 27 de junho de 2023

A Profecia do Fim

 


    Em Mateus 24, Jesus fala sobre alguns sinais que antecederiam sua volta, entre os quais: guerras e rumores de guerras, mas afirma que ainda não seria o fim. Outros sinais, tais como: fomes, pestes e terremotos em vários lugares, são citados por Jesus como "princípio das dores". Mas lembremo-nos que no início do capítulo os discípulos fazem a pergunta sobre qual sinal (singular) haveria da volta de Cristo. Então Jesus fala de alguns sinais que antecederiam o fim, mas ainda não seria o fim, no entanto no verso 14, Ele diz: "E este evangelho será pregado em todo mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim." Este fato é o sinal crucial para o retorno iminente de Jesus.

    Alguns podem dizer que ainda há muita gente que não foi evangelizada, boa parte das nações do oriente podem não ter ouvido falar de Jesus, pessoas que moram na China, Índia e Paquistão, sobretudo em países onde não há liberdade religiosa ou exista perseguição ao Cristianismo. Contudo temos que reconhecer um fato  na atualidade que é inédito na história e que contradiz esta narrativa. O fenômeno da globalização.

    O mundo hoje é uma aldeia global, não só no comércio, mas na comunicação e na interatividade em geral, vivemos quase em um território sem fronteiras. Sobretudo marcado pela rapidez e facilidade na transmissão de dados e informações, isto graças aos recursos tecnológicos. A instabilidade das bolsas de valores e a disseminação de vírus e doenças são  aspectos negativos desta globalização. Mas há outros aspectos que são positivos, como a disseminação do Evangelho. 

    A pregação da palavra de Deus não depende mais de livros e folhetos. Por um acesso via internet ou através de aplicativos de mensagens,  milhões de pessoas podem ser informadas de um fato quase instantaneamente. Sem falar nos recursos da inteligência artificial, robôs comunicadores, tradutores eletrônicos muito bons, com todas esta facilidade a  pregação da Palavra pode ser concluída em curto tempo.

    Penso que agora falta muito pouco tempo, pois se o Espírito Santo estimular aqueles que ainda não receberam a mensagem a acessarem por algum dos canais disponíveis, a pregação do evangelho pode ser concluída em algumas horas. É claro que devemos continuar fazendo a nossa parte, porque o dever de cada um de nós ir pregar foi dado pelo próprio Jesus. Ele quer que falemos e estimulemos as pessoas a se prepararem para a sua segunda vinda. Talvez um parente, familiar ou vizinho ainda não esteja bem informado da brevidade deste fato e temos a incumbência de alertá-los.

    O objetivo deste texto não é marcar datas, pois isto é uma coisa que Jesus não permitiu (Mat.24:36), mas alertar quanto à possível brevidade do Seu retorno  e ao mesmo tempo promover o entusiasmo em relação a este fato, pois  para alguns as possíveis dificuldades desta missão levam ao desânimo.  Mas o aspecto da globalização e da rapidez na disseminação das informações  mundo afora é um aspecto importante que marca a crucialidade dos dias em que estamos vivendo. Um sinal inconfundível de que estamos vivendo literalmente no tempo do fim!

Aguinaldo C. da Silva




segunda-feira, 19 de junho de 2023

As profecias no tempo do fim, assustam ou revigoram?

 


       As vezes ouço comentários acerca dos dias finais da história deste mundo e de como será difícil suportar todas as circunstâncias que  se apresentarão nesta ocasião. Sinceramente este assunto realmente traz uma certa preocupação a todo cristão que estuda a Bíblia e conhece as profecias acerca do tempo do fim. Mas por outro lado, há um certo estímulo ao se perceber que as coisas estão ocorrendo conforme o script  profético da Bíblia, ou seja, conforme previram as profecias escatológicas.

      Se as coisas estão ocorrendo conforme a revelação, é porque a Bíblia é verdadeira e os que nela creem não estão perdendo tempo, mas estão num caminho seguro. Esta inferência serve de alento constantemente para o crente, um reforço a nossa fé e zelo pelas coisas espirituais. No início da igreja cristã o fervor era intenso, com certeza o apego à palavra da Escritura e os fatos que mostravam seu cumprimento naqueles dias foi determinante nesta experiência. Jesus predisse sua morte e ressurreição e isto aconteceu, Jesus instruiu quanto ao revestimento de poder pela atuação do Espírito Santo e isto ocorreu no Pentecostes (Atos 2). Jesus previu quanto às provas e perseguições e isto aconteceu cabalmente. Jesus falou quanto a destruição de Jerusalém e do templo e isto também ocorreu com exatidão no ano 70 d.C.

    O sentimento que pairava nos corações dos primeiros discípulos era de que deviam ser fieis, pois não havia porque duvidar, tudo confirmava as palavras de Jesus e sua palavra se cumpria à risca. No momento final da história deste mundo ou nos dias que antecedem este momento, a experiência é semelhante a dos primeiros cristãos, que viram grandes eventos e experimentaram muitas bênçãos de Deus. Se vemos hoje terremotos, fomes e pestes serem um indicativo da breve volta de Jesus (Mateus 24), outros eventos mais específicos  confirmam ainda mais que Apocalipse 13 está para se cumprir em nossos dias  e que já não falta muito para a consumação dos séculos.

    Com certeza as agruras que os cristãos hão de passar são assustadoras. Deixar de comprar ou vender designa uma perda de direitos civis fundamentais à subsistência, principalmente se tratando de uma sociedade capitalista, com alto grau de controle do Estado e numa complexa conjuntura econômica e  financeira. Mais do que isto a percepção de que pode faltar o sustento básico material, como água, comida e abrigo, mexe com os instintos básicos e o senso de autopreservação.  Diante deste quadro só aqueles que estiverem com a fé avivada poderão permanecer firmes. A percepção de que estão correndo por dentro na jornada espiritual será o grande alento.

    Quando estudo as profecias de Daniel e Apocalipse e percebo nos fatos que estão ocorrendo na atualidade o desenrolar profético e o cumprimento dos eventos finais, sinto-me fortalecido e revigorado. Sinto na realidade o impulso de aprofundar ainda mais minha relação com Deus, buscar o aperfeiçoamento ou santificação que ainda não vivenciei. Olhar para trás, no sentido de se render ao desânimo, acomodar-se diante dos prazeres e distrações da vida parece não ser uma boa opção.

    Como um atleta que percebe a aproximação da linha de chegada e parte para o sprint final, assim deveria ser o cristão que está vivendo no tempo atual. Olhar para trás como fez a mulher de Ló, é rumar para a derrota. O apóstolo Paulo mesmo sabendo que seus dias estavam chegando ao fim, era reanimado pela certeza de que havia combatido o bom combate e guardado a fé (II Tim. 4:7-8). Ele olhava para trás no bom sentido, ou seja, em ver que sua trajetória, mesmo marcada por lutas e privações, era vitoriosa. 

    Este sentimento deve estar, em alguma medida, no coração dos filhos de Deus nesta época. A sensação de que mesmo não sendo perfeito, tenho um vínculo com Deus que me torna alcançado por sua graça. Que apesar dos fracassos e lutas, estou rendido ao Espírito Santo a ponto de desprezar os ídolos e a meu próprio egoísmo.  Isto não deve ser apenas uma sensação, mas uma convicção nutrida pela fé.

    Não temos a revelação da data da volta do Senhor Jesus, portanto não temos a convicção plena de que Ele virá em nossa época, mas a cada dia vemos fatos grandiosos que estão mudando o curso da história se desencadearem diante de nós. Estamos acompanhando uma guerra que mudará a configuração da geopolítica mundial. Possivelmente decorrerão outros acontecimentos em rápida sucessão que culminarão com os eventos finais. Não sabemos isto com exatidão, mas uma coisa é certa: tudo isto deve nos empurrar para cima , no sentido de aumentar a nossa fé e o desejo de se encontrar com o Autor da história.

"Porque a visão é ainda para o tempo determinado, mas se apressa para o fim, e não enganará; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará." Habacuque 2:3.


Aguinaldo C. da Silva


sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Os eventos finais serão rápidos!

 

       Uma das certezas que nos apresenta a revelação bíblica é que os eventos finais serão rápidos ou ocorrerão em brusca sucessão, que fará com que muitos sejam tomados de surpresa. A Parábola das Dez Virgens (Mat. 25) entre outras observações feitas por Jesus, dão a entender que o final dos tempos será de forma repentina para muitos.
Isto parece ser surpreendente, frente aos vários sinais apresentados na Bíblia quanto a proximidade do retorno de Jesus Cristo. Parece que as pessoas não dão muita atenção a estes sinais ou alguns considerem que em outras épocas também ocorreram crises ambientais, sociais e políticas, portanto não seria agora um indicativo preciso quanto a chegada do fim da história deste mundo.
Uma coisa importante a ser observada no tempo presente é a simultaneidade na ocorrência de diferentes sinais apontados na Bíblia (guerras, terremotos, fome, pestilências, etc.). Outra questão a ser observada é que para ocorrer os eventos proféticos narrados no Apocalipse, tais como: a dominação do Anticristo e a imposição do sinal da Besta, há a necessidade de unipolaridade no mundo, ou seja, a presença de uma nação ou de uma aliança de nações exercendo liderança global. 
Com o fim da segunda guerra mundial,  a liderança global estava dividida entre os Estados Unidos e a União Soviética, resultando em décadas de "guerra fria", com uma concorrência da influência política na esfera global. Com a queda daquele bloco socialista os Estados Unidos ficaram na liderança, porém surgiu a perspectiva de  outros países ou blocos de países emergentes se contraporem à hegemonia americana.  Agora, em especial a partir da guerra entre Rússia e Ucrânia, surge um alinhamento das potências no mundo. Pelo que temos visto, a liderança global se consolidará no eixo de poder formado entre EUA e União Européia.
Este quadro traz o ambiente necessário para a ocorrência dos últimos cumprimentos proféticos antes do retorno do Senhor Jesus à Terra. Como mencionei anteriormente, sem um alinhamento global não poderia ocorrer o cumprimento profético descrito no Apocalípse. A pergunta que surge é: quanto tempo demorará para ocorrer os eventos finais ou os últimos passos da história humana? A escritora e profetiza Ellen G. White, por volta do início do século XX, escreveu o seguinte:

"As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos." - Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 280 (grifo acrescentado).
"O tempo de angústia, que há de aumentar até o fim, está muito próximo. Não temos tempo a perder. O mundo está agitado com o espírito de guerra. As profecias do capítulo onze de Daniel quase atingiram o seu cumprimento final." - Review and Herald, 24 de novembro de 1904.
"O tempo de angústia - angústia qual nunca houve, desde que houve nação (Dan. 12:1) - está precisamente sobre nós, e somos semelhantes às virgens adormecidas. Devemos acordar e pedir que o Senhor Jesus ponha debaixo de nós os Seus braços eternos e nos conduza durante o tempo de provação à nossa frente." - Manuscript Releases, vol. 3, pág. 305.
"O mundo está-se tornando cada vez mais iníquo. Em breve surgirá grande perturbação entre as nações - perturbação que não cessará até que Jesus venha." - Review and Herald, 11 de fevereiro de 1904.
"Estamos mesmo no limiar do tempo de angústia, e acham-se diante de nós perplexidades com que dificilmente sonhamos." -Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 306.
"Estamos no limiar da crise dos séculos. Em rápida sucessão os juízos de Deus se seguirão uns aos outros - fogo, inundações e terremotos, com guerras e derramamento de sangue." - Profetas e Reis, pág. 278.
Uma das coisas que chama a atenção, das que foram apontadas pela referida escritora é  que os acontecimentos finais serão rápidos. A Bíblia declara que: " Se aqueles dias não fossem abreviados nenhuma carne se salvaria ..." (Mat. 24:22). 
A possibilidade de que estes eventos sejam rápidos encontra respaldo na observação dos fatos atuais, onde vemos o alastramento muito rápido de epidemias e do agravamento da crise ambiental em várias partes do globo. Com o aceleramento do degelo das calotas polares o caos poderá se estabelecer de forma inesperada. Outras possibilidades poderão precipitar o fim repentinamente cumprindo a advertência bíblica de que o retorno de Jesus será  como a visita do ladrão à noite.
Tudo indica que estamos no tempo final da história deste mundo e não adianta conhecer profundamente os sinais observados no tempo presente sem fazer a preparação necessária. Ainda estamos no tempo de graça que logo passará. É preciso viver e pregar o evangelho com toda intensidade e fervor, pois logo será tarde e as oportunidades estarão esgotadas.

Aguinaldo C. da Silva



quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

O Grande Reset e os Eventos Finais

    Sabemos que precisamos estar atentos e vigilantes na Palavra e estudar os eventos profético. Isto é uma prática recomendável e saudável à fé. Sem querer recorrer a especulações e sensacionalismos, notamos que os eventos do mundo atual vão se encaixando no cenário profético dos últimos dias. 

    Eu, particularmente não acredito na retórica conspiracionista de que tudo é decorrente de uma  orquestração da elite global para impor uma nova ordem  emanada por um governo mundial socialista.  No entanto, não posso deixar de notar que gradativamente rumamos para uma realidade que será regida por  políticas e instrumentos supranacionais de controle e distribuição de recursos. Se há ou não uma orquestração para alcançar este fim, não sabemos, o que se vislumbra é que estamos rumando para grandes mudanças neste sentido de forma inexorável. 

    Neste contexto se apresenta o que pode ser visto como uma visão do futuro, o Grande Reset, uma proposta disseminada por Klaus Schwab, presidente do Fórum Econômico Mundial (WEF) e co-autor do livro "Covid 19: The Great Reseat". Este detalha as nuances do que pode se tornar o mundo a partir de um projeto global de gerência dos recursos econômicos, ambientais e tecnológicos,  redefinindo  parâmetros e criando mecanismos  de controle financeiros e outros instrumentos de controle social.

     Uma nova ordem distributiva de recursos econômicos esbarrava, até bem pouco tempo, na barreira da operacionalidade. Com a evolução tecnológica surgiu dispositivos que possibilitaram a criação de coisas como:  moeda digital, identificação eletrônica, operacionalidade virtual. Hoje, com os recursos existentes é possível transferir dinheiro para qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. Baseado nesta possibilidade, uma das propostas em discussão nos fóruns das elites globais é a renda mínima mundial. A identificação digital eletrônica e o armazenamento em banco de dados de informações pessoais de cada cidadão dão a possibilidade de monitoramento por parte dos governos, que poderão restringir direitos e conceder liberdades conforme os critérios adotados por leis e decretos.    

    Entre os fatos elencados que apontam para a necessidade de instrumentos supranacionais de governança global, está as crises sanitárias, como a pandemia da Covid 19, as crises de cunho ambiental - destacando-se  aí a crise climática  provocada pelo aquecimento global e as crises sociais decorrentes de guerras, instabilidades políticas e econômicas. O fato mais importante é que tais crises se tornaram globais, o que acontece em um país acaba afetando os demais. Um exemplo disto é  a baixa imunização em certos países que causa o desenvolvimento de variantes do vírus  pandêmico atual, mais transmissíveis e menos sensíveis às vacinas hoje disponíveis. 

    A pressão sofrida pelas grandes potências da Europa e EUA, com a chegada cada vez maior de refugiados de diferentes países é outro elemento fundamental neste cenário que aponta para  grandes transformações no mundo. A ideia de que algo tem que ser feito para que a espécie humana sobreviva, de que o mundo deve se tornar mais igualitário e inclusivo para se garantir o futuro tem ganhado cada vez mais apoio e reconhecimento. E quanto a isto o Papa Francisco é uma das vozes mais influentes, que tem tomado parte ativa neste processo de transformação  para uma nova ordem econômica.

       Aparentemente tudo certo e positivo  neste cenário que se aproxima, não fosse a realidade que a profecia bíblica apresenta.  A Bíblia diz: "Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão." (I Tessalonicenses 5:3).

    A Bíblia fala da presença de crises e sinais catastróficos no mundo nos dias finais da história (Mateus 24 e Lucas 21). No entanto diz que a solução para a problemática humana vem do alto, ou seja, do próprio Deus. Em linguagem profética Daniel relata que "uma pedra (Cristo em sua segunda vinda) arremessada sem o auxílio de mãos destruirá a estátua (reinos deste mundo)" -  (Daniel cap.2). Esta sim será uma nova era que colocará o mundo numa condição de eterna paz e prosperidade,  com o fim do pecado e de seu originador.  

     Mesmo que as autoridades globais queiram e estejam munidas das melhores intenções, não será pelos esforços humanos que se concretizará a solução definitiva dos problemas hoje existentes. Sem Deus  não se encontrará a tão almejada paz mundial. Ao invés disto, haverá um poder central global  que implementará uma política de imposição de leis que infligirão a liberdade dos cristãos fiéis. No contexto de Apocalipse 13, só quem tiver o sinal da besta poderá comprar  e vender. Um curto período que antecederá a segunda vinda de Jesus à Terra. Quem viver verá e que estiver preparado sobreviverá espiritualmente a estas provações que logo surgirão neste planeta.


Aguinaldo C. da Silva

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Um Minuto para a Meia Noite!

 

    A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), teve início no domingo (31/10) reunindo representantes dos 196 países signatários do Acordo de Paris. Em discurso durante o evento, o primeiro ministro britânico Boris Johnson  foi enfático e taxativo em sua análise, quando afirmou sobre a necessidade de se tomar medidas urgentes. Em sua fala alertou os líderes mundiais dizendo que "falta um minuto para a meia noite do relógio do juízo final. É preciso agir agora" 1.

Isto chama a atenção, pois parte de uma autoridade secular e não de um líder religioso. O relógio do juízo final, também chamado de "Relógio do Apocalipse" foi criado em 1947, durante a guerra fria. Este começou marcando sete minutos para a meia noite e tem oscilado conforme os eventos e perspectivas que ocorrem no mundo. Durante este período já foi alterado 24 vezes. O último ajuste do relógio foi em 2020  marcando cem segundos para o fim do mundo, o mais grave até agora. 
    
    As condições climáticas passaram a ser elemento determinante na aferição do dispositivo a partir de 2007. Agora as lideranças mundiais olham com tremenda preocupação para a questão ambiental como uma ameaça global. No entanto a Palavra de Deus já alertava para tais circunstâncias, conforme relata o evangelho de Lucas no capítulo 21.
    "E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu." Lucas 21.11.
    "E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas." Lucas 21.25-26.

    A Bíblia aponta que nos dias finais os "homens desmaiarão de terror na expectação das coisas que sobrevirão". Pelo que vemos este momento é vindo, pois se trata da mais grave crise ambiental e com certeza  a única de amplitude global.
    Portanto cabe aos filhos de Deus cumprir a missão evangélica com ânimo e interesse redobrados. Ainda estamos vivendo num tempo de graça, este logo passará vindo o desfecho final da história deste mundo. Ellen White, com inspiração profética, escreveu sobre o momento final deste mundo com as seguintes palavras:

    "É à meia-noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. O Sol aparece resplandecendo em sua força. Sinais e maravilhas se seguem em rápida sucessão. Os ímpios contemplam a cena com terror e espanto, enquanto os justos vêem com solene alegria os sinais de seu livramento. Tudo na Natureza parece desviado de seu curso. As correntes de água deixam de fluir. Nuvens negras e pesadas sobem e chocam-se umas nas outras. Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: "Está feito." Apoc. 16:17."  O Grande Conflito, pág. 636.

     A expressão "tudo na natureza parece desviado de seu curso" demonstra uma situação de anomalia ou crise ambiental. Ainda que a ciência procure apontar para uma suposta razão lógica que coloca o homem como causador da referida crise, o desdobramento dela traz indícios de que há outros fatores envolvidos dos quais a ciência nada tem a declarar. Portanto o que está patente até aqui é que caminhamos para o cumprimento claro e absoluto das profecias escatológicas. Neste contexto vai se polarizando dois posicionamentos totalmente diferenciados: alguns que se sentem estimulados a crer ainda mais na Bíblia como sendo a palavra de Deus e outros que pendem para o ceticismo e incredulidade embarcando no secularismo vigente.
    
    A presença de duas classes no final  dos tempos é demonstrada em várias parábolas de Jesus e também pelo Apóstolo Paulo nas seguintes palavras:
    "A esse (anticristo) cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade." II Tes 2.9-12.

    Bom é sabermos que ainda podemos fazer opção pela verdade, decidir crer na Sagrada Escritura e estarmos preparados para o encontro com o Senhor!


Aguinaldo C. da Silva







quarta-feira, 21 de abril de 2021

Fundamentalismo, Geopolítica e os Eventos Finais

 

     Caminhamos rapidamente para os eventos finais da história da humanidade. Depois dos eventos mais impactantes do século XX, tais como: as duas guerras mundiais e guerra fria, a fronteira da luta pela paz mundial olha para o fundamentalismo religioso como a última questão a ser resolvida.

     Heni Ozi Cukier, cientista político e palestrante  de renome internacional, discorre sobre a questão dos fundamentalistas de forma muito detalhada ( vídeo abaixo), expondo que estes sejam o último entrave  para que a humanidade alcance paz e estabilidade global. Em sua fala, afirma que a humanidade vivenciou conflitos de fundo nacionalista (guerras mundiais), depois ideológico (guerra fria) e agora o conflito de civilizações, onde o elemento religioso tem peso preponderante.  Apesar de ser geralmente associado  ao islamismo, é considerado que fundamentalismo religioso tenha sua origem no cristianismo, mais  precisamente no protestantismo dos EUA durante o século XIX. Entre as principais crenças que caracterizam este grupo, está o seguinte:  criação do mundo por Deus, literalidade dos milagres bíblicos, autenticidade dos eventos da morte e ressurreição de Jesus Cristo, um conflito universal entre o bem e o mal, advento de um juízo e  uma posterior era de paz e ordem no mundo. 

      Na visão da maioria dos intelectuais e líderes políticos mundiais, o fundamentalismo religioso  é um mal a ser combatido ou uma caracterização cultural que deve ser transformada pela influência do secularismo e da globalização. O homem moderno deve ter a religião apenas como um amparo psicológico que lhe traga conforto em momentos de turbulência e não algo real para crer e ordenar a sua vida. A  religião deve ter o foco no próprio homem e não numa base de revelação divina.

    Se contrapondo a este pensamento a Palavra de Deus afirma que no final dos tempos haverá um remanescente fiel, caracterizado pela guarda dos mandamentos e o testemunho de Jesus. (Apoc. 12.17). Este grupo será objeto de ódio e perseguição do dragão, figura que representa Satanás e os instrumentos que ele manipula. Gradativamente se fechará o cerco contra o remanescente do povo cristão que crê, de fato, na Bíblia.  Hoje, o que é visto como sinônimo de esclarecimento e boa formação é a postura liberal, relativista e secular. Apego e fidelidade aos ensinos das Escrituras passam a serem vistos como sinônimo de visão ultrapassada e anacrônica. Chegará o tempo em que a liberdade destes será cerceada, discriminação e perseguição ocorrerá por conta da busca de uma paz utópica. E quando pensarem que haverá paz, chegará repentina destruição. (I Tessalonicenses 5.3).

Aguinaldo C. da Silva