Ser discípulo de Cristo exige fé, paciência e discernimento. Caminhamos recebendo toda sorte de informações e estímulos que nos deixam expostos a ciladas e distrações. Se manter no caminho é o desafio para o cristão atual.
domingo, 31 de agosto de 2025
segunda-feira, 25 de agosto de 2025
Daniel 11 - A malfadada busca pela paz!
As Escrituras já antecipavam um cenário de falsas negociações e acordos vãos no tempo do fim. Em Daniel 11:27 lemos que “os dois reis se assentarão à mesma mesa e falarão mentiras”, retratando o espírito enganoso que permeia as tentativas humanas de construir paz sem Deus. Com lisonjas, discursos diplomáticos e promessas de cooperação, os líderes do mundo se reúnem em cúpulas e conferências, mas, por trás das palavras polidas, imperam a ambição, o cálculo estratégico e a busca pelo domínio regional e global.
A história humana confirma esse padrão: não são as cúpulas de líderes que alimentam, por si só, as rivalidades, mas as próprias populações, inflamadas por ódio, preconceito e intolerância, que sustentam e legitimam tais atitudes. O ciclo da desconfiança entre as nações encontra respaldo nos corações endurecidos dos homens, e assim os governantes erguem suas bandeiras apoiados por sociedades dispostas a transformar diferenças em muros intransponíveis.
Neste cenário, campanhas em prol da paz soam como ecos vazios. Enquanto se fala de reconciliação, as decisões seguem guiadas por egoísmo, vaidade e pelo desejo de supremacia. O ser humano dominado pela natureza carnal, após a queda no pecado, sempre será vítima de seu próprio egoísmo e ambição. É exatamente este espírito que inviabiliza qualquer esforço humano de harmonizar o mundo.
Essas campanhas pela paz, que se repetem em fóruns internacionais e tratados efêmeros, esbarram invariavelmente nas barreiras das reais intenções humanas. O apóstolo Paulo advertiu em II Timóteo 3:1-5 que nos últimos dias os homens seriam amantes de si mesmos, orgulhosos, avarentos, mais amigos dos prazeres do que de Deus. Assim, qualquer esforço de reforma social ou política, desvinculado de uma verdadeira transformação interior, se mostra insuficiente e frustrado.
Para que um ambiente de paz verdadeira reine permanentemente no mundo é necessário uma ação que regenere a essência de corações corrompidos. A única esperança de paz genuína repousa na ação redentora e transformadora do Senhor Jesus Cristo, que opera no íntimo do ser humano, gerando reconciliação com Deus e, consequentemente, com o próximo. Assim, a tão sonhada paz não será resultado das estratégias humanas, mas da consumação do Reino de Cristo, que se estabelecerá de forma plena e definitiva na Sua segunda vinda.
A paz verdadeira não nasce de tratados, alianças ou sistemas de governo. Ela só pode brotar da obra regeneradora de Cristo no coração humano. Enquanto os homens disputam poder e prestígio, Jesus oferece um reino de justiça, verdade e reconciliação. Por isso, a tão sonhada paz universal não se concretizará por decretos humanos, mas será estabelecida de modo pleno e irrevogável na gloriosa segunda vinda de Cristo, quando Seu reino triunfará sobre todas as nações.
segunda-feira, 18 de agosto de 2025
Há possibilidade de impedir o cumprimento profético?
A Bíblia deixa claro que o plano de Deus e Suas profecias não podem ser impedidos de cumprirem-se. Excetuando-se as profecias de cunho condicional, as demais se cumprem à risca conforme está determinado em Sua Palavra. Ao longo da história, homens e nações tentaram resistir ao que o Senhor havia determinado. O rei Herodes, em sua paranoia de manter o poder, chegou ao extremo de mandar matar crianças na tentativa de impedir o nascimento do Messias. Porém, o plano da salvação seguiu inabalável, pois o Senhor já havia preparado refúgio no Egito para José, Maria e o menino Jesus. Outro exemplo também marcante foi o de Pedro ao tentar dissuadir Jesus de cumprir sua missão com relação ao seu sacrifício, deixando ser martirizado na cruz (Mateus 16:21-23).
Esses episódios revelam a ilusão de pensar que é possível fugir ou impedir o cumprimento profético. O conselho do Senhor permanece firme, e Suas palavras não falham. E esse princípio se aplica também às profecias ainda por se cumprir. O livro do Apocalipse anuncia que chegaria o tempo em que ninguém poderia comprar nem vender sem estar de acordo com o sistema da “besta” (Apocalipse 13:16–17). Essa previsão bíblica, há muito tempo vista com certa distância, hoje parece ganhar contornos mais palpáveis à medida que novas tecnologias e instrumentos de controle econômico se desenvolvem.
Nos últimos anos, as moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) surgiram como um desses mecanismos com potencial para centralizar e monitorar transações financeiras. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump assinou, em janeiro de 2025, uma ordem executiva proibindo a criação de uma versão digital oficial do dólar, o chamado “CBDC do Fed”. Muitos viram nisso uma barreira contra um possível sistema de controle que poderia, futuramente, se alinhar ao cenário profético. No entanto, enquanto nos EUA esse projeto foi barrado, em dezenas de outros países o processo avança. Da Europa à Ásia e à África, bancos centrais desenvolvem e testam moedas digitais com diferentes níveis de rastreabilidade e controle.
Mesmo no contexto norte-americano, a ausência de uma CBDC não significa que restrições econômicas não possam ser aplicadas. A própria legislação financeira, o poder das grandes corporações de tecnologia e mecanismos jurídicos já permitem limitar ou bloquear transações em certas circunstâncias. Assim, o cumprimento profético de Apocalipse 13 não depende exclusivamente de um modelo tecnológico específico, mas pode se manifestar de diferentes formas, sempre que o poder humano buscar controlar a liberdade de consciência e restringir a subsistência daqueles que não se alinham ao sistema vigente.
À luz da Bíblia, a questão central não é se os homens conseguirão ou não adiar esses desdobramentos, mas sim se estaremos espiritualmente preparados para enfrentá-los. Assim como em determinadas situações no passado não houve como impedir o que estava profetizado de acontecer, também os líderes atuais perceberão que o que está previsto na Palavra de Deus se cumprirá. Resistir pode até retardar ou desviar a forma dos acontecimentos, mas não altera o resultado final. A grande lição é que a segurança não está em tentar evitar o cumprimento das profecias, mas em estar ao lado d’Aquele que governa a história e cuja Palavra não falha: “céus e terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mateus 24:35).
domingo, 6 de julho de 2025
Quantos e quais poderes são representados pela Ponta Pequena?
A ponta pequena é uma figura referida tanto no livro de Daniel quanto no Apocalipse. Uma pergunta que surge a respeito desta figura simbólica é se esta representa um único poder e como identificá-la em face dos vários poderes que se opuseram ao povo de Deus no decorrer da história. Abaixo segue uma descrição das principais interpretações hoje aceitas.
1. O que dizem os estudiosos adventistas e historicistas
A tradição adventista do sétimo dia e outros historicistas protestantes veem os dois chifres pequenos de Daniel 7 e 8 como representando dois aspectos distintos de um mesmo poder dominante.
Daniel 7 – A ponta pequena que surge entre os 10 chifres da quarta besta
- 
Surge do Império Romano (quarto animal). 
- 
Aparece entre os 10 chifres, ou seja, entre os reinos bárbaros que sucederam Roma. 
- 
Representa o papado ou a união Igreja-Estado centrada em Roma. 
- 
Características: - 
Fala palavras contra o Altíssimo. 
- 
Persegue os santos. 
- 
Muda tempos e leis (interpretação ligada à mudança da guarda do sábado para o domingo). 
- 
Tem atuação por "um tempo, dois tempos e metade de um tempo" (interpretação: 1260 anos). 
 
- 
Daniel 8 – A ponta pequena que cresce muito
- 
Surge do reino dos bodes e carneiros, ou seja, do contexto greco-romano. 
- 
Cresce horizontalmente (conquista territórios) e verticalmente (opõe-se ao “Príncipe do exército”, ou seja, a Cristo). 
- 
Lança a verdade por terra, tira o sacrifício contínuo e profana o santuário. 
- 
Também é interpretado como o papado, mas agora com ênfase em seu papel religioso, especialmente relacionado ao sistema sacerdotal e doutrinário romano que desviou o foco do ministério de Cristo no santuário celestial. 
Conclusão historicista:
As duas pontas pequenas representam o mesmo poder geral — o papado romano — mas em fases diferentes:
- 
Em Daniel 7, o foco está na dimensão política e persecutória. 
- 
Em Daniel 8, na dimensão religiosa e espiritual (profanação da verdade e do santuário). 
2. O que dizem estudiosos de outras escolas (preteristas, futuristas, críticos)
a) Preteristas (interpretação passada)
- 
Veem a ponta pequena de Daniel 8 como Antíoco IV Epifânio, rei selêucida (175–164 a.C.) que profanou o templo em Jerusalém. 
- 
Consideram Daniel 7 uma alusão a reinos já passados. Segundo eles, também aponta para o contexto histórico próximo ao autor. 
b) Futuristas (interpretação ainda futura)
- 
Associam a ponta pequena com um anticristo escatológico ainda por vir. 
- 
Em Daniel 7 e 8, eles enxergam dois personagens distintos. 
- 
A ponta pequena de Daniel 8 seria um tipo ou prefiguração do anticristo final. 
c) Críticos modernos / liberais
- 
Consideram Daniel como escrito no período do 2º século a.C., e veem as pontas pequenas como referências a eventos do período helenístico, especialmente Antíoco IV. 
- 
Não admitem cumprimento profético futuro nem aplicação ao papado. 
Considerações Finais:
A abordagem historicista, consagrada por reformadores como Martinho Lutero, John Wycliffe, João Calvino, e confirmada por estudiosos modernos demonstra mais propriedade e embasamento bíblico. A proposta Futurista desaba diante de inúmeras referências apontando para a "ponta pequena" como um poder que se manifestou ao longo da história, afetando as verdades expressas na Bíblia Sagrada, bem como desviando as pessoas da obra de Jesus Cristo no santuário do céu.
Já para aceitar a proposta Preterista teríamos que considerar que todo o livro de Daniel não tenha propósito escatológico, se referindo somente a fatos ocorridos na era do Antigo Testamento. No entanto encontramos repetidamente no livro de Daniel a expressão "tempo do fim" (Dan.8:17,19;11:40; 12:9,13), que devemos considerar no sentido escatológico, pois o capítulo 7 mostra uma cena do juízo de Deus no céu (Dan. 7:9-10,26,27) e o livro culmina no capítulo 12 mencionando a volta de Jesus e a ressureição (Dan. 12:1-2,13).
Quanto a alegação de alguns estudiosos, especialmente preteristas, em associarem a ponta pequena a Antíoco IV Epifânio, a visão historicista rejeita com propriedade essa ideia por sua limitação temporal e escopo geográfico. O poder descrito atua de forma muito mais ampla e duradoura. Quanto a ser as menções da "ponta pequena" dos capítulos 7 e 8 um único poder, vemos suas ações, caráter e destino final coincidirem de maneira impressionante. Isto leva os estudiosos historicistas a entenderem que são duas representações do mesmo poder profético: o papado romano — primeiro em sua face político-persecutória (Daniel 7) e depois em sua influência religiosa corruptora (Daniel 8).
Ainda que as ações opressoras e perseguidoras de Antioco IV Epifânio tenham uma importante significação na história de Israel, falta uma série de características necessárias para atingir as qualificações da ponta pequena como um poder que afetaria a obra do Senhor Jesus e lançaria a verdade por terra, especialmente considerando a dimensão universal com alcance até os últimos dias da história deste mundo.
terça-feira, 1 de julho de 2025
O Ataque ao Santuário Celestial e a Obra de Jesus Cristo !
O Santuário Celestial e o Ministério de Cristo
O Novo Testamento afirma com clareza que Cristo é o nosso único sumo sacerdote (Hebreus 8:1-3), que ministra em um santuário não feito por mãos humanas, mas no próprio céu. Esse ministério é essencial para a salvação, pois Cristo intercede por nós diante do Pai (Hebreus 7:25), e somente por meio Dele há perdão (I João 1:9; I Timóteo 2:5). Ele é o único mediador entre Deus e os homens, uma posição que nenhum ser humano pode ocupar legitimamente. Não obstante esta obra que está no âmago do plano da redenção seria atacada pelo inimigo de Deus, estabelecendo instituições e doutrinas que afastassem os crentes do verdadeiro sistema de intercessão estabelecido por Deus.
A Usurpação do Ministério de Cristo
Esse ministério celestial de Jesus foi obscurecido e atacado durante a Idade Média, especialmente pelo sistema eclesiástico romano, o qual instituiu práticas e doutrinas que colocaram seres humanos — particularmente os sacerdotes, santos e o próprio papa — como mediadores entre Deus e os homens. Esse sistema é visto como o cumprimento da profecia de Paulo em 2 Tessalonicenses 2:3-9, onde ele descreve a ascensão do “homem da iniquidade” que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, sentando-se no templo de Deus como se fosse o próprio Deus.
Eventos e Decretos que Contribuíram para a Opressão do Santuário Celestial
Ao longo da história da Igreja, diversos concílios e decretos contribuíram para essa mudança de foco do ministério celestial de Cristo para um sistema humano e terrestre de mediação. Alguns dos principais marcos incluem:
- 
Concílio de Cartago (397 d.C.) 
 Reconheceu oficialmente a inclusão dos livros deuterocanônicos, fortalecendo a tradição sobre a Escritura, o que permitiu práticas como orações pelos mortos e veneração dos santos.
- 
Doutrina do Purgatório e Intercessão dos Santos (século V em diante) 
 Desenvolvida por teólogos como Agostinho, essa doutrina abriu caminho para que os vivos intercedessem pelos mortos e vice-versa, substituindo a intercessão de Cristo.
- 
Declaração do Papa como "Vigário de Cristo" (Concílio de Latrão, 1123) 
 Reforçou a ideia do papa como representante de Cristo na Terra, função que se aproximava perigosamente daquilo que pertence exclusivamente a Jesus.
- 
Instituição da Confissão Auricular Obrigatória (Concílio de Latrão IV, 1215) 
 Tornou obrigatória a confissão dos pecados a um sacerdote, substituindo o livre acesso do crente a Cristo (Hebreus 4:14-16).
- 
Doutrina da Transubstanciação e Missa como Sacrifício (Concílio de Trento, 1545-1563) 
 A missa passou a ser entendida como uma repetição do sacrifício de Cristo, negando o caráter único e suficiente do sacrifício na cruz (Hebreus 9:26-28).
- 
Canonização dos Santos e Culto às Relíquias 
 Essas práticas desviaram ainda mais o foco da fé cristã do santuário celestial e de Cristo para mediações terrenas.
A Reforma Protestante e o Resgate da Verdade do Santuário
A Reforma Protestante do século XVI foi uma resposta direta a esse sistema. Reformadores como Martinho Lutero e João Calvino denunciaram o papado como a manifestação do “anticristo” ou “homem da iniquidade” descrito por Paulo, e reafirmaram a verdade central do evangelho: solus Christus — só Cristo é suficiente. Essa obra de restauração da compreensão e do entendimento do acesso direto a Deus por meio de Jesus, só seria completada a partir do século XIX, com a compreensão do "juízo investigativo" e da tríplice mensagem angélica de Apocalipse 14.
Conclusão
A tentativa de usurpação ao Santuário Celestial e a obra no Senhor Jesus Cristo configura um dos mais tremendos e maléficos ataques de Satanás na história do grande conflito. A intercessão de Cristo no santuário celestial é o centro do plano da salvação, e qualquer sistema que a substitua, ofusque ou desvie os fiéis desse ministério está cumprindo profeticamente o papel do “chifre pequeno” — um poder que lança a verdade por terra e ataca o próprio santuário de Deus. Contudo, as profecias também apontam para a restauração final dessa verdade nos tempos do fim (Daniel 8:14), um tema fundamental para a missão e mensagem do povo de Deus neste último tempo antes da volta de Jesus Cristo.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Amor e Serviço: O Caráter do Discipulado
Após a ressurreição, Jesus apareceu a seus discípulos à beira do mar da Galileia. Ali, após uma refeição compartilhada, ocorreu um dos diálogos mais marcantes das Escrituras. Três vezes, Jesus perguntou a Pedro: "Tu me amas?" (João 21:15-17). E três vezes, ao receber a resposta afirmativa de Pedro, Jesus respondeu com uma ordem: "Apascenta as minhas ovelhas."
    Jesus estava, neste diálogo, conduzindo um processo de restauração na vida de Pedro. Este discípulo o havia negado publicamente por três vezes, agora Jesus lhe dava uma nova chance ao perdoá-lo e indicar sua missão. Sem dúvida, o doloroso processo de conversão de Pedro fê-lo passar  por uma transformação que o capacitava a ser um verdadeiro discípulo e apóstolo do Evangelho.  
As palavras: "Apascenta as minhas ovelhas", revelam o verdadeiro caráter do discipulado. Amar a Cristo não se limita a um sentimento ou uma confissão verbal, mas se manifesta no cuidado e no serviço ao próximo. Pedro, que antes negara seu Mestre, agora recebia a oportunidade de reafirmar seu amor através do compromisso com o rebanho de Deus. Seu chamado não era apenas para pregar, mas para cuidar, proteger e nutrir espiritualmente aqueles que lhe seriam confiados.
Ellen White comenta sobre essa passagem, enfatizando que "o amor a Cristo não pode ser ocultado; sua santa influência será revelada em todos aqueles que verdadeiramente o possuem" (O Desejado de Todas as Nações, p. 515). O serviço ao próximo é a maior evidência desse amor. Ela também destaca que "o amor é o princípio que está na base da criação e do governo de Deus e que deve estar na base da vida do cristão" (Caminho a Cristo, p. 59).
O verdadeiro discípulo não apenas proclama a fé, mas age em conformidade com ela. Assim como Pedro foi chamado a apascentar as ovelhas de Cristo, cada seguidor de Jesus é convocado ao serviço altruísta. O amor genuíno a Deus se expressa no cuidado pelos necessitados, na paciência com os fracos e na dedicação em conduzir almas ao Salvador. O discipulado não é um status, mas uma missão de amor e serviço.
Que nossa resposta à pergunta de Jesus – "Tu me amas?" – seja um amor demonstrado em atos, em uma vida de entrega e cuidado pelos que nos cercam. Pois, como diz Ellen White: "O verdadeiro caráter cristão se manifesta na vida diária" (A Ciência do Bom Viver, p. 36). Amar a Cristo é viver para servir.
terça-feira, 28 de janeiro de 2025
Reconcilia-te primeiro !
"Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta." Mateus 5:23,24.
    Seja no ambiente de culto ou em tudo que fizermos em prol da causa do reino de Deus há um ponto fundamental que temos que levar em consideração, este é o princípio da  harmonia ou conciliação. 
A reconciliação é algo ensinado pelo próprio Deus. Foi Ele quem tomou a iniciativa de nos reconciliar consigo mesmo através de Jesus Cristo. Ele nos amou mesmo quando éramos pecadores e nos deu o maior exemplo de reconciliação ao enviar Seu Filho para morrer por nós (Romanos 5:8). Este supremo exemplo de reconciliação é a maior diretriz para a reconciliação entre nós. Precisamos nos manter reconciliados com Ele tanto quanto com os irmãos, se quisermos sonhar com o tão almejado lar eterno.
Em 2 Coríntios 5:18, Paulo nos diz que Deus nos deu o "ministério da reconciliação". Isso significa que, como cristãos, somos embaixadores de Cristo, chamados a levar a mensagem de reconciliação ao mundo. Mas como podemos ser embaixadores da reconciliação se os irmãos estiverem divididos entre si? A reconciliação entre irmãos é um testemunho poderoso do evangelho. Jesus disse: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13:35).
A reconciliação não é fácil. Ela exige humildade para reconhecer nossos erros e disposição para perdoar. Em Efésios 4:32, somos exortados: "Antes, sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo." Perdoar não significa ignorar o erro, mas escolher liberar o ressentimento e buscar a restauração do relacionamento.
Muitas vezes, o orgulho, o egoísmo e a falta de comunicação impedem a reconciliação. Precisamos lembrar que o inimigo de nossas almas, Satanás, se alegra com as divisões entre os cristãos. Ele sabe que uma igreja dividida é uma igreja enfraquecida. Por isso, devemos resistir ao espírito de discórdia e buscar a paz (Romanos 12:18).
Lembremo-nos que Jesus orou pela unidade dos Seus seguidores: "Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste" (João 17:21). A unidade não significa uniformidade, mas sim harmonia na diversidade. Quando nos reconciliamos, demonstramos ao mundo o poder transformador do evangelho.
sexta-feira, 13 de setembro de 2024
Jeroboão e os Falsos Sistemas de Adoração
    Quando Salomão morreu seu filho Roboão passou a  reinar (I Reis 11-14; I Cron. 10). Não quis atender a solicitação de alguns líderes do povo para aliviar os impostos, mas ainda os intensificou. Jeroboão então resolveu liderar um movimento para dividir o reino de Israel, fundando uma outra capital ao norte, Samaria, que passou a ser a sede de seu governo. Israel passou a ser dividida entre o reino do sul, formado pelas tribos de Judá e Benjamin  e o reino do norte, formado pelas outras dez tribos.
    A princípio a atitude de Jeroboão pode ser entendida como justificável por atender a uma demanda popular por justiça social, contudo sua iniciativa contribuiu para a ruína de Israel, mais especificamente das dez tribos que o acompanharam neste novo reino. Neste caminho seu principal erro foi criar centros alternativos de adoração. Para desviar os israelitas do verdadeiro centro de culto em Jerusalém, Jeroboão edificou dois templos, um ao norte em Betel e outro mais ao sul em Dã. Estabeleceu sacerdotes ilegítimos no serviço de culto e agregou práticas idólatras nestes templos.
    O resultado desastroso é a prova de que nem sempre as "boas intensões" são suficientes. Devemos sempre  seguir a orientação profética da Palavra de Deus, não permitindo que conveniências pessoais e interesses próprios guiem nossas decisões. Jeroboão pode ser visto como alguém que fracassou por aderir a um sistema falso de adoração. Este sistema imitava em alguns aspectos o verdadeiro que se situava em Jerusalém, mas trazia em si elementos de culto que eram repugnantes a Deus.
    A proposta de Jeroboão podia estar repleta de bons argumentos, em poder, talvez, atrair  outros povos vizinhos para a religiosidade de Israel, mas o resultado foi  levar grande parte do povo de Israel para a idolatria e perdição. 
    Em outro contexto, a exortação apocalíptica com relação a Babilônia segue a mesma lógica. Babilônia deve ser interpretada como o conjunto de igrejas que descenderam da igreja de Roma, que mantêm  suas doutrinas  integralmente ou em parte. No tempo do fim o povo remanescente da profecia bíblica tem uma mensagem distintiva de reprovação a estas doutrinas, pregando a restauração das verdades da Palavra de Deus frente a apostasia que  ocorreu durante os longos séculos da Idade Média. (Apoc. 12:17; 14:6-12; 18:1-5).
Hoje, o povo de Deus se constitui num remanescente que se destaca pela obediência. (Mat. 7:21-23).
"Nem todos que me chamam: ‘Senhor! Senhor!’ entrarão no reino dos céus, mas apenas aqueles que, de fato, fazem a vontade de meu Pai, que está no céu. No dia do juízo, muitos me dirão: ‘Senhor! Senhor! Não profetizamos em teu nome, não expulsamos demônios em teu nome e não realizamos muitos milagres em teu nome? Eu, porém, responderei: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim, vocês que desobedecem à lei."    
quarta-feira, 3 de julho de 2024
As Três Mensagens Angélicas em Resumo
    O livro do Apocalipse traz mensagens especiais para momentos especiais da história. No capítulo 14 a mensagem ali trata-se de um apelo veemente para congregar os fiéis antes do  final dos tempos. O assunto está no contexto do capítulo 13, que fala sobre as duas bestas. O capitulo 14 continua dizendo qual a mensagem crucial para aqueles que viveriam no tempo  no qual as bestas culminariam seus papéis no palco do grande conflito. 
    Depois de 1798, ano em que o Papa Pio VI foi aprisionado, ocorrendo assim a ferida mortal que segundo a profecia seria curada, houve o surgimento de uma outra besta que no futuro daria seu apoio e poder à primeira. Sem entrar em muitos detalhes, vários intérpretes das profecias apocalípticas identificam a segunda besta, ou a besta que subiu da terra, como sendo os EUA. Depois de 1798 os EUA começaram a ascender no palco geopolítico mundial para se tornar na potência tal como conhecemos hoje. Sendo uma nação fundada sob a influência da tradição protestante, com o lema de liberdade e democracia, teve como fundamento a separação entre Igreja e Estado como forma de garantir a liberdade individual e a livre expressão de pensamento. No entanto, segundo a profecia do capítulo 13, esta nação  mudaria sua postura passando a apoiar a primeira besta e agir com o modus operandi dela.
Dentro deste contexto ocorre as três mensagens angélicas do capítulo 14, que são três proclamações convocando as pessoas para uma tomada de postura ou atitude diante dos fatos ali narrados.
A primeira mensagem diz respeito à adoração e juízo. "Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas." (Apoc.14:7).
Depois das mudanças doutrinárias promovidas pela primeira besta no seio da igreja cristã durante os séculos obscuros da Idade Média, as verdades bíblicas passaram a ser redescobertas no decorrer do movimento de Reforma, que se estendeu entre os séculos XVI e XIX. Depois disto surge uma mensagem especial que pode ser vista como um chamado final para a humanidade escolher entre a lealdade a Deus e Sua verdade ou seguir os caminhos de rebelião e da adoração conforme sistemas falsos e contrários à vontade de Deus.
Na primeira metade do século XIX foi proclamada mundo a fora uma mensagem de preparação para a segunda vinda de Jesus Cristo por destacados pregadores. Nos EUA se sobressaiu o movimento Adventista e um grupo remanescente deste passou, a partir de 1844, a ensinar a doutrina do santuário celestial e o início da obra de juízo no Céu para o povo de Deus. Dentro deste escopo entra a pregação da guarda do sábado como o verdadeiro dia de repouso segundo o mandamento divino. Este ensinamento já estava sendo divulgado anteriormente por alguns grupos minoritários de cristãos, mas é a partir desta época que ganha notoriedade no cenário mundial.
A segunda mensagem angélica diz respeito à queda de Babilônia. "Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua fornicação." (Apoc. 14:8).
Com a completude na redescoberta das verdades bíblicas que demandou um longo período, se estendendo até ao século XIX, o mundo passou a receber uma nova luz e o nível de percepção dos enganos de Babilônia, que em linguagem apocalíptica representa Roma, se tornam patentes. Os fieis que querem conhecer e seguir a verdade são exortados a se retirarem de Babilônia, pois seus enganos foram desmascarados e a verdade bíblica é plenamente conhecida.
A terceira mensagem angélica ainda está por se cumprir e diz respeito ao desfecho final do grande conflito, no qual a besta concorrerá com o cordeiro. Aquela procurará impor sua marca nas pessoas que adorarem a sua imagem, enquanto o cordeiro estará selando os seus fieis seguidores. "Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro." (Apoc. 14:9-10).
    A questão crucial hoje, no tempo que antecede aos fatos narrados na última das três mensagens angélicas, é se estamos optando pela verdade ou se estamos nos moldando a um sistema paralelo ou falso de adoração. Aqueles que se deixam guiar pelas impressões ou que não tiverem interesse em sair da superficialidade, negligenciando uma busca aprofundada e sincera daquilo que Deus estipula em Sua palavra, irão se alinhar ao agrupamento da besta, assim rumando para a perdição. No tempo do fim não há terreno neutro, nem há como se omitir ao grande conflito. Cada ser humana fará sua escolha, seja por ação ou mesmo por omissão e Aquele que perscruta os corações julgará cada um segundo as suas obras.
"Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade" João 17:17
    
terça-feira, 28 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
O Significado do 666
Portanto este número caracteriza um poder que se opõe a Deus através de uma adoração falsa, assim como o paganismo propõe uma adoração e uma espiritualidade falsas. Sobre a grande meretriz de que fala Apoc. 17, o texto começa dizendo que esta tem escrito em sua fronte a palavra "mistério". Mistério proveniente do misticismo e ocultismo que tem se perpetuado não só através das vertentes do paganismo, mas também no cristianismo apostatado. Sabemos que a partir de certa época da história cristã, muitas doutrinas foram mudadas, e a igreja foi paganizada. Algumas coisas que entraram no seio do cristianismo foram: o domingo, o dia do sol, como dia de guarda em lugar do sábado; o uso de imagens de esculturas; crença na imortalidade da alma, entre outras coisas. Portanto, o poder que maculou o cristianismo tem a ver com o anticristo, já que houve outras atuações deste na história.
O número 6 é quase o 7, se aproxima mas não atinge a perfeição. A adoração proposta por Satanás parece quase perfeita. Tem alguma similaridade com a verdadeira mas não a iguala. Quase sempre o falso tem elementos de verdade e o inimigo de Deus sabe que a melhor estratégia para introduzir o erro é misturando-o com a verdade. Quase chegar lá não interessa para Deus. Caim ofereceu um sacrifício aparentemente agradável e bom aos olhos humanos, mas não era o que Deus havia ordenado. Os sacerdotes Nadabe e Abiú quiseram levar para dentro do Santuário um fogo que não era sagrado e Deus reagiu negativamente a esta atitude. Qualquer coisa para Deus não serve, o profano não pode ser tomado pelo sagrado.
Neste raciocínio, o "666" representa o cúmulo de toda a adoração falsa que se produziu no decorrer das eras. O Armagedom é o conflito final entre dois sistemas, o que defende a verdadeira adoração e o que defende a falsa. O anticristo é o que liderará o sistema da falsidade, da adoração errônea que traz o afastamento de Deus. O estudo da história e da Bíblia, a palavra de Deus, nos revela que este poder já está em atuação há séculos e há de se fortalecer ainda mais para o final do grande conflito.
Aguinaldo C. da Silva
quarta-feira, 25 de julho de 2012
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
10 Anos depois do 11 de Setembro
Esses candidatos cortejam o movimento ultraconservador Tea Party, que já demonstrou sua força em 2010 ao colocar numerosos representantes nas primárias legislativas e devolver ao Partido Republicano a maioria em uma das Câmaras do Congresso. Sua força foi crescendo desde então. Há apenas duas semanas esteve prestes a colocar os EUA à beira da moratória por se negar a aumentar o teto de endividamento público, contrariando o critério dos líderes moderados republicanos.
O Tea Party, que é a chave das primárias, nasceu em 2009 como reação ao crescente poder do governo central. Defende medidas drásticas como o corte dos programas de ajuda social e a eliminação dos impostos. Mas estudos recentes demonstram que nem tudo em seu ideário é política fiscal. Concretamente, os professores Robert Putnam, da Universidade Harvard, e David Campbell, de Notre-Dame, concluíram em uma pesquisa de cinco anos entre 3 mil eleitores que, além de ser um movimento com tons xenófobos, se dedica a colocar líderes altamente religiosos no governo. O Tea Party quer que a fé seja política e que o governo também seja de Deus."
 
 









