quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Lula pede um governo global

 


     Em discurso durante a reunião do BRICS que está ocorrendo na África do Sul, o presidente do Brasil  Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a necessidade de uma governança global, em virtude das grandes necessidades ora vigentes no mundo, como as questões ambientais.

     Lula não é o único a mencionar a necessidade de um governo global. Outros nomes de destaque como Antonio Guterres, atual  secretário geral da ONU, também fez declaração semelhante. Pelo visto é só uma questão de tempo para que isto ocorra, apesar de, ao meu ver, não ser da forma indicada ou desejada pelo presidente brasileiro. O BRICS surgiu em 2009 como uma união de países emergentes para promover ajuda mútua nas áreas comercial e tecnológica. No entanto hoje se propõe como um grupo de países que quer antagonizar com o G7, ou seja, com os países ocidentais considerados ricos ou desenvolvidos. Esta pretensão geopolítica muito provavelmente não será alcançada e acabará determinando o fracasso deste grupo. 

     Como já comentei anteriormente, a profecia bíblica revela que a hegemonia política no mundo, por ocasião da segunda vinda de Cristo, será exercida pelas nações ocidentais. Confira <aqui>. Mas o que chama a atenção na atualidade é a rápida mudança dos acontecimentos no cenário geopolítico global. Estamos vendo a história em transformação diante de nós e isto cria uma grande expectativa. Quais as cenas dos próximos capítulos e quanto tempo levará para vivenciarmos o último desenrolar da história deste mundo antes da  volta de Cristo? Pelo que sabemos os últimos acontecimentos serão rápidos, confira <aqui>.  Pelo o que está revelado em Apocalipse 13, o último capítulo da história deste mundo traz em seu bojo a questão econômica (comprar e vender). A questão econômica no mundo agora está se tornando crucial. Isto é exemplificado pelo objetivo do BRICS em desdolarizar o comércio internacional, tentando para isto criar uma moeda comum para este grupo de países. Mas pelo visto, por uma série de razões, este será um empreendimento fracassado. Assim, ou o dólar se fortalecerá ainda mais ou poderá ser criada uma moeda única para o comércio global por iniciativa das nações ocidentais. Saiba mais <aqui>.

    Pelo visto agora é só uma questão de tempo e como já falei, estamos diante de transformações profundas no mundo,  com certeza carregados de significado no  contexto profético escatológico. Em face da expectativa destes eventos, para o cristão faz sentido especial as palavras do apóstolo Pedro : 

"O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.  Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.  Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade?" (2 Pedro 3:9-11).





terça-feira, 22 de agosto de 2023

Cruzes estão sendo demolidas em província da China

 


O governo local de Wenzhou planeja retomar a remoção forçada de cruzes das igrejas cristãs. A Igreja Dongqiao, localizada na província de Zhejiang, recebeu um aviso de que no dia 3 de agosto o governo irá remover à força a cruz da igreja.

Nesse sentido, a igreja emitiu um aviso público, instando os irmãos e irmãs em Cristo a orar fervorosamente por essa questão. Um pastor anônimo de Wenzhou informou que o “vento demoníaco (uma tendência/movimento prejudicial à sociedade) de remover cruzes pode surgir novamente”.

Além disso, ele revelou que no mês passado, os governos das cidades de Shanxi, do condado de Yongjia e do distrito de Lucheng exigiram que as igrejas removessem frases cristãs. Por exemplo, placas de bronze e caracteres nas paredes da igreja com as palavras “Emmanuel”, “Jesus”, “Cristo” e “Jeová” foram todas obrigadas a serem removidas.

De acordo com China Aid, Zhejiang é uma província com uma grande população de cristãos e tem sido um alvo primário de Xi Jinping. Informações coletadas entre 2014 e 2016 apontam que mais de 1.500 igrejas foram afetadas pela demolição de cruzes.

Sendo assim, em 28 de abril de 2014, o governo local da cidade de Wenzhou removeu à força a cruz da Igreja de Sanjiang. Naquela época, um documento oficial divulgado dentro do governo chinês revelou o significado político por trás da resistência às cruzes.

Desse modo, a remoção das cruzes era uma luta ideológica entre o regime chinês e o cristianismo. Os oficiais queriam erradicar os símbolos cristãos ao máximo possível.

Por fim, a campanha se espalhou desde então para outras províncias, com a Província de Henan também embarcando em uma campanha em larga escala para desmontar cruzes em 2018, queimando Bíblias e removendo e destruindo à força placas com frases cristãs nas casas dos fiéis.

Fonte: Gospel Prime

Nota. No decorrer da história tem se levantado oposição de poderes e instituições contra o Cristianismo, seja no aspecto geral ou particular a um grupo específico de cristãos. A matéria acima trata de uma oposição ideológica do governos chinês aos símbolos cristãos, mas também há um sistemático cerceamento da prática cristã naquele país. Logo virá o tempo no qual um grupo, chamado no Apocalipse de "remanescente", será objeto especial de perseguição por sua defesa dos mandamentos de Deus em sua integralidade. São caracterizados pelo testemunho de Jesus e a guarda dos mandamentos  (Apoc. 12:17 ; 14:12).

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

O Último Império

 


    Como estudioso das profecias escatológicas, percebo um cumprimento profético  no cenário geopolítico atual. O  Apocalipse, capítulos 13 e 17, nos mostra que no cenário final da história deste mundo haverá um alinhamento de nações (reis),  que  em comum acordo com a Besta irão reger as nações por um certo período de tempo. Minha observação  confrontava com diversas dificuldades  no sentido de isto vir a ocorrer em nosso tempo. Em especial considerava a falta de unidade ideológica necessária para uma coalisão política na forma descrita pela profecia bíblica. Na minha avaliação não via como um centro unipolar pudesse tomar conta do mundo no sentido de impor sansões coercitivas, mas de repente tudo começou a mudar.  

    Durante  séculos houve um cenário de multipolaridade na geopolítica global. Até o início do século XX a política entre as nações foi marcada por alianças e acordos entre as potências ou impérios, que determinava o jogo de poder e a estabilidade alcançada naquela fase da história. O quadro passou a se alterar depois da segunda guerra mundial, estabelecendo-se uma bipolaridade geopolítica entre os EUA  e  a URSS, período marcado pela guerra fria. Com o final da União  Soviética, os Estados Unidos da América passaram a exercer um domínio hegemônico no mundo. A partir da segunda década deste século este domínio passou a ser questionado ou ameaçado por potências emergentes como China e Rússia. No entanto, hoje percebe-se que a hegemonia americana se manterá ainda por algum tempo, fortalecendo-se na atualidade os laços políticos entre EUA e as potências da Europa. Contrariamente ao que pretendia Rússia e China, a invasão da Ucrânia pela Rússia  revitalizou a OTAN e fortaleceu os laços das nações do Ocidente. 

    Por uma série de razões, percebe-se a necessidade de um governo global no mundo, isto é o que  dizem diferentes personalidades e lideranças da atualidade. Isto parece ser algo inevitável num futuro próximo. Há muitos problemas que exigem uniformidade de ações e isto demanda imposições que interfiram na soberania dos povos. Pelo rumo que vai tomando o cenário geopolítico atual percebe-se quem são os atores deste grande cumprimento profético. Há um alinhamento ideológico muito forte entre as lideranças democratas estadunidenses, o Papa Francisco e várias lideranças globalistas europeias, saiba mais <aqui>. O pensamento comum destas lideranças está ganhando força nas  reuniões de cúpulas e fóruns representativos. Os planos e projetos para atender as questões cruciais hoje no mundo, seja no aspecto ambiental, econômico ou político, são idealizados e propostos por este núcleo de poder.

    Ellen White, em seus dias ainda no século XIX,  escreveu o seguinte: "Mostrou-se que os Estados Unidos são o poder representado pela besta de chifres semelhantes aos do cordeiro, e que esta profecia se cumprirá quando aquela nação impuser a observância do domingo, que Roma alega ser um reconhecimento especial de sua supremacia. Mas nesta homenagem ao papado os Estados Unidos não estarão sós. A influência de Roma nos países que uma vez já lhe reconheceram o domínio, está ainda longe de ser destruída. E a profecia prevê uma restauração de seu poder. "Vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a Terra se maravilhou após a besta." Apoc. 13:3. A aplicação da chaga mortal indica a queda do papado em 1798. ( O Grande Conflito pág. 579).

    Esta visão acerca do cumprimento profético de Apocalipse 13 foi gradativamente ganhando relevância no decorrer do século XX. Na época da citada escritora, os EUA ainda eram uma promessa como potência hegemônica. Mas depois dos conflitos mundiais a ascensão norte-americana se consolidou e passou esta nação a conduzir por sua influência, capacidade econômica e militar, os fatos de interesse global.  Parece ainda que há algumas arestas a serem aparadas na geopolítica global para que ocorra um evento da magnitude descrita na profecia de Apocalipse 13, mas o contexto atual denota que tais fatos podem ocorrer de forma rápida. 

    O cumprimento desta previsão da escatologia adventista é uma poderosa evidência que pesa a favor de sua veracidade e relevância. A medida que os eventos vão se encaixando no cenário descrito por esta interpretação, cresce a expectativa que os demais eventos também ocorrerão na forma indicada.  Acima de tudo aponta o fato de que estamos chegando nos últimos dias da história deste mundo e que logo será instaurado um novo Reino superior a todos os impérios humanos e que jamais será destruído, o Reino do Senhor Jesus que se estabelecerá na sua segunda vinda.

Aguinaldo C. da Silva