segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Assinatura de Deus na Criação

 


Quando olhamos para a vida em sua origem mais profunda, descobrimos um alfabeto silencioso que sustenta tudo o que respira: A, T, G e C, as quatro letras do DNA. Essas pequenas moléculas formam sequências capazes de instruir a formação de proteínas, células e organismos inteiros. Não são apenas blocos químicos; funcionam como um código, uma linguagem que dirige a vida com precisão matemática.

E onde existe código, naturalmente surge a pergunta: quem o escreveu?

Muitos pesquisadores e pensadores cristãos enxergam no DNA uma evidência da ação de uma mente superior. A extraordinária organização da informação genética, sua capacidade de se replicar e de produzir sistemas interdependentes — como o metabolismo e a síntese de proteínas — apontam para o que alguns chamam de complexidade irredutível: estruturas que não funcionam se forem desmontadas em partes menores, como se já tivessem sido concebidas prontas desde o início. Para esses estudiosos, como o bioquímico Michael Behe e o filósofo da ciência Stephen C. Meyer, o DNA não é apenas química; é um “texto” que carrega propósito e intenção.

Mesmo dentro do pensamento científico convencional, há uma admissão importante: a origem do código genético permanece um mistério. Não há consenso sobre como a primeira molécula capaz de armazenar e transmitir informação surgiu. A biologia explica muitos processos após o surgimento da vida, mas o primeiro passo — aquele salto entre a química bruta e a informação organizada — continua sem resposta.

O mais intrigante é que, fora da biologia, sistemas que contêm informação codificada só surgem de mentes inteligentes: livros, softwares, linguagens, música, algoritmos. Por isso, muitos veem no DNA um indício poderoso de que a vida não é um evento cego, mas o resultado de um projeto.

Para quem crê, essa constatação ecoa as palavras antigas do salmista:

“Os céus proclamam a glória de Deus; o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” (Salmo 19:1)

Talvez, no nível mais microscópico da vida, esse anúncio continue sendo feito — não com estrelas, mas com letras químicas que formam frases invisíveis em cada célula.
Para muitos, o DNA é justamente isso: a assinatura de Deus na criação, escrita em toda criatura, revelando que por trás da vida há propósito, ordem e cuidado.

Referências sugeridas para aprofundamento:

  • Michael Behe — Darwin’s Black Box (1996)

  • Stephen C. Meyer — Signature in the Cell (2009)

  • Francis Collins — The Language of God (2006)


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