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quinta-feira, 11 de julho de 2024

A Lei de Deus e sua validade!

 


    Vivemos numa época em que se questiona a validade dos mandamentos de Deus. Alguns cristãos  se opõe à lei dos Dez Mandamentos, afirmando que sua validade se limitou ao povo judeu. Já a igreja Católica aceita sua validade até nos dias de hoje, no entanto declara ter o direito de alterá-la, como assim o fez, omitindo um dos mandamentos e alterando outro.

    A Bíblia afirma que a lei de Deus, no que tange a expressão dos Dez Mandamentos, não tem limite de validade. É eterna  porque é de cunho moral, por isto não se limita a época ou lugar. Prova disto é que ao fazer referência ao quarto mandamento (Marcos2:27), Jesus disse  que o sábado foi feito por causa do homem (sentido universal), não declarou que a guarda do referido mandamento era apenas para o povo judeu. 

    Não limitou a validade dos mandamentos a uma determinada época, mas declarou que enquanto houver céu e terra nada seria omitido da lei.

"Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido." (Mateus 5:17-18).

   Considerando o aspecto atemporal da lei de Deus, cito o comentário de C.S. Lewis, em seu livro Cristianismo Puro e Simples. Neste apresenta a lei moral como uma grande evidência da realidade do Criador. Em qualquer cultura ou lugar, todo o ser humano tem um senso de justiça, um princípio interior de classificar o certo e o errado. Isto pela ótica evolucionista/ateísta não seria esperado. Por que os princípios de justiça e altruísmo deveriam aparecer no homem, se pela seleção natural o egoísmo pode ser visto como um fator de sobrevivência?. 

    Lewis apresenta  a Lei moral, como um princípio harmônico universal regendo a conduta humana. Algo que é real, não  é uma invenção humana. Assim como a tabuada é um princípio básico da matemática e  não uma invenção humana, sabemos que podemos errar o cálculo mas isto não invalida a tabuada. Assim nossas tentativas de cumprir a lei moral podem ser imperfeitas e fracassadas, mas isto não elimina  a referida lei.

    Em sua última abordagem o referido autor vai na contramão dos pregadores que  falam  que é impossível guardar a lei, portanto não devemos nos preocupar com ela, ou seja, torná-la inválida na prática. Por não sermos guardadores perfeitos da lei isto não a invalida para nós, muito pelo contrário ela deve continuar sendo nosso padrão de vida. Muitos que defendem a não validade da lei nos dias de hoje pela razão apresentada, também passam a ideia que Deus se equivocou no tempo do Antigo Testamento ao manifestar Sua lei e no Novo Testamento  corrigiu sua atitude concedendo a graça. Sem entrar a fundo na última questão, podemos já dizer que se trata de um ensinamento equivocado e herético. Na realidade Deus  revelou um único plano de redenção tanto no novo quanto no antigo testamento. Neste plano tanto a lei quanto a graça  tem o seu lugar e expressão destacada em cada era.
    
    A questão da lei de Deus foi um fator basilar para o grande conflito que se originou no céu. Agora no final dos tempos Satanás concentra sua luta contra aqueles que ainda reconhecem a validade da lei de Deus.
     "E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo." (Apoc. 12:17).


    
    



sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

O sentido amplo de expiação

 As dimensões da expiação de Cristo não são competitivas e mutuamente excludentes. Elas se entrelaçam e formam a trama da grande história da redenção

expiação

Quando estudamos um tema, é importante prestar atenção ao fato de que algumas palavras têm significado amplo (polissemia). Por exemplo, Ellen White descreve a “expiação” como uma obra completa na cruz e, ao mesmo tempo, como algo que ocorre no santuário celestial depois da cruz. Isso pode causar confusão, pois ela usa a palavra “expiação” de diferentes maneiras.

Se você olhar os escritos dela, verá esses três usos diferentes da palavra “expiação”:

1) Expiação refere-se à cruz. Por exemplo: “Cristo efetuou uma expiação completa, dando Sua vida como resgate por nós” (Exaltai-O, p. 400).

2) Expiação refere-se ao ministério sumo sacerdotal de Cristo no santuário celestial, aplicando os benefícios da cruz. Por exemplo: “[Jesus] entrou no lugar santíssimo para fazer expiação pelos pecados do povo e purificar o santuário” (Manuscrito 69, 1912).

3) A expiação, num sentido mais amplo, refere-se a toda a obra de redenção. A expiação é vista aqui como um processo composto por partes indivisíveis, e ela iguala a “expiação” com o “plano da redenção” (O Desejado de Todas as Nações, p. 494-495; cf. p. 566), e até utiliza a expressão “plano de expiação” (O Grande Conflito, p. 503).

Na perspectiva (3), a obra (2) não é algo adicional à obra (1), no sentido de a cruz ter sido insuficiente. É garantia de erro pinçar textos do grupo (1) e ignorar os textos dos grupos (2) e (3), ou, pior ainda, colocar esses textos um contra o outro, como se fôssemos obrigados a escolher apenas um dos aspectos da obra de Jesus e rejeitar os outros.

Em outras palavras, tanto o processo inteiro quanto suas partes são chamados de “expiação”. Ao fazer isso, Ellen White reflete o que a própria Bíblia faz. No Dia da Expiação, por exemplo, cada parte do ritual é descrita como “expiação” (Lv 16:11, 18, 20), assim como o processo inteiro também é uma “expiação” (v. 34).

As dimensões da expiação de Cristo não são competitivas e mutuamente excludentes. Elas se entrelaçam e formam a trama da grande história da redenção.

(Isaac Malheiros, Facebook)  via Outraleitura

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Deveríamos celebrar as festas judaicas?

 


    Hoje vemos alguns grupos de professos cristãos afirmando que deveríamos celebrar as festas do calendário religioso judaico. Quanto a isto temos alguns pontos a considerar que esclarecem a questão, ou ao menos, ajudam a esclarecê-la:

1) O apóstolo Paulo escreveu: "Eu, Paulo, vos afirmo que Cristo de nada vos servirá, se vos deixardes circuncidar. E outra vez declaro solenemente a todo homem que se permite circuncidar, que ele, desse modo, fica obrigado a cumprir toda a lei" Gálatas 5:2-3. 

    Uma coisa que fica clara no texto paulino é que não estamos obrigado a cumprir toda Lei, isto porque ela não  trata só da parte moral (Dez Mandamentos), mas é um conjunto de regulamentos que inclui leis civis, cerimoniais, sanitárias e de saúde. Entendemos que boa parte da Lei já cumpriu o seu propósito ou papel ao representar o sacrifício vicário de Cristo na cruz, parte que  Paulo denomina de "sombras de coisas futuras" ( Heb.10:1; Col.2:16-17). Sendo assim, entendemos que toda a parte cerimonial perdeu sua eficácia quando Jesus rendeu sua vida no madeiro e o véu do templo se rasgou de alto abaixo (Mat. 27:51). Este cerimonialismo que se referia ao sacrifício de Cristo, estava prefigurado não somente nos sacrifícios de animais realizados no templo diariamente, mas também na festas, como é o caso da Páscoa. Portanto entendemos que esta festa foi substituída pela cerimônia da Santa Ceia. Outras festas tinham tanto um sentido expiatório, como é o caso do Yon Kippur ( Dia da Expiação), quanto cívico ou mais voltado ao povo de Deus como nação. Quanto a isto irei discorrer no próximo tópico sobre a vigência do período de Israel como povo escolhido de Deus.

2) Israel, como nação, foi representante da verdade revelada por Deus, constituindo Seu povo  até o começo da era do Novo Testamento, ou seja, o ano  34 d.C. Segundo a profecia de Daniel no capítulo 9, havia um tempo determinado para que Israel cumprisse seu propósito. "Setenta semanas estão determinadas sobreo o teu povo ...(verso 24). Aplicando o principio de interpretação profética de cada dia valendo 1 ano (Ezeq.4:6; Num.14:34), entendemos que se trata de semanas de anos. Neste período de 490 anos, alguns fatos ocorreriam, entre os quais: a reconstrução de Jerusalém e do templo nas primeiras 7 semanas (49 anos), depois passados mais 62 semanas (434 anos) viria o Messias o ungido e no meio da última semana seria expiado os pecados pelo sacrifício de Jesus.  Sem querer entrar em muitos detalhes, basta dizer que esta profecia abrange o período que vai desde a ordem para reconstruir Jerusalém (457 a.C) - (Dan.9:25) até o fim  do período que Israel permaneceu como nação escolhida (34 d.C), passando este encargo a  ser exercido pela igreja cristã.

3)  Os que defendem a observância das festas judaicas, entre outros ritos cerimoniais da antiga aliança, geralmente também defendem a ideia da restauração de Israel como povo de Deus nos últimos dias. Usam como base certos textos encontrados no Antigo Testamento, como Ezequiel 37  e Jeremias 30; os quais entendemos que se referem à restauração pós-exilio babilônico ou a uma situação de prosperidade e bênçãos que era condicionada pela fidelidade e obediência do povo, que infelizmente não se cumpriu na nação de Israel. Israel só cumpriu parcialmente o propósito de Deus como nação escolhida e depositária da Palavra revelada. Israel falhou não somente pela desobediência e hipocrisia, mas sobretudo pela rejeição a Jesus como Filho de Deus e a seu sacrifício expiatório na cruz.

    O fato marcante que delimitou o fim do período de Israel como nação escolhida foi o apedrejamento de Estevão em 34 d.C. Ali começou o período em que a igreja cristã passou a ser o povo de Deus na Terra, ou seja,  Israel agora é  espiritual, não mais uma nação no sentido étnico, mas um povo que transpõe fronteiras, etnias e nacionalidades. Depois de um certo tempo pregando só aos judeus, os discípulos  passaram a pregar  o evangelho  a todas as nações, sendo destacado a orientação do Espírito Santo para isto, como é o caso da visão recebida por Pedro do lençol repleto de animais (Atos 10). O apóstolo Paulo comentando o fato da universalidade da igreja, escreveu o seguinte: "Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre, não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3:28).

CONCLUÇÃO: Como vimos pelo que foi abordado até aqui, não há base bíblica para acharmos que devemos, na nova aliança, celebrar as festas judaicas. Aqueles que defendem esta observância, devem aceitar a vigência da nação de Israel como povo de Deus até os nossos dias, sendo assim deveriam concordar com a ideia dispensacionalista da reconstrução do templo de Jerusalém na atualidade e a volta dos sacrifícios neste lugar, o que ao meu ver, contraria totalmente a revelação dada por Deus na era do Novo Testamento.

Aguinaldo C. da Silva

sábado, 27 de junho de 2020

A Lei como regra de vida !



       Há diferentes segmentos e igrejas cristãs que desconsideram o real valor e sentido da lei, dizem que a lei deixou de ser válida na era do Novo Tempo ou que foi abolida na cruz. Algumas declarações de Paulo são tomadas isoladas ou fora de contexto para basear esta visão sobre a lei.
No entanto, as declarações de Paulo expõe sua inutilidade para justificação do pecador. Diante da lei não encontramos salvação, mas percepção do pecado. "Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado." (Rom. 3;20).

       Paulo coloca em vários de seus escritos a verdadeira função da lei, no seu sentido primário a lei é um parâmetro para a vida, um instrumento pautador da conduta, uma regra áurea. " Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás." (Rom. 7:7)

       A Lei tem também o papel de revelar o caráter de Deus, que é amor (I João 4.16). Jesus confirmou o conceito expresso por certo doutor da lei: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e o teu próximo como a ti mesmo." (Lucas 10.27-28). 
     A expressão da Lei é o amor, uma expressão que se realiza quando os seus mandamentos são praticados ou adotados na  vida prática. Não é possível dizer que a manifestação espontânea de amor  dispense a guarda ou observância dos mandamentos individualmente. Mas a manifestação do amor só será legítima se envolver a observância dos mandamentos. O amor ao próximo se concretiza quando os mandamentos da lei (não matar, furtar, adulterar ...) são  individualmente observados.

      Há, em nossa época, a ideia de que Jesus substituiu a lei pelo amor quando disse: "Um novo mandamento voz dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós ..." (João 13.34). Sem querer fazer uma análise exegética completa do texto, em poucas palavras podemos entender que Jesus queria enfatizar uma forma mais intensa de amor, que estava ligada ao fato da morte próxima que Ele sofreia dando a vida pelos pecadores, assim nós também devemos dar a vida pelos irmãos.  Em nenhum lugar dos evangelhos Jesus relativiza, aboli ou diminui o valor da Lei, mas contrariamente a isto Ele diz que não veio abolir a lei e qualquer que alterasse os mandamentos seria considerado o menor no reino dos céus (Mat. 5.17,19).

      Voltando ao apóstolo Paulo, este não declara a abolição da lei na era do Novo Testamento, mas sua validade ainda em seus dias. Ele disse: "E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom... Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor, assim que eu mesmo com entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne a lei do pecado" (Rom. 7:12,25).

       A pergunta que se levanta é: Se a lei não salva ou justifica, como foram salvo os fiéis da era do Antigo Testamento?
"Portanto, que diremos do nosso antepassado Abraão? Se de fato Abraão foi justificado pelas obras, ele tem do que se gloriar, mas não diante de Deus. Que diz a Escritura? "Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça". Ora, o salário do homem que trabalha não é considerado como favor, mas como dívida. Todavia, àquele que não trabalha, mas confia em Deus que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça." (Rom. 4.1-5).
 
       Abraão foi justificado pela fé, apesar de ter guardado todos os mandamentos durante a sua vida (Gên. 26.5). Pois a salvação pela fé é a única forma que Deus usou tanto na era do Antigo quanto do Novo testamentos.
      Mas se a lei tinha como objetivo e utilidade pautar a conduta e instruir as pessoas, por que foi concedida em tábuas de pedra quatro séculos depois? O deserto foi para os israelitas uma experiência de reabilitação, após um longo período de escravidão no Egito e esquecimento dos princípios e valores transmitidos aos patriarcas. Deus pretendia formá-los como uma nação com um propósito especial: ser uma luz e uma bênção para as demais nações (Gên. 12,3).

Christopher Wright comenta:

“No Sinai, Deus entrou numa aliança com o povo de Israel (e com o restante das nações em vista) chamando‑o para ser seu representante (sacerdotalmente) e para ser separado (santo). Ele lhe deu um dom da graça – não para que pudessem merecer sua salvação, uma vez que já haviam sido redimidos, mas para moldá‑los como um povo modelo, a fim de fossem uma luz para as nações.” 1

       O propósito de moldar o seu povo conforme a imagem do Senhor Jesus é a intenção de Deus em todas as eras. Para isto a lei foi concedida como parâmetro de conduta ou regra de vida. Disse o salmista que bem aventurado é quem "tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite." (Salmos 1:2). 
       Se referindo a Nova Aliança, Paulo afirma citando Jeremias, que o  objetivo de Deus  é escrever os mandamentos no coração de seus filhos. É na  nova aliança a ocasião que se realizará tal intensão divina.
 
"Porque esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo." (Hebreus 8:10).

Que nossa vida seja pautada pela lei de Deus e que sua eficácia seja a marca de nosso discipulado - com frutos caracterizados pelo Seu amor!


Aguinaldo C. da Silva


1 WRIGHT, Christopher J. H. A missão do povo de Deus : uma teologia bíblica da missão da igreja / Christopher J. H. Wright ; tradução Waléria Coicev. São Paulo : Vida Nova 2012. p. 51
  

sábado, 28 de março de 2020

Papa reza só e concede indulgência plenária por pandemia de coronavírus

Papa Francisco rezou nesta sexta-feira (27) sozinho diante da imensa praça de São Pedro vazia e deu a bênção e a indulgência plenária ao mundo pela pandemia de coronavírus que o assola. Não há registro de gesto semelhante na história do Vaticano.
Foi um ritual inédito, durante o qual ele deu a bênção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo) a todos os fiéis.
A bênção permite que mais de 1,3 bilhão de católicos obtenham a indulgência plenária, ou seja, o perdão de seus pecados, em um momento tão difícil, com medidas de confinamento que afetam mais de 3 bilhões de pessoas.
A bênção extraordinária Urbi et Orbi é a mesma que os pontífices costumam transmitir apenas em 25 de dezembro e no domingo de Páscoa, datas em que se lembra o nascimento e a morte de Jesus.
A imagem do chefe da Igreja católica orando sozinho diante da imensa esplanada pelo fim da guerra contra um inimigo invisível é quase cinematográfica.
Fonte: G1

Nota. O Papa usando de uma de suas prerrogativas como sumo pontífice ou Pontífice Maximus, título herdado do imperador romano, concede indulgência plenária a todos os católicos. É importante destacar que a indulgência plenária foi instituída durante a Idade Média e nada mais é que  uma afronta ao ministério intercessório do Senhor Jesus no santuário celestial (Hebreus 7,8,9). A mediação entre Deus e os pecadores é de exclusividade  do Senhor Jesus (I Timóteo 2:3-6) e o poder de perdoar pecados é um atributo divino. Lembremos do episódio em que Jesus foi acusado pelos judeus de blasfêmia porque perdoava pecados, assim se colocando como Deus (Marcos 2:5-7). Todas estas ações do mandatário maior da igreja Católica contradizem a Palavra de Deus e são o cumprimento de Daniel 7, onde diz que um poder chamado de "ponta pequena" iria jogar a verdade por terra, atacar os santos do Altíssimo e seu santuário. Este poder que teve domínio temporal por 1260 dias proféticos ou anos literais (538 d.C a 1798 d.C) voltará a ter predominância no final dos tempos, conforme as profecias de Apocalipse capítulos 13 e 17).

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A lei e os profetas duraram até João?

     Quando Jesus  expõe a sua interpretação da lei, os lideres religiosos olham com desconfiança e incredulidade para este novo rabino. Jesus não tinha passado pela escola de formação dos rabinos judeus, mas tinha autoridade. Autoridade que foi reconhecida tanto pelas pessoas comuns quanto por alguns mestres em Israel. Jesus apresenta sua messianidade não só pelos milagres realizados, mas principalmente por sua mensagem.  Neste contexto Ele diz;
“A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele. E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei.”Lucas 16:16,17.
    No manuscrito grego está assim : “A lei e os profetas até João...” (Lucas 16:16 ) a palavra " DURARAM " é um acréscimo do tradutor. A passagem correlata que está em Mateus 11:13, traz a expressão "PROFETIZARAM  até João”. Profetizaram de quem? Profetizaram  da vinda de Jesus. João Batista foi o último que anunciou a vinda do Salvador. A lei e os profetas era uma referência à própria Bíblia, que naqueles dias se consistia só do antigo testamento. Portanto Jesus procurou embasar-se na Bíblia para demonstrar sua messianidade. Após sua ressurreição, ao conversar com dois discípulos no caminho para Emaús, sem que eles o reconhecessem, usou também as Escrituras para que eles entendessem o porquê de sua morte e ressurreição. "E começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as escrituras.” Lucas 24;27.
   Portanto estava ali com eles alguém que tinha autoridade para interpretar a lei e ensiná-la ao povo. Afinal, foi ele quem a concedeu a Moisés no monte Sinai. Foi com esta autoridade que Ele disse que é lícito fazer o bem no sábado (Mateus 12:12). Não disse que era lícito fazer todo ou qualquer trabalho neste dia, numa tentativa de abolir parte dos mandamentos. Sua intenção era orientar quanto a guarda deste preceito. Por isto disse; “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir. MateusHYPERLINK "https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/5/17+" HYPERLINK "https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/5/17+"5:17.
   A grande verdade que Jesus tentou transmitir diz respeito à necessidade de integralidade ou completude na vida cristã. Ele disse: "Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas, e não deixar as outras." LucasHYPERLINK "https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/11/42+" HYPERLINK "https://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/11/42+"11:42 (negrito acrescentado)
   Segundo Jesus o erro principal do lideres religiosos daquele tempo era a parcialidade com que interpretavam os preceitos e mandamentos. Agregar os aspectos apontados por Cristo (zelo e amor) aos preceitos da Palavra de Deus é uma necessidade básica ainda hoje. 
   Frequentemente vemos versões superficiais do Evangelho sendo oferecidas às pessoas. Interpretações que buscam enfatizar algum aspecto, mesmo que importante da Palavra de Deus, seja dons, bênçãos ou prosperidade, mas que omitem ou que desconsideram outros. Como discípulos de Cristo devemos preconizar a integralidade da Palavra de Deus. Este é um dos aspectos de nossa fidelidade, demonstrando assim nosso amor e realidade de nossa comunhão com Ele.
   Reconhecemos o caráter progressivo da verdade como uma revelação que se amplia no decorrer da Bíblia Sagrada. E assim também é em nossa vida a medida que vamos incorporando gradativamente em nosso viver. Devemos solicitar a ajuda do Espírito Santo tanto para compreender quanto para praticar aquilo que é da vontade do Pai.

 Aguinaldo Carvalho da Silva

quarta-feira, 1 de junho de 2016

O juízo pré-advento

     Este é um assunto que tem provocado muita incompreensão por parte de muitos estudiosos da Bíblia. Meu objetivo aqui não é elucidar todos os aspectos deste ícone da doutrina adventista, mas expor a viabilidade teológica do tema, a partir de uma leitura refletida sobre alguns textos bíblicos. Uma análise meticulosa do livro de Apocalipse lança luz sobre o assunto, tornando o tema propício de ser assimilado. O primeiro deles é Apocalipse 3 verso 5. Lá esta escrito:
O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante de seus anjos.”
Neste texto o crente é apontado como um combatente, se há vencedores isto indica que há luta. O apóstolo Paulo também se refere à carreira cristã como o “combate da fé” (II Tim. 4:7). Só é possível saber quem é vitorioso depois de encerrada a luta, não podemos determinar isto durante a prova.  O autor do Apocalipse está dizendo que os crentes ou todos aqueles que ingressaram para o Reino de Deus, serão em algum momento após a jornada da fé, olhados pelo seu Senhor, e somente os vitoriosos serão mantidos no livro da vida, ou seja, não terão seus nomes riscados. Um momento de selamento, onde a posição de salvo se torna definitiva e não mais haverá  a possibilidade de reversão.  Alguém poderá dizer que este momento seja logo após a morte. Mas o mesmo livro de Apocalipse diz que haverá um momento definido para este julgamento. “E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados ...” (Apoc11:18).
Com relação ao julgamento diante do trono branco (Apoc20:11-15), é dito: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Apoc. 20:15). Aí a questão não gira mais em torno de se manter ou riscar o nome do livro da vida, mas em apenas verificar se o nome está escrito no livro da vida. Isto nos leva a inferir que o momento de se verificar quem irá permanecer com o nome no livro da vida não será após o milênio, nem durante o mesmo, pois neste tempo a igreja já estará no Céu participando de um outro julgamento, o de Satanás e dos ímpios (I Cor. 6:2-3). Assim sendo, o momento em que os justos serão apresentados diante da platéia celestial será antes do segundo advento de Cristo à Terra.
Na Parábola das Bodas (Mateus 22:1-14), Jesus ratifica esta idéia, os convidados são observados nas cortes celestiais e os que não têm a veste nupcial serão lançados fora. A Parábola das 10 virgens também enfatiza esta verdade. As virgens loucas também aceitaram o convite, permaneceram lado a lado com as virgens prudentes, até recebem o azeite, mas não o guardaram devidamente e por isto não foram recebidas pelo noivo.
A grande maioria dos evangélicos consideram esta doutrina incompatível com a justificação pela fé. Talvez o problema esteja na compreensão do fenômeno da salvação.  Somos salvos quando nos encontramos com Cristo e recebemos Sua graça, mas o permanecer na graça depende de como nos relacionamos com Cristo. Neste caminho há sinergismo, interação; não somos salvos compulsoriamente. O ouvir e atender a voz do Espírito Santo depende de nós. A Bíblia diz que aquele que perseverar até o fim este será salvo (Mateus 10:22). A compreensão da salvação sem este último elemento cria um conceito deturpado da graça. Um conceito de que eu não preciso vigiar, exercer fé, perseverar nas provas.
Muito ao contrário de ser um julgamento para se encontrar méritos pessoais para a salvação, este é um julgamento para ver quem permaneceu firme no relacionamento com Cristo. Apesar de o rompimento deste relacionamento já trazer consequências imediatas; perante as hostes celestiais haverá um dia em que as coisas serão colocadas às claras (Romanos 2:16; Hebr. 4:13; 10:30; Apoc. 3:5; Exodo 32:33). 
           

Aguinaldo C. da Silva


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Verdades sobre o Juízo Final

Relaciono abaixo alguns tópicos sobre o juízo de Deus, do qual nos fala a Bíblia e pelo qual será dado o galardão a todo ser humano.

1) Todos passaremos diante do juízo de Deus.
 "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal." (I Cor. 5:10)

2)
Deus  promete trazer  a juízo toda obra.
"Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau." (Ecl.12:14)
"Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor." ( ICor. 4:5)

3)
A nossa responsabilidade perante Deus é individual.
"De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus." (Rom. 14:12)

4)
A lei de Deus é o padrão ou norma pela qual todos serão julgados.
"Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei. Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade." (Tiago 2:11,12)

5)
Apenas os fiéis serão dignos de receber o galardão da salvação.
"E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor." (Mat. 25:21)

6)
O juízo de Deus se inicia na iminência da segunda vinda de Cristo à Terra.
"E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva." (Apoc. 11:19)
"E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas".(Apoc. 14:6,7)

7) Haverá três fases no juízo de Deus: 1- pré-advento, 2- milenial, 3- executivo.
1"Então disse o Senhor a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei do meu livro." (Êxodo 32:33) 
"O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos."(Apoc. 3:5)
2 - "Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?" (I Cor. 6:2,3).
3 - "E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." (Apoc. 20:11:12) "E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo." (Apoc. 20:15)

Nota. Com relação as três fases do juízo de Deus, podemos dizer o seguinte:
        Haverá um momento no qual os crentes ou todos aqueles que ingressaram para o Reino de Deus, serão olhados ou examinados pelo Senhor através dos registros nos livros do Céu, e somente os vitoriosos serão mantidos no livro da vida, enquanto os demais terão seus nomes riscados (Apoc. 3:5). Portanto, a primeira fase do juízo se constitui em verificar quem irá permanecer com o nome no livro da vida. 
       Alguém poderá dizer que este momento seja logo após a morte. Mas o mesmo livro do Apocalipse diz que haverá um momento definido para este julgamento. “E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados ...” (Apoc. 11:18). "Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos." (Atos 17:31).
      A segunda fase do juízo se constitui em se verificar, junto aos registros celestiais, o porquê de muitos passarem ou não pela primeira ressurreição, que é a ressurreição para a vida. Neste tempo a igreja já estará no Céu participando deste  julgamento, no qual envolverá tanto os anjos rebeldes quanto os ímpios (I Cor. 6:2-3). 
     No final do milênio haverá o cumprimento da terceira fase do juízo, na qual será executada a sentença proferida nas fases anteriores (Apoc. 20:11-15). “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Apoc. 20:15). Aí a questão não gira mais em torno de se manter ou riscar o nome do livro da vida, mas em apenas verificar se o nome está escrito no livro da vida. Isto nos leva a inferir que a decisão já foi tomada numa fase anterior. 

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Escritor evangélico brasileiro rejeita imortalidade da alma

Ed René Kivitz é um conhecido escritor evangélico. Além de teólogo com mestrado em Ciências da Religião (Universidade Metodista de São Paulo), ele é pastor da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo, capital. Em seus livros e palestras, ele enfatiza o que é chamado de “missão integral”. Segundo essa ideia, a salvação não é apenas algo relacionado à “alma” do ser humano, mas envolve a pessoa completa: dimensão social, física, psicológica e espiritual. O resultado disso é uma pregação mais abrangente e relevante do evangelho. Em uma de suas recentes palestras, intitulada “O evangelho todo para o homem todo”, ele explica: “O cristianismo não ensina a imortalidade da alma, ensina a ressurreição. O que não morreu, não pode ressuscitar. Quem acredita na ressurreição, necessariamente deve acreditar na realidade da morte.

“A ideia da imortalidade da alma não é cristã, é grega”, prossegue Kivitz. “É a crença no dualismo espírito-matéria que compreende o corpo como ‘prisão da alma’, como acreditava Platão. O corpo é o invólucro da pessoa, cuja essência é o espírito. Nessa compreensão, na morte, o espírito se desprenderia do corpo e poderia, então, caminhar rumo à sua plena realização. O espiritismo vai pegar essa ideia e dizer que a reencarnação do espírito é o caminho do aperfeiçoamento.

“Mas a Bíblia ensina diferente. A antropologia bíblica, entretanto, apresenta o ser humano como uma unidade corpo/espírito, que atende pelo nome de alma vivente. A alma não é um terceiro elemento, como café (corpo), leite (espírito) e canela (alma). A alma é o nome do conjunto corpo (café) e espírito (leite). A alma é o café com leite, misturados originalmente com intenções definitivas. ‘Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente’ (Gênesis 2:7).

“A morte é a separação entre corpo e espírito e, justamente por isso, é a destruição da pessoa. A Bíblia não considera que ‘o espírito é a pessoa’, e que quando o corpo morre a pessoa continua viva, pois o espírito se desprende do corpo e atinge sua plenitude. A Bíblia não considera que exista pessoa sem corpo. Na verdade, uma ‘pessoa sem corpo’ é um defunto, está morta.

“A esperança cristã, portanto, não é a imortalidade da alma, mas a ressurreição. A ressurreição é a vitória total, a reintegração perfeita das facetas humanas que nunca deveriam ter sido separadas pela morte.

“A partir dessa concepção antropológica: o ser humano é uma unidade corpo-espírito, podemos concluir que não pode haver separação entre cuidar do corpo ou do espírito, pois cuidamos mesmo é da pessoa, que chamamos de ‘homem todo’. A ação que se destina apenas ao cuidado do espírito de um ser humano, na verdade é uma ação voltada ao não-homem, pois não existe ‘só o espírito’. [...]

“Parafraseando Ortega Y. Gasset, podemos dizer que Jesus é Salvador do ‘homem e suas circunstâncias’, que engloba a vida em suas dimensões física, psico-emocional, espiritual, social, econômica, política e outras.

“É por esta razão que o Novo Testamento chama de salvação tanto a cura do corpo quanto o perdão para os pecados (Mateus 9:1-8); tanto a ressurreição do corpo (João 11) quanto a superação do poder do dinheiro (Lucas 19:1-10); tanto a libertação do cativeiro dos espíritos diabólicos quanto a reintegração social (Marcos 5:1-20). [...]

“A missão da igreja, portanto, não consiste apenas do testemunho de uma mensagem verbal, convocando espíritos humanos a que recebam perdão para os pecados e se acomodem na esperança do céu pós morte. A missão da igreja consiste em levar o evangelho todo para o homem todo, convocando pessoas (unidade corpo-espírito) para que se integrem e participem do reino de Deus desde já, rendendo todas as áreas e dimensões da existência humana à autoridade de Jesus.” 

(Ibab) via  Criacionismo

Nota: Engana-se quem pensa que só os Adventistas rejeitam a imortalidade da alma. Na realidade grandes teólogos têm manifestado esta compreensão, ou seja, que a morte é o fim da vida e da existência, que os mortos poderão voltar à consciência só através da ressurreição.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Nos bastidores do Grande Conflito


No grande conflito que se iniciou no Céu com a revolta de Lúcifer, algumas coisas que motivaram este conflito continuam em foco aqui na Terra. Entre estas figura:

1) Desejo de adoração própria.
 Satanás  disse em seu coração: "Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo." Isaías 14:14. O desejo de auto adoração foi uma das colunas de sua revolta. Hoje esta ideia é propagada em nosso mundo de várias formas. Nas músicas, filmes, filosofia, etc., serve como lema para o caráter ambicioso e concupiscente do ser humano. A adoração ao ego, o culto ao hedonismo e as paixões é a palavra de ordem da presente época. A mesma premissa do diabo ainda reverbera hoje de forma ampla na sociedade. Por outro lado a Palavra de Deus ordena adorar a Deus. É a Ele que  devemos render adoração para que possamos estar em equilíbrio, paz e felicidade. Este é o primeiro pilar do confronto que aconteceu no Céu.  

2) Obediência aos princípios de Deus
A segunda coisa que estava na base do conflito no Céu é a obediência aos princípios de Deus. A lei de Deus está no centro do grande conflito, pois é a expressão do caráter de Deus, tanto é que no santuário terrestre os Dez Mandamentos figuravam no lugar mais sagrado do santuário, o Santíssimo, dentro da arca da aliança. Ali Deus manifestava sua glória e era o lugar que o sumo sacerdote uma vez no ano entrava buscando  perdão. No decorrer das épocas Satanás perseguiu e deturpou a Lei. Hoje uma das ideias mais propagadas na sociedade é do relativismo moral. Esta determina que não há base moral universal, ou seja, cada um define sua própria lei e norma de conduta. Uma grande tentativa diabólica para tirar a validade e a importância da lei de Deus. No entanto, o Apocalipse revela o santuário celestial aberto no céu mostrando a arca da aliança (Apoc.11.19). Assim nas horas finais da história deste mundo a lei moral de Deus será exaltada, pois o grande conflito chega ao fim e Deus é vencedor, seu caráter e princípios serão finalmente reconhecidos por todo o Universo. 

Aguinaldo C. da Silva

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A questão das carnes na visão de Paulo

Muitos cristãos enfrentam dúvidas sinceras convivendo com a cultura que os cerca. Posso isso? Posso aquilo? É pecado aquilo outro? Dependendo da cultura, as perguntas variam, mas no fundo todas elas são resultado do fato que nem sempre a linha que divide o certo do errado é muito clara. 

Paulo enfrentou um caso destes na igreja de Corinto. Havia festivais pagãos oferecidos aos deuses nos templos da cidade, onde se sacrificavam animais e se comia a carne deles. Fazia parte da cultura pagã daqueles dias. Os novos convertidos de Corinto, grande parte deles ex-idólatras (1Cor 6:9-11), estavam cheios de dúvida se podiam ao menos comer carne, pois sempre corriam o risco de, sem saber, estarem comendo a carne de algum animal que havia sido oferecido aos ídolos e aos demônios.

Eles haviam discutido o assunto e se dividiram em dois grupos: os “fortes,” que achavam que podiam comer, e os “fracos,” que achavam que não e preferiam ficar com os legumes (leia 1Co 8—10 para ver o contexto). E mandaram uma carta a Paulo sobre isto (1Cor 8:1). Eram os crentes livres para comer carne mesmo correndo este risco? A resposta de Paulo foi tríplice:

1) O crente não deveria ir ao templo pagão para estas festas e ali comer carne, pois isto configuraria culto aos ídolos e portanto, idolatria. É referindo-se a participar do culto pagão que ele diz “não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios” (1Cor 10:19-23).

2) O crente poderia aceitar o convite de um amigo pagão e comer carne na casa dele, mesmo com o risco de que esta carne tivesse sido oferecida aos ídolos. E não deveria levantar o assunto. Se não houvesse ninguém que levantasse a questão e ninguém que fosse se sentir ofendido, o crente poderia comer a carne oferecida por seu amigo descrente. Se, todavia, houvesse alguém presente ali que se escandalizasse, o crente não deveria comer. A proibição de comer não era porque era pecado, mas porque iria ofender o irmão de consciência débil e fraca que porventura estivesse ali também, como convidado (1Cor 10:27-31).

3) E por fim, Paulo diz que o crente pode comer de tudo que se vende no mercado sem perguntar nada. O argumento dele é que a terra e a sua plenitude – isto é, tudo o que Ele criou – é de Deus e intrinsecamente bom, se usados corretamente. (1Cor 10:25-26).

Mais tarde, ele escreve a Timóteo criticando os que “exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado” (1Tim 4.3-4).

Parece claro que o raciocínio de Paulo é que a carne só se torna anátema e proibida para o crente enquanto estiver no ambiente pagão de consagração aos ídolos. Uma vez que a carne saiu de lá e foi para o açougue e de lá para a mesa do crente ou do seu vizinho descrente, não representa mais qualquer ameaça espiritual. De outra forma, Paulo não teria permitido o seu consumo em casa e na casa de um amigo. A restrição é somente no ambiente de culto e consagração pagã.

Alguns dos coríntios, para não arriscar, tinham preferido só comer legumes, com receio de ficarem contaminados com os demônios a quem a carne teria sido oferecida: “o débil come legumes” (Rm 14.2). Paulo certamente preferia que os crentes da cidade seguissem o caminho dos que ele chama de “fortes,” que é daqueles que já aprenderam que só há um Deus e um Senhor e que tudo é dele. A Igreja não pode ficar refém da ética dos “débeis” pois inevitavelmente descamba para o legalismo. Mas, ele admite que “não há este conhecimento em todos” (1Co 8.7) e determina que, em amor e consideração a estes irmãos, haja respeito e consideração uns para com os outros.

Em resumo: à exceção dos churrascos nos templos pagãos, os crentes podiam comer em casa carne comprada no mercado, e na casa de amigos descrentes quando convidados. Quem não se sentisse a vontade para fazer isto, por causa da consciência, que comesse legumes. Não havia problemas, desde que não condenassem os que se sentiam tranquilos para comer carne. E estes, não deveriam zombar e desprezar os outros.


Fonte: tempora-mores.blogspot.com.br

Nota. O elucidativo artigo acima deixou claro que Paulo estava falando sobre carnes sacrificadas aos ídolos e não de tipos de carnes em si, se era de animal imundo ou limpo - ver Levítico 11. Assim em declarações como: "tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado” (1Tim 4.3-4), se referia a carnes de  animais sacrificados em templos pagãos.  As orientações de Levítico 11 se referem a uma regra de saúde que é válida ainda em nossos dias, pois Deus ainda tem interesse em nossa boa saúde e conservação.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Deus nos vestiu

Comemos a nossa conta do fruto proibido. Dizemos o que não deveríamos falar. Vamos aonde não deveríamos ir. Apanhamos frutos das árvores que não deveríamos tocar.
E quando fazemos essas coisas, a porta se abre e a vergonha entra. E nós nos escondemos. Costuramos folhas de figueira. Desculpas frágeis. Justificativas transparentes. Cobrimo-nos de boas obras e boas ações, mas basta um golpe de vento da verdade para que estejamos despidos outra vez – despidos pelo nosso próprio pecado.
Então, o que Deus faz? Exatamente o que fez para os nossos pais no jardim. Derrama o sangue inocente. Oferece a vida de Seu Filho. E da cena do sacrifício o Pai tira uma vestimenta – não a pele de um animal – mas uma roupa de justiça. E lança em nossa direção, e nos manda vesti-la? Não, Ele mesmo nos veste. Reveste-nos com o Seu próprio Ser. “Todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo” (Gl 3:26-27).
A roupa é uma obra dEle, não nossa. Você observou a falta de atividade de Adão e Eva? Nada fizeram. Absolutamente nada. Eles não pediram o sacrifício, nem mesmo se vestiram. Foram passivos no processo. Nós também. “Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem de obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura Sua” (Ef 2:8-10).
Escondemo-nos. Deus nos procura. Nós trazemos o pecado. O Senhor traz um sacrifício. Experimentamos as folhas da figueira. O Senhor traz a roupa da justiça. E assim, cantamos a canção do profeta: “O Senhor… me vestiu de vestes de salvação, me cobriu com o manto de justiça, como um noivo que se adorna com atavios e como noiva que se enfeita com as suas jóias” (Is 61:10).
Deus nos vestiu. Protege-nos com um manto de amor. Você consegue olhar para trás e ver exemplos da proteção do Senhor? Eu também. (Extraído da obra Aprenda a compartilhar um amor que vale a pena, de Max Lucado). via NovoTempo

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A Doutrina da Expiação

A doutrina da expiação não é uma teoria abstrata de salvação. Ao contrário, ela é o poder salvador de Deus atuando diretamente na vida de seres caídos, cheios de pecados.
O que é expiação? De uma forma geral, poderíamos dizer que a palavra “expiação” se refere à remoção de qualquer obstáculo que nos atrapalharia de seguirmos a Deus. Em um sentido, expiação é o mesmo que reconciliação. Mas também está relacionada com a idéia de redenção. Isso é um trabalho pelo qual nós, seres humanos, somos restituídos à nossa condição que seria a original, que é vivermos na presença da santidade de Deus, eternamente. Seria a completa destruição da condição de pecado que existe aqui neste cantinho do Universo.
Concluindo, a doutrina da expiação é um ensinamento bíblico que enfatiza o sacrifício e todo o trabalho de Cristo como o meio exclusivo pelo qual a barreira do mal que existe entre Deus e nós é removida, levando-nos de volta à reconciliação de paz com Ele. Essa é a essência da mensagem bíblica, que pode ser traduzida por uma única palavra: amor.
 
Fonte: http://www.nasaladopastor.com