quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

O Grande Reset e os Eventos Finais

    Sabemos que precisamos estar atentos e vigilantes na Palavra e estudar os eventos profético. Isto é uma prática recomendável e saudável à fé. Sem querer recorrer a especulações e sensacionalismos, notamos que os eventos do mundo atual vão se encaixando no cenário profético dos últimos dias. 

    Eu, particularmente não acredito na retórica conspiracionista de que tudo é decorrente de uma  orquestração da elite global para impor uma nova ordem  emanada por um governo mundial socialista.  No entanto, não posso deixar de notar que gradativamente rumamos para uma realidade que será regida por  políticas e instrumentos supranacionais de controle e distribuição de recursos. Se há ou não uma orquestração para alcançar este fim, não sabemos, o que se vislumbra é que estamos rumando para grandes mudanças neste sentido de forma inexorável. 

    Neste contexto se apresenta o que pode ser visto como uma visão do futuro, o Grande Reset, uma proposta disseminada por Klaus Schwab, presidente do Fórum Econômico Mundial (WEF) e co-autor do livro "Covid 19: The Great Reseat". Este detalha as nuances do que pode se tornar o mundo a partir de um projeto global de gerência dos recursos econômicos, ambientais e tecnológicos,  redefinindo  parâmetros e criando mecanismos  de controle financeiros e outros instrumentos de controle social.

     Uma nova ordem distributiva de recursos econômicos esbarrava, até bem pouco tempo, na barreira da operacionalidade. Com a evolução tecnológica surgiu dispositivos que possibilitaram a criação de coisas como:  moeda digital, identificação eletrônica, operacionalidade virtual. Hoje, com os recursos existentes é possível transferir dinheiro para qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. Baseado nesta possibilidade, uma das propostas em discussão nos fóruns das elites globais é a renda mínima mundial. A identificação digital eletrônica e o armazenamento em banco de dados de informações pessoais de cada cidadão dão a possibilidade de monitoramento por parte dos governos, que poderão restringir direitos e conceder liberdades conforme os critérios adotados por leis e decretos.    

    Entre os fatos elencados que apontam para a necessidade de instrumentos supranacionais de governança global, está as crises sanitárias, como a pandemia da Covid 19, as crises de cunho ambiental - destacando-se  aí a crise climática  provocada pelo aquecimento global e as crises sociais decorrentes de guerras, instabilidades políticas e econômicas. O fato mais importante é que tais crises se tornaram globais, o que acontece em um país acaba afetando os demais. Um exemplo disto é  a baixa imunização em certos países que causa o desenvolvimento de variantes do vírus  pandêmico atual, mais transmissíveis e menos sensíveis às vacinas hoje disponíveis. 

    A pressão sofrida pelas grandes potências da Europa e EUA, com a chegada cada vez maior de refugiados de diferentes países é outro elemento fundamental neste cenário que aponta para  grandes transformações no mundo. A ideia de que algo tem que ser feito para que a espécie humana sobreviva, de que o mundo deve se tornar mais igualitário e inclusivo para se garantir o futuro tem ganhado cada vez mais apoio e reconhecimento. E quanto a isto o Papa Francisco é uma das vozes mais influentes, que tem tomado parte ativa neste processo de transformação  para uma nova ordem econômica.

       Aparentemente tudo certo e positivo  neste cenário que se aproxima, não fosse a realidade que a profecia bíblica apresenta.  A Bíblia diz: "Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão." (I Tessalonicenses 5:3).

    A Bíblia fala da presença de crises e sinais catastróficos no mundo nos dias finais da história (Mateus 24 e Lucas 21). No entanto diz que a solução para a problemática humana vem do alto, ou seja, do próprio Deus. Em linguagem profética Daniel relata que "uma pedra (Cristo em sua segunda vinda) arremessada sem o auxílio de mãos destruirá a estátua (reinos deste mundo)" -  (Daniel cap.2). Esta sim será uma nova era que colocará o mundo numa condição de eterna paz e prosperidade,  com o fim do pecado e de seu originador.  

     Mesmo que as autoridades globais queiram e estejam munidas das melhores intenções, não será pelos esforços humanos que se concretizará a solução definitiva dos problemas hoje existentes. Sem Deus  não se encontrará a tão almejada paz mundial. Ao invés disto, haverá um poder central global  que implementará uma política de imposição de leis que infligirão a liberdade dos cristãos fiéis. No contexto de Apocalipse 13, só quem tiver o sinal da besta poderá comprar  e vender. Um curto período que antecederá a segunda vinda de Jesus à Terra. Quem viver verá e que estiver preparado sobreviverá espiritualmente a estas provações que logo surgirão neste planeta.


Aguinaldo C. da Silva