quarta-feira, 21 de abril de 2021

Fundamentalismo, Geopolítica e os Eventos Finais

 

     Caminhamos rapidamente para os eventos finais da história da humanidade. Depois dos eventos mais impactantes do século XX, tais como: as duas guerras mundiais e guerra fria, a fronteira da luta pela paz mundial olha para o fundamentalismo religioso como a última questão a ser resolvida.

     Heni Ozi Cukier, cientista político e palestrante  de renome internacional, discorre sobre a questão dos fundamentalistas de forma muito detalhada ( vídeo abaixo), expondo que estes sejam o último entrave  para que a humanidade alcance paz e estabilidade global. Em sua fala, afirma que a humanidade vivenciou conflitos de fundo nacionalista (guerras mundiais), depois ideológico (guerra fria) e agora o conflito de civilizações, onde o elemento religioso tem peso preponderante.  Apesar de ser geralmente associado  ao islamismo, é considerado que fundamentalismo religioso tenha sua origem no cristianismo, mais  precisamente no protestantismo dos EUA durante o século XIX. Entre as principais crenças que caracterizam este grupo, está o seguinte:  criação do mundo por Deus, literalidade dos milagres bíblicos, autenticidade dos eventos da morte e ressurreição de Jesus Cristo, um conflito universal entre o bem e o mal, advento de um juízo e  uma posterior era de paz e ordem no mundo. 

      Na visão da maioria dos intelectuais e líderes políticos mundiais, o fundamentalismo religioso  é um mal a ser combatido ou uma caracterização cultural que deve ser transformada pela influência do secularismo e da globalização. O homem moderno deve ter a religião apenas como um amparo psicológico que lhe traga conforto em momentos de turbulência e não algo real para crer e ordenar a sua vida. A  religião deve ter o foco no próprio homem e não numa base de revelação divina.

    Se contrapondo a este pensamento a Palavra de Deus afirma que no final dos tempos haverá um remanescente fiel, caracterizado pela guarda dos mandamentos e o testemunho de Jesus. (Apoc. 12.17). Este grupo será objeto de ódio e perseguição do dragão, figura que representa Satanás e os instrumentos que ele manipula. Gradativamente se fechará o cerco contra o remanescente do povo cristão que crê, de fato, na Bíblia.  Hoje, o que é visto como sinônimo de esclarecimento e boa formação é a postura liberal, relativista e secular. Apego e fidelidade aos ensinos das Escrituras passam a serem vistos como sinônimo de visão ultrapassada e anacrônica. Chegará o tempo em que a liberdade destes será cerceada, discriminação e perseguição ocorrerá por conta da busca de uma paz utópica. E quando pensarem que haverá paz, chegará repentina destruição. (I Tessalonicenses 5.3).

Aguinaldo C. da Silva