Nos dias atuais, parece que as profecias bíblicas sobre o sofrimento da Igreja e a intensificação da oposição ao cristianismo estão se tornando visíveis de modo doloroso, não apenas como metáforas espirituais, mas como realidades concretas. A cada ano, novos relatórios documentam que milhões de cristãos vivem sob pressão, discriminação, violência ou perseguição institucional.
Segundo o mais recente relatório Open Doors, publicado em 2025, mais de 380 milhões de cristãos em todo o mundo enfrentam “níveis elevados” de perseguição e discriminação por causa da fé.
Em 2024, aproximadamente 4.476 cristãos foram mortos por motivos ligados à fé, e só na África, a maioria dessas mortes ocorreu na Nigéria.
A perseguição não se limita à violência extrema. Em vários países, como a China, a opressão assume formas mais sutis, porém igualmente gravosas: fechamento de igrejas, restrições ao culto, vigilância digital, proibição de participação de menores em eventos religiosos, prisões arbitrárias, detenção de pastores e proibição de reuniões nas chamadas “igrejas domésticas”.
Ao mesmo tempo, comunidades inteiras são forçadas a fugir, emigrar ou viver na clandestinidade da fé. Igrejas são destruídas, comunidades desfeitas, famílias desintegradas e a prática religiosa cristã, em muitas regiões, se torna um ato de coragem e risco.
Na Bíblia, no capítulo 24 do Evangelho segundo Jesus Cristo, Ele alerta seus discípulos: haverá perseguição, tribulação, falsos profetas e ódio por causa do nome Dele — e tudo isso como parte dos “últimos dias”. Com certeza esses acontecimentos contemporâneos são indícios de que o mundo se aproxima do clímax do conflito cósmico entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas.
Quando lemos as notícias vindas da Nigéria, da China, do Paquistão, do Oriente Médio e de muitos outros lugares, vemos que a igreja passa por um ponto difícil da história, sendo que em alguns lugares se aproxima de épocas sombrias como nos primórdios — e talvez pior. A mídia, os relatórios, os testemunhos: todos apontam para um cenário em que seguir a Cristo representa coragem, convicção e, muitas vezes, sofrimento real.
As estatísticas globais de perseguição, morte, discriminação, opressão e destruição de igrejas, contrariam expectativas de outrora, tendo em vista os avanços da democracia e dos direitos humanos no mundo. Agora se vê, em vários países, um retrocesso dos direitos de liberdade religiosa e livre expressão de fé. A evangelização continua, mesmo em meio ao risco, e a fé permanece em meio as provas, mostrando a necessidade cada vez maior de preparo e vigilância espiritual daqui em diante. Sobretudo do “espírito de perseverança” predito para os dias finais da história.
Referências
-
Open Doors — “World Watch List 2025”: mais de 380 milhões de cristãos sofrem perseguição ou discriminação elevada. Vatican News
-
Dados de mortes, prisões e ataques em 2024: 4.476 cristãos mortos por motivos de fé; aumento no número de detidos e comunidades forçadas a deslocar-se. Vatican News
-
Situação da China: fechamento de igrejas, aumento da vigilância, restrições a menores e igrejas domésticas — agravamento da repressão religiosa. China Christian Daily
-
Conflitos regionais e perseguição em países como Nigéria, Paquistão, países de maioria islâmica — contexto mundial da opressão aos cristãos. Sir Agenzia

Nenhum comentário:
Postar um comentário