Ser discípulo de Cristo exige fé, paciência e discernimento. Caminhamos recebendo toda sorte de informações e estímulos que nos deixam expostos a ciladas e distrações. Se manter no caminho é o desafio para o cristão atual.
domingo, 24 de agosto de 2025
sexta-feira, 20 de junho de 2025
Qual o significado do atual apoio da direita americana à Igreja Católica?
A recente aproximação entre lideranças políticas da direita americana e a Igreja Católica, como as declarações e iniciativas de figuras como Rick Warren, que têm procurado pontes de diálogo com a referida igreja, suscita reflexões à luz da profecia bíblica sobre os eventos finais. Esse fenômeno não é apenas um movimento político ou social, mas também apresenta possíveis implicações espirituais que remetem às profecias de Apocalipse e à compreensão dos últimos dias. Sob esse prisma, destacam-se alguns aspectos fundamentais:
A ferida que se cura (Apocalipse 13:3)
O capítulo 13 de Apocalipse descreve a besta que recebeu uma “ferida mortal”, mas que seria curada, levando “toda a terra a se maravilhar”. O papado, sofreu um “ferimento mortal” em 1798, com a captura do papa Pio VI pelas tropas de Napoleão. De lá para cá houve uma restauração gradativa da influência global da Igreja Católica.
A aliança crescente entre a direita americana e o Vaticano pode ser vista como parte desse processo. Muitas lideranças conservadoras buscam no catolicismo um aliado em questões como a defesa da moralidade tradicional, o combate ao secularismo e a promoção de valores cristãos na política. Esse apoio não apenas fortalece a influência política do papado, mas também prepara o cenário para uma liderança religiosa e moral global, em consonância com as profecias.
O ecumenismo como sinal dos últimos dias (Apocalipse 16:13, 14)
Apocalipse 16 apresenta três espíritos imundos semelhantes a rãs que promovem a união entre reis da terra e poderes religiosos para a batalha do Armagedom. A visão adventista entende esse movimento como um simbolismo do ecumenismo moderno, que busca unir religiões em torno de objetivos comuns, muitas vezes às custas de verdades fundamentais da fé bíblica.
O apoio da direita americana à Igreja Católica é parte desse contexto. Embora motivado por interesses políticos e culturais, o ecumenismo também avança como uma ponte entre denominações protestantes e o papado. Esse movimento cumpre as profecias sobre uma aliança global entre poderes religiosos e políticos, preparando o cenário para os eventos finais.
Abandono das verdades bíblicas (2 Tessalonicenses 2:3, 4)
Paulo alerta em 2 Tessalonicenses sobre uma grande apostasia e a manifestação do homem do pecado, que se exalta acima de Deus. Esta previsão da perda das verdades bíblicas vem se cumprindo ao longo da história e atinge o seu ápice agora no tempo do fim.
A colaboração da direita americana com o papado reflete, em parte, o abandono de princípios bíblicos por muitas igrejas protestantes. A busca por unidade ecumênica frequentemente resulta em negligenciar diferenças doutrinárias cruciais, como a centralidade da Palavra de Deus e a autoridade dos Dez Mandamentos. Esse abandono é um sinal claro dos tempos e aponta para o cumprimento das profecias.
A sacralização do domingo e a pressão final (Apocalipse 13:15-17)
A imposição do domingo como dia de repouso universal é um ponto de destaque na escatologia adventista. Ellen White previu que a colaboração entre católicos e protestantes levaria à legislação dominical, que culminaria na perseguição dos que guardam o sábado bíblico.
A direita americana, muitas vezes comprometida com a ideia de restaurar “valores cristãos”, pode desempenhar um papel crucial nesse processo. A promoção de leis dominicais, inicialmente apresentadas como soluções para problemas sociais e ambientais, evoluirá para um mecanismo de coerção religiosa. Apocalipse 13 descreve que aqueles que se recusarem a aceitar esse sistema serão impedidos de comprar ou vender, enfrentando severa opressão.
Conclusão
O apoio da direita americana à Igreja Católica representa mais do que uma aliança política; é um passo significativo no cumprimento das profecias bíblicas sobre os últimos dias. Esse movimento é um sinal de que o retorno de Cristo está próximo. Diante disso, é essencial permanecer fiel às verdades bíblicas, estudar as Escrituras e proclamar a mensagem de advertência contida em Apocalipse 14, preparando-se para os desafios e a gloriosa redenção que se aproxima.
terça-feira, 3 de junho de 2025
A progressiva aproximação entre a Besta do Mar e a Besta da Terra!
A história das relações entre os Estados Unidos da América e o Vaticano revela mais do que uma evolução diplomática ou uma mudança de paradigma geopolítico. À luz da profecia bíblica e dos escritos do Espírito de Profecia, este processo deve ser compreendido como parte do cumprimento dos eventos finais descritos no livro do Apocalipse. O que antes parecia improvável — a aliança entre uma nação fundada sobre princípios protestantes e a Igreja de Roma — se concretiza como sinal da proximidade dos juízos de Deus.
Durante o século XIX, os Estados Unidos eram, aos olhos do mundo, uma terra de liberdade civil e religiosa. A Constituição americana representava um baluarte contra qualquer forma de tirania eclesiástica. Por isso mesmo, a aproximação com o poder papal era vista como contrária ao espírito da nação. Um episódio simbólico ilustra esse antagonismo: no final do século XIX, o Vaticano presenteou os EUA com uma relíquia sagrada, uma pedra da escadaria do Palácio de Pilatos. Longe de ser honrada, a relíquia foi destruída e lançada no rio por cidadãos nova-iorquinos, demonstrando a repulsa pública à interferência da Igreja de Roma.
Entretanto, a profecia já havia antecipado uma mudança. A “besta que subia da terra”, descrita em Apocalipse 13:11, que “tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, mas falava como dragão”, representa os Estados Unidos. A nação fundada sobre os princípios de liberdade e justiça eventualmente falaria como o dragão — um símbolo de intolerância, perseguição e união ilícita entre o poder civil e o religioso.
Ellen G. White, em sua obra O Grande Conflito, escreveu com clareza profética:
“Quando o protestantismo estender a mão através do abismo para apanhar a mão do poder romano, quando se curvar por sobre o abismo para dar a mão ao espiritismo, quando sob a influência desta tríplice união, nosso país repudiar todo princípio de sua Constituição como um governo protestante e republicano, e fizer provisões para a propagação das mentiras e ilusões papais, então saberemos que o tempo chegou em que a maravilhosa atuação de Satanás está para ocorrer, e que o fim está próximo.”
— O Grande Conflito, p. 588
A história recente confirma essa união crescente. Durante a década de 1980, Ronald Reagan e o Papa João Paulo II firmaram uma parceria estratégica, conhecida como a “Santa Aliança”, com o objetivo de derrotar o comunismo. Essa aliança envolveu cooperação política, diplomática e até operações secretas em países do Leste Europeu, como a Polônia. Em 1984, os EUA estabeleceram formalmente relações diplomáticas com o Vaticano — uma mudança impensável décadas antes, quando a separação entre Igreja e Estado era tida como sagrada.
No século XXI, a influência católica dentro da política e da cultura norte-americanas se intensificou. Cardeais norte-americanos passaram a ocupar papéis centrais na Cúria Romana, e muitos líderes políticos expressaram abertamente sua sintonia com o pensamento social da Igreja. O clímax desse processo se deu em maio de 2025, com a eleição de Papa Leão XIV, o primeiro papa nascido em solo americano. Esse evento simboliza não apenas o poder global crescente do catolicismo americano, mas a consolidação da união entre os EUA e Roma — uma união com implicações escatológicas profundas.
À luz da profecia, essa união prepara o cenário para o cumprimento das ordens da segunda besta, que fará com que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta (Apocalipse 13:12), ou seja, restaurará a supremacia papal por meio da coerção religiosa. A liberdade de consciência — outrora pedra angular da nação americana — será sacrificada em nome de uma falsa unidade espiritual.
Conclusão Profética
O que vemos hoje não é apenas um realinhamento político. É o desenrolar da profecia. A união dos Estados Unidos com o papado marca o início dos eventos finais que culminarão com a imposição da marca da besta e a perseguição ao povo fiel de Deus. Assim, cada movimento diplomático, cada gesto de aproximação, cada símbolo de união entre Washington e Roma deve ser compreendido como parte da preparação para o último grande conflito entre a verdade de Deus e os enganos de Satanás.
“É tempo de despertarmos do sono, porque agora a nossa salvação está mais perto do que quando aceitamos a fé.” — Romanos 13:11
Referência bibliográfica:
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Weigel, George. Witness to Hope: The Biography of Pope John Paul II. Harper Perennial, 2005.
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Allen Jr., John L. The Rise of Benedict XVI: The Inside Story of How the Pope Was Elected and Where He Will Take the Catholic Church. Image, 2005.
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Riccards, Michael. The United States and the Holy See: The Long Road. Lexington Books, 2010.
sexta-feira, 2 de maio de 2025
Os "Candidatos à Besta do Apocalipse" e a Estabilidade da Interpretação Historicista
Ao longo da história recente, diversas figuras públicas — especialmente líderes políticos influentes — foram apontadas, por intérpretes de viés futurista, como possíveis candidatos a ocupar o papel da Besta do Apocalipse descrita em Apocalipse 13. Entre os nomes que já receberam tal designação estão: Ronald Reagan, Barack Obama, Emmanuel Macron e Donald Trump. Em todos os casos, os motivos variaram de numerologia (como o caso de Reagan, cujo nome completo "Ronald Wilson Reagan" tem três palavras de seis letras — 666)1, à retórica carismática, influência internacional, ou políticas polarizadoras.
Essas interpretações vêm, em sua maioria, da escola futurista, especialmente em sua vertente dispensacionalista, que ganhou força com os escritos de John Nelson Darby no século XIX2 e foi posteriormente popularizada nos Estados Unidos através da Scofield Reference Bible (1909)3. O dispensacionalismo entende que grande parte das profecias de Daniel e Apocalipse se referem a eventos ainda futuros, geralmente vinculados ao período da chamada "Grande Tribulação". Nessa perspectiva, a Besta é muitas vezes entendida como um líder político mundial que surgirá nos últimos dias, possivelmente à frente de um governo global.
Essa abordagem, no entanto, tem levado a um padrão de constante revisão e atualização de candidatos ao papel da Besta, à medida que o cenário político internacional muda. A cada nova eleição ou conflito, surge um novo "anticristo em potencial", criando um ciclo de previsões que raramente se concretizam e acabam sendo descartadas com o tempo. Esse fenômeno levanta questões sérias sobre a estabilidade hermenêutica desse modelo.
Por outro lado, a escola historicista (que está na base da visão Adventista) oferece um contraste notável. Essa abordagem interpreta as profecias apocalípticas como se cumprindo progressivamente ao longo da história, desde os dias dos apóstolos até a consumação final. Essa linha foi amplamente adotada por reformadores protestantes como Martinho Lutero, João Calvino, John Knox e os puritanos ingleses, que identificaram a Besta, bem como o "homem do pecado" de 2 Tessalonicenses 2, com o sistema papal romano. Lutero, por exemplo, declarou: "Eu estou convencido de que o Papa é o anticristo verdadeiro"4.
Autores historicistas como Isaac Newton, em sua obra Observations upon the Prophecies of Daniel, and the Apocalypse of St. John (1733), interpretaram os eventos de Apocalipse como representações simbólicas da história da Igreja, incluindo o surgimento do papado, as perseguições medievais, a Reforma e os conflitos europeus subsequentes5. Essa leitura não depende de especulações baseadas em figuras contemporâneas, mas de uma estrutura contínua e coerente, que busca reconhecer o desenvolvimento do cristianismo institucional ao longo dos séculos como o palco do cumprimento profético.
Enquanto o futurismo tende a ser reativo aos eventos atuais — levando a interpretações frequentemente sensacionalistas — o historicismo mantém uma abordagem sistemática, ancorada em eventos históricos já realizados. A repetida troca de nomes e rostos no papel da Besta entre os futuristas pode, portanto, ser vista como evidência de uma certa fragilidade interpretativa. Em contraste, a escola historicista permanece notável por sua consistência exegética ao longo de mais de cinco séculos.
Em termos teológicos, essa estabilidade pode ser entendida como um reflexo de uma hermenêutica mais sólida, que reconhece a progressividade da revelação histórica. O futurismo, ao deslocar o cumprimento profético para um futuro indefinido, frequentemente desconsidera o papel central da história da Igreja — e, consequentemente, da luta entre verdade e erro — como o palco primário da batalha escatológica.
Conclusão
A multiplicidade de "candidatos à Besta" sugeridos por futuristas ao longo das últimas décadas evidencia um problema fundamental: a falta de estabilidade hermenêutica. Em contraste, a abordagem historicista oferece um modelo interpretativo que, embora menos popular em círculos modernos, apresenta uma coerência histórica notável e se ancora na tradição reformada. Esse contraste levanta uma questão importante: estariam os eventos do Apocalipse mais conectados à história já percorrida do que a um futuro sempre em mutação? Para muitos estudiosos historicistas, a resposta continua sendo um firme "sim".
Referências :
Moyer, Elgin. Who Was Who in Church History. Keats Publishing, 1974. Essa alegação sobre Reagan se popularizou entre grupos de interpretação literalista e conspiratória. ↩
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Darby, John Nelson. The Collected Writings of J.N. Darby, Vol. 2: Doctrinal. London: G. Morrish, 1867. ↩
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Scofield, C. I. The Scofield Reference Bible. Oxford University Press, 1909. A obra foi crucial para espalhar o dispensacionalismo nos EUA. ↩
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Lutero, Martinho. WA (Weimarer Ausgabe), Vol. 8, p. 708. Ver também: An den christlichen Adel deutscher Nation, 1520. ↩
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Newton, Isaac. Observations upon the Prophecies of Daniel, and the Apocalypse of St. John. London: J. Darby and T. Browne, 1733. ↩
sexta-feira, 25 de abril de 2025
sábado, 22 de março de 2025
terça-feira, 4 de março de 2025
domingo, 19 de janeiro de 2025
sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
A besta da terra falando como dragão !
Ao contrário da besta do mar (Apoc. 13:1), que surgiu nomeio dos povos, a besta da terra (Apoc.13:11) surge da terra, que em profecia pode ser interpretado como vastidão deserta ou lugar pouco povoado. Sabemos que a América do Norte foi colonizada pelos pais peregrinos que fugindo da perseguição na Europa transpuseram o oceano para viver com liberdade as suas crenças.
Com os seus ideais baseados no protestantismo e no republicanismo, os "dois chifres", os Estados Unidos da América começaram como uma nação baseada em princípios de liberdade civil e religiosa. Apresentando um início benigno, aparentando ser uma nação cristã, era representada na profecia como um cordeiro, porém no final revelaria outra face muito diferente, ou seja, que falará como um dragão (verso 11).
Por muito tempo se cogitou que jamais os EUA deixariam de ser uma nação democrática, respeitando direitos individuais e de minorias, sobretudo mantendo a benéfica separação entre Igreja e Estado. No entanto as coisas tem mudado ultimamente, sendo que na relação entre Igreja e Estado já vem, há alguns anos, existindo uma aproximação gradual que agora se intensifica naquela nação.
Ellen White assim escreveu sobre o futuro comportamento da referida nação no contexto dos eventos finais da história:
"Os Estados Unidos serão o principal palco onde se desenrolarão os eventos finais. Quando as igrejas protestantes se unirem ao poder civil para impor a observância do domingo, estarão seguindo os passos de Roma." (O Grande Conflito, p. 615).
"Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, unindo-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha os seus decretos e sustente as suas instituições, então a América protestante terá formado uma imagem da hierarquia romana." (O Grande Conflito, p. 445)
"Quando os Estados Unidos, o país da liberdade religiosa, se unirem ao papado para oprimir a consciência e forçar a submissão ao poder da besta, então a crise final estará próxima." (O Grande Conflito, p. 579).
Por muito tempo estas declarações pareciam não fazer sentido, mas agora com a ascensão da extrema direita ao poder naquele país, parece algo plenamente possível. Vivemos dias notáveis no cenário profético apocalíptico. As últimas declarações do presidente eleito Donald Trump são contundentes, para não dizer assustadoras. Este, pelas suas declarações, parece querer transformar os EUA numa espécie de ditadura expansionista nos moldes de Rússia ou Irã. Ao manifestar a intensão de anexar territórios hoje pertencentes a outras nações no intuito de priorizar a hegemonia global dos EUA, o presidente americano demonstra que seu projeto de poder pretende ir muito longe na tentativa de influenciar outras nações e alterar os rumos da história. Algo praticante impensável em outras épocas.
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
Qual o sentido da vitória de Trump no contexto profético escatológico?
A recente vitória eleitoral de Donald Trump para a presidência dos EUA surpreendeu os analistas políticos e até mesmo os institutos de pesquisa. Sua vitória foi surpreendente pela larga vantagem em relação a sua concorrente Kamala Harris, apesar de tantos processos e acusações que o cercavam durante a campanha. Seria o fenômeno Trump uma simples reação da sociedade americana em função de problemas sociais e econômicos que aquela nação enfrenta?
Pelo que pesquisei vai muito além de uma reação aos problemas momentâneos. Existe uma construção ideológica que está em progresso já há alguns anos. Esta congrega, entre outras ideologias, a teologia do domínio. A teologia do domínio (ou "Dominion Theology") é uma corrente teológica presente em alguns círculos cristãos conservadores, especialmente entre certos grupos evangélicos, que defendem a ideia de que os cristãos têm a responsabilidade de “dominar” ou exercer autoridade sobre a sociedade e as instituições. A principal passagem bíblica usada é Gênesis 1:29, onde fala sobre "subjugar a terra" e "ter domínio" sobre toda a criação.
Essa teologia se desenvolveu em várias vertentes, sendo algumas delas:
Reconstrucionismo Cristão: Uma das expressões mais radicais da teologia do domínio, defendida por pensadores como R.J. Rushdoony e Gary North. Eles propõem que a sociedade deve ser organizada com base nas leis do Antigo Testamento, promovendo mudanças nas leis civis, econômicas e educacionais de acordo com princípios bíblicos. Em sua forma extrema, o reconstrucionismo busca substituir o sistema legal secular por um sistema baseado na lei bíblica.
Sete Montanhas de Influência: Um movimento mais recente que promove a ideia de que os cristãos devem influenciar as “sete montanhas” da sociedade: governo, educação, economia, mídia, religião, família e entretenimento. Esse movimento tem ganhado espaço entre algumas lideranças evangélicas americanas e defende a ocupação desses setores para "preparar o caminho" para o Reino de Deus.
Nacionalismo Cristão: Relacionado à teologia do domínio, o nacionalismo cristão defende uma visão em que os valores e a identidade cristã devem ser protegidos e promovidos no âmbito nacional, o que implica, para alguns, uma união entre identidade nacional e religiosa.
quinta-feira, 5 de setembro de 2024
O que Ellen G. White escreveu sobre os sinais dos tempos!
Ellen G. White, uma das fundadoras da Igreja Adventista do Sétimo Dia, escreveu extensivamente sobre muitos aspectos proféticos, incluindo sinais dos tempos que antecederiam a volta de Jesus Cristo. Em algumas de suas obras, ela mencionou sinais de fogo e fumaça como eventos que podem estar relacionados aos sinais do fim dos tempos.
Aqui estão algumas citações e trechos relacionados:
1. Incêndios como Sinais do Fim
Ellen White mencionou eventos como incêndios e grandes tragédias como parte dos sinais dos tempos. Um exemplo importante é o incêndio de Chicago, que ela mencionou em suas obras:
"Deus tem um propósito ao permitir que essas calamidades visitem nossas cidades. Esses juízos são um de Seus meios para despertar homens e mulheres à percepção do perigo que correm. O fogo e as inundações estão destruindo propriedades e vidas humanas."
(Testemunhos para a Igreja, vol. 7, p. 82)
Nesse trecho, Ellen White vê grandes desastres, como incêndios, como advertências para as pessoas refletirem sobre suas vidas e seu relacionamento com Deus.
2. Fogo e Fumaça como Sinais do Juízo
Ela também escreveu sobre o uso de símbolos de fogo e fumaça em um contexto mais profético, associando-os ao julgamento de Deus sobre a Terra:
"O Senhor vai mostrar que Ele é Deus, e que Seu julgamento está por vir. Sinais serão dados nas estrelas, no sol, e na lua, e ‘fogo e colunas de fumaça’ aparecerão como prenúncios do grande e terrível dia do Senhor."
(Manuscript Releases, vol. 14, p. 91)
Aqui, ela está citando a profecia de Joel 2:30-31, que fala de sangue, fogo e colunas de fumaça como sinais que precederiam o grande dia do Senhor.
3. Desastres Urbanos e a Causa de Reformas
Ellen White muitas vezes ligou esses eventos ao chamado de Deus para o arrependimento e reforma, alertando que o tempo para isso estava se esgotando:
"Sinais de fogo e fumaça, terremotos, calamidades, e grandes destruições de vidas e propriedades são advertências de Deus para que as pessoas abandonem o mal e busquem a justiça."
(Manuscript Releases, vol. 21, p. 66)
Aqui, ela relaciona esses eventos catastróficos à necessidade de uma reforma moral e espiritual.
4. A Queda de Cidades e o Juízo Final
Ellen White advertiu sobre a destruição de grandes cidades no contexto do juízo final:
"Na Palavra de Deus são dadas advertências das terríveis cenas que estão por vir. Devemos estar cientes das calamidades que rapidamente se aproximam, quando vastas cidades serão destruídas e destruídas repentinamente por bolas de fogo, e nuvens de fumaça subirão para o céu."
(Eventos Finais, p. 112)
Nesse trecho, a destruição por fogo é um símbolo do juízo divino, e ela descreve isso como algo que acontecerá rapidamente e de maneira devastadora.
Contexto Profético
Ellen White acreditava que esses eventos serviriam para despertar a humanidade para a realidade do tempo do fim e a necessidade de buscar uma relação mais próxima com Deus.
Essas citações mostram que Ellen White interpretava eventos de destruição por fogo e sinais de fumaça como advertências e manifestações dos juízos divinos, frequentemente associando-os à proximidade da segunda vinda de Cristo.
sexta-feira, 8 de dezembro de 2023
Israel é o termômetro do mundo?
Considerações bíblicas relevantes sobre o papel de Israel na interpretação profética relacionada aos tempos finais.
A atualidade é marcada por conflitos, e o recente embate entre Israel e o Hamas suscita interpretações variadas no meio cristão, especialmente entre os dispensacionalistas, que veem em Israel um termômetro global.
Em sua forma de interpretar as profecias bíblicas utilizando-se do método futurista, acreditam que tudo que acontece em Israel como nação se espalhará pelo mundo[2]. Esses pensamentos possuem uma sólida base bíblica? O que a Palavra de Deus tem a dizer sobre o papel de Israel no tempo do fim e sobre quem é o Israel de Deus?
A perspectiva dispensacionalista
O dispensacionalismo[3] surgiu no século XIX a partir das ideias de John Nelson Darby (1800-1882) e se popularizou grandemente no meio cristão evangélico por meio da Bíblia de Referências Scofield[4]. Para os dispensacionalistas, Deus tem diferentes planos e propósitos para Israel e para a Igreja, e esses planos são progressivamente revelados ao longo das eras. Os dois permanecerão separados para sempre[5]. O arrebatamento marca o fim da dispensação da graça, que se destina à igreja e dá continuidade à realização das promessas relacionadas à dispensação da lei, reservada para Israel durante o reino milenar[6].
Essa visão escatológica se baseia principalmente na profecia das setenta semanas de Daniel 9. Para os dispensacionalistas, sessenta e nove semanas proféticas já se cumpriram no passado com a vinda do Messias, mas a última semana de sete anos se cumprirá no futuro com o Israel literal[7]. A igreja será arrebatada secretamente e em seguida se iniciarão os sete anos de grande tribulação e perseguição sobre Israel, quando o templo de Israel será destruído pelo anticristo. Porém, quando se completarem os sete anos de tribulação, Jesus voltará visivelmente e estabelecerá o reino milenar tendo Israel como centro e cumprindo a Israel todas as promessas feitas a eles no Antigo Testamento[8]. É por conta desta forma de enxergar as profecias que uma boa parte dos protestantes ficam alvoroçados quando veem qualquer coisa acontecendo em Israel como nação.