Ser discípulo de Cristo exige fé, paciência e discernimento. Caminhamos recebendo toda sorte de informações e estímulos que nos deixam expostos a ciladas e distrações. Se manter no caminho é o desafio para o cristão atual.
A autenticidade não é um tema periférico da fé cristã. A essência do cristianismo vai muito além das aparências, mas em uma relação verdadeira com Deus. Jesus deixou isso claro ao dialogar com a mulher samaritana: “Importa que os verdadeiros adoradores adorem o Pai em espírito e em verdade” (João 4:23). A adoração verdadeira não é uma performance externa, mas uma expressão sincera de um coração entregue.
Desde o início, as Escrituras nos mostram que Deus vê além das aparências. Quando Adão e Eva tentaram cobrir a vergonha com folhas de figueira, aquilo não mudou a realidade do coração nem a verdade diante de Deus (Gên. 3). Deus os viu em sua essência e providenciou vestes adequadas, simbolizando que só Ele pode cobrir nossa culpa. Esse episódio mostra que Deus não se deixa enganar por aparências — Ele sonda o íntimo do coração.
O profeta denuncia religiões vazias quando diz que o povo honra a Deus com os lábios enquanto o coração está longe (Isaías 29). Jesus advertiu sobre esse perigo quando disse: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:22-23). Obras religiosas, sem um coração regenerado, não têm valor diante de Deus.
No mundo contemporâneo essa pergunta sobre autenticidade é urgente. Vemos líderes que usam o ambiente eclesial para promoção política, busca de poder e acúmulo de riquezas — práticas que corroem a confiança e desviam o evangelho da sua simplicidade redentora. Cada cristão é chamado a confrontar, individualmente, sua própria autenticidade espiritual.. Fingir santidade pode até dar frutos humanos imediatos, mas falhará diante do Senhor, que conhece motivações e intenções do coração.
Portanto, a autêntica vida cristã exige exame sério e contínuo: arrependimento onde houver duplicidade; transparência nas motivações; compromisso com a justiça, a humildade e o amor sacrificial; e prática constante da oração e da Palavra para que a fé se enraíze na carne e no espírito. À luz da expectativa da volta de Cristo e da percepção de que o tempo de graça é precioso, a convocação é clara — viver o evangelho sem máscaras, hoje. O chamado do Evangelho é para um cristianismo real, onde Cristo é entronizado no coração, transformando intenções e ações.
Portanto, ser cristão vai muito além de frequentar igrejas, cumprir ritos ou usar o nome de Jesus em atividades religiosas. Trata-se de entregar-se completamente a Ele, permitindo que Seu Espírito molde nosso caráter. A autenticidade é a marca dos verdadeiros discípulos, e somente esses estarão prontos para encontrar o Senhor em glória.
A Bíblia é muito direta e prática ao aconselhar quem luta com pecados da carne — especialmente aqueles ligados à sexualidade — porque reconhece a força dessa inclinação e o perigo espiritual que ela representa. Ela não se limita a dizer “não faça”, mas aponta estratégias concretas e espiritualmente eficazes para resistir e vencer. Aqui estão os principais conselhos bíblicos:
1. Fugir, não negociar
A Bíblia não sugere “negociar” com a tentação sexual, mas fugir dela imediatamente.
“Fugi da impureza” (1 Coríntios 6:18).
“Foge também das paixões da mocidade” (2 Timóteo 2:22).
Quando José foi assediado pela esposa de Potifar (Gênesis 39:12), ele não argumentou ou tentou resistir ficando no mesmo lugar — ele saiu correndo. Isso ensina que o caminho da vitória começa com afastamento imediato das ocasiões de pecado.
2. Evitar ambientes e gatilhos
Provérbios adverte sobre não andar perto da tentação:
“Não se desvie para os caminhos dela, nem se aproxime da porta da sua casa” (Provérbios 5:8).
Isso inclui evitar lugares, conteúdos e companhias que despertam a inclinação. O pecado sexual se alimenta do que os olhos e a mente recebem (Mateus 5:28).
3. Disciplinar o pensamento
O combate começa na mente:
“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto… se há alguma virtude… nisso pensai” (Filipenses 4:8).
Controlar o que se vê, lê e imagina é essencial, porque o pecado sexual sempre começa como uma fantasia antes de se tornar ato.
4. Vigiar e orar
Jesus foi claro:
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:41).
A oração sincera e constante é força para dizer “não” quando a carne grita “sim”.
5. Usar o corpo para a glória de Deus
Paulo lembra que nosso corpo pertence a Deus:
“Acaso não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo… e que não sois de vós mesmos?” (1 Coríntios 6:19-20).
Lembrar que o corpo é um santuário muda a perspectiva e nos dá motivo para cuidar da pureza.
6. Substituir o mal pelo bem
Não basta apenas “parar de pecar”; é preciso preencher o tempo e a mente com coisas boas: serviço a Deus, estudo da Palavra, atividades edificantes.
“Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Romanos 12:21).
7. Confessar e buscar ajuda
Tiago 5:16 orienta:
“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis.”
Ter alguém maduro espiritualmente para prestar contas ajuda a quebrar ciclos de pecado.
A liberdade verdadeira não começa do lado de fora. Ela nasce por dentro, silenciosa e lenta, quando decidimos deixar de ser prisioneiros do que nos feriu. Muitas pessoas carregam cicatrizes abertas por tragédias familiares, traições, injustiças e gestos de crueldade inesperada. Esses traumas, se não tratados, tornam-se correntes invisíveis que limitam nossos passos e moldam nossas relações. A mágoa, a dor e o ressentimento são formas de prisão — e o perdão, embora difícil, é a chave que abre essa cela.
Jesus Cristo, em sua caminhada entre os homens, não apenas falou sobre o perdão, mas o encarnou. Em Lucas 6:27-28, Ele nos exorta: “Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam e orai pelos que vos caluniam.” Não se trata de romantizar o sofrimento ou fingir que o mal não existiu. Trata-se de interromper o ciclo da dor, para que ela não nos defina nem seja passada adiante.
Perdoar não é esquecer o que aconteceu — é escolher não viver mais sob o domínio da lembrança. É dar um fim ao controle que o passado exerce sobre o presente. Como disse o psicólogo Jordan Peterson, “Você não pode mudar o que aconteceu, mas pode mudar a maneira como isso vive em você.” O perdão é, portanto, um ato de responsabilidade emocional, uma reconstrução interior que nos liberta da narrativa de vítimas e nos reposiciona como agentes de cura.
O psiquiatra Augusto Cury nos lembra que “a mágoa é um cárcere construído pela própria vítima.” Guardar ressentimentos é como beber veneno esperando que o outro morra. Às vezes, o agressor sequer se lembra do que fez, mas quem foi ferido revive a cena todos os dias. Nesse processo, o tempo não cura sozinho — ele apenas acumula camadas. O que cura é o enfrentamento, a escolha consciente de curar.
Libertar-se de um passado conturbado exige coragem: de revisitar a dor sem se deixar consumir por ela, de encarar memórias com honestidade, mas também com compaixão. É possível compreender que nossos pais falharam porque também estavam quebrados. Que irmãos e parentes erraram porque foram, eles mesmos, frutos de ambientes doentes. Perdoar não é justificar o mal, mas recusar-se a ser moldado por ele.
Cristo, na cruz, perdoou aqueles que o estavam matando: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34). Se Ele, inocente, pôde perdoar diante do sofrimento mais extremo, então há esperança para nós também. O perdão cristão é uma entrega: a justiça não está em nossas mãos, mas nas de Deus. Perdoar é confiar que Ele sabe lidar com o que não conseguimos carregar.
A liberdade começa no momento em que decidimos não deixar que o passado determine o nosso futuro. Quando soltamos o fardo da mágoa, abrimos espaço para a leveza, para o amor e para a vida em abundância que Jesus prometeu. Viver em paz não é esquecer o que nos feriu, mas permitir que o amor de Deus transforme nossa dor em sabedoria.
Para que sejamos livres, precisamos perdoar. Não porque o outro merece, mas porque nós merecemos viver sem correntes. O perdão é a porta da liberdade. E essa porta se abre de dentro.
Oração:
Senhor meu Deus,
venho diante de Ti com o coração cansado, ferido pelas dores do passado,
marcado por lembranças que ainda pesam sobre meus ombros.
Tu conheces cada lágrima que derramei em silêncio,
cada palavra que me feriu, cada gesto que me partiu por dentro.
Sabes, Senhor, que há momentos em que o perdão parece impossível —
mas também sei que, com Teu amor, todas as coisas são possíveis.
Jesus, que na cruz oraste por aqueles que Te feriam,
ensina-me a perdoar como Tu perdoaste.
Toca as áreas do meu coração ainda endurecidas pelo ressentimento,
e arranca de mim a raiz da amargura que me impede de viver em liberdade.
Ajuda-me a soltar o peso da mágoa,
a deixar de lado o desejo de vingança,
a confiar em Tua justiça e descansar na Tua paz.
Que eu não mais alimente em mim as dores que me foram causadas,
mas que eu escolha, todos os dias, a cura que vem de Ti.
Senhor, dá-me coragem para encarar o passado sem medo,
sabedoria e resiliência para curar as feridas e maturidade para não revive-las.
E, acima de tudo, dá-me amor —
um amor tão grande que seja capaz de cobrir as ofensas,
como o Teu amor cobriu as minhas falhas.
Liberta-me, Pai, das prisões invisíveis.
Transforma minha dor em compaixão,
minha lembrança em aprendizado,
e meu coração em morada da Tua paz.
Em nome de Jesus, o perdoador dos perdidos,
eu Te peço:
dá-me forças para perdoar,
para que, enfim, eu seja livre.
A busca desenfreada pelas coisas materiais tem sido uma das grandes armadilhas do coração humano. Em um mundo que valoriza o acúmulo de bens, o status e o prazer imediato, muitos constroem suas vidas sobre fundamentos frágeis e passageiros. No entanto, a Palavra de Deus nos oferece uma perspectiva diferente — uma que aponta para valores eternos, e não temporários.
Jesus, em Lucas 12:16-20, conta a parábola do rico insensato. Este homem acumulou uma grande colheita, encheu seus celeiros e disse a si mesmo: “Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te”. Mas Deus lhe disse: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”. Essa história ilustra a futilidade de uma vida centrada apenas no material. Quando a alma humana se ancora nos prazeres carnais e nas riquezas deste mundo, ela se torna vulnerável ao desalento quando as circunstâncias mudam — e elas inevitavelmente mudam.
Quantas pessoas, ao perderem sua saúde, seu emprego ou seu prestígio, mergulham em profundo desespero? Isso acontece porque sua existência estava fundamentada no que é passageiro. Quando os ventos das adversidades sopram, aquilo que parecia sólido se desfaz como areia movediça. Sem um sentido maior, resta apenas o vazio — a perda do propósito, da vontade de seguir em frente.
Contudo, o apóstolo Paulo nos aponta um caminho diferente: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação” (2 Coríntios 4:17). A espiritualidade genuína não nega as dificuldades da vida, mas oferece alento que transcende as circunstâncias imediatas. Ela enraíza o ser humano em algo eterno, sólido e seguro. Como diz o salmista, aquele que medita na Palavra do Senhor “é como árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não murcha” (Salmo 1:3). Esse é o retrato do homem que se sustenta mesmo no tempo da seca, pois está alimentado por uma fonte que não seca.
Jesus nos ensina ainda em Mateus 6:19-21: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu... porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” O coração humano precisa de um foco, de um centro gravitacional. Quando esse centro está no céu — na presença de Deus, em Sua justiça, amor e promessa eterna — a alma encontra firmeza, propósito e esperança, mesmo diante das perdas e frustrações terrenas.
Portanto, é imperativo que redirecionemos o foco da vida. Não para os bens que acumulamos ou os prazeres que desfrutamos, mas para o relacionamento com o Criador, que dá sentido à existência. Só assim, ancorados no eterno, seremos capazes de atravessar as tempestades da vida com a alma firme e com esperança no coração. A esperança é uma das três virtudes teologais (fé, esperança e amor), que são dons divinos que nos permitem amar a Deus e aos outros e nos conectam com Ele.
A questão “ser cristão liberal ou conservador” tem gerado muitos debates dentro do mundo cristão contemporâneo. A polarização, muitas vezes refletida no campo político e cultural, tem invadido também a espiritualidade e a prática religiosa, dividindo cristãos em campos ideológicos. No entanto, essa dicotomia não deveria existir, pois o modelo de Cristo não se encaixa perfeitamente em nenhuma dessas categorias humanas e limitadas.
Jesus foi integral. Ele criticou os fariseus não por darem o dízimo (um preceito da Lei), mas por negligenciarem a justiça, a misericórdia e a fé (Mateus 23:23). Ele não anulou um mandamento em favor de outro; Ele unificou os princípios espirituais, mostrando que o verdadeiro discípulo não deve viver uma espiritualidade fragmentada. Essa visão integral é o que nos capacita a ser sal da terra e luz do mundo (Mateus 5:13-14), vivendo uma fé que é relevante, coerente e transformadora em todas as esferas da vida.
Os rótulos criados no espectro da vivência da fé são falhos e podem incorrer em erros. O liberalismo, quando aplicado à fé, pode tender ao relativismo moral, onde os valores absolutos são diluídos em nome da inclusão ou da cultura do momento. O conservadorismo, por outro lado, pode cair no erro do legalismo, do moralismo rígido, da exclusão e da perda de compaixão. Ambos os extremos perdem a essência do evangelho, que é graça e verdade (João 1:14).
Muitos cristãos estão sendo moldados pelos discursos ideológicos, seja de direita ou de esquerda, ao invés de desenvolverem uma mente cristã renovada (Romanos 12:2). Não podemos olvidar o fato que muitos aderem ao espírito do século para evitar a impopularidade e o confronto com a cultura atual. Isso pode levar à aceitação de padrões morais mundanos sob o disfarce de “amor” ou “tolerância”.
A verdade é que a ética mundana tem entrado em muitas igrejas, não necessariamente pela sua aparência escandalosa, mas pela distorção sutil da verdade. Quando o amor é pregado sem santidade, ou quando a verdade é defendida sem compaixão, estamos longe do modelo de Jesus.
Ellen White comenta que ter a mente desenvolvida, discernimento e fidelidade à Palavra são fundamentais para resistir às influências mundanas. Sobre a contaminação do mundanismo nas igrejas, ela também alerta:
“O espírito do mundo é penetrante. Penetra em toda a parte e se adapta facilmente às formas religiosas, obscurecendo a linha divisória entre o cristão e o mundano.”
— Testemunhos para a Igreja, vol. 5, p. 131
Portanto, o verdadeiro cristão não é liberal nem conservador, mas fiel ao evangelho de Cristo, que é vivo, atual, radical e amoroso. A missão cristã não é escolher um lado político, mas ser um reflexo fiel de Jesus — cheio de verdade, justiça, graça e compaixão.
Conclusão
O que está em jogo não é escolher entre liberalismo e conservadorismo, mas viver uma fé autêntica, integral e centrada em Cristo. Essa fé:
Não relativiza valores bíblicos.
Não abraça o moralismo estéril.
Vive com amor, sem ceder ao pecado.
Defende a verdade, sem perder a graça.
O desafio dos nossos dias é viver não conforme o mundo, mas conforme o Reino (Romanos 12:2). Para isso, precisamos de discernimento espiritual, profundidade bíblica e coragem para sermos luz em meio às trevas — não polarizados, mas enraizados em Cristo.
Na criação do mundo, o sábado foi instituído por Deus como um dia sagrado, separado para descanso, comunhão e renovação espiritual. Em Gênesis 2:2-3, lemos que "havendo Deus terminado no sétimo dia a sua obra que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra... e o abençoou e o santificou". A origem do sábado, portanto, está enraizada no próprio exemplo do Criador, não como um fardo, mas como uma bênção concedida ao ser humano. Esta visão, do sábado como uma bênção ao homem, é enfatizada por Jesus, nas palavras:
" E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado." (Marcos 2:27).
No texto das dez palavras sagradas, ou seja, os Dez Mandamentos, o sábado aparece como o quarto preceito a ser observado pelo homem (Êxodo 20:8-11). Deus incluiu o sábado entre os Dez Mandamentos, chamando seu povo a lembrar-se desse dia e a santificá-lo. Porém, sua relevância não era apenas legal ou ritual, mas profundamente espiritual. Em Ezequiel 20:20, Deus declara: “Santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor vosso Deus.” O sábado, portanto, é mais que um dia de descanso — é um sinal visível da aliança, um lembrete constante da soberania de Deus e da santificação que Ele opera em seu povo.
Os benefícios da guarda do sábado vão além da dimensão espiritual. Ao obedecer ao mandamento divino, o ser humano experimenta um descanso físico e mental essencial. Estudos contemporâneos demonstram que períodos regulares de repouso contribuem significativamente para a saúde do corpo, da mente e do espírito. Contudo, o sábado bíblico oferece algo mais: um reencontro com o Criador, um tempo de reconexão com a Palavra, com a família e com a criação de Deus.
Na escatologia bíblica, o sábado ressurge como uma marca distintiva do povo fiel no tempo do fim. Em Apocalipse 12:17, está escrito: “Irou-se o dragão contra a mulher e foi fazer guerra ao restante da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.” Essa “mulher” representa a igreja fiel, e os que guardam os mandamentos, inclusive o sábado, são o remanescente que permanece leal a Deus em meio à apostasia generalizada. O sábado, nesse contexto, torna-se uma marca de lealdade a Deus em contraste com a obediência a sistemas humanos.
Assim, o sábado é um memorial da criação, um sinal da aliança, um instrumento de restauração física e espiritual, e uma prova de fidelidade nos tempos finais. Guardá-lo não é apenas uma questão de tradição ou legalismo, mas um ato de amor, fé e submissão ao Criador. É a lembrança semanal de que pertencemos a um Deus que nos fez, nos redimiu e que em breve voltará para nos buscar.
Vivemos no limiar dos momentos finais da história deste mundo. As profecias do Apocalipse se cumprem com impressionante exatidão, e os eventos atuais apontam para uma polarização definitiva entre dois grupos: os que seguem o Cordeiro, Jesus Cristo, e os que seguem a besta, símbolos proféticos que representam, respectivamente, o verdadeiro povo de Deus e os sistemas de apostasia. Diante disso, torna-se imperativo que cada cristão possua uma convicção clara, inabalável e biblicamente fundamentada da verdade.
No monte Carmelo, o profeta Elias confrontou o povo de Israel com uma escolha decisiva: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e se Baal, segui-o.” (1 Reis 18:21).
A mesma pergunta ecoa hoje. Muitos professos cristãos vivem em incerteza, hesitando entre doutrinas contraditórias, tolerando ensinos que não resistem à prova da Escritura. Essa dubiedade é perigosa, especialmente no tempo do fim, quando, segundo Apocalipse 13 e 14, o mundo será dividido entre dois lados irreconciliáveis.
A Babilônia apocalíptica, símbolo de confusão religiosa, representa um sistema espiritual que agrega múltiplas doutrinas falsas e práticas corrompidas. Ela é descrita como “a mãe das prostituições e das abominações da Terra” (Apocalipse 17:5), indicando sua influência sobre várias denominações e seitas que se afastaram das verdades bíblicas. Em contraste, o povo de Deus, representado pelo remanescente fiel, “guarda os mandamentos de Deus e tem a fé de Jesus” (Apocalipse 14:12). Este grupo não está apoiado sobre tradições humanas, mas sobre a verdade singular e harmoniosa da Palavra de Deus.
Ellen G. White adverte com clareza sobre o perigo de uma fé vacilante ou mal fundamentada:
“Homens e mulheres estão tomando decisões agora que determinarão seu destino eterno. Uma terrível responsabilidade repousa sobre os que conhecem a verdade presente. O Senhor nos ordena que levantemos o estandarte da verdade — os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.”
(Obreiros Evangélicos, p. 147)
A indecisão doutrinária e a mistura de crenças contrárias à Bíblia enfraquecem a fé e neutralizam o poder do testemunho cristão. Não haverá lugar no tempo do fim para uma posição morna ou ambígua. Jesus mesmo disse: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.” (Mateus 12:30)
A separação entre verdade e erro será nítida. O último chamado de Deus ao mundo é claro: “Sai dela, povo meu, para que não sejais participantes dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” (Apocalipse 18:4)
Este é um apelo a deixar a Babilônia espiritual, ou seja, todas as formas de religião corrompida e retornar à simplicidade da fé bíblica.
Ellen White também enfatiza a importância de compreender e crer firmemente na verdade presente:
“Somente os que tiverem sido diligentes estudantes das Escrituras e que tiverem recebido o amor da verdade serão protegidos do poderoso engano que se apodera do mundo.”
(O Grande Conflito, p. 625)
A verdade presente é a verdade apropriada para o tempo atual, especialmente a tríplice mensagem angélica de Apocalipse 14:6-12. Este é o último aviso de Deus ao mundo e serve como divisor de águas entre os que adoram o Criador e os que se rendem ao poder da besta.
Assim, no tempo do fim, será vital tomar uma posição firme ao lado do povo de Deus, que permanece leal à Bíblia, mesmo em face da perseguição. A convicção não poderá ser baseada em sentimentos, tradições ou conveniência, mas na Palavra de Deus, claramente compreendida e aceita com fé viva.
O tempo da neutralidade já passou. A escolha que enfrentamos não é entre várias verdades, mas entre a verdade e o erro. Que cada um de nós possa, com a coragem de Elias, decidir firmemente: “Quanto a mim e à minha casa, serviremos ao Senhor.” (Josué 24:15)
Jesus exortou Seus discípulos a interpretarem corretamente os sinais à sua volta, destacando a necessidade de estarem atentos às manifestações que apontam para os planos divinos e para os tempos proféticos. No entanto, há uma ameaça insidiosa que pode silenciar essa sensibilidade: a síndrome do sapo fervido.
A metáfora do sapo fervido descreve um fenômeno em que um sapo colocado em água aquecida lentamente não percebe a mudança de temperatura até ser tarde demais, resultando em sua morte. Este conceito é frequentemente aplicado para ilustrar como mudanças graduais e quase imperceptíveis podem levar indivíduos ou sociedades a aceitarem situações que, inicialmente, seriam consideradas inaceitáveis. No contexto cristão, essa metáfora ganha profundidade, pois a gradual adaptação aos valores do mundo pode levar à anestesia espiritual.
Os sinais dos tempos são, muitas vezes, sutis, outras vezes se apresentam como eventos grandiosos que demandam atenção imediata, mas com o passar do tempo corre-se o risco da banalização dos fatos e a perda do senso da gravidade da situação, perdendo-se o impacto que os sinais devem causar em nossa percepção e espiritualidade.
A mensagem de alerta, embutida nos sinais dos tempos, é um chamado à vigilância e ao arrependimento. No entanto, quando essas mensagens deixam de ser percebidas, os cristãos correm o risco de se tornarem insensíveis ao Espírito Santo, comprometendo sua caminhada de fé.
Tendo em vista o que foi acima exposto devemos refletir e orar para manter-nos alertas. Ao olharmos os fatos como incidentes passageiros perdemos o foco dos sinais, mas se olharmos no aspecto do aumento da frequência e da intensidade dos fenômenos e das crises nos últimos tempos perceberemos a gravidade da situação e entendemos a mensagem dos sinais.
Abaixo segue alguns documentários que mostram que realmente estamos vivendo numa época diferenciada, que apresentam acontecimentos em frequência recorde e completamente sem comparação com outras épocas.
Mergulhar no espírito sabático para a guarda do sétimo dia da semana (o sábado) é uma prática que envolve preparação espiritual, mental e prática para honrar esse dia como um tempo de descanso, renovação e conexão com Deus. Aqui estão algumas orientações para ajudá-lo nesse processo:
1. Compreenda o Significado do Sábado
O sábado é um dia sagrado estabelecido por Deus na criação (Gênesis 2:2-3) e reafirmado nos Dez Mandamentos (Êxodo 20:8-11).
É um tempo para descanso, adoração e celebração do relacionamento com Deus.
2. Planeje-se Antecipadamente
Organize sua semana: Finalize suas tarefas seculares e domésticas antes do pôr do sol da sexta-feira.
Prepare refeições simples e organize a casa para evitar trabalho desnecessário no sábado.
3. Entre no Sábado com Reverência
Celebração do pôr do sol: Muitos observadores do sábado iniciam o dia com uma oração ou leitura bíblica ao pôr do sol na sexta-feira.
Convide Deus para estar presente, agradecendo pelas bênçãos da semana.
4. Descanse do Trabalho
Evite atividades que envolvam trabalho secular, compras ou tarefas rotineiras.
Encontre tempo para relaxar e renovar suas forças físicas e mentais.
5. Dedique-se à Adoração
Participe de serviços religiosos, estudos bíblicos ou encontros comunitários.
Use o tempo para ler a Bíblia, meditar e orar.
6. Reconecte-se com a Criação e com as Pessoas
Passe tempo na natureza para refletir sobre as obras de Deus.
Reforce laços familiares ou ajude outras pessoas por meio de atos de bondade.
7. Encerre o Sábado com Gratidão
Ao pôr do sol no sábado, agradeça a Deus pelo descanso e pelas bênçãos do dia.
Reflita sobre como o sábado renovou sua fé e deu perspectiva para a nova semana.
8. Cultive uma Mentalidade de Paz
O espírito sabático não é apenas sobre o descanso físico, mas também sobre deixar de lado preocupações e ansiedades, confiando que Deus cuida de tudo.
A guarda do sábado é uma prática pessoal e espiritual que cresce com o tempo. Pequenos passos na preparação e dedicação podem transformar a experiência em algo profundamente significativo.
Quando atendemos ao chamado de Jesus, o “vinde a mim” (Mateus 11:28), somos acolhidos por seu amor, perdão e graça. Este é o começo de uma nova jornada espiritual, uma caminhada que não se limita apenas à experiência inicial da conversão, mas que se estende por toda a vida. Seguir a Cristo implica transformação, compromisso e entrega total. Há três passos na experiência com Cristo (Mat. 11:28-30). O primeiro passo é ir a Cristo. O segundo passo é tomar sobre si o Seu jugo, que é a Sua vontade para nossa vida. O terceiro passo é aprender com Ele a andar no caminho. E neste aprendizado podemos citar alguns tópicos de relevante significação.
Negar a Si Mesmo
Jesus nos desafia a irmos além de um simples reconhecimento de sua autoridade. Ele declara: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23). Negar a si mesmo significa abrir mão de nossos desejos egoístas, ambições mundanas e priorizar a vontade de Deus. É uma renúncia constante, que exige humildade para reconhecer nossa dependência d’Ele.
Tomar a Cruz
Tomar a cruz é um convite para enfrentar desafios, oposições e sacrifícios em nome de Cristo. Isso não significa apenas suportar dificuldades, mas abraçar a vontade de Deus, mesmo quando ela exige esforço, coragem e perseverança. A cruz simboliza tanto sofrimento quanto vitória, pois é por meio dela que encontramos a verdadeira vida em Cristo.
Andar em Obediência
A caminhada cristã também é marcada pela obediência à Palavra de Deus. Jesus disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (João 14:15). Isso envolve estudar as Escrituras, viver segundo seus princípios e permitir que o Espírito Santo molde nosso caráter. A obediência não é um fardo, mas uma expressão de amor e gratidão por tudo o que Deus fez por nós.
Amar ao Próximo
Outra implicação essencial de seguir a Cristo é o mandamento de amar ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22:39). Esse amor não se limita a palavras, mas se manifesta em atitudes de compaixão, perdão, generosidade e justiça. Amar como Jesus amou significa acolher os marginalizados, perdoar os que nos feriram e servir com humildade.
Permanecer em Cristo
A caminhada cristã exige uma conexão constante com Jesus. Ele nos instrui: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós” (João 15:4). Permanecer em Cristo envolve oração, meditação na Palavra e uma vida em comunhão com Deus e com os irmãos na fé. É dessa relação que recebemos força, direção e paz para perseverar.
Frutificar para o Reino
Por fim, seguir a Cristo significa produzir frutos que glorifiquem a Deus. Como ramos ligados à videira, somos chamados a manifestar o fruto do Espírito em nossas vidas – amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22-23). Além disso, somos convocados a compartilhar o evangelho e fazer discípulos, contribuindo para o crescimento do Reino de Deus.
Conclusão
Após atender ao “vinde a mim” de Jesus, somos inseridos em uma jornada de transformação que se realiza pela obra do Espírito Santo. Neste caminho há sinergia e interação. Quando respondemos positivamente aos apelos e solicitações do Espírito Santo a obediência e o serviço serão visíveis em nossa vida. Outras expressões de amor também estarão presentes. A caminhada com Cristo implica em uma vida de renúncia, obediência e amor, vivida na dependência do Espírito Santo. Embora repleta de desafios, ela também é marcada por alegria, paz e esperança, pois sabemos que caminhamos com o próprio Deus e somos sustentados por sua graça abundante.
Este tema traz à tona uma antiga polêmica entre liberalismo e conservadorismo. Até que ponto o crente pode participar ou desfrutar de certos prazeres que o mundo oferece? Na minha juventude este dilema era mais intenso, ao menos para mim. Há cristãos com posturas mais ou menos restritivas quanto ao assunto. Hoje compreendo que na visão bíblica, há de fato, incompatibilidades entre "as coisas do mundo" e a vida cristã. Este é um daqueles assuntos que demanda discernimento e equilíbrio, mas no grosso da questão pode-se afirmar categoricamente que há de se ter cuidado e vigilância constantes com as diferentes situações e contextos que encontramos no mundo.
Em termos gerais a Bíblia apresenta o "mundo" como um sistema de vida que está em oposição aos princípios de Deus, sendo guiado por desejos egoístas, materialismo e a busca por prazeres momentâneos em vez de valores eternos. A Bíblia descreve o "mundo" como um sistema caído, influenciado pelo pecado. Por exemplo, em 1 João 2:15-17, lemos:
"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo."
Aqui, o "mundo" representa tudo o que afasta o ser humano de Deus, como desejos desordenados e a busca de glórias humanas. Podemos dizer também que o mundo é um campo de experimentação de Satanás para desencaminhar da verdade ou conduzir à fontes enganosas de realização pessoal e paz
A escritora Ellen White assim escreveu:
"Satanás opera constantemente para atrair os homens para o amor ao mundo e para afastá-los de Deus. Ele sabe que, se puder controlar o coração, a mente seguirá." (Caminho a Cristo, p. 44).
"O mundo é um campo de treinamento para o inimigo de Deus. Ele tem atraído muitos através da concupiscência da carne, da concupiscência dos olhos e da soberba da vida." (O Grande Conflito, p. 478).
A questão mais crítica na relação do cristão com o mundo diz respeito à santidade. Neste aspecto Ellen White comenta:
"Cristo nos chama a uma vida mais elevada, uma vida de abnegação e serviço. Devemos estar constantemente em guarda contra a conformidade com o mundo." (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 223).
"Nosso caráter deve refletir o caráter de Cristo. Precisamos manter nossos olhos fixos nas coisas do alto, onde Cristo está." (Mensagens aos Jovens, p. 66).
Segundo a Bíblia a vida cristã é um chamado para viver em santidade e refletir o caráter de Deus. Em Romanos 12:2, o apóstolo Paulo diz:
"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."
Isso implica que os cristãos devem resistir à conformidade com padrões que contradizem os princípios de Deus. Neste aspecto se estabelece uma luta entre a natureza carnal e a espiritual. Esta luta e potencializada pelas astutas ciladas do inimigo. Em Efésios 6:12, Paulo escreve:
"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais."
O "mundo" é descrito como influenciado por forças espirituais que se opõem a Deus, tornando necessário que o cristão se proteja e permaneça firme. Um dos principais lemas para isto é estabelecer o Reino de Deus como prioridade. Jesus ensina que a verdadeira riqueza e propósito estão em buscar o Reino de Deus e Sua justiça, acima de tudo. Em Mateus 6:33, Ele diz: "Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."
A busca pelo Reino de Deus é incompatível com um estilo de vida que coloca o foco em riquezas materiais ou status terreno. A Bíblia descreve os cristãos como "peregrinos e forasteiros" neste mundo (1 Pedro 2:11). Isso significa que a vida terrena é temporária, enquanto o destino final é a eternidade com Deus. Por isso, os cristãos são chamados a viver com uma perspectiva eterna, em contraste com o foco temporal e material do mundo.
Conclusão
A vida cristã não implica em desprezar as coisas boas que Deus criou no mundo, mas em rejeitar qualquer sistema, prática ou desejo que desvie do plano de Deus. A incompatibilidade surge porque o cristão é chamado a viver de acordo com valores espirituais, enquanto o mundo, na visão bíblica, tende a exaltar aquilo que é passageiro e muitas vezes contrário à vontade de Deus. Por isso, a Bíblia convida os cristãos a serem luz no mundo (Mateus 5:14), vivendo de forma a apontar para Deus e não para os valores transitórios do mundo.
Na época em que vivemos, as pessoas dizem sentir, ao mesmo tempo, sede de Deus e fastio da igreja. No passado, juntava-se a “fome à vontade de comer”. Hoje, porém, essas duas coisas parecem quase o oposto uma da outra. Por isso, são muitos os que optam por viver, cada vez mais, uma religião própria, solitária, individualista, pouco ou nada dogmática e fechada em si mesma; daquelas que dispensam a necessidade de prestar contas de sua vida a alguém. Talvez essa seja uma nova forma de exercício da liberdade, um jeito pós-moderno de garantir a privacidade e o bem-estar neste mundo hipervigiado, invasivo, saturado de informação e, de muitas maneiras, opressor. A religiosidade praticada nas pequenas aldeias e vilas de antigamente não é mais bem-vinda na grande aldeia global que o planeta se tornou. Esse brado por independência ou morte tem, de fato, ajudado a matar a religião que, historicamente, dependia de uma estreita convivência entre os fiéis para funcionar, qualquer que fosse a denominação.
Em contrapartida, nas igrejas de nosso tempo, ao menos nas grandes cidades e nas congregações maiores, os membros tendem a manter uma “distância segura” uns dos outros, apostar em relacionamentos superficiais, caprichar na aparência pessoal, investir em eventos de alto nível, orbitar em torno de figuras de prestígio, superestimar os talentos artísticos de alguns e menosprezar a força dos pequenos atos de amor de todos juntos no cumprimento da missão de Cristo. Essa fórmula traz como resultado o fastio de igreja, ou seja, a sensação, justificada ou não, de que congregar seja algo irrelevante para o cultivo de uma espiritualidade genuína ou, na melhor das hipóteses, algo semelhante a uma sobremesa saborosa, mas que, infelizmente, não alimenta a alma faminta e carente de salvação.
É nesse contexto que encontramos os desigrejados, um grupo de crentes que dispensa a convivência com outros crentes pelo receio de perder ou prejudicar a própria fé no contato com a fé dos demais. Os desigrejados não desejam nem se sentem preparados para se expor a esse risco. Preferem evitar conflitos e conviver pacificamente com todos, ainda que isso ocorra sem a partilha do pão, sem a entrega do tempo, sem o serviço ao necessitado, sem o alinhamento das ideias, sem o exercício diário do perdão ou, talvez, terceirizando tudo isso, para que haja mais comodidade e eficiência afinal. Os desigrejados amam a Deus, mas não a família de Deus. Gostam da cereja do bolo, mas preferem jogar o restante fora sob a alegação de que precisam se manter “em forma”. Sentem que Deus é acolhedor, mas a igreja não; que Deus é amorável, mas a igreja não; que Deus não lhes pede nada, mas que a igreja é exigente demais. Então eles colocam a religião num baú e a deixam lá, guardada. Eles abraçam a espiritualidade, algo que é bem mais amplo que religião, porém bem menos preciso e palpável também. Dizem que ser espiritual e ser religioso são coisas incompatíveis, e optam por ser espirituais, não importando exatamente o significado disso na prática. Cada pessoa terá que decidir por si mesma, argumentam. Afinal, a salvação é individual.
Os desigrejados sentem que não precisam do pão que a igreja oferece. Os ex-igrejeiros, por sua vez, sentem falta do pão que a igreja foi, mas que deixou de ser; então decidem fazer jejum
É também nesse contexto que encontramos os ex-igrejeiros, ou seja, aqueles que um dia foram exímios frequentadores de igreja, mas que hoje já não são, embora se mantenham na fé. Trata-se de um grupo novo, porém crescente, quase desconhecido, pouco estudado e absolutamente curioso e interessante. Eles também são crentes que evitam o “excesso de igreja”. E têm razão de sobra para isso! A diferença é que eles a desejam ardentemente e, ao mesmo tempo, a evitam sistematicamente. É contraditório, mas é real. Eles são fruto de uma espécie de “amor bandido”, que atrai e repele ao mesmo tempo; que agrada e decepciona; que encanta e entristece, pois se parece demais com as relações de amor e ódio que muitos de nós já vivemos ou vimos alguém viver, e cuja sorte lamentamos. Os ex-igrejeiros sentem que o modelo de igreja que predomina hoje está longe do ideal, e tal modelo, de modo nenhum satisfaz a sede de sua alma. Em função disso, eles se tornam altamente seletivos e vivem à caça de líderes que inspirem, comunidades que acolham, iniciativas que funcionem e experiências impactantes que os façam reviver a essência do evangelho bíblico. Neles, fome e fastio convivem, como ocorreu com Israel quando, no deserto, rumo a Canaã, o povo recebeu de Deus o maná. Provavelmente estivessem agradecidos por não passar fome no deserto, mas, ao mesmo tempo, se queixaram daquele “pão vil”.
Os desigrejados sentem que não precisam do pão que a igreja oferece. Os ex-igrejeiros, por sua vez, sentem falta do pão que a igreja foi, mas que deixou de ser; então decidem fazer jejum. O primeiro grupo se destaca pela religiosidade intimista, solipsista, anti-institucionalizada. O segundo grupo é fruto da desilusão, do saudosismo e de um idealismo ambíguo, que bebe do passado, mas não consegue assimilar o presente nem construir o futuro. Como esses dois grupos tornarão a encontrar o caminho de volta à igreja? Eis a pergunta que não quer calar. Obviamente, a resposta não é fácil. Mas se conseguissem se reintegrar, os ex-igrejeiros poderiam revolucionar a igreja e ajudar a reavivá-la, uma necessidade bem real em muitos lugares. O desafio deles, porém, é reavivar primeiramente a si mesmos e entender que ainda têm um dever a cumprir, uma visão a compartilhar e um legado a transmitir. E só conseguirão ter sucesso se descobrirem o jeito de fazer isso sem o peso da autoridade que um dia exerceram e que já não conseguirão recuperar, porque os tempos mudaram. Os desigrejados, por sua vez, pouco têm a oferecer à comunidade de fé além de sua ausência, sua crítica e seu desdém. O que encontram na igreja é, em certa medida, um pouco daquilo que eles mesmos oferecem. Se, porém, aprenderem a plantar outro tipo de semente, não é garantia, mas talvez possam colher frutos diferentes.
Finalmente, há um terceiro e último grupo envolvido na problemática: o dos igrejados. É para eles que este artigo foi escrito. Seremos capazes de manter abertas as portas da igreja para os outros dois grupos? Se eles vierem, ou melhor, quando eles vierem, estaremos preparados para recebê-los como irmãos? Ou desejaremos trocar de posição com eles? O que Jesus teria a nos ensinar sobre o assunto se nós, humildemente, O buscássemos com disposição e fervor? Reflita e decida. Agora é com você.
Nossos dias estão passando rápido e a situação do mundo está mudando vertiginosamente. Perspectivas sombrias nos remetem a cenas apocalípticas por uma série de indícios e graves ameaças que nos são noticiadas. Como sobreviverei amanhã? Será que estarei preparado para suportar as tribulações que logo surgirão? Será que serei reconhecido por Jesus em sua segunda vinda a este mundo?
Nossa esperança deve se basear nas promessas registradas na Palavra de Deus. Só devo temer se estiver titubeando na fé, se a minha posição como cristão for reticente e opaca. Caso contrário poderei apegar-me confiantemente nas promessas de Deus.
"Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” (Isaias 41:10).
Para estar firme nos caminhos do Senhor, precisamos manter obediência e submissão aos seus mandamentos. A Palavra de Deus diz: "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor." (Hebreus 12.14)
O Apóstolo Pedro assim exorta: "Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?" (II Pedro 3: 11,12).
Neste tempo, se estou sendo leniente com o pecado e hesito em tomar uma decisão ao lado de Jesus Cristo, minha perspectiva será de temor e ansiedade. Hoje é o momento de restabelecer a aliança com Deus, de arrependimento e reconstrução de caminhos. Hoje é o dia de estar em paz com o Criador!
De uma forma geral a perseverança é um requisito essencial para obtermos a vitória. Temos ouvido histórias e visto inúmeros exemplos de pessoas que superaram dificuldades com perseverança para galgar um lugar no podium ou receber um prêmio de glórias mundanas. O Apostolo Paulo exalta não somente a perseverança, mas também a disciplina ao utilizar a figura do atleta de seus dias, como referência para a carreira espiritual. Quero destacar a perseverança, pois em nosso tempo a desistência ou o desânimo tem sido um fato relevante ou até preponderante .
Jesus aponta a perseverança como crucial para completarmos a caminhada da fé. "Mas aquele que perseverar até o fim, este será salvo" (Mateus 24:13). Ele disse estas palavras no contexto do capítulo 24, onde destaca os fatos concernentes ao tempo do fim. Logo após mencionar a presença de muitos falsos mestres e profetas e declarar que a iniquidade estaria em alta e o amor em baixa próximo à Sua volta, destaca a perseverança como característica principal dos salvos.
No capítulo 24 de Mateus, Jesus intercala fatos que serviriam de sinais para a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C, com fatos que denotam a brevidade de Sua segunda vinda à Terra. Ao mencionar o declínio do amor e o aumento da iniquidade concluo que estivesse se referindo ao nosso tempo. Este é caracterizado pelo domínio do secularismo, já considerado como período pós cristão, principalmente em certos países da Europa. Lá floresceu o liberalismo teológico entre outros fatores que contribuíram para o atual quadro do cristianismo. No citado continente igrejas tem dado lugar a museus, estúdios de música e até a bares. Há países nos quais as estatísticas apontam menos de três por cento da população como frequentadores regulares aos cultos.
Em nosso continente, a América Latina, já se percebe uma tendência rumo ao que hoje acontece na Europa. E isto pode ser impactante no sentido de influenciar os crentes que se deixam levar pela onda de ceticismo e incredulidade que agora impera no velho continente. Neste contexto o Apocalipse trás a mensagem: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Apoc. 14:12).
Após mencionar as três mensagens angélicas que possuem sentido especial para o tempo do fim, a perseverança é destacada como característica dos verdadeiros filhos de Deus. Parece que depois de dois mil anos que Jesus veio ao mundo, seus discípulos estão desanimados passando a abandonar a prática dos mandamentos e do evangelho genuíno. Assim é destacado um remanescente que no capítulo 12 verso 7 é chamado de "resto da descendência da mulher". Este grupo é caracterizado pela guarda dos mandamentos de Deus e também pelo testemunho de Jesus, que no capítulo 19 verso 10 diz ser o espírito de profecia.
A perseverança no tempo do fim é um requisito para o vencedor. Neste período da história o cristão mais parece um espectador sonolento que um lutador cansado. O cenário de luta e perseguição dos primeiros séculos do cristianismo agora se alterou para um cenário de conformação e esmorecimento. Qual será a saída para este quadro melancólico? Cabe a cada um buscar com perseverança a fé, que também é um dom, e assim resistir aos perigos da presente época.
As vezes ficamos pensando no que mais ofende a Deus, seria um crime violento, um furto de grande quantia ou uma inominável blasfêmia? No Novo Testamento, em Atos 5, há o relato fatídico de Ananias e Safira. Ao ver de alguns, este relato deveria estar no Antigo Testamento, isto em virtude da severa ira de Deus diante de uma mentira. Milhares de interpretações e comentários foram feitos no decorrer dos séculos na tentativa de explicar o que motivou esta ira divina. Pretendo expor alguns pontos e também caracterizar o porquê da odiosidade divina à certas atitudes humanas.
Aparentemente Deus foi demasiadamente severo com quem dispôs a metade de uma propriedade como doação aos apóstolos e não a sua totalidade. Para Deus a ostentação de piedade ou de espiritualidade falsa parece algo muito grave. Por isto Jesus condenou a oração pública dos fariseus e demais atos que demonstravam uma aparente religiosidade porém pouca essência (Mat.6:5; 23:1-12).
Naqueles dias alguns seguidores da fé cristã estavam fazendo doações generosas, isto era bem vindo num momento crucial para a igreja que precisava se expandir no meio de severas perseguições e muitas dificuldades. A aparência de grande piedade poderia ser notada num gesto como este, assim Ananias e Safira buscaram a "aparência de piedade" porém ao custo de uma mentira para alcançá-la. A atitude deles pode ser considerada como algo que dava a impressão de ser algo diferente daquilo que realmente era.
Fico pensando se a reação de Deus ainda fosse hoje a mesma daqueles dias, seja em comissões de igreja e demais eventos onde, por vezes, há a ostentação de fé e piedade. Naqueles dias a atuação do Espírito Santo era muito intensa e participativa no meio do povo de Deus e se assim agisse hoje, com certeza, veríamos muitos caírem mortos ao chão.
Uma meia verdade que tenta impressionar, tentando parecer uma coisa mas é outra, nada mais é que uma mentira odiosa, ainda mais quando isto acontece no ambiente religioso. Jesus disse que Satanás é o pai da mentira e aqueles que praticam a mentira são considerados filhos do diabo (João 8:44). Satanás sempre usou o artifício da mentira, seja no Céu ao provocar uma rebelião, seja aqui na Terra ao enganar nossos primeiros pais com lisonjas e máscaras. Há um agravante contudo em relação aos que a praticam a mentira e são conhecedores dos princípios de Deus e ainda professam alguma religiosidade. Neste caso há a presença de incoerência e hipocrisia, coisa que Jesus reputou como pedra de tropeço que impede as pessoas de entrarem no reino de Deus (Mat. 23:13).
Dizer que está doando seus préstimos na causa de Deus, mas na realidade está apenas se exibindo diante dos demais, escondendo o real interesse ou se aproveitando de uma situação para obter alguma vantagem é algo ignominioso a Deus. Nos dias de Ananias e Safira Deus agiu de certa forma para mostrar e deixar como exemplo que é repugnante aos seus olhos e não aceita esforços baseados na mentira ou na verdade parcial. Aos que pretendem herdar as mansões celestiais devem manifestar a verdade em todas as dimensões da vida. Jesus disse à mulher samaritana junto ao poço de Jacó que Deus procura por adoradores que o adorem em espírito e em verdade.
Acredito que o critério divino ainda não se alterou, porque Deus não muda (Malaquias 3:6). Assim como tratou a mentira e os mentirosos contumazes no passado, assim também tratará no futuro, no dia do juízo por ocasião de sua vinda em glória e majestade. A nós seus filhos cabe buscar a verdadeira regeneração e o aperfeiçoamento de carácter enquanto há tempo e a graça de Deus nos é outorgada. Logo virá o tempo no qual se cumprirá as palavras: "Continue o injusto a praticar injustiça, continue o imundo na imundície; continue o justo a praticar a justiça e continue o santo a santificar-se. (Apoc. 22:11).
Analisando o secularismo pelo contexto histórico, pode-se dizer que há algo de positivo, em especial considerando a separação entre igreja e estado, ou seja o laicismo. No entanto analisando no sentido prático da fé, o secularismo está na raiz do abandono da fé e dos valores espirituais na presente época. Um fenômeno que tem se estendido a partir da Europa para as demais regiões do mundo, se caracterizando pela perda de interesse em questões religiosas, ou mais especificamente nas atividades da igreja. Irei expor três tópicos que são basilares na análise em questão.
1) O homem no centro do mundo. Esta é a ideia central do Humanismo, corrente de pensamento que floresceu no período de transição entre a Idade Média e Moderna, coloca os ideais de valorização humana nos campos: filosófico, moral e estético. O relativismo moral é fruto deste movimento, que surgiu na esteira de pensadores inspirados no Iluminismo e potencializados pelo Evolucionismo e Ateísmo. Hoje os ambientes acadêmicos e a mídia em geral tem sido instrumentos de disseminação desta forma de pensamento. Por outro lado esta visão tem criado uma certa aversão ao chamado Fundamentalismo religioso, que no âmbito cristão se constitui por aqueles que fazem uma leitura literal da Bíblia, ou seja, não de forma alegórica, são considerados assim os que acreditam na semana da Criação, no dilúvio de Noé e na literalidade dos milagres relatados. Depois de minada a confiança no texto bíblico a fé e o zelo característico e necessário ao crente se esvai naturalmente. Aí se concretiza o processo de apostasia ou abandono da vida religiosa que é fato recorrente na atualidade.
2) O prazer como um fim em si mesmo. Esta é outra ideia que tem influenciado e determinado o comportamento de nossos dias. Uma visão inspirada no Hedonismo, corrente de pensamento que surgiu na Grécia antiga que coloca o prazer como bem supremo ou condição que dá sentido para a vida ou existência humana. A busca pelo prazer na presente época tem se colocado como um ídolo moderno. A idolatria ou a adoração a falsos deuses condenada na Bíblia em relação ao antigo Israel é expressa hoje, na sociedade atual, por formas mais sutis, no entanto igualmente ofensivas a Deus. Ao se colocar no centro, retirando de Deus o lugar devido, não Lhe rendendo adoração e louvor, o homem se coloca como seu próprio deus. Este é um fator de desiquilíbrio que causa frustração e tédio, pela constante e insuficiente tentativa de agradar a si mesmo. Um vazio existencial tem se instalado decorrente do quadro anteriormente descrito. Já falou Fiodor Dostoieviski, que há no homem um vazio do tamanho de Deus. Para preencher este vazio há, por vezes, tentativas malogradas, seja por vícios ou por outras coisas de efeito temporário ou superficial. A fuga de Deus, proposta por ateus e secularistas que veem na religião um aglomerado de amarras comportamentais, se revela na verdade não na solução para a verdadeira realização humana, mas num desvio dela.
3) Baseado no tópico anterior, se verifica a influência anestesiante do secularismo em relação as necessidades espirituais do homem. Uma acomodação inebriante proporcionada pelos recursos tecnológicos disponíveis ou confortos proporcionados nos dias atuais, tem se constituído em fator de distração e esfriamento da fé. Nesta análise vê-se o caráter sutil e capcioso do secularismo, primeiramente em minar a fé e depois em conduzir a um desvio alienante. Pois leva a uma forma paralela de encontrar o sentido da vida fora de Deus. Nesta esteira vem diferentes propostas, como a Nova Era ou movimento New Age, com o lema "paz sem Cristo". O cuidado do cristão na presente época é não deixar se envolver ou ser seduzido por alguma destas propostas. Parece que no tempo do apóstolo Paulo já havia formas semelhantes de desvio da fé, como o citado abandono de Demas da causa missionária para desfrutar os prazeres do "presente século". Paulo fala das vãs conjecturas nas palavras: "Pois virá o tempo que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo seus próprios desejos." (II Timóteo 4:3).
No contexto atual descrito anteriormente, há uma proclamação apocalíptica, tentando despertar as pessoas para a verdadeira adoração, que aponta para o Criador como o único ser digno de recebê-la. Também anuncia a necessidade de preparo para a segunda vinda do Senhor Jesus.
"E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória; porque é vinda a hora de seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas." Apocalipse 14:6-7.
Esta é uma proclamação de despertamento, tentando alertar os habitantes da Terra sobre a verdadeira adoração e a necessidade de preparo espiritual diante do iminente retorno de Jesus à Terra.
Neste penúltimo dia de 2022, fiz uma campanha para incentivar o entusiasmo e a alegria na expectação da segunda vinda do Senhor Jesus. Enviei a figura acima para um grande número de amigos e conhecidos através do aplicativo de troca de mensagens Whatsapp.
Realmente vivemos em momentos cruciais de mudanças no mundo, sinalizando que logo se desencadeará os eventos finais, conforme está registrado na Bíblia. Se estamos tão perto do Seu retorno, muitos podem perguntar em como se preparar para este tão grande evento.
Em termos gerais podemos dizer que devemos estar reconciliados e em constante comunhão com Jesus, guardando a lei de Deus e testemunhando de sua Palavra. Outro indicativo que deve estar presente em nós é o sentimento de alegria e satisfação pela iminência do retorno de Jesus à Terra. Paulo diz que uma coroa de glória está reservada aos que amam a sua vinda (II Tim. 4.8).
Este sentimento também serve de termômetro espiritual para os que pretendem estar preparados para o grande dia. Apesar das agruras neste mundo, profetizadas por Jesus como aflições que seus discípulos teriam de passar, a esperança de que logo estaremos na eternidade com Jesus nos traz alento e alegria.
Ao meu ver, pelo que está revelado na Palavra de Deus, este entusiasmo será efusivo e crescente entre o povo de Deus nos dias finais da história. O chamado "alto clamor" baseado num reavivamento e reforma entre o povo de Deus nos tempos finais, há de proporcionar uma última oportunidade de salvação àqueles que ainda não a aceitaram. Podemos dizer que este fato há de surgir não somente pela observação dos sinais da volta de Jesus que se cumprem de forma massiva em nossa época, mas também pela reflexão madura e iluminada pelo Espírito Santo em perceber que este mundo já não vale mais à pena, que o interesse agora deve estar centrado nas realidades celestiais, de que tudo está cumprido e agora deve ser consumado na segunda vinda.
Um gesto simples em enviar aos outros frases de esperança na segunda vinda de Jesus pode ser considerado algo superficial, corriqueiro ou sem relevância. Mas pense no trabalho do Espírito de Deus em contagiar corações, trazendo mais anseio e convicção nas promessas de Jesus através do testemunho de simples discípulos. Isto pode transformar a igreja e o mundo! Pense você no que pode fazer para se reformar espiritualmente no ano que se aproxima. Não somente em se reformar, mas incentivar a fé de outros. Saiamos da passividade e da letargia, buscando a mudança que nos trará a vitória final.