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sexta-feira, 1 de novembro de 2024

O dilema dos ex-igrejeiros e desigrejados

 


    Na época em que vivemos, as pessoas dizem sentir, ao mesmo tempo, sede de Deus e fastio da igreja. No passado, juntava-se a “fome à vontade de comer”. Hoje, porém, essas duas coisas parecem quase o oposto uma da outra. Por isso, são muitos os que optam por viver, cada vez mais, uma religião própria, solitária, individualista, pouco ou nada dogmática e fechada em si mesma; daquelas que dispensam a necessidade de prestar contas de sua vida a alguém. Talvez essa seja uma nova forma de exercício da liberdade, um jeito pós-moderno de garantir a privacidade e o bem-estar neste mundo hipervigiado, invasivo, saturado de informação e, de muitas maneiras, opressor. A religiosidade praticada nas pequenas aldeias e vilas de antigamente não é mais bem-vinda na grande aldeia global que o planeta se tornou. Esse brado por independência ou morte tem, de fato, ajudado a matar a religião que, historicamente, dependia de uma estreita convivência entre os fiéis para funcionar, qualquer que fosse a denominação.

Em contrapartida, nas igrejas de nosso tempo, ao menos nas grandes cidades e nas congregações maiores, os membros tendem a manter uma “distância segura” uns dos outros, apostar em relacionamentos superficiais, caprichar na aparência pessoal, investir em eventos de alto nível, orbitar em torno de figuras de prestígio, superestimar os talentos artísticos de alguns e menosprezar a força dos pequenos atos de amor de todos juntos no cumprimento da missão de Cristo. Essa fórmula traz como resultado o fastio de igreja, ou seja, a sensação, justificada ou não, de que congregar seja algo irrelevante para o cultivo de uma espiritualidade genuína ou, na melhor das hipóteses, algo semelhante a uma sobremesa saborosa, mas que, infelizmente, não alimenta a alma faminta e carente de salvação.

É nesse contexto que encontramos os desigrejados, um grupo de crentes que dispensa a convivência com outros crentes pelo receio de perder ou prejudicar a própria fé no contato com a fé dos demais. Os desigrejados não desejam nem se sentem preparados para se expor a esse risco. Preferem evitar conflitos e conviver pacificamente com todos, ainda que isso ocorra sem a partilha do pão, sem a entrega do tempo, sem o serviço ao necessitado, sem o alinhamento das ideias, sem o exercício diário do perdão ou, talvez, terceirizando tudo isso, para que haja mais comodidade e eficiência afinal. Os desigrejados amam a Deus, mas não a família de Deus. Gostam da cereja do bolo, mas preferem jogar o restante fora sob a alegação de que precisam se manter “em forma”. Sentem que Deus é acolhedor, mas a igreja não; que Deus é amorável, mas a igreja não; que Deus não lhes pede nada, mas que a igreja é exigente demais. Então eles colocam a religião num baú e a deixam lá, guardada. Eles abraçam a espiritualidade, algo que é bem mais amplo que religião, porém bem menos preciso e palpável também. Dizem que ser espiritual e ser religioso são coisas incompatíveis, e optam por ser espirituais, não importando exatamente o significado disso na prática. Cada pessoa terá que decidir por si mesma, argumentam. Afinal, a salvação é individual.

Os desigrejados sentem que não precisam do pão que a igreja oferece. Os ex-igrejeiros, por sua vez, sentem falta do pão que a igreja foi, mas que deixou de ser; então decidem fazer jejum

É também nesse contexto que encontramos os ex-igrejeiros, ou seja, aqueles que um dia foram exímios frequentadores de igreja, mas que hoje já não são, embora se mantenham na fé. Trata-se de um grupo novo, porém crescente, quase desconhecido, pouco estudado e absolutamente curioso e interessante. Eles também são crentes que evitam o “excesso de igreja”. E têm razão de sobra para isso! A diferença é que eles a desejam ardentemente e, ao mesmo tempo, a evitam sistematicamente. É contraditório, mas é real. Eles são fruto de uma espécie de “amor bandido”, que atrai e repele ao mesmo tempo; que agrada e decepciona; que encanta e entristece, pois se parece demais com as relações de amor e ódio que muitos de nós já vivemos ou vimos alguém viver, e cuja sorte lamentamos. Os ex-igrejeiros sentem que o modelo de igreja que predomina hoje está longe do ideal, e tal modelo, de modo nenhum satisfaz a sede de sua alma. Em função disso, eles se tornam altamente seletivos e vivem à caça de líderes que inspirem, comunidades que acolham, iniciativas que funcionem e experiências impactantes que os façam reviver a essência do evangelho bíblico. Neles, fome e fastio convivem, como ocorreu com Israel quando, no deserto, rumo a Canaã, o povo recebeu de Deus o maná. Provavelmente estivessem agradecidos por não passar fome no deserto, mas, ao mesmo tempo, se queixaram daquele “pão vil”.

Os desigrejados sentem que não precisam do pão que a igreja oferece. Os ex-igrejeiros, por sua vez, sentem falta do pão que a igreja foi, mas que deixou de ser; então decidem fazer jejum. O primeiro grupo se destaca pela religiosidade intimista, solipsista, anti-institucionalizada. O segundo grupo é fruto da desilusão, do saudosismo e de um idealismo ambíguo, que bebe do passado, mas não consegue assimilar o presente nem construir o futuro. Como esses dois grupos tornarão a encontrar o caminho de volta à igreja? Eis a pergunta que não quer calar. Obviamente, a resposta não é fácil. Mas se conseguissem se reintegrar, os ex-igrejeiros poderiam revolucionar a igreja e ajudar a reavivá-la, uma necessidade bem real em muitos lugares. O desafio deles, porém, é reavivar primeiramente a si mesmos e entender que ainda têm um dever a cumprir, uma visão a compartilhar e um legado a transmitir. E só conseguirão ter sucesso se descobrirem o jeito de fazer isso sem o peso da autoridade que um dia exerceram e que já não conseguirão recuperar, porque os tempos mudaram. Os desigrejados, por sua vez, pouco têm a oferecer à comunidade de fé além de sua ausência, sua crítica e seu desdém. O que encontram na igreja é, em certa medida, um pouco daquilo que eles mesmos oferecem. Se, porém, aprenderem a plantar outro tipo de semente, não é garantia, mas talvez possam colher frutos diferentes.

Finalmente, há um terceiro e último grupo envolvido na problemática: o dos igrejados. É para eles que este artigo foi escrito. Seremos capazes de manter abertas as portas da igreja para os outros dois grupos? Se eles vierem, ou melhor, quando eles vierem, estaremos preparados para recebê-los como irmãos? Ou desejaremos trocar de posição com eles? O que Jesus teria a nos ensinar sobre o assunto se nós, humildemente, O buscássemos com disposição e fervor? Reflita e decida. Agora é com você.

Fonte :  RA

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Sem medo do futuro!

 


    Nossos dias estão passando rápido e a situação do mundo está mudando vertiginosamente. Perspectivas sombrias nos remetem a cenas apocalípticas por uma série de indícios e graves ameaças que nos são noticiadas.  Como sobreviverei amanhã? Será que estarei preparado para suportar as tribulações que logo surgirão? Será que serei reconhecido por Jesus em sua segunda vinda a este mundo?

    Nossa esperança deve se basear nas promessas registradas na Palavra de Deus. Só devo temer se estiver titubeando na fé, se a minha posição como cristão for reticente e opaca. Caso contrário poderei apegar-me confiantemente nas promessas de Deus. 

"Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” (Isaias 41:10). 

    Para estar firme nos caminhos do Senhor, precisamos manter obediência e submissão aos seus mandamentos. A Palavra de Deus diz: "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor." (Hebreus 12.14)

  O Apóstolo Pedro assim exorta: "Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?" (II Pedro 3: 11,12).

    Neste tempo, se estou sendo leniente com o pecado e hesito em tomar uma decisão ao lado de Jesus Cristo, minha perspectiva será de  temor  e ansiedade. Hoje é o momento de restabelecer a aliança com Deus, de arrependimento e reconstrução de caminhos. Hoje é o dia de estar em paz com o Criador!




sábado, 10 de agosto de 2024

O Segredo da Vitória!

 


        De uma forma geral a perseverança é um requisito essencial para obtermos a vitória. Temos ouvido histórias e visto inúmeros exemplos de pessoas que superaram dificuldades com perseverança para  galgar um lugar no podium ou receber um prêmio de glórias mundanas. O Apostolo Paulo exalta não somente a perseverança, mas também a disciplina ao utilizar a figura do atleta de seus dias, como referência para a  carreira espiritual. Quero destacar a perseverança, pois em nosso tempo a desistência ou o desânimo  tem sido um fato relevante ou até preponderante .

    Jesus aponta a perseverança como crucial para completarmos a caminhada da fé.  "Mas aquele que perseverar até o fim, este será salvo" (Mateus 24:13). Ele disse estas palavras no contexto do capítulo 24, onde destaca os fatos concernentes ao tempo do fim. Logo após mencionar a presença de muitos falsos mestres e profetas e declarar que a iniquidade estaria em alta e o amor em baixa próximo à Sua volta, destaca a perseverança como característica principal dos salvos.

    No capítulo 24 de Mateus, Jesus intercala fatos que serviriam de sinais  para a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C, com fatos que denotam a brevidade de Sua segunda vinda à Terra. Ao mencionar o declínio do amor e o aumento da iniquidade concluo que estivesse se referindo ao nosso tempo. Este é caracterizado pelo domínio do secularismo, já considerado como período pós cristão, principalmente em certos países da Europa. Lá floresceu o liberalismo teológico entre outros fatores que contribuíram para o atual quadro do cristianismo. No citado continente igrejas tem dado lugar a museus, estúdios de música e até a bares. Há países nos quais as estatísticas apontam menos de três por cento da população como frequentadores regulares aos cultos.

    Em nosso continente, a América Latina, já se percebe uma tendência rumo ao que hoje acontece na Europa. E isto pode ser impactante no sentido de influenciar os crentes  que se deixam levar pela onda de ceticismo e incredulidade que agora impera no velho continente. Neste contexto o Apocalipse trás a mensagem: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Apoc. 14:12).

    Após mencionar as três mensagens angélicas que possuem sentido especial para o tempo do fim, a perseverança é destacada como característica dos verdadeiros filhos de Deus. Parece que depois de dois mil anos que Jesus veio ao mundo, seus discípulos estão desanimados passando a abandonar a prática dos mandamentos e do evangelho genuíno. Assim é destacado um remanescente que no capítulo 12 verso 7 é chamado de "resto da descendência da mulher". Este grupo é caracterizado pela guarda dos mandamentos de Deus e também pelo testemunho de Jesus, que no capítulo 19 verso 10 diz ser o espírito de profecia.

    A perseverança no tempo do fim é um requisito para o vencedor. Neste período da história o cristão mais parece um espectador sonolento que um lutador cansado. O cenário de luta e perseguição dos primeiros séculos do cristianismo agora se alterou para um cenário de conformação e esmorecimento. Qual será a saída para este quadro melancólico? Cabe a cada um buscar com perseverança a fé, que também é um dom, e assim resistir aos perigos da presente época.

    

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Mentiras ou meias verdades o que é mais ofensivo a Deus?

 


    As vezes ficamos pensando no que mais ofende a Deus, seria um crime violento, um furto de grande quantia ou uma inominável blasfêmia? No Novo Testamento, em Atos 5, há o relato fatídico de Ananias e Safira. Ao ver de alguns, este relato deveria estar no Antigo Testamento, isto em virtude da severa ira de Deus diante de uma mentira. Milhares de interpretações e comentários foram feitos no decorrer dos séculos na tentativa de explicar  o que motivou esta ira divina. Pretendo expor alguns pontos e também caracterizar o porquê da odiosidade divina à certas atitudes humanas.

    Aparentemente Deus foi demasiadamente severo com quem dispôs a metade de uma propriedade como doação aos apóstolos e não a sua totalidade. Para Deus a ostentação de piedade ou de espiritualidade falsa parece algo muito grave. Por isto Jesus condenou a oração pública dos fariseus e demais atos que demonstravam uma aparente religiosidade porém pouca essência (Mat.6:5; 23:1-12). 

     Naqueles dias alguns seguidores da fé cristã estavam fazendo doações generosas, isto era bem vindo num momento crucial para a igreja que precisava se expandir no meio de severas perseguições e muitas dificuldades. A aparência de grande piedade poderia ser notada num gesto como este,  assim Ananias e Safira buscaram a "aparência de piedade" porém ao custo de uma mentira para alcançá-la. A atitude deles pode ser considerada como algo que dava a impressão de ser algo diferente daquilo que realmente era.

    Fico pensando se a reação de Deus ainda fosse hoje a mesma daqueles dias, seja em comissões de igreja e demais eventos onde, por vezes, há a ostentação de fé e piedade. Naqueles dias a atuação do Espírito Santo era muito intensa e participativa no meio do povo de Deus e se assim agisse hoje, com certeza, veríamos  muitos caírem mortos ao chão.

    Uma meia verdade que tenta impressionar, tentando parecer uma coisa  mas é outra, nada mais é que uma mentira odiosa, ainda mais quando isto acontece no ambiente religioso. Jesus disse que Satanás é o pai da mentira e aqueles que praticam a mentira são considerados filhos do diabo (João 8:44). Satanás sempre  usou o artifício da mentira, seja no Céu ao provocar uma rebelião, seja aqui na Terra ao enganar nossos primeiros pais com lisonjas e máscaras. Há um agravante contudo em relação aos que a praticam a mentira e são conhecedores dos princípios de Deus e ainda  professam alguma religiosidade. Neste caso há a presença de incoerência e hipocrisia, coisa que Jesus reputou como pedra de tropeço que impede as pessoas de entrarem no reino de Deus (Mat. 23:13). 

     Dizer que está doando seus préstimos na causa de Deus, mas na realidade está apenas se exibindo diante dos demais, escondendo o real interesse ou se aproveitando de uma situação para obter alguma vantagem é algo ignominioso a Deus. Nos dias de Ananias e Safira Deus agiu de certa forma para mostrar e deixar como exemplo que é repugnante aos seus olhos e não aceita esforços baseados na mentira ou na  verdade parcial. Aos que pretendem herdar as mansões celestiais devem manifestar a verdade em todas as dimensões da vida. Jesus disse à mulher samaritana junto ao poço de Jacó que Deus procura por adoradores que o adorem em espírito e em verdade.

    Acredito que o critério divino ainda não se alterou, porque Deus não muda (Malaquias 3:6). Assim como tratou a mentira e os mentirosos contumazes no passado, assim também tratará no futuro, no dia do juízo por ocasião de sua vinda em glória e majestade. A nós seus filhos cabe buscar a verdadeira regeneração e o aperfeiçoamento de carácter enquanto há tempo e a graça de Deus nos é outorgada. Logo virá o tempo no qual se cumprirá as palavras: "Continue o injusto a praticar injustiça, continue o imundo na imundície; continue o justo a praticar a justiça e continue o santo a santificar-se. (Apoc. 22:11). 

Aguinaldo C. da Silva


    

      

domingo, 21 de maio de 2023

O Perigo do Secularismo !

 


    Analisando o secularismo pelo contexto histórico, pode-se dizer que há algo de positivo, em especial considerando a separação entre igreja e estado, ou seja o laicismo. No entanto analisando no sentido prático da fé, o secularismo está na raiz do abandono da fé e dos valores espirituais na presente época. Um fenômeno que tem se estendido a partir da Europa para as demais regiões do mundo, se caracterizando pela perda de interesse em questões religiosas, ou mais especificamente nas atividades da igreja. Irei expor três tópicos que são basilares na análise em questão.

1) O homem no centro do mundo. Esta é a ideia central do Humanismo, corrente de pensamento que floresceu no período de transição entre a Idade Média e Moderna, coloca os ideais de valorização humana nos campos: filosófico, moral e estético. O relativismo moral é fruto deste movimento, que surgiu na esteira de pensadores inspirados no Iluminismo e potencializados pelo Evolucionismo e Ateísmo. Hoje os ambientes acadêmicos e a mídia em geral tem sido instrumentos de disseminação desta forma de pensamento. Por outro lado esta visão tem criado uma certa aversão ao chamado Fundamentalismo religioso, que no âmbito cristão se constitui por aqueles que fazem uma leitura literal da Bíblia, ou seja, não de forma alegórica, são considerados assim os que acreditam na semana da Criação, no dilúvio de Noé e na literalidade dos milagres relatados. Depois de minada a confiança no texto bíblico a fé e o zelo característico e necessário ao crente  se esvai naturalmente. Aí se concretiza o processo de apostasia ou abandono da vida religiosa que é fato recorrente na atualidade.

2) O prazer como um fim em si mesmo. Esta é outra  ideia que tem influenciado e determinado o comportamento de nossos dias. Uma visão inspirada no Hedonismo, corrente de pensamento que surgiu na Grécia antiga que coloca o prazer como bem supremo ou condição que dá sentido para a vida ou existência humana. A busca pelo prazer na presente época tem se colocado como um ídolo moderno. A idolatria ou a adoração a falsos deuses condenada na Bíblia em relação ao antigo Israel é expressa hoje, na sociedade atual, por formas mais sutis, no entanto igualmente ofensivas a Deus. Ao se colocar no centro, retirando de Deus o lugar devido, não Lhe rendendo adoração e louvor, o homem se coloca como seu próprio deus. Este é um fator de desiquilíbrio que causa frustração e tédio, pela constante e insuficiente tentativa de agradar a si mesmo. Um vazio existencial tem se instalado decorrente do quadro anteriormente descrito. Já falou Fiodor Dostoieviski, que há no homem um vazio do tamanho de Deus. Para preencher este vazio há, por vezes, tentativas malogradas, seja por vícios ou por outras coisas de efeito temporário ou superficial. A fuga de Deus, proposta por ateus e secularistas que veem na religião um aglomerado de amarras comportamentais,  se revela na verdade não  na solução para a verdadeira realização humana, mas num desvio dela.

3) Baseado no tópico anterior, se verifica a influência anestesiante do secularismo em relação as necessidades espirituais do homem. Uma  acomodação inebriante proporcionada pelos recursos tecnológicos disponíveis ou confortos proporcionados nos dias atuais, tem se constituído em fator de distração e esfriamento da fé. Nesta análise vê-se o caráter sutil e capcioso do secularismo, primeiramente em minar a fé e depois em conduzir a um desvio alienante. Pois leva a uma forma paralela de encontrar o sentido da vida fora de Deus.  Nesta esteira vem diferentes propostas, como a Nova Era ou movimento New Age, com o lema "paz sem Cristo". O cuidado do cristão na presente época é não deixar se envolver ou ser seduzido por alguma destas propostas. Parece que no tempo do apóstolo Paulo já havia formas semelhantes de desvio da fé, como o citado abandono de Demas da causa missionária para desfrutar os prazeres do "presente século".  Paulo fala das vãs conjecturas nas palavras: "Pois virá o tempo que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo seus próprios desejos." (II Timóteo 4:3).

     No contexto atual descrito anteriormente, há uma proclamação apocalíptica, tentando despertar as pessoas para a verdadeira adoração, que aponta para o Criador como o único ser digno de recebê-la. Também anuncia a necessidade de preparo para a segunda vinda do Senhor Jesus. 

"E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória; porque é vinda a hora de seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas." Apocalipse 14:6-7.

      Esta é uma proclamação de despertamento, tentando alertar os habitantes da Terra sobre a verdadeira adoração e a necessidade de preparo espiritual diante do iminente retorno de Jesus à Terra.


Aguinaldo Carvalho da Silva

  

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Aguardando com entusiasmo e alegria pela segunda vinda de Jesus!


     Neste penúltimo dia de 2022, fiz uma campanha para incentivar o entusiasmo e a alegria na expectação da segunda vinda do Senhor Jesus. Enviei a figura acima para um grande número de amigos e conhecidos através do aplicativo de troca de mensagens Whatsapp.  

    Realmente vivemos em momentos cruciais de mudanças no mundo, sinalizando que logo se desencadeará os eventos finais, conforme está registrado na Bíblia. Se estamos tão perto do Seu retorno, muitos podem perguntar em como se preparar para este tão grande evento. 

    Em termos gerais podemos dizer que devemos estar reconciliados e em constante comunhão com Jesus, guardando a  lei de Deus e testemunhando de sua Palavra. Outro indicativo que deve estar presente em nós é o sentimento de alegria e satisfação pela iminência do retorno de Jesus à Terra. Paulo diz que uma coroa de glória está reservada aos que amam a sua vinda (II Tim. 4.8).

    Este sentimento também serve de termômetro espiritual para os que pretendem estar preparados para o grande dia. Apesar das agruras neste mundo, profetizadas por Jesus como aflições que seus discípulos teriam de passar, a esperança de que logo estaremos na eternidade com Jesus nos traz  alento e alegria. 

    Ao meu ver, pelo que está revelado na Palavra de Deus, este entusiasmo será  efusivo e crescente entre o povo de Deus nos dias finais da história. O chamado "alto clamor" baseado num reavivamento e reforma entre o povo de Deus nos tempos finais, há de proporcionar uma última oportunidade de salvação àqueles que ainda não a aceitaram. Podemos dizer que este fato há de surgir não somente pela observação dos sinais da volta de Jesus que se cumprem de forma massiva em nossa época, mas também pela reflexão madura e iluminada pelo Espírito Santo em perceber que este mundo já não vale mais à pena, que o interesse agora deve estar centrado nas realidades celestiais, de que tudo está cumprido e agora deve ser consumado na segunda vinda. 

    Um gesto simples em enviar aos outros frases de esperança  na segunda vinda de Jesus pode ser considerado algo superficial, corriqueiro ou sem relevância. Mas pense no trabalho do Espírito de Deus em contagiar corações, trazendo mais anseio e convicção nas promessas de Jesus através do testemunho de simples discípulos. Isto pode transformar a igreja e o mundo! Pense você no que pode fazer para se reformar espiritualmente no ano que se aproxima. Não somente em se reformar, mas incentivar a fé de outros. Saiamos da passividade e da letargia, buscando a mudança que nos trará a vitória final.


Aguinaldo C. da Silva

sábado, 16 de setembro de 2017

Como medir o crescimento espiritual

A dificuldade de mensurar o crescimento espiritual é um dos grandes desafios da vida cristã. Muitos demonstram-se ansiosos por experimentar a presença de Deus de maneira mais marcante. Em alguns casos, essa sede espiritual chega a esbarrar em uma certa frustração quando esse “algo mais” não é percebido na experiência com Deus.
O fato de a vida espiritual não ser mecânica a torna difícil de ser medida. A própria tentativa de definir espiritualidade já é uma tarefa árdua. Uma das causas de frustrações na busca por uma vida espiritual mais robusta é exatamente essa subjetividade. A conversa entre Jesus e o jovem rico, registrada nos evangelhos, revela exatamente esse dilema: “Que farei de bom parar ter a vida eterna? […] A tudo isso [mandamentos] tenho obedecido. O que me falta ainda?” (Mt 19:16,20).
O ponto central da resposta de Jesus – “venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois, venha e siga-me” – é que espiritualidade não tem que ver simplesmente com tarefas, metas, objetivos, competência ou perfeição, mas com relacionamento, intimidade e conexão.
Embora relacionamentos sejam subjetivos, ainda assim são mensuráveis. Porém, eles necessitam de métricas diferentes para a avaliação de sua eficácia.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

História de herói de guerra cristão adventista que não usava armas vira filme

“Até o Último Homem”, novo filme do diretor Mel Gibson, mostra uma história real que se passa na Segunda Guerra Mundial. Baseia-se na vida de Desmond Doss, um soldado cujas crenças cristãs o impediam de pegar em armas.
O longa estreia nos EUA em no dia 4 de novembro e só chega ao Brasil em janeiro do ano que vem. Mesmo assim, já é tratado como um sério candidato ao Oscar. Exibido como pré-estreia no 73º Festival de Veneza, semana passada, foi aplaudido durante 10 minutos pelo público presente.
Interpretado por Andrew Garfield, o soldado Doss foi um herói de guerra, tendo recebido uma medalha de honra após salvar 75 soldados feridos durante a batalha de Okinawa, no Japão, em 1945.
Sua crença religiosa fez dele um soldado diferente, pois não carregou armas durante os confrontos. Para os demais, foi considerado um inútil e sofreu grande rejeição. Porém, sua atuação no campo de guerra mostrou ser um homem extremamente corajoso, que se arriscava para salvar seus companheiros.
Doss era membro de uma igreja Adventista do Sétimo Dia e embora fosse um pacifista, acreditava que não podia ignorar a guerra que seu país acabara de entrar. Ainda que no início de sua trajetória no exército tenha sido desprezado, rapidamente se tornou um herói provando possuir uma coragem extraordinária.
A fé cristã do soldado é parte essencial do roteiro, mostrando como ela acabou por influenciar também seus companheiros de tropas. Raridade em Holywood, essa visão positiva sobre um cristão é responsabilidade de Gibson.
Além do sucesso “A Paixão de Cristo”, de 2004, o diretor já avisou que fará outro filme sobre Jesus, mostrando o que aconteceu depois da ressurreição.
Fonte: GospelPrime
Nota.  Contrariando a tendência da indústria cinematográfica nos últimos tempos em produzir filmes de baixo conteúdo moral, este novo trabalho de Mel Gibson é um ótimo filme que conta uma história de altruísmo, coragem e honradez. Uma história que serve de exemplo para os jovens de nossa época,  que estão carentes de referências morais e de bom caráter. 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A Maravilhosa Criação de Deus








SALMO  19
A excelência da criação e suas leis, assim como da palavra de Deus
Salmo de Davi para o cantor-mor
1  OS céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
2  Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.
3  Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz.
4  A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol,
5  O qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho.
6  A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor.
7  A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices.
8  Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos.
9  O temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente.
10  Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.
11  Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa.
12  Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.
13  Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão.
14  Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, Rocha minha e Redentor meu!
Fonte:http://biblicasimagens.blogspot.com.br

quarta-feira, 24 de julho de 2013

A arte de não adoecer


Por Dr. Draúzio Varella

Se não quiser adoecer – “Fale de seus sentimentos”.
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna… Com o tempo arepressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar,confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia..


Se não quiser adoecer – “Tome decisão”
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.


Se não quiser adoecer – “Busque soluções”
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer – “Não viva de aparências”
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso… uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer – “Aceite-se”
A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos,destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.


Se não quiser adoecer – “Confie”
Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.


Se não quiser adoecer – “Não viva sempre triste”
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. “O bom humor nos salva das mãos do doutor”. Alegria é saúde e terapia. 


Fonte: http://edrenekivitz.com/blog/

Nota: Para o discípulo de Cristo é mais fácil praticar estas orientações, pois a Bíblia e em especial os ensinamentos de Jesus, já nos conduzem por este caminho. Há inúmeras promessas que transmitem confiança na Bíblia, em especial nos Salmos. João escreveu: "Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa." João 15:11
O espírito do cristão não deve ser melancólico, acabrunhado, tristonho. A esperança de nos encontrar com Cristo em sua segunda vinda já nos inspira a vida. Saber que não somos um mero punhado de moléculas transitando neste mundo, mas objeto do amor de Deus, contribui para nossa melhor auto-estima, paz e segurança da alma.
 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Menos eu mais Ele!

O Apóstolo Paulo disse: "Não mais eu, mas Cristo vive em mim" (Gal. 2:20). Esta postura parece ser ridícula frente aos pressupostos do humanismo. Como poderei abdicar de minhas tendências, gostos e prazeres para viver os gostos e valores de outra pessoa? Esta anulação individual parece contrariar a lógica e o bom senso, pois afinal não deveria ir em busca do meu eu, das minhas peculiaridades e desejos?

Somos educados a seguir uma forma de pensar e agir, de repente nos deparamos com a necessidade de negar esta forma para imitar outra pessoa. Por mais absurdo que isto pareça, diariamente encontramos pessoas que passam por este processo que a Bíblia chama de "arrependimento". Pessoas que desistiram de si, de buscar satisfazer suas vontades, para seguir um perfil que consideram como modelo. Muitas delas são pessoas que buscaram os prazeres carnais ao extremo, obtendo sensações alucinantes, geralmente ligadas às drogas, sexo, urgias, etc...   Mas que eram infelizes,  vazias, sem sentido, com sentimento constante de inadequação ou sem paz. 

Em certo momento descobriram que Deus tinha um lugar especial em suas vidas e Jesus, a suprema revelação de Deus, lhes seria o guia nesta nova forma de viver. Uma descoberta contundente, mas comprovada em sua eficácia: Jesus pode mudar! Jesus pode dar alegria, paz, equilíbrio e sabedoria. Talvez se diga que outras pessoas que não conhecem a Jesus tenham estes mesmos dons. Mas só Jesus pode dar esperança, a esperança de que esta vida não se resume a isto aqui. Que a vida eterna é uma possibilidade real! 


Portanto a fórmula: menos eu mais Ele, não é absurda como parecia, ela é sim a forma de alcançarmos mais vida, ou desfrutarmos da vida verdadeiramente. Jesus disse: "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (João 10:10)Ainda que pareça uma renúncia à vida, deixar certos vícios e prazeres egoístas,  isto é necessário para desfrutarmos da forma correta de viver, onde o amor é o tom e a atmosfera que rege nossas vidas. E só Jesus pode abastecer-nos deste dom.

Aguinaldo C. da Silva

terça-feira, 5 de março de 2013

UMA EXPERIÊNCIA REAL COM CRISTO!




           O que está faltando para termos uma experiência real com Cristo? Para vivermos um cristianismo exuberante, nos sentindo seguros ao imaginarmos Ele voltando nas nuvens do céu.
           
As Amarras:  Os interesses carnais, a rotina do dia a dia, as vãs subtilezas do presente século, tendem a arrefecer nosso fervor e carinho por Cristo. Passamos a nos acomodar com nossa mornidão espiritual, achando que é bom que Cristo volte, mas não agora. Querendo receber a plenitude do Espírito Santo, mas notando que o vaso não está pronto para recebê-Lo. Assim vamos adiando a concretização de nosso anseio  em sermos cristãos exuberantes, convictos, abençoados.

A Rendição: Precisamos desistir de nossos subterfúgios ou de nós mesmos. Enquanto considerarmos de algum valor as coisas deste mundo, Cristo não tomará posse do trono de nosso coração. Isto só acontecerá com uma rendição voluntária a Cristo. Quando nos conscientizar-nos da futilidade das coisas deste mundo reconheceremos finalmente a necessidade de Cristo em nossa vida. Caso contrário não conseguiremos progredir. O pastor e escritor adventista Morris Venden comenta o assunto da seguinte forma: 
Quando estudei as técnicas de salvamento, o instrutor da Cruz Vermelha nos ensinou algumas salvaguardas ao tentarmos salvar uma pessoa que está se afogando. Disse ele: "Se for absolutamente possível, não pule na água imediatamente para salvá-lo. Observe-o com muito cuidado, mas espere até que ele esteja prestes a afundar pela tradicional 'terceira vez'. Quando ele chegar a este ponto, então mergulhe e salve-o, mas não antes disto."  Por que ele nos advertiu a esperar? Se mergulhássemos imediatamente, a vítima estaria se debatendo. Ela se agarraria a nós em um aperto mortal, e ambos poderíamos nos afogar. Mas se esperássemos até que ela parasse de lutar, então poderíamos com segurança salvá-la.
Você sabia que a salvação humana se baseia no mesmo princípio? Devemos chegar à condição na qual estamos prontos a parar de combater as ondas do pecado. Jesus nos vê debatendo-nos no mar da vida. Estamos lutando desesperadamente tentando combater nossos pecados, tentando vencer nossos problemas. Mas o diabo é mais forte e mais hábil do que nós. Não parece que iremos alcançar a vitória. Finalmente, quando desistimos e estamos quase prontos a afundar para sempre, admitimos que não podemos ter sucesso. Olhamos desesperadamente para o Céu em busca de auxílio. Só então Jesus pode vir salvar-nos.” (Extraído do livro: Como tornar real o cristianismo.)

A nossa entrega ou rendição é a chave para a vitória em Cristo. Em outras palavras é a escolha da soberania de Jesus em nossa vida que nos leva à conversão. Cristianismo tem a ver  com quem você serve, quem tem a primazia em sua vida e não apenas ao conjunto de normas e doutrinas assumidas. Quando percebemos que Cristo é o Mestre por excelência e a este devemos amoldar nossos gostos e desejos, começa a caminhada. Certa vez Jesus foi taxativo com seus discípulos e disse em outras palavras: “Se vocês não estão contentes em me seguir, o caminho está aberto”. Então Pedro respondeu: “Senhor para quem iremos? Tu tens a palavra da vida.” (João 6:68).
Esta certeza expressa nas palavras de Pedro é o que deve ser manifestado pelo verdadeiro discípulo. Além da vida eterna, Jesus tem a essência de toda sabedoria e quer tornar-nos perfeitos, equilibrados, exuberantes em qualidade de vida. Se não acreditarmos nesta realidade não poderemos recebê-lo de fato. A partir disto passamos a ajustar todos os nossos interesses e realidades ao foco que é Cristo, do qual obtemos esperança e força para sermos vitoriosos. E desta interação depende toda a vida cristã.

Aguinaldo C. da Silva

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

As Implicações de Seguir a Cristo


Ao tomar a decisão de entregar o coração a Jesus, geralmente vem a mente o que  temos que abandonar para segui-lo. Então surge a dúvida, pois achamos que será muito difícil viver sem aquelas práticas que não combinam com a doutrina cristã, mas fazem parte de nossa vida.
Quando Jesus chamou seus discípulos estes deixando tudo o seguiram. Apesar deles não se tornarem perfeitos a partir daquele momento, mas darem início a um processo de transformação de suas vidas, o que se destaca é o fato deles deixarem as coisas que de alguma forma podiam atrapalhar o relacionamento com seu Mestre.

Talvez esta seja a grande questão hoje para quem quer ir após Cristo. Temos que confiar que Ele como Mestre e Senhor de nossa vida tem o melhor a nos oferecer. A dúvida é a grande arma que Satanás  usa com o propósito de nos impedir de consumar a entrega. Se eu entrego minha vida a Cristo, entrego meus relacionamentos,  trabalho, recreação, vida íntima, enfim tudo.

Muita gente se confunde achando que o caminho do discipulado é um caminho sem prazer, sem atrativo algum. É claro, não tem o prazer do pecado se é que assim pode ser chamado.  Mas tem o prazer  de  estar em paz com Deus, de fazer as coisas conforme Jesus projetou na criação, conforme sua lei. E se alguém acha que este prazer não é suficiente, é porque está com suas percepções um pouco depravadas. Jesus quer não somente ir à igreja conosco, mas também ir à praia, ao trabalho, à recreação. Ser cristão é viver numa atmosfera especial. É viver norteado pelo amor de Jesus.

Viver segundo o Mestre ordena é um privilégio possível a todo aquele que aceita sua graça redentiva. Temos que confiar sempre. Mesmo que hoje tenha sido um dia com stresse alto, não largamos a Sua paz, pois Ele prometeu que estaria conosco em nossas tribulações e dificuldades. Caminhar orientado por Jesus é muito bom. Incomparavelmente com quem caminha só, achando que por isto pode se considerar livre. A verdadeira liberdade é só Ele quem dá. Inspiração também, por isto eu espero que amanhã seja melhor do que hoje, pois confio a minha vida à Sua direção.

Aguinaldo C. da Silva

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O foco do cristão


      Um dos problemas de muitos cristãos na atualidade é a falta de foco. Mesmo sendo membro de uma determinada denominação e frequentando a igreja, muitos não se sentem realizados e em paz com Deus. Em decorrência deste quadro alguns passam a destacar sem equilíbrio, certos aspectos da fé no intuito de aplacar a grande carência espiritual em que vivem. 
      Outros vivem desorientados e confusos  no cristianismo  por conta de certos pregadores que promovem versões alternativas do evangelho, novos e diversificados 'euvangelhos'. Não é só uma questão de  dogmas e doutrinas, mas  toda a expressão do evangelho, incluindo o lado  pessoal e prático da vida cristã. Como cristão, como estou amando a Jesus e ao próximo?

       A maior dificuldade para os professos seguidores de Jesus na atualidade é integrar as doutrinas, normas e valores cristãos como um todo. Vemos alguns cristãos manifestando grande zelo pela modéstia, e isto é bom, contudo pecam noutros aspectos, tais como: amor, misericórdia, paciência.
        O grande desafio de nossa época é manter a integralidade e o equilíbrio com coerência entre os diversos aspectos da vida cristã. Muitos se exibem como grandes conhecedores da doutrina cristã mas não tem um pingo de consideração pelo irmão, sendo falsos, ciumentos, exclusivistas. Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (destacando a suma da lei), é desde o tempo de Cristo a grande pregação. 

Jesus disse: "Mas ai de vós,  fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas, e não deixar as outras." (Lucas 11:42). 

Aí deve estar o foco da vida do cristão: manter a prática com integralidade dos valores e princípios cristãos. O foco não deve estar nos extremos, nem se limitar a um determinado aspecto da doutrina. Nosso exemplo é Jesus e Ele foi perfeito em todas as coisas.  Demonstrou paciência, solidariedade e humanismo, assim como em certos momentos,  foi severo e rigoroso contra certas atitudes e desvios. 

Onde está o meu foco como cristão? Talvez cada um tenha que ajustar o seu, pois somos todos diferentemente tentados e diferentemente propensos a desenvolver certas qualidades. Mas jamais devemos perder nosso alvo que é nos aproximar de Cristo, tendo-o como modelo e inspiração.


Aguinaldo C. da Silva









quinta-feira, 6 de setembro de 2012

É Hora de Voltar

           Desde que soube que podemos sonhar com a vida eterna, passei a viver com esperança. Saber que a vida era só isto aqui e que cada minuto que passa estamos mais perto da morte, nos dá uma ansiedade terrível, quase um desespero.
          Então passei a seguir a Jesus, não só pelo interesse na vida eterna, mas porque entendi que a verdade está com Ele. Ele sabe o que é melhor para nós, onde está a felicidade, por isto decidi me entregar a Ele e vivenciar os seus caminhos.
            Desde aquele dia passei por desânimo, tentações, ciladas doutrinárias, etc... Tentei até me afastar da igreja, mas notei que estava também me afastando de Jesus.  Então voltei atrás nas minhas considerações. Hoje entendo que tenho que permanecer firme, não posso renunciar o plano de Deus para minha vida. Já tive evidências suficientes de que Jesus é o único salvador e a Bíblia  o livro que o revela.
           Seguir a  Jesus é ser discípulo, não basta ser uma boa pessoa, honesta e íntegra aos olhos da sociedade. É preciso estar conectado a Cristo, obedecer a Sua palavra, estar ligado à igreja e testemunhar aos outros. A igreja é uma instituição para orientar aqueles que estão no caminho da salvação, onde se realiza a comunhão dos que vivem na mesma fé.
           Não há outra realidade que compense toda a esperança e paz que encontramos em Cristo. Adotar a mentalidade do mundo, de fundo agnóstico ou ateísta é simplesmente rumar para a perdição. Voltar à vida sem esperança, sem fé, sem sentido. Satanás insufla o ego humano para desdenhar o cristianismo e a instituição que o representa. A filosofia do mundo é um engodo, uma busca para viver longe de Cristo, mas não adianta achar que estamos no controle. Isto é uma grande tolice, os dias passam como uma neblina, logo olharemos para trás e veremos que tudo foi inútil. É preciso aproveitar a melhor oportunidade da vida. "Pois, que aproveitaria ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma?" Marcos 8:36

       Talvez você diga: Não consigo ter fé. Mas a Bíblia diz que a fé vem pelo ouvir da palavra de Deus (Rom. 10:17).  Quanto tempo você tem dedicado às coisas espirituais? Talvez esta seja uma das poucas coisas que você possa fazer pela sua salvação. Ao dar um momento de atenção de coração aberto você estará rompendo com a dúvida e a incredulidade. 
         Se parou para ler este texto, isto pode significar que você já sente sede de algo mais, que já está cheio das sensações e prazeres que este mundo pode oferecer. Mas não pare, continue na busca da palavra de Deus, pois ela vivifica, orienta e conduz a novos horizontes. Se você acha que tudo o que você tem e pode conseguir é efêmero, busque o contato com Deus. Ter intimidade com Ele é a maior realização, não há privilégio maior do que ser amigo de Deus.

Aguinaldo C. da Silva

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Caminho para o Céu

Se me perguntassem hoje o quanto é difícil chegar ao céu, eu responderia: bom depende, em quem o cristão deposita a sua  confiança e até que ponto está disposto a subjugar o eu.
Para aqueles que confiam em si mesmos, em seus próprios esforços é impossível. Para aqueles que confiam na graça de Cristo e estão dispostos  a render-lhe inteira obediência, é fácil.

Sobretudo, neste mundo, enquanto estamos transitando pela vereda da fé, temos que ter sabedoria, equilíbrio, vigiando para não cair em ciladas e sair do caminho, perdendo assim o rumo da mansão celestial.
Uma das grandes verdades da realidade cristã, é que temos o ego exaltado, ou seja, naturalmente egóicos, insubmissos e rebeldes contra a lei de Deus. Por isto durante a caminhada o inimigo das almas explora todas as nossas fraquezas, tendências e oportunidades possíveis para instalar o desânimo, a incredulidade e a indiferença para com as coisas espirituais. 

A solução é vigiar. Por isto a Bíblia recomenda a oração, a leitura da Palavra, o louvor, enfim tudo aquilo que nos conecta novamente. Não há outra opção, ou nos decidimos em estar permanentemente ligados a Cristo ou deixamos de segui-Lo. Uma caminhada marcada por uma busca contínua, na qual o foco tem que estar no reino de Deus e não neste mundo (Mat. 6.33). As parábolas do "Tesouro Escondido" e da "Jóia de Gande Valor", denotam esta realidade. Para quem deixa o reino dos céus para segundo, terceiro ou último lugar na sua escala de valores, jamais irá avistá-lo. 

Uma luta constante contra nós mesmos e todas as tendências, atrativos e valores mundanos. A maioria das atrações da mídia potencializam as paixões, prazeres carnais e pecados. A sociedade impõe que tenhamos uma atitude agressiva. Temos que remar contra a maré! Com perseverança até o dia em que os crentes fiéis receberão o galardão. "Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo." (Mat. 24:13)

Aguinaldo C. da Silva

domingo, 8 de julho de 2012