quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Católicos, ortodoxos e evangélicos se unem para terminar a obra em 2033

 


A tendência atual de unidade ecumênica pluralista, exemplificada pelo movimento liderado pelo Papa em colaboração com igrejas evangélicas para uma campanha global de evangelização até 2033, representa uma significativa mudança no cenário religioso. Documentos como o "Pacto de Cachoeira" (2020), assinado entre líderes católicos e evangélicos, e a Declaração Conjunta Católico-Evangélica (2023) promovem uma "unidade na diversidade" que minimiza diferenças doutrinárias em favor de objetivos evangelísticos comuns.

Segundo fontes como o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos e relatórios da Associação Evangelística Billy Graham, esta iniciativa busca estabelecer "uma frente unida para alcançar o mundo com uma mensagem básica do evangelho até 2033". O Papa Francisco declarou em seu documento "Todos Irmãos" (Fratelli Tutti, 2020) a necessidade de "encontrar-nos em coisas essenciais, não nas divisões secundárias".

Olhando por um determinado aspecto parece ser algo positivo e interessante, tendo em vista o objetivo de concluir a missão dada pelo Senhor Jesus Cristo de pregar o evangelho a todo mundo. Mas uma reflexão deve ser feita quanto aos critérios e paradigmas  que revela a Bíblia, em especial sobre a mensagem a ser dada pelo povo de Deus no tempo final.

A ordem explícita de Cristo para fazer discípulos “ensinando-os a observar TODAS as coisas” que Ele ordenou (Mateus 28:19–20) significa mais do que pregar: exige retenção doutrinária, ensino íntegro e preservação da fé recebida. A fórmula de Cristo — “ensinando-os a guardar todas as coisas” — delimita missão e unidade verdadeira em torno da doutrina e obediência à sua Palavra.

Não se trata de recusar qualquer cooperação prática entre cristãos de tradições diferentes — há campos missionários onde a colaboração em ações humanitárias, testemunho público e plantação de igrejas é legítima e frutífera. O que o texto bíblico aponta como preocupante no cenário atual é que a unidade não pode ser confundida com uniformidade doutrinária: a Bíblia apresenta unidade de fé como unidade na verdade revelada (cf. Efésios 4:3–6). Quando movimentos ecumênicos dão prioridade à cooperação prática e à visibilidade de massa sem aclarar se a cooperação preserva as doutrinas centrais (Cristo, salvação pela graça, arrependimento, autoridade das Escrituras), corre-se o risco de uma “unidade” que dilui a fé. 

A mensagem profética para o tempo do fim: "Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados" (Apocalipse 18:4) - pressupõe:

  1. Identificação clara do que constitui "Babilônia" (sistemas religiosos apóstatas)

  2. Reconhecimento de suas "doutrinas impuras" - misturas teológicas que corrompem o evangelho

  3. Separação prática como resposta à revelação divina

A metáfora bíblica de Babilônia representa precisamente a confusão (Babel) doutrinária e a unidade artificial construída sobre compromissos com verdades essenciais. Movimentos ecumênicos que buscam unidade à custa da clareza doutrinária podem, sem intenção, criar estruturas que a profecia descreve como característica de Babilônia.

Concluindo podemos dizer que é  legítimo e necessário orar pela salvação de todos e participar de iniciativas missionárias, mas sempre com raízes firmes nas Escrituras. A grande comissão de Cristo não é apenas proclamação genérica, é ensino que forma discípulos obedientes a tudo o que Ele mandou. No tempo do fim o Apocalipse mostra duas coalizões amplas, uma liderada pela besta com ensinos religiosos falsos e outra liderada pelo Cordeiro pregando o evangelho eterno que engloba o  arrependimento, fé em Cristo, graça e santidade. Aderir a uma “unidade” que aceite sincretismos em nome de números ou prestígio, com certeza se trata de um refinado engodo. O impacto global do evangelho no tempo do fim será moldado pela fidelidade à Palavra e pelo espírito profético de arrependimento e adoração que o Apocalipse convoca.




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