As Escrituras já antecipavam um cenário de falsas negociações e acordos vãos no tempo do fim. Em Daniel 11:27 lemos que “os dois reis se assentarão à mesma mesa e falarão mentiras”, retratando o espírito enganoso que permeia as tentativas humanas de construir paz sem Deus. Com lisonjas, discursos diplomáticos e promessas de cooperação, os líderes do mundo se reúnem em cúpulas e conferências, mas, por trás das palavras polidas, imperam a ambição, o cálculo estratégico e a busca pelo domínio regional e global.
A história humana confirma esse padrão: não são as cúpulas de líderes que alimentam, por si só, as rivalidades, mas as próprias populações, inflamadas por ódio, preconceito e intolerância, que sustentam e legitimam tais atitudes. O ciclo da desconfiança entre as nações encontra respaldo nos corações endurecidos dos homens, e assim os governantes erguem suas bandeiras apoiados por sociedades dispostas a transformar diferenças em muros intransponíveis.
Neste cenário, campanhas em prol da paz soam como ecos vazios. Enquanto se fala de reconciliação, as decisões seguem guiadas por egoísmo, vaidade e pelo desejo de supremacia. O ser humano dominado pela natureza carnal, após a queda no pecado, sempre será vítima de seu próprio egoísmo e ambição. É exatamente este espírito que inviabiliza qualquer esforço humano de harmonizar o mundo.
Essas campanhas pela paz, que se repetem em fóruns internacionais e tratados efêmeros, esbarram invariavelmente nas barreiras das reais intenções humanas. O apóstolo Paulo advertiu em II Timóteo 3:1-5 que nos últimos dias os homens seriam amantes de si mesmos, orgulhosos, avarentos, mais amigos dos prazeres do que de Deus. Assim, qualquer esforço de reforma social ou política, desvinculado de uma verdadeira transformação interior, se mostra insuficiente e frustrado.
Para que um ambiente de paz verdadeira reine permanentemente no mundo é necessário uma ação que regenere a essência de corações corrompidos. A única esperança de paz genuína repousa na ação redentora e transformadora do Senhor Jesus Cristo, que opera no íntimo do ser humano, gerando reconciliação com Deus e, consequentemente, com o próximo. Assim, a tão sonhada paz não será resultado das estratégias humanas, mas da consumação do Reino de Cristo, que se estabelecerá de forma plena e definitiva na Sua segunda vinda.
A paz verdadeira não nasce de tratados, alianças ou sistemas de governo. Ela só pode brotar da obra regeneradora de Cristo no coração humano. Enquanto os homens disputam poder e prestígio, Jesus oferece um reino de justiça, verdade e reconciliação. Por isso, a tão sonhada paz universal não se concretizará por decretos humanos, mas será estabelecida de modo pleno e irrevogável na gloriosa segunda vinda de Cristo, quando Seu reino triunfará sobre todas as nações.
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