Quando Jesus ressuscitou e ascendeu ao céu, Sua missão não terminou. Pelo contrário, iniciou-se uma fase essencial da obra da salvação: o ministério sacerdotal de Cristo no Santuário Celestial. A Bíblia afirma claramente que Ele não voltou ao céu para descansar, mas para cumprir uma função especial em favor da humanidade, intercedendo por aqueles que confiam em Seu sacrifício.
O apóstolo Pedro declarou:
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:19).
Aqui vemos que o perdão e o apagamento dos pecados não são apenas um ato momentâneo no Calvário, mas um processo contínuo ligado ao ministério de Cristo no céu. Se há o “apagamento” dos pecados, é porque existe uma obra mediadora em curso, na qual Jesus, como sumo sacerdote, aplica os méritos de Seu sangue aos que se arrependem.
O livro de Hebreus aprofunda esse tema:
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“Temos um grande sumo sacerdote que penetrou nos céus, Jesus, o Filho de Deus” (Hebreus 4:14).
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“Cristo entrou... no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus” (Hebreus 9:24).
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“Ele vive sempre para interceder por eles” (Hebreus 7:25).
Esses textos mostram que o Santuário Celestial é o ambiente real onde Jesus ministra atualmente. O tabernáculo terrestre, construído nos dias de Moisés, era apenas uma figura do verdadeiro. Agora, no céu, Cristo executa a obra final da redenção, apresentando diante do Pai Seu sacrifício perfeito e assegurando perdão, vitória e esperança para Seu povo.
Entretanto, o inimigo de Deus sempre tentou obscurecer esta verdade. Ao longo da história, especialmente a partir da formação do sistema religioso centralizado em Roma, surgiram inúmeros falsos intercessores: santos mortos invocados, Maria colocada como “mediadora” e sacerdotes humanos apresentados como canais necessários para chegar a Deus. Tudo isso desviou os olhos de milhões de pessoas do verdadeiro ministério de Cristo.
A Escritura, porém, é clara:
“Há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Timóteo 2:5).
Esse ensino evidencia a estratégia do maligno: substituir o sacerdócio celestial de Cristo por imitações humanas que escravizam a fé. Assim, a mensagem do Santuário Celestial torna-se fundamental para restaurar a confiança no único Intercessor verdadeiro.
Portanto, compreender que Jesus ascendeu ao céu como nosso sumo sacerdote é reconhecer que hoje Ele está ativo, trabalhando em favor de Seus filhos. Ele não está em repouso, mas em plena obra de amor, intercedendo, perdoando e preparando-nos para a vida eterna. Ao fixarmos nossos olhos no Santuário Celestial, lembramos que nossa salvação está segura em Cristo, e que nenhuma tradição humana pode substituir o poder de Sua mediação.
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