A mensagem apocalíptica que ecoa com urgência crescente no tempo do fim, assim diz: “Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apocalipse 14:7).
No contexto do tempo do fim, esse “temor” não se reduz a um medo servil, mas desdobra-se em fé viva, obediência consciente e devoção integral. É um chamado ao crer autêntico – precisamente quando a fé enfrenta seus desafios mais profundos.
Após séculos de influência de correntes como o Iluminismo, o Darwinismo, o Marxismo e outras visões materialistas, o mundo contemporâneo de uma forma geral tem relegado a fé ao campo do privado, do supersticioso ou do meramente tradicional. A religiosidade tornou-se, para muitos, um “penduricalho da tradição” – um hábito cultural vazio, desprovido de significado existencial real. Mas a exortação do Apocalipse é diametralmente oposta: no auge da crise final, a resposta humana não pode ser a indiferença ou o ritualismo superficial. Deve ser uma adesão deliberada, um crer que envolve o coração e a mente.
Como afirmam as Escrituras, a fé é condição fundamental para a salvação: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Marcos 16:16). E Paulo complementa: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10:9). Esta fé salvadora não é um assentimento intelectual passivo. É um reconhecimento que altera a orientação da vida. No tempo do fim, esse crer é ainda mais crucial – é a âncora em meio ao caos, a luz em meio às trevas do ceticismo generalizado.
Portanto, o chamado à fé no livro de Apocalipse significa:
Transcender a superficialidade: Rejeitar uma fé de fachada, herdada mas não examinada, professada mas não vivida. É mergulhar num relacionamento pessoal com o Divino. Manifestar uma fé que se torna ativa no amor e firme na esperança.
Integrar coração e racionalidade: A verdadeira adoração não exige o abandono da razão, mas sua consagração. Envolve um coração amoroso e uma mente engajada, que encontra nas evidências da criação, da história e da experiência pessoal motivos para confiar no Criador.
Manifestar a fé com obediência e devoção: O “temor a Deus” do Apocalipse se expressa em reverência prática, em escolhas alinhadas com Sua vontade e em submissão aos seus mandamentos de forma integral. Inclusive na observância do sábado, que é o mandamento que apresenta as insígnias da soberania de Deus.
Responder ao chamado urgente: A mensagem é para “a hora do seu juízo” – um tempo de decisão. Abandonando as pregações superficiais do Evangelho que ensinam um caminho sem compromisso e submissão, devemos reconhecer que o juízo já começou no santuário do céu para confirmar os que são fieis e sinceros seguidores da Palavra
O mundo pode proclamar a morte de Deus ou reduzi-Lo a um conceito inofensivo, mas a mensagem final é um convite urgente a voltar-se para Ele com temor-reverente, fé genuína e adoração total. Não há mais espaço para neutralidade. O momento é de decisão, de entrega, de confiança radical. Em meio ao ruído das ideologias e à desilusão com as promessas vazias do materialismo, soa a voz divina, convidando à reconciliação e à adoração autêntica.
É tempo de crer. De fato, de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento. Diante do relativismo e do niilismo pós-modernos, crer torna-se um ato de coragem e clareza. A salvação é oferecida graciosamente através de Cristo, mas aguarda aqueles que, neste tempo decisivo, respondem positivamente ao apelo do Santo Espírito a que sejamos verdadeiros adoradores. Que este tempo seja o dia da sua decisão de fé.
