Ao olharmos para o horizonte de 2026, é difícil alimentar ilusões de um mundo em paz. Os fatos em curso falam por si. Conflitos armados que já devastam regiões inteiras não apenas persistem, como se intensificam. Tensões geopolíticas antes contidas agora ganham contornos mais explícitos e perigosos: o impasse entre China e Taiwan permanece como um barril de pólvora; a relação entre Estados Unidos e Venezuela segue marcada por atritos, sanções e instabilidade; no Oriente Médio os conflitos indefinidos apontam para crescente instabilidade, outras nações, em diferentes continentes, vivem sob o espectro de guerras, golpes, crises humanitárias e deslocamentos em massa.
No campo ambiental, os sinais também são preocupantes. Eventos climáticos extremos tornam-se mais frequentes e intensos, revelando um planeta em desequilíbrio. Secas, enchentes, incêndios e colapsos ecológicos deixam de ser exceções e passam a compor o cotidiano das notícias. Na economia global, o cenário não é mais animador: inflação persistente, endividamento de países, insegurança nos mercados, aumento da desigualdade e fragilidade social corroem a sensação de futuro estável para milhões de pessoas.
Diante desse quadro, falar em “perspectivas alvissareiras” soa quase ingênuo. O mundo parece caminhar não para a pacificação, mas para uma convergência de crises — ambientais, geopolíticas, econômicas e morais. É justamente nesse contexto que a expectativa da volta de Jesus vai se tornando cada vez mais viva para os cristãos ligados na Palavra. Não como escapismo irresponsável, mas como leitura espiritual dos sinais do tempo. Jesus advertiu que ouviríamos falar de guerras e rumores de guerras, que a angústia das nações aumentaria e que o coração de muitos desfaleceria de medo. Esses sinais não produzem alegria em si mesmos, mas despertam vigilância, reflexão e esperança.
Para o cristão, portanto, a maior expectativa para 2026 não está ancorada em acordos políticos frágeis, em promessas econômicas instáveis ou em soluções humanas limitadas. A esperança encontra seu fundamento na promessa da volta de Cristo. É essa promessa que sustenta a fé quando as bases do mundo parecem tremer. É ela que oferece sentido em meio à incerteza, consolo em meio ao caos e direção em meio à confusão.
Esperar a volta de Jesus não significa cruzar os braços diante do sofrimento humano, mas viver com consciência, responsabilidade e fidelidade, sabendo que a história não está à deriva. Para aqueles que aguardam esse evento com alegria, a esperança cristã talvez seja, hoje, a única que não depende das circunstâncias. Enquanto o mundo oferece medo e ansiedade, a promessa do retorno de Cristo oferece uma âncora segura para a alma. E, à medida que os sinais se acumulam, essa expectativa deixa de ser secundária e passa a ocupar o centro da esperança cristã: “Ora, vem, Senhor Jesus.”

Nenhum comentário:
Postar um comentário