A Igreja Católica atualizou a terminologia usada a Maria - saiba mais <aqui>. Possivelmente esteja realinhando sua linguagem sobre Maria para mitigar críticas, especialmente de evangélicos e protestantes. Tradicionalmente, títulos como "Medianeira de Todas as Graças" e "Corredentora" atribuem a Maria um papel cooperativo singular na redenção, embora subordinado a Cristo. A recente mudança terminológica busca suavizar essa percepção, mas, pelo que se pode observar, a crença subjacente permanece. A mediação dos santos, com Maria como figura central, é justificada pela doutrina da communio sanctorum (comunhão dos santos), onde os fiéis no céu intercedem pelos vivos.
O Ensino Bíblico sobre Mediação e Intercessão
A Bíblia, no entanto, apresenta uma visão distinta, enfatizando Cristo como o único mediador entre Deus e a humanidade. Vários textos fundamentam essa perspectiva:
1 Timóteo 2:5: "Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem". Este versículo estabelece explicitamente a mediação exclusiva de Cristo, sem mencionar co-mediadores.
Atos 4:12: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos". A salvação é vinculada exclusivamente a Jesus.
João 14:13-14 e 15:16: Jesus ensina que orações devem ser feitas em seu nome, com a promessa de serem atendidas pelo Pai. A intercessão é dirigida a Deus através de Cristo, não por intermédio de outros.
Apocalipse 22:8-9: Quando João se prostra diante de um anjo para adorá-lo, este responde: "Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus". O texto rejeita veementemente qualquer mediação que desvie a adoração exclusiva a Deus.
Eclesiastes 9:5: Declara qual é a condição dos mortos que "dormiram" na expectativa da ressurreição é de total inconsciência e não participação das coisas que se passam na Terra. "Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem". Este versículo pode ser usado para questionar a doutrina da intercessão dos santos, por esclarecer que os falecidos não têm consciência ativa dos assuntos terrestres.
Contraste e Conclusão
O contraste é evidente: enquanto a tradição católica desenvolveu um sistema de intercessão mariana e dos santos, a Bíblia concentra a mediação exclusivamente em Cristo. A iniciativa do Vaticano de suavizar a linguagem pode ser vista como um esforço diplomático para reduzir atritos, mas não altera a substância doutrinária que permanece em desacordo com as Escrituras.
A Bíblia é clara: Jesus é o único caminho (João 14:6), e qualquer tentativa de estabelecer outros intercessores deturpa e obscurece a suficiência de sua obra como redentor e mediador no santuário celestial (Hebreus 4:15-16).

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