O amor é a maior força construtiva do universo porque ele é a própria essência de Deus. Antes de haver tempo, espaço ou qualquer criatura, Deus já existia em perfeita plenitude. Ele era completo em Si mesmo, sem necessidade de mais nada. No entanto, por amor, decidiu criar. A criação não foi um ato de carência, mas uma expressão generosa de Seu caráter amoroso. O universo, com sua ordem, beleza e diversidade, é reflexo desse amor divino que escolheu compartilhar a vida.
Mas o amor de Deus não parou na criação. Quando a humanidade se afastou Dele pelo pecado, o Criador não virou as costas. Em um gesto supremo de amor redentor, Deus entregou Seu próprio Filho, Jesus Cristo, para morrer em favor dos pecadores. Esse sacrifício é a maior prova de que o amor divino é ativo, sacrificial e transformador. Em Jesus vemos o amor que perdoa, que acolhe, que cura e que dá nova vida.
Esse amor não se restringe ao passado nem ao céu. Ele reverbera na história por meio dos cristãos que, tocados por essa graça, replicam esse amor em suas vidas. De geração em geração, o amor de Cristo é vivido nas famílias, nas comunidades, nos gestos de serviço e nas decisões altruístas. O verdadeiro cristão é aquele que ama, pois entende que o amor é o centro da fé e o propósito maior da existência humana.
A família, célula máter da sociedade, é sustentada por esse amor. É no lar que aprendemos a partilhar, perdoar, ceder, proteger e cuidar. Onde o amor familiar é forte, há esperança e estabilidade. Onde ele falta, a sociedade se enfraquece. O amor está também na base de nossas ações mais nobres: no altruísmo, na solidariedade, no sacrifício pelo outro. Ele é o que nos eleva acima do egoísmo natural e nos impulsiona a construir um mundo melhor.
No entanto, vivemos tempos difíceis. O amor, como predito por Jesus, está em declínio. Ele disse que, nos últimos dias, "o amor de muitos se esfriará" (Mateus 24:12). E de fato, vemos a frieza e a indiferença se espalharem. Os relacionamentos se tornam superficiais, o egoísmo ganha força, e os conflitos aumentam em todas as esferas da sociedade. O descaso pelo outro, a violência crescente e o individualismo desenfreado são marcas de uma época que se distancia cada vez mais do verdadeiro amor.
É tempo, portanto, de resgatar essa força divina e restauradora. O mundo precisa de mais amor — não um amor sentimental ou superficial, mas o amor profundo, prático e transformador que vem de Deus. Que cada um de nós seja portador dessa força construtiva, replicando o amor de Cristo em nossos lares, comunidades e decisões. Só assim poderemos contrapor a frieza dos últimos dias com o calor da graça que ainda pode transformar vidas.

Nenhum comentário:
Postar um comentário