segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Igreja Batista celebra o domingo verde

 



A Igreja Batista Mao-Poumai em Langol se juntou à celebração global do Domingo Verde em 2 de junho de 2024, alinhando-se com o Dia Mundial do Meio Ambiente observado anualmente em 5 de junho. Com o tema “Cuidando das Criações de Deus”, a igreja destacou a importância da administração ambiental.


 Para marcar o evento, membros da igreja vestidos de verde e crianças participaram de um desfile verde, carregando cartazes e festões com slogans como "Acabe com a ganância, não com o verde", "Plante mais árvores", "Pare de queimar a selva" e "Promova o verde e o meio ambiente". As mensagens tinham como objetivo conscientizar sobre o desmatamento, a poluição e a importância de preservar a natureza.


Rev. L. Simon Raomai, pastor da igreja, fez um sermão sobre “Resposta cristã à crise ecológica”, instando a congregação a assumir papéis ativos na conservação ambiental. P. Graceson Ramungna, consultor de campo da Gideons International, falou sobre “Administração da criação de Deus” durante os cultos da manhã e da noite, enfatizando a responsabilidade de cuidar da Terra.


Para educar a geração mais jovem sobre questões ambientais, foi realizado um concurso de pintura com o tema “O impacto das mudanças climáticas e do aquecimento global”. Esta iniciativa teve como objetivo promover a conscientização e a criatividade entre crianças e jovens em relação aos desafios ecológicos.


 Em um movimento significativo, a igreja resolveu que cada membro plantaria uma árvore, lançando a Eco Care Organization (ECO) para defender a conservação ambiental. Esse compromisso ressalta a dedicação da igreja em promover uma Manipur e um mundo mais verdes, limpos e pacíficos.


Fonte: India Today


Nota. A celebração global do domingo será implementada pelo viés ecológico. Esta é uma tendência que começa a despontar em várias partes do mundo. A valorização da guarda do domingo  como uma solução frente as questões ambientais foi um discurso lançado pelo Papa Francisco na encíclica Laudato si (2015), agora passa a receber apoio de grupos protestantes e evangélicos. Em breve ganhará contornos legais mais acentuados. 

Será declarado que os homens estão ofendendo a Deus pela violação do sábado do domingo, que este pecado trouxe calamidades que não cessarão até que a observância do domingo seja rigorosamente aplicada, e que aqueles que apresentam as reivindicações do quarto mandamento, assim destruindo a reverência ao domingo, são perturbadores do povo, impedindo sua restauração ao favor divino e à prosperidade temporal” (O Grande Conflito, p. 590).


sábado, 10 de agosto de 2024

O Segredo da Vitória!

 


        De uma forma geral a perseverança é um requisito essencial para obtermos a vitória. Temos ouvido histórias e visto inúmeros exemplos de pessoas que superaram dificuldades com perseverança para  galgar um lugar no podium ou receber um prêmio de glórias mundanas. O Apostolo Paulo exalta não somente a perseverança, mas também a disciplina ao utilizar a figura do atleta de seus dias, como referência para a  carreira espiritual. Quero destacar a perseverança, pois em nosso tempo a desistência ou o desânimo  tem sido um fato relevante ou até preponderante .

    Jesus aponta a perseverança como crucial para completarmos a caminhada da fé.  "Mas aquele que perseverar até o fim, este será salvo" (Mateus 24:13). Ele disse estas palavras no contexto do capítulo 24, onde destaca os fatos concernentes ao tempo do fim. Logo após mencionar a presença de muitos falsos mestres e profetas e declarar que a iniquidade estaria em alta e o amor em baixa próximo à Sua volta, destaca a perseverança como característica principal dos salvos.

    No capítulo 24 de Mateus, Jesus intercala fatos que serviriam de sinais  para a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C, com fatos que denotam a brevidade de Sua segunda vinda à Terra. Ao mencionar o declínio do amor e o aumento da iniquidade concluo que estivesse se referindo ao nosso tempo. Este é caracterizado pelo domínio do secularismo, já considerado como período pós cristão, principalmente em certos países da Europa. Lá floresceu o liberalismo teológico entre outros fatores que contribuíram para o atual quadro do cristianismo. No citado continente igrejas tem dado lugar a museus, estúdios de música e até a bares. Há países nos quais as estatísticas apontam menos de três por cento da população como frequentadores regulares aos cultos.

    Em nosso continente, a América Latina, já se percebe uma tendência rumo ao que hoje acontece na Europa. E isto pode ser impactante no sentido de influenciar os crentes  que se deixam levar pela onda de ceticismo e incredulidade que agora impera no velho continente. Neste contexto o Apocalipse trás a mensagem: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Apoc. 14:12).

    Após mencionar as três mensagens angélicas que possuem sentido especial para o tempo do fim, a perseverança é destacada como característica dos verdadeiros filhos de Deus. Parece que depois de dois mil anos que Jesus veio ao mundo, seus discípulos estão desanimados passando a abandonar a prática dos mandamentos e do evangelho genuíno. Assim é destacado um remanescente que no capítulo 12 verso 7 é chamado de "resto da descendência da mulher". Este grupo é caracterizado pela guarda dos mandamentos de Deus e também pelo testemunho de Jesus, que no capítulo 19 verso 10 diz ser o espírito de profecia.

    A perseverança no tempo do fim é um requisito para o vencedor. Neste período da história o cristão mais parece um espectador sonolento que um lutador cansado. O cenário de luta e perseguição dos primeiros séculos do cristianismo agora se alterou para um cenário de conformação e esmorecimento. Qual será a saída para este quadro melancólico? Cabe a cada um buscar com perseverança a fé, que também é um dom, e assim resistir aos perigos da presente época.

    

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

A Bíblia e o destino da Direita e da Esquerda

 


  O capítulo  11 do livro de Daniel apresenta a última polarização da história. Nesta as figuras do rei do norte e  do rei do sul são os dois polos do conflito que termina com a prevalência do rei do norte seguida por sua destruição com a chegada do reino do Senhor Jesus Cristo. 

   No início da narrativa do capítulo 11 o rei do norte representa o rei que dominava territórios ao norte de Israel e o rei do sul o Egito. A partir de certo momento o sentido da narrativa passa a ser escatológico e a figura do rei do sul e do norte passam a representar outros poderes.

  O Dr. Vanderlei Dorneles expõe de forma clara quem são os poderes representados pelo rei do sul e rei do norte, num excelente artigo que  pode ser lido na íntegra <aqui> .  Abaixo coloco em destaque alguns trechos do referido texto, na sequência faço alguns comentários que julgo necessários. 

"Da perspectiva de Israel, o Norte era a posição de Babilônia e o Sul, a do Egito. Na Bíblia, frequentemente o Norte representa aquele que deseja estar em lugar de Deus. Lúcifer desejava subir ao “céu”, exaltar seu trono “nas extremidades do Norte” e ser “semelhante ao Altíssimo” (Is 14:13, 14). Babilônia é referida como o poder do “Norte” que derrama “o mal sobre todos os habitantes da terra” (Jr 1:13-16; 6:22, 23). O rei de Babilônia teve a arrogância de desafiar a Deus (Dn 3:15; 4:24, 25). Daniel afirma que o “chifre pequeno” provém do Norte (Dn 8:9). No Apocalipse, o poder que se levanta contra os fiéis de Deus no tempo do fim é retratado como “besta” ou “Babilônia” (Ap 13:1, 7; 14:8; 17:5; 18:2, 10, 21)."

  Toda a abordagem que Dorneles faz está dentro do método historicista de interpretação profética. Nesta  o “rei do Norte” é o mesmo “chifre pequeno”, que é o papado em sua investida contra os “santos”. Mas quem seria o “rei do Sul”?

Jacques Doukhan, em seu livro Secrets of Daniel, comentando Daniel 11, diz que o Sul simboliza, na tradição bíblica, “o poder humano sem Deus”. O Sul aponta para o Egito (Dn 11:43), especialmente para o orgulhoso faraó: “Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor” (Êx 5:2). Uma aliança de Israel com o Egito seria um deslocamento da fé, uma troca de Deus pela humanidade, ou seja, a fé na humanidade substituindo a fé em Deus. Isaías diz: “Ai dos que descem ao Egito em busca de socorro e se estribam em cavalos; que confiam em carros, … mas não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Senhor! … Pois os egípcios são homens e não deuses” (Is 31:1-3). Assim, Daniel previu um conflito prolongado, no tempo do fim, entre o poder político-religioso e o poder ateísta e materialista. Ele visualizou a resistência do poder materialista, mas profetizou que este último terminaria sendo suplantado.

  Se o rei do norte é um poder político/religioso o rei do sul é um poder que nega a religião e a crença em Deus. Tivemos um poder assim no decorrer da história ?

"Outro aspecto das ideologias de esquerda é a negação da dimensão religiosa da sociedade. Por sua vez, a direita se adapta ao discurso religioso e o utiliza como parte de suas estratégias de poder. Essa tensão entre uma esquerda que nega Deus e uma direita que pretende usar o nome de Deus foi prevista por Daniel, profeta e também estadista. As visões relatadas nos capítulos 2, 7 e 8, de seu livro, têm o foco no “tempo do fim”, quando o poder perseguidor dos “santos” emerge mais uma vez, mas só para ser destruído com a chegada do reino de Deus. O profeta diz que o reino de Deus “esmiuçará e consumirá todos estes reinos” humanos (Dn 2:44), e que “o domínio, e a majestade dos reinos” serão dados aos “santos do Altíssimo” (7:27; ver 8:9-12)."

"Essa profecia de Daniel 11 é extremamente significativa diante da nova configuração geopolítica do mundo desde a queda do muro de Berlim. Os poderes políticos capitalistas, unidos ao poder religioso cristão desviado da verdade bíblica, conseguiram desorganizar o estado comunista e materialista europeu no fim da Guerra Fria. Nos anos 1990, o poder americano despontou como a única potência global, deixando em seu rastro as ideologias de esquerda em completa confusão. O Norte se sobrepôs ao Sul."

"No desfecho desse conflito que resultou na queda do comunismo no Leste europeu, os Estados Unidos tiveram um decisivo aliado: o papa João Paulo II, que conseguiu restaurar a influência religiosa do Vaticano no mundo. Isso é o que contam os jornalistas Carl Bernstein e Marco Politi, no livro Sua Santidade: João Paulo II e a História Oculta do Nosso Tempo (Objetiva, 1996)."

  Na visão do Dr. Dorneles, a esquerda e a direita do espectro político ideológico atual assumem a identidade das figuras proféticas do capítulo 11 de Daniel.  No citado artigo conclui terminando que nas décadas posteriores a derrocada do comunismo no Leste europeu houve a segunda etapa de desorganização das ideologias e dos regimes de esquerda, incluindo os da América do sul, apontando assim para o crescente poder do "rei do norte".

   Ao meu ver, estamos vivenciando o desdobramento da história em nossos dias. Acima de qualquer outro comentário o que é crucial é a proximidade do retorno de |Jesus a este mundo. Se estamos vivendo nos últimos fatos descritos na profecia, realmente estamos vivendo em dias solenes da história. 


domingo, 4 de agosto de 2024

Não olhar para trás

 


    É extremamente significativa a história  relatada no livro de Gênesis capítulo 19, onde a mulher de Ló desobedecendo a ordem dos anjos olhou para trás e se transformou numa estátua de sal. Muitas lições podemos tirar deste lamentável episódio, que envolve fé, espiritualidade e sabedoria.

    A primeira questão que se levanta ao fazermos uma análise do texto diz respeito ao desapego e abnegação necessários aos que anelam por uma pátria celestial. Não dá para manter ligação, mesmo apenas  contemplativa, com certos valores e costumes mundanos. É necessário desprendimento, fazendo uma escolha pelos valores do céu em detrimento às vaidades do mundo. O Apóstolo Paulo exorta a buscarmos e pensarmos nas coisas que são de cima e não nas da Terra (Colossenses 3:1-2).

    Ló foi morar em Sodoma depois que a convivência com Abrão, seu tio, tinha se tornado inviável  por causa da má convivência entre os seus servos. Rumou para as campinas de Sodoma provavelmente atraído pelo conforto e variedade de recursos que um centro urbano daqueles dias podia proporcionar. Mas o resultado foi desastroso, Ló e parte de sua família sobreviveram apenas pela intervenção direta dos seres celestiais. As cidades de Sodoma e Gomorra chegaram a um grau de pecado e depravação que não mais podia ser tolerado por Deus. Segundo a narrativa bíblica Deus se aproximou das cidades para lhes fazer juízo  porque o seu clamor se tinha multiplicado e o pecado se agravado muito. 

    Hoje o nosso mundo está numa condição análoga aos dias de Sodoma. O apelo que os anjos fizeram para Ló e sua família saírem de lá é representado, no tempo do fim, pela mensagem dos três anjos de Apocalipse 14. Uma das mensagens dos três anjos ordena a sair de Babilônia (Apoc. 14:8 e 18:2-4). "Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas." (Apoc.18:4).

    Esta é uma mensagem para o tempo do fim, que ordena aos fiéis filhos de Deus a abandonarem as práticas e o ambiente de Babilônia, que promove a falsa adoração e engana os habitantes da Terra. No tempo do fim o  "não olhes para trás" significa o desligamento completo de falsos conceitos e valores e da contemplação das atrações mundanas que tiram o foco de Jesus, na sua segunda vinda em glória e majestade.

    Como cristãos na atualidade somos atraídos pelo conforto dos bens de consumo, recursos avançados da  tecnologia, que nos dão satisfação e intensificam os prazeres carnais  de forma que o dinheiro se tornou no deus predileto deste século. Não devemos olhar para trás desviando o foco do alto, porque sua realidade nos é chegada e a realidade deste mundo não deve ser concorrente.

    Devemos manter os nossos olhos fixos no céu para que as provações que logo se manifestarão sobre o mundo não roubem a fé ou nos vençam pelo desânimo. Para que atentos nas profecias finais não sejamos pegos de surpresa como no dia da visita do ladrão, figura esta muito usada no Novo Testamento tanto por Jesus quanto pelos apóstolos para representar o que será a volta de Jesus para alguns. 

    Os crentes devem voltar os olhos unicamente para o alto, porque passaram  a amar os valores e os preceitos de Deus. Perceberam que a vida realmente de qualidade e realmente digna está escondida em Deus. Não há mais nada que possa ser trocado pela realidade eterna, não há mais nada que deva nos iludir e manter-nos na realidade do pecado.

    

sexta-feira, 26 de julho de 2024

O custo do discipulado

 


    Sabemos que a salvação é gratuita em Jesus Cristo, mas o percurso do discipulado tem um custo, ou seja, para nos manter no caminho de Cristo há necessidade de fazer escolhas e tomar decisões que irão influenciar ou mesmo definir nossa permanência no caminho do Mestre. Esta análise parte da premissa de que uma vez salvos não estamos incólumes de cair ou fracassar, mas que a carreira cristã exige perseverança, diligência e vigilância. 

    O Apóstolo Tiago escreveu: "Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas" (Tiago 1:25). Com certeza Tiago acreditava na salvação como algo que se realiza na vida de alguém quando se entrega a Jesus, mas  neste texto ele se refere à necessidade de abnegação e renúncia como parte da experiência do discipulado.

    Esta é uma verdade que deve ser levada em consideração para quem decide ser um discípulo de Jesus. Ele ilustrou o fato como quem quer construir uma torre e calcula os custos para ver se pode acabar o  empreendimento (Lucas 14:28-34). A parábola do Semeador também é uma referência ao caminho do discipulado e suas nuances.

    A semente, que é a Palavra de Deus, cai em diferentes solos que representam os corações humanos. Cada solo apresenta uma reação diferenciada. O solo à beira do caminho representa aqueles que são desatentos e deixam  as trivialidades, heresias e pensamentos enganosos  manipulados por Satanás tirarem a verdade do coração. O solo rochoso sugere aqueles que tem uma experiência superficial a ponto de receberem com entusiasmo a realidade do evangelho, mas depois desanimam e desistem. Geralmente são pessoas que têm compromissos superficiais e não calculam o custo do discipulado. O solo cheio de espinhos representa aqueles que permitem que as preocupações da vida, as riquezas e ambições sufoquem o relacionamento com Cristo. O foco deixa de estar no Reino de Deus e passa a estar nas coisas que este mundo oferece.

    Os vários solos mencionados na parábola aludem às muitas reações e experiências do crente no decorrer de sua jornada da fé, que podem confirmar ou desqualificar para a salvação. Acredito que em minha carreira cristã já tenha transitado um pouco por cada solo da parábola, no sentido de ter permitido, em certos momentos, ser desatento e insensível, em outros momentos ter sido superficial e negligente deixando que a semente germinada da Palavra não aprofunde suas raízes. Com certeza muitas vezes permito que os interesses deste mundo fique no foco a ponto de roubar momentos de devoção espiritual.

    O importante é que conhecendo a dinâmica do discipulado posso refazer ou reafirmar meu compromisso com Deus com mais consciência e sabedoria, a fim de realmente alcançar o galardão.  O Apóstolo Paulo, em certo momento de sua carreira, julgou ter combatido o bom combate da fé. Assim possamos como ele um dia ter esta sensação maravilhosa de ter transitado o caminho da fé não sem propósito, mas com esperança e boa perspectiva  do que nos aguarda.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Os últimos dias na visão do Apóstolo Paulo

 


"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. 

 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, s

em afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, t

raidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus." (2 Timóteo 3:1-4).



    A descrição que o Apóstolo Paulo fez dos últimos dias não podia ser mais real e vívida em relação aquilo que nós observamos hoje.  Ele começa dizendo que os últimos dias seriam trabalhosos. O que vemos hoje é que, apesar dos recursos tecnológicos que dispomos, nossos dias estão sendo trabalhosos por uma série de fatores, seja pela vida burocrática das grandes cidades, seja pelo aumento de pestes e doenças degenerativas que surgiram nos últimos tempos. Enfim, a vida está se tornando mais trabalhosa pela própria degeneração moral crescente, que força-nos a tomar uma série de medidas e cuidados preventivos para não sermos lesados ou fraudados, para não sofrermos violência física ou psicológica. 

    Paulo destaca a corrupção moral, em especial no que tange ao egoísmo e suas variantes derivadas: a presunção, soberba, desobediência aos pais, ingratidão, crueldade, como a tônica dos últimos dias. Na atualidade contemplamos tudo isto num ambiente em que o amor é decadente e a fé é declinante.

    Paulo termina destacando a busca dos deleites e da satisfação própria como o foco que acaba rompendo a amizade com Deus. Quanto a isto podemos ver na presente época o aumento exacerbado da busca pelo prazer carnal. Parece que a sociedade atual está retrocedendo a uma forma de paganismo ou rumando para uma idolatria hedonista sem precedentes. Uma mudança radical de comportamento que está impondo novos valores e mudando até a forma de vida  familiar e conjugal.  

    Enfim, vivemos numa época  difícil para desenvolvermos uma religiosidade salutar. Não bastasse as ideologias ateístas  que moldaram o secularismo da presente época, se impõe agora a divinização do prazer como o bem maior, tirando de foco outros valores que outrora ocuparam lugar de destaque, como Deus e a família.

    Por outro lado, presenciar o quadro descrito anteriormente em nossa época, traz a evidência de que estamos muito perto da volta de Jesus Cristo. Também evidencia que as Escrituras e sua mensagem tem sentido real e não meramente alegórico. Portanto os fiéis seguidores do Mestre ainda podem encontrar um estímulo mesmo diante do quadro caótico que vivemos. Com certeza falta pouco para que o Senhor Jesus cumpra sua promessa de voltar e restaurar o homem de todas as mazelas do pecado e dar condição para uma vida digna de verdade.

domingo, 14 de julho de 2024

Igrejas coach e outros desvios da fé!

 


    Nos últimos tempos temos visto alguns modismos adentrando nas igrejas evangélicas. Não que devamos ser contra ao ensinamento de técnicas e formas de alcançar motivação pessoal e autoajuda, mas isto deve ter lugar e momento oportuno e jamais substituir a pregação da Palavra nas igrejas.

    Sobre o assunto podemos considerar qual deve ser o foco na vida do cristão. Jesus ensinou que uma vida transformada, naquilo que chamou de novo nascimento (João 3:3), é o grande objetivo do discipulado. Ainda que possamos receber bênçãos no campo material e familiar, isto não deve ser o foco na caminhada em seguir a Cristo.

    Qualquer discurso ou narrativa que desvia o foco do evangelho deve ser considerada como um outro evangelho, que o apóstolo Paulo  chama de anátema ou maldição (Gálatas 1:8-9). As igrejas que centralizam seu discurso na abordagem coach vem na esteira da "Teologia da Prosperidade" como um desdobramento desta visão que pode ser considerada um desvio da fé.

    Ao focar na prosperidade material, a citada teologia ensina a fazer chantagem com Deus. Isto, entre outras coisas, atrai a atenção daqueles que estão focados nas vantagens pessoais ao invés de ser no relacionamento com Deus. No  relato bíblico encontramos em Simão o mago (Atos 8), um exemplo daqueles que procuraram no evangelho um meio de atender seus próprios interesses e ambições mundanas. Ao oferecer dinheiro para obter os dons do Espírito, Simão expôs seu interesse naquilo que o evangelho podia oferecer e que ele poderia usar para seu enriquecimento material.

    Infelizmente esta postura tem se repetido em larga escala na atualidade. Fiquei chocado ao assistir um vídeo no qual mostrava, numa igreja coach em minha cidade, a entrega de prêmios (automóveis) a certos membros daquela comunidade. Sem entrar na questão de que estas igrejas não tem compromisso algum com a missão evangélica de pregar a todo mundo. A captação de recursos se destina unicamente em satisfazer as necessidades locais e atender as demandas pessoais de seus líderes.

    Assim estas denominações desvirtuam o evangelho, promovendo uma versão que se amolda aos interesses de seus membros, quando deveria ser o contrário, ou seja, levar as pessoas a se amoldarem ao evangelho do Senhor Jesus Cristo.

    No tempo do fim os remanescentes do povo de Deus são apontados  pela característica da obediência  aos mandamentos de Deus (Apoc. 12:17), que com certeza se distingue dos interesses mundanos de conquista material e satisfação própria. Aliás, Jesus apontou os caminhos das atrações mundanas como um "caminho largo" que conduz à perdição (Mateus 7:13-14). 

     Nestes últimos dias tem se multiplicado os desvios do verdadeiro evangelho e as portas paralelas da salvação. Nossa atenção deve estar redobrada na Palavra e com iluminação do Santo Espírito fugir das astutas ciladas de Satanás.

quinta-feira, 11 de julho de 2024

A Lei de Deus e sua validade!

 


    Vivemos numa época em que se questiona a validade dos mandamentos de Deus. Alguns cristãos  se opõe à lei dos Dez Mandamentos, afirmando que sua validade se limitou ao povo judeu. Já a igreja Católica aceita sua validade até nos dias de hoje, no entanto declara ter o direito de alterá-la, como assim o fez, omitindo um dos mandamentos e alterando outro.

    A Bíblia afirma que a lei de Deus, no que tange a expressão dos Dez Mandamentos, não tem limite de validade. É eterna  porque é de cunho moral, por isto não se limita a época ou lugar. Prova disto é que ao fazer referência ao quarto mandamento (Marcos2:27), Jesus disse  que o sábado foi feito por causa do homem (sentido universal), não declarou que a guarda do referido mandamento era apenas para o povo judeu. 

    Não limitou a validade dos mandamentos a uma determinada época, mas declarou que enquanto houver céu e terra nada seria omitido da lei.

"Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido." (Mateus 5:17-18).

   Considerando o aspecto atemporal da lei de Deus, cito o comentário de C.S. Lewis, em seu livro Cristianismo Puro e Simples. Neste apresenta a lei moral como uma grande evidência da realidade do Criador. Em qualquer cultura ou lugar, todo o ser humano tem um senso de justiça, um princípio interior de classificar o certo e o errado. Isto pela ótica evolucionista/ateísta não seria esperado. Por que os princípios de justiça e altruísmo deveriam aparecer no homem, se pela seleção natural o egoísmo pode ser visto como um fator de sobrevivência?. 

    Lewis apresenta  a Lei moral, como um princípio harmônico universal regendo a conduta humana. Algo que é real, não  é uma invenção humana. Assim como a tabuada é um princípio básico da matemática e  não uma invenção humana, sabemos que podemos errar o cálculo mas isto não invalida a tabuada. Assim nossas tentativas de cumprir a lei moral podem ser imperfeitas e fracassadas, mas isto não elimina  a referida lei.

    Em sua última abordagem o referido autor vai na contramão dos pregadores que  falam  que é impossível guardar a lei, portanto não devemos nos preocupar com ela, ou seja, torná-la inválida na prática. Por não sermos guardadores perfeitos da lei isto não a invalida para nós, muito pelo contrário ela deve continuar sendo nosso padrão de vida. Muitos que defendem a não validade da lei nos dias de hoje pela razão apresentada, também passam a ideia que Deus se equivocou no tempo do Antigo Testamento ao manifestar Sua lei e no Novo Testamento  corrigiu sua atitude concedendo a graça. Sem entrar a fundo na última questão, podemos já dizer que se trata de um ensinamento equivocado e herético. Na realidade Deus  revelou um único plano de redenção tanto no novo quanto no antigo testamento. Neste plano tanto a lei quanto a graça  tem o seu lugar e expressão destacada em cada era.
    
    A questão da lei de Deus foi um fator basilar para o grande conflito que se originou no céu. Agora no final dos tempos Satanás concentra sua luta contra aqueles que ainda reconhecem a validade da lei de Deus.
     "E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo." (Apoc. 12:17).


    
    



sexta-feira, 5 de julho de 2024

As Mudanças Climáticas são Reais?

 


      Estamos convivendo com as chamadas mudanças climáticas há algum tempo. Para alguns, a mencionada crise não é real, mas parte de uma retórica de intuito conspiracionista. Os negacionistas das mudanças climáticas afirmam que tudo não passa de uma retórica ou pretexto para a intervenção do Estado e de orgãos multilaterais na economia e na forma de vida das pessoas.

    Pelos dados estatísticos entendemos que realmente estamos enfrentando uma incidência muito maior de eventos climáticos extremos. Quanto a isto não há dúvidas, a mera observação da natureza já indica que esta se apresenta diferente de outrora.

       Se não temos dúvida quanto a realidade do fato, a  questão que fica em aberto para debates é sobre a sua causa. Seria de fato unicamente antropogênica ou há outros fatores contribuindo para este quadro ambiental crítico?  Hoje a compreensão mais comum é que  a causa principal seja o próprio homem, conforme pauta a maioria dos cientistas defensores da teoria do aquecimento global. Não querendo desacreditar da ciência ou mesmo eliminar a responsabilidade do homem pela situação atual do planeta, aqueles que acreditam na atuação dos agentes espirituais sabem que a causa também pode ser de origem sobrenatural. 

    Sabemos que Deus não tem prazer no sofrimento,  tragédias  e morte. (Ezequiel 33:11-16). A Bíblia relata que Deus agiu causando destruições em situações pontuais da história e para  contingentes específicos. No âmbito planetário, apenas no dilúvio de Noé Deus foi o agente causador.   Deus não pode ser apontado como a causa rotineira ou constante das tragédias ambientais que acontecem no mundo. Tirando a parcela que pode ser decorrente de causas naturais,  Satanás tem sido o agente causador que se deleita no mal e na destruição (João 10:10). Na realidade o planeta e a humanidade subsistem ainda por causa da proteção e misericórdia divinas que mantém seus agentes de contenção para que o propósito de Deus se cumpra até que Jesus Cristo volte e encerre esta era de pecado e precariedades (Apoc.7:1-2).

    Ellen White assim escreveu sobre a situação  anteriormente comentada: "Satanás está trabalhando na atmosfera; envenena-a e aí dependemos de Deus quanto à vida - nossa vida presente e eterna." Mensagens Escolhidas, volume 2, pág.52.

    A permissão de Deus na ocorrência de certas situações de desordem natural é, muitas vezes, um clamor divino para que humanidade venha a entender a necessidade de mudança e arrependimento.

"Quão frequentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades! Aparentemente essas calamidades são caprichosos desencadeamentos de forças da natureza, desorganizadas e desgovernadas, inteiramente fora do controle do homem; mas em todas elas pode ler-se o propósito de Deus. Elas estão entre os instrumentos pelos quais Ele busca despertar a homens e mulheres para que sintam o perigo." EGW- Profetas e Reis, pág. 277.  

    C.S Lewis afirmou que  o sofrimento é o megafone divino para acordar um mundo surdo. Assim, no palco do grande conflito, Deus não é o autor do mal no seu sentido contextual, mas permite que a precariedade e a tragédia ocorra em certos momentos para que o ser humano compreenda que Ele é ainda a única válvula de escape, o único ponto de luz, a única fonte de vida.

    Antes do final da história do grande conflito Ele permitirá que certos fatos catastróficos ocorram não para que as pessoas sofram, mas para que percebam a chegada de um mundo novo, e a necessidade de se preparem para esta nova realidade, no qual não haverá dor, morte, sofrimento e também catástrofes ambientais.

quarta-feira, 3 de julho de 2024

As Três Mensagens Angélicas em Resumo

 


    O livro do Apocalipse traz mensagens especiais para momentos especiais da história. No capítulo 14 a mensagem ali trata-se de um apelo veemente para congregar os fiéis antes do  final dos tempos. O assunto está no contexto do capítulo 13, que fala sobre as duas bestas. O capitulo 14 continua dizendo qual a mensagem crucial para aqueles que viveriam no tempo  no qual as bestas culminariam seus papéis no palco do grande conflito. 

    Depois de 1798, ano em que o Papa Pio VI foi aprisionado, ocorrendo assim a ferida mortal que segundo a profecia seria curada, houve o surgimento de uma outra besta que no futuro daria seu apoio e poder à primeira. Sem entrar em muitos detalhes, vários intérpretes das profecias apocalípticas identificam a segunda besta, ou a besta que subiu da terra, como sendo os EUA. Depois de 1798 os EUA começaram a ascender no palco geopolítico mundial para se tornar na potência tal como conhecemos hoje. Sendo uma nação fundada sob a influência da tradição protestante, com o lema de liberdade e democracia, teve como fundamento a separação entre Igreja e Estado como forma de garantir a liberdade individual e a livre expressão de pensamento. No entanto, segundo a profecia do capítulo 13, esta nação  mudaria sua postura passando a apoiar a primeira besta e agir com o modus operandi dela.

  Dentro deste contexto ocorre as três mensagens angélicas do capítulo 14, que são três proclamações convocando as pessoas para uma tomada de postura ou atitude  diante dos fatos ali narrados.

    A primeira mensagem diz respeito à adoração e juízo. "Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas." (Apoc.14:7). 

 Depois das mudanças doutrinárias promovidas pela primeira besta no seio da igreja cristã durante os séculos obscuros da Idade Média, as verdades bíblicas passaram a ser redescobertas  no decorrer do movimento de Reforma, que se estendeu entre os séculos XVI e XIX. Depois disto surge uma mensagem especial que pode ser vista como um chamado final para a humanidade escolher entre a lealdade a Deus e Sua verdade ou seguir os caminhos de rebelião e da adoração conforme sistemas falsos e contrários à vontade de Deus

Na primeira metade do século XIX foi proclamada mundo a fora uma mensagem de preparação para a segunda vinda de Jesus Cristo  por destacados pregadores. Nos EUA se sobressaiu o movimento Adventista e um grupo remanescente deste passou, a partir de 1844, a ensinar a doutrina do santuário celestial e o início da obra de juízo no Céu para o povo de Deus. Dentro deste escopo entra a pregação da guarda do sábado como o verdadeiro dia de repouso segundo o mandamento divino. Este ensinamento já estava sendo divulgado anteriormente  por alguns  grupos minoritários de cristãos, mas é a partir desta época que ganha notoriedade no cenário mundial.

    A segunda mensagem angélica diz respeito à queda de Babilônia. "Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua fornicação." (Apoc. 14:8).

Com a completude na redescoberta das verdades bíblicas que demandou um longo período, se  estendendo até ao século XIX, o mundo passou a receber uma nova luz e o nível de percepção dos enganos de Babilônia, que em linguagem apocalíptica representa Roma, se tornam patentes.  Os fieis que querem conhecer e seguir a verdade são exortados a se retirarem de Babilônia, pois seus enganos foram desmascarados  e a verdade bíblica é plenamente conhecida.

    A terceira mensagem angélica  ainda  está por se cumprir e diz respeito ao desfecho final do grande conflito, no qual a besta concorrerá com o cordeiro. Aquela  procurará impor sua marca nas pessoas que adorarem a sua imagem, enquanto o cordeiro estará selando os seus fieis seguidores. "Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro." (Apoc. 14:9-10).

    A questão crucial hoje, no tempo que antecede aos fatos narrados na última das três mensagens angélicas, é se estamos optando pela verdade ou se estamos nos moldando a um sistema paralelo ou falso de adoração. Aqueles que se deixam guiar pelas impressões ou que não tiverem interesse em sair da superficialidade, negligenciando uma busca aprofundada e sincera daquilo que Deus estipula em Sua palavra, irão se alinhar ao agrupamento da besta, assim rumando para a perdição. No tempo do fim não há terreno neutro, nem há como se omitir ao grande conflito. Cada ser humana fará sua escolha, seja por ação ou mesmo por omissão e Aquele que perscruta os corações julgará cada um segundo as suas obras.

"Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade" João 17:17