domingo, 14 de julho de 2024

Igrejas coach e outros desvios da fé!

 


    Nos últimos tempos temos visto alguns modismos adentrando nas igrejas evangélicas. Não que devamos ser contra ao ensinamento de técnicas e formas de alcançar motivação pessoal e autoajuda, mas isto deve ter lugar e momento oportuno e jamais substituir a pregação da Palavra nas igrejas.

    Sobre o assunto podemos considerar qual deve ser o foco na vida do cristão. Jesus ensinou que uma vida transformada, naquilo que chamou de novo nascimento (João 3:3), é o grande objetivo do discipulado. Ainda que possamos receber bênçãos no campo material e familiar, isto não deve ser o foco na caminhada em seguir a Cristo.

    Qualquer discurso ou narrativa que desvia o foco do evangelho deve ser considerada como um outro evangelho, que o apóstolo Paulo  chama de anátema ou maldição (Gálatas 1:8-9). As igrejas que centralizam seu discurso na abordagem coach vem na esteira da "Teologia da Prosperidade" como um desdobramento desta visão que pode ser considerada um desvio da fé.

    Ao focar na prosperidade material, a citada teologia ensina a fazer chantagem com Deus. Isto, entre outras coisas, atrai a atenção daqueles que estão focados nas vantagens pessoais ao invés de ser no relacionamento com Deus. No  relato bíblico encontramos em Simão o mago (Atos 8), um exemplo daqueles que procuraram no evangelho um meio de atender seus próprios interesses e ambições mundanas. Ao oferecer dinheiro para obter os dons do Espírito, Simão expôs seu interesse naquilo que o evangelho podia oferecer e que ele poderia usar para seu enriquecimento material.

    Infelizmente esta postura tem se repetido em larga escala na atualidade. Fiquei chocado ao assistir um vídeo no qual mostrava, numa igreja coach em minha cidade, a entrega de prêmios (automóveis) a certos membros daquela comunidade. Sem entrar na questão de que estas igrejas não tem compromisso algum com a missão evangélica de pregar a todo mundo. A captação de recursos se destina unicamente em satisfazer as necessidades locais e atender as demandas pessoais de seus líderes.

    Assim estas denominações desvirtuam o evangelho, promovendo uma versão que se amolda aos interesses de seus membros, quando deveria ser o contrário, ou seja, levar as pessoas a se amoldarem ao evangelho do Senhor Jesus Cristo.

    No tempo do fim os remanescentes do povo de Deus são apontados  pela característica da obediência  aos mandamentos de Deus (Apoc. 12:17), que com certeza se distingue dos interesses mundanos de conquista material e satisfação própria. Aliás, Jesus apontou os caminhos das atrações mundanas como um "caminho largo" que conduz à perdição (Mateus 7:13-14). 

     Nestes últimos dias tem se multiplicado os desvios do verdadeiro evangelho e as portas paralelas da salvação. Nossa atenção deve estar redobrada na Palavra e com iluminação do Santo Espírito fugir das astutas ciladas de Satanás.

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