sexta-feira, 5 de julho de 2024

As Mudanças Climáticas são Reais?

 


      Estamos convivendo com as chamadas mudanças climáticas há algum tempo. Para alguns, a mencionada crise não é real, mas parte de uma retórica de intuito conspiracionista. Os negacionistas das mudanças climáticas afirmam que tudo não passa de uma retórica ou pretexto para a intervenção do Estado e de orgãos multilaterais na economia e na forma de vida das pessoas.

    Pelos dados estatísticos entendemos que realmente estamos enfrentando uma incidência muito maior de eventos climáticos extremos. Quanto a isto não há dúvidas, a mera observação da natureza já indica que esta se apresenta diferente de outrora.

       Se não temos dúvida quanto a realidade do fato, a  questão que fica em aberto para debates é sobre a sua causa. Seria de fato unicamente antropogênica ou há outros fatores contribuindo para este quadro ambiental crítico?  Hoje a compreensão mais comum é que  a causa principal seja o próprio homem, conforme pauta a maioria dos cientistas defensores da teoria do aquecimento global. Não querendo desacreditar da ciência ou mesmo eliminar a responsabilidade do homem pela situação atual do planeta, aqueles que acreditam na atuação dos agentes espirituais sabem que a causa também pode ser de origem sobrenatural. 

    Sabemos que Deus não tem prazer no sofrimento,  tragédias  e morte. (Ezequiel 33:11-16). A Bíblia relata que Deus agiu causando destruições em situações pontuais da história e para  contingentes específicos. No âmbito planetário, apenas no dilúvio de Noé Deus foi o agente causador.   Deus não pode ser apontado como a causa rotineira ou constante das tragédias ambientais que acontecem no mundo. Tirando a parcela que pode ser decorrente de causas naturais,  Satanás tem sido o agente causador que se deleita no mal e na destruição (João 10:10). Na realidade o planeta e a humanidade subsistem ainda por causa da proteção e misericórdia divinas que mantém seus agentes de contenção para que o propósito de Deus se cumpra até que Jesus Cristo volte e encerre esta era de pecado e precariedades (Apoc.7:1-2).

    Ellen White assim escreveu sobre a situação  anteriormente comentada: "Satanás está trabalhando na atmosfera; envenena-a e aí dependemos de Deus quanto à vida - nossa vida presente e eterna." Mensagens Escolhidas, volume 2, pág.52.

    A permissão de Deus na ocorrência de certas situações de desordem natural é, muitas vezes, um clamor divino para que humanidade venha a entender a necessidade de mudança e arrependimento.

"Quão frequentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades! Aparentemente essas calamidades são caprichosos desencadeamentos de forças da natureza, desorganizadas e desgovernadas, inteiramente fora do controle do homem; mas em todas elas pode ler-se o propósito de Deus. Elas estão entre os instrumentos pelos quais Ele busca despertar a homens e mulheres para que sintam o perigo." EGW- Profetas e Reis, pág. 277.  

    C.S Lewis afirmou que  o sofrimento é o megafone divino para acordar um mundo surdo. Assim, no palco do grande conflito, Deus não é o autor do mal no seu sentido contextual, mas permite que a precariedade e a tragédia ocorra em certos momentos para que o ser humano compreenda que Ele é ainda a única válvula de escape, o único ponto de luz, a única fonte de vida.

    Antes do final da história do grande conflito Ele permitirá que certos fatos catastróficos ocorram não para que as pessoas sofram, mas para que percebam a chegada de um mundo novo, e a necessidade de se preparem para esta nova realidade, no qual não haverá dor, morte, sofrimento e também catástrofes ambientais.

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