quinta-feira, 11 de julho de 2024

A Lei de Deus e sua validade!

 


    Vivemos numa época em que se questiona a validade dos mandamentos de Deus. Alguns cristãos  se opõe à lei dos Dez Mandamentos, afirmando que sua validade se limitou ao povo judeu. Já a igreja Católica aceita sua validade até nos dias de hoje, no entanto declara ter o direito de alterá-la, como assim o fez, omitindo um dos mandamentos e alterando outro.

    A Bíblia afirma que a lei de Deus, no que tange a expressão dos Dez Mandamentos, não tem limite de validade. É eterna  porque é de cunho moral, por isto não se limita a época ou lugar. Prova disto é que ao fazer referência ao quarto mandamento (Marcos2:27), Jesus disse  que o sábado foi feito por causa do homem (sentido universal), não declarou que a guarda do referido mandamento era apenas para o povo judeu. 

    Não limitou a validade dos mandamentos a uma determinada época, mas declarou que enquanto houver céu e terra nada seria omitido da lei.

"Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido." (Mateus 5:17-18).

   Considerando o aspecto atemporal da lei de Deus, cito o comentário de C.S. Lewis, em seu livro Cristianismo Puro e Simples. Neste apresenta a lei moral como uma grande evidência da realidade do Criador. Em qualquer cultura ou lugar, todo o ser humano tem um senso de justiça, um princípio interior de classificar o certo e o errado. Isto pela ótica evolucionista/ateísta não seria esperado. Por que os princípios de justiça e altruísmo deveriam aparecer no homem, se pela seleção natural o egoísmo pode ser visto como um fator de sobrevivência?. 

    Lewis apresenta  a Lei moral, como um princípio harmônico universal regendo a conduta humana. Algo que é real, não  é uma invenção humana. Assim como a tabuada é um princípio básico da matemática e  não uma invenção humana, sabemos que podemos errar o cálculo mas isto não invalida a tabuada. Assim nossas tentativas de cumprir a lei moral podem ser imperfeitas e fracassadas, mas isto não elimina  a referida lei.

    Em sua última abordagem o referido autor vai na contramão dos pregadores que  falam  que é impossível guardar a lei, portanto não devemos nos preocupar com ela, ou seja, torná-la inválida na prática. Por não sermos guardadores perfeitos da lei isto não a invalida para nós, muito pelo contrário ela deve continuar sendo nosso padrão de vida. Muitos que defendem a não validade da lei nos dias de hoje pela razão apresentada, também passam a ideia que Deus se equivocou no tempo do Antigo Testamento ao manifestar Sua lei e no Novo Testamento  corrigiu sua atitude concedendo a graça. Sem entrar a fundo na última questão, podemos já dizer que se trata de um ensinamento equivocado e herético. Na realidade Deus  revelou um único plano de redenção tanto no novo quanto no antigo testamento. Neste plano tanto a lei quanto a graça  tem o seu lugar e expressão destacada em cada era.
    
    A questão da lei de Deus foi um fator basilar para o grande conflito que se originou no céu. Agora no final dos tempos Satanás concentra sua luta contra aqueles que ainda reconhecem a validade da lei de Deus.
     "E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo." (Apoc. 12:17).


    
    



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