sexta-feira, 26 de julho de 2024

O custo do discipulado

 


    Sabemos que a salvação é gratuita em Jesus Cristo, mas o percurso do discipulado tem um custo, ou seja, para nos manter no caminho de Cristo há necessidade de fazer escolhas e tomar decisões que irão influenciar ou mesmo definir nossa permanência no caminho do Mestre. Esta análise parte da premissa de que uma vez salvos não estamos incólumes de cair ou fracassar, mas que a carreira cristã exige perseverança, diligência e vigilância. 

    O Apóstolo Tiago escreveu: "Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas" (Tiago 1:25). Com certeza Tiago acreditava na salvação como algo que se realiza na vida de alguém quando se entrega a Jesus, mas  neste texto ele se refere à necessidade de abnegação e renúncia como parte da experiência do discipulado.

    Esta é uma verdade que deve ser levada em consideração para quem decide ser um discípulo de Jesus. Ele ilustrou o fato como quem quer construir uma torre e calcula os custos para ver se pode acabar o  empreendimento (Lucas 14:28-34). A parábola do Semeador também é uma referência ao caminho do discipulado e suas nuances.

    A semente, que é a Palavra de Deus, cai em diferentes solos que representam os corações humanos. Cada solo apresenta uma reação diferenciada. O solo à beira do caminho representa aqueles que são desatentos e deixam  as trivialidades, heresias e pensamentos enganosos  manipulados por Satanás tirarem a verdade do coração. O solo rochoso sugere aqueles que tem uma experiência superficial a ponto de receberem com entusiasmo a realidade do evangelho, mas depois desanimam e desistem. Geralmente são pessoas que têm compromissos superficiais e não calculam o custo do discipulado. O solo cheio de espinhos representa aqueles que permitem que as preocupações da vida, as riquezas e ambições sufoquem o relacionamento com Cristo. O foco deixa de estar no Reino de Deus e passa a estar nas coisas que este mundo oferece.

    Os vários solos mencionados na parábola aludem às muitas reações e experiências do crente no decorrer de sua jornada da fé, que podem confirmar ou desqualificar para a salvação. Acredito que em minha carreira cristã já tenha transitado um pouco por cada solo da parábola, no sentido de ter permitido, em certos momentos, ser desatento e insensível, em outros momentos ter sido superficial e negligente deixando que a semente germinada da Palavra não aprofunde suas raízes. Com certeza muitas vezes permito que os interesses deste mundo fique no foco a ponto de roubar momentos de devoção espiritual.

    O importante é que conhecendo a dinâmica do discipulado posso refazer ou reafirmar meu compromisso com Deus com mais consciência e sabedoria, a fim de realmente alcançar o galardão.  O Apóstolo Paulo, em certo momento de sua carreira, julgou ter combatido o bom combate da fé. Assim possamos como ele um dia ter esta sensação maravilhosa de ter transitado o caminho da fé não sem propósito, mas com esperança e boa perspectiva  do que nos aguarda.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Os últimos dias na visão do Apóstolo Paulo

 


"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. 

 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, s

em afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, t

raidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus." (2 Timóteo 3:1-4).



    A descrição que o Apóstolo Paulo fez dos últimos dias não podia ser mais real e vívida em relação aquilo que nós observamos hoje.  Ele começa dizendo que os últimos dias seriam trabalhosos. O que vemos hoje é que, apesar dos recursos tecnológicos que dispomos, nossos dias estão sendo trabalhosos por uma série de fatores, seja pela vida burocrática das grandes cidades, seja pelo aumento de pestes e doenças degenerativas que surgiram nos últimos tempos. Enfim, a vida está se tornando mais trabalhosa pela própria degeneração moral crescente, que força-nos a tomar uma série de medidas e cuidados preventivos para não sermos lesados ou fraudados, para não sofrermos violência física ou psicológica. 

    Paulo destaca a corrupção moral, em especial no que tange ao egoísmo e suas variantes derivadas: a presunção, soberba, desobediência aos pais, ingratidão, crueldade, como a tônica dos últimos dias. Na atualidade contemplamos tudo isto num ambiente em que o amor é decadente e a fé é declinante.

    Paulo termina destacando a busca dos deleites e da satisfação própria como o foco que acaba rompendo a amizade com Deus. Quanto a isto podemos ver na presente época o aumento exacerbado da busca pelo prazer carnal. Parece que a sociedade atual está retrocedendo a uma forma de paganismo ou rumando para uma idolatria hedonista sem precedentes. Uma mudança radical de comportamento que está impondo novos valores e mudando até a forma de vida  familiar e conjugal.  

    Enfim, vivemos numa época  difícil para desenvolvermos uma religiosidade salutar. Não bastasse as ideologias ateístas  que moldaram o secularismo da presente época, se impõe agora a divinização do prazer como o bem maior, tirando de foco outros valores que outrora ocuparam lugar de destaque, como Deus e a família.

    Por outro lado, presenciar o quadro descrito anteriormente em nossa época, traz a evidência de que estamos muito perto da volta de Jesus Cristo. Também evidencia que as Escrituras e sua mensagem tem sentido real e não meramente alegórico. Portanto os fiéis seguidores do Mestre ainda podem encontrar um estímulo mesmo diante do quadro caótico que vivemos. Com certeza falta pouco para que o Senhor Jesus cumpra sua promessa de voltar e restaurar o homem de todas as mazelas do pecado e dar condição para uma vida digna de verdade.

domingo, 14 de julho de 2024

Igrejas coach e outros desvios da fé!

 


    Nos últimos tempos temos visto alguns modismos adentrando nas igrejas evangélicas. Não que devamos ser contra ao ensinamento de técnicas e formas de alcançar motivação pessoal e autoajuda, mas isto deve ter lugar e momento oportuno e jamais substituir a pregação da Palavra nas igrejas.

    Sobre o assunto podemos considerar qual deve ser o foco na vida do cristão. Jesus ensinou que uma vida transformada, naquilo que chamou de novo nascimento (João 3:3), é o grande objetivo do discipulado. Ainda que possamos receber bênçãos no campo material e familiar, isto não deve ser o foco na caminhada em seguir a Cristo.

    Qualquer discurso ou narrativa que desvia o foco do evangelho deve ser considerada como um outro evangelho, que o apóstolo Paulo  chama de anátema ou maldição (Gálatas 1:8-9). As igrejas que centralizam seu discurso na abordagem coach vem na esteira da "Teologia da Prosperidade" como um desdobramento desta visão que pode ser considerada um desvio da fé.

    Ao focar na prosperidade material, a citada teologia ensina a fazer chantagem com Deus. Isto, entre outras coisas, atrai a atenção daqueles que estão focados nas vantagens pessoais ao invés de ser no relacionamento com Deus. No  relato bíblico encontramos em Simão o mago (Atos 8), um exemplo daqueles que procuraram no evangelho um meio de atender seus próprios interesses e ambições mundanas. Ao oferecer dinheiro para obter os dons do Espírito, Simão expôs seu interesse naquilo que o evangelho podia oferecer e que ele poderia usar para seu enriquecimento material.

    Infelizmente esta postura tem se repetido em larga escala na atualidade. Fiquei chocado ao assistir um vídeo no qual mostrava, numa igreja coach em minha cidade, a entrega de prêmios (automóveis) a certos membros daquela comunidade. Sem entrar na questão de que estas igrejas não tem compromisso algum com a missão evangélica de pregar a todo mundo. A captação de recursos se destina unicamente em satisfazer as necessidades locais e atender as demandas pessoais de seus líderes.

    Assim estas denominações desvirtuam o evangelho, promovendo uma versão que se amolda aos interesses de seus membros, quando deveria ser o contrário, ou seja, levar as pessoas a se amoldarem ao evangelho do Senhor Jesus Cristo.

    No tempo do fim os remanescentes do povo de Deus são apontados  pela característica da obediência  aos mandamentos de Deus (Apoc. 12:17), que com certeza se distingue dos interesses mundanos de conquista material e satisfação própria. Aliás, Jesus apontou os caminhos das atrações mundanas como um "caminho largo" que conduz à perdição (Mateus 7:13-14). 

     Nestes últimos dias tem se multiplicado os desvios do verdadeiro evangelho e as portas paralelas da salvação. Nossa atenção deve estar redobrada na Palavra e com iluminação do Santo Espírito fugir das astutas ciladas de Satanás.

quinta-feira, 11 de julho de 2024

A Lei de Deus e sua validade!

 


    Vivemos numa época em que se questiona a validade dos mandamentos de Deus. Alguns cristãos  se opõe à lei dos Dez Mandamentos, afirmando que sua validade se limitou ao povo judeu. Já a igreja Católica aceita sua validade até nos dias de hoje, no entanto declara ter o direito de alterá-la, como assim o fez, omitindo um dos mandamentos e alterando outro.

    A Bíblia afirma que a lei de Deus, no que tange a expressão dos Dez Mandamentos, não tem limite de validade. É eterna  porque é de cunho moral, por isto não se limita a época ou lugar. Prova disto é que ao fazer referência ao quarto mandamento (Marcos2:27), Jesus disse  que o sábado foi feito por causa do homem (sentido universal), não declarou que a guarda do referido mandamento era apenas para o povo judeu. 

    Não limitou a validade dos mandamentos a uma determinada época, mas declarou que enquanto houver céu e terra nada seria omitido da lei.

"Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido." (Mateus 5:17-18).

   Considerando o aspecto atemporal da lei de Deus, cito o comentário de C.S. Lewis, em seu livro Cristianismo Puro e Simples. Neste apresenta a lei moral como uma grande evidência da realidade do Criador. Em qualquer cultura ou lugar, todo o ser humano tem um senso de justiça, um princípio interior de classificar o certo e o errado. Isto pela ótica evolucionista/ateísta não seria esperado. Por que os princípios de justiça e altruísmo deveriam aparecer no homem, se pela seleção natural o egoísmo pode ser visto como um fator de sobrevivência?. 

    Lewis apresenta  a Lei moral, como um princípio harmônico universal regendo a conduta humana. Algo que é real, não  é uma invenção humana. Assim como a tabuada é um princípio básico da matemática e  não uma invenção humana, sabemos que podemos errar o cálculo mas isto não invalida a tabuada. Assim nossas tentativas de cumprir a lei moral podem ser imperfeitas e fracassadas, mas isto não elimina  a referida lei.

    Em sua última abordagem o referido autor vai na contramão dos pregadores que  falam  que é impossível guardar a lei, portanto não devemos nos preocupar com ela, ou seja, torná-la inválida na prática. Por não sermos guardadores perfeitos da lei isto não a invalida para nós, muito pelo contrário ela deve continuar sendo nosso padrão de vida. Muitos que defendem a não validade da lei nos dias de hoje pela razão apresentada, também passam a ideia que Deus se equivocou no tempo do Antigo Testamento ao manifestar Sua lei e no Novo Testamento  corrigiu sua atitude concedendo a graça. Sem entrar a fundo na última questão, podemos já dizer que se trata de um ensinamento equivocado e herético. Na realidade Deus  revelou um único plano de redenção tanto no novo quanto no antigo testamento. Neste plano tanto a lei quanto a graça  tem o seu lugar e expressão destacada em cada era.
    
    A questão da lei de Deus foi um fator basilar para o grande conflito que se originou no céu. Agora no final dos tempos Satanás concentra sua luta contra aqueles que ainda reconhecem a validade da lei de Deus.
     "E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo." (Apoc. 12:17).


    
    



sexta-feira, 5 de julho de 2024

As Mudanças Climáticas são Reais?

 


      Estamos convivendo com as chamadas mudanças climáticas há algum tempo. Para alguns, a mencionada crise não é real, mas parte de uma retórica de intuito conspiracionista. Os negacionistas das mudanças climáticas afirmam que tudo não passa de uma retórica ou pretexto para a intervenção do Estado e de orgãos multilaterais na economia e na forma de vida das pessoas.

    Pelos dados estatísticos entendemos que realmente estamos enfrentando uma incidência muito maior de eventos climáticos extremos. Quanto a isto não há dúvidas, a mera observação da natureza já indica que esta se apresenta diferente de outrora.

       Se não temos dúvida quanto a realidade do fato, a  questão que fica em aberto para debates é sobre a sua causa. Seria de fato unicamente antropogênica ou há outros fatores contribuindo para este quadro ambiental crítico?  Hoje a compreensão mais comum é que  a causa principal seja o próprio homem, conforme pauta a maioria dos cientistas defensores da teoria do aquecimento global. Não querendo desacreditar da ciência ou mesmo eliminar a responsabilidade do homem pela situação atual do planeta, aqueles que acreditam na atuação dos agentes espirituais sabem que a causa também pode ser de origem sobrenatural. 

    Sabemos que Deus não tem prazer no sofrimento,  tragédias  e morte. (Ezequiel 33:11-16). A Bíblia relata que Deus agiu causando destruições em situações pontuais da história e para  contingentes específicos. No âmbito planetário, apenas no dilúvio de Noé Deus foi o agente causador.   Deus não pode ser apontado como a causa rotineira ou constante das tragédias ambientais que acontecem no mundo. Tirando a parcela que pode ser decorrente de causas naturais,  Satanás tem sido o agente causador que se deleita no mal e na destruição (João 10:10). Na realidade o planeta e a humanidade subsistem ainda por causa da proteção e misericórdia divinas que mantém seus agentes de contenção para que o propósito de Deus se cumpra até que Jesus Cristo volte e encerre esta era de pecado e precariedades (Apoc.7:1-2).

    Ellen White assim escreveu sobre a situação  anteriormente comentada: "Satanás está trabalhando na atmosfera; envenena-a e aí dependemos de Deus quanto à vida - nossa vida presente e eterna." Mensagens Escolhidas, volume 2, pág.52.

    A permissão de Deus na ocorrência de certas situações de desordem natural é, muitas vezes, um clamor divino para que humanidade venha a entender a necessidade de mudança e arrependimento.

"Quão frequentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades! Aparentemente essas calamidades são caprichosos desencadeamentos de forças da natureza, desorganizadas e desgovernadas, inteiramente fora do controle do homem; mas em todas elas pode ler-se o propósito de Deus. Elas estão entre os instrumentos pelos quais Ele busca despertar a homens e mulheres para que sintam o perigo." EGW- Profetas e Reis, pág. 277.  

    C.S Lewis afirmou que  o sofrimento é o megafone divino para acordar um mundo surdo. Assim, no palco do grande conflito, Deus não é o autor do mal no seu sentido contextual, mas permite que a precariedade e a tragédia ocorra em certos momentos para que o ser humano compreenda que Ele é ainda a única válvula de escape, o único ponto de luz, a única fonte de vida.

    Antes do final da história do grande conflito Ele permitirá que certos fatos catastróficos ocorram não para que as pessoas sofram, mas para que percebam a chegada de um mundo novo, e a necessidade de se preparem para esta nova realidade, no qual não haverá dor, morte, sofrimento e também catástrofes ambientais.

quarta-feira, 3 de julho de 2024

As Três Mensagens Angélicas em Resumo

 


    O livro do Apocalipse traz mensagens especiais para momentos especiais da história. No capítulo 14 a mensagem ali trata-se de um apelo veemente para congregar os fiéis antes do  final dos tempos. O assunto está no contexto do capítulo 13, que fala sobre as duas bestas. O capitulo 14 continua dizendo qual a mensagem crucial para aqueles que viveriam no tempo  no qual as bestas culminariam seus papéis no palco do grande conflito. 

    Depois de 1798, ano em que o Papa Pio VI foi aprisionado, ocorrendo assim a ferida mortal que segundo a profecia seria curada, houve o surgimento de uma outra besta que no futuro daria seu apoio e poder à primeira. Sem entrar em muitos detalhes, vários intérpretes das profecias apocalípticas identificam a segunda besta, ou a besta que subiu da terra, como sendo os EUA. Depois de 1798 os EUA começaram a ascender no palco geopolítico mundial para se tornar na potência tal como conhecemos hoje. Sendo uma nação fundada sob a influência da tradição protestante, com o lema de liberdade e democracia, teve como fundamento a separação entre Igreja e Estado como forma de garantir a liberdade individual e a livre expressão de pensamento. No entanto, segundo a profecia do capítulo 13, esta nação  mudaria sua postura passando a apoiar a primeira besta e agir com o modus operandi dela.

  Dentro deste contexto ocorre as três mensagens angélicas do capítulo 14, que são três proclamações convocando as pessoas para uma tomada de postura ou atitude  diante dos fatos ali narrados.

    A primeira mensagem diz respeito à adoração e juízo. "Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas." (Apoc.14:7). 

 Depois das mudanças doutrinárias promovidas pela primeira besta no seio da igreja cristã durante os séculos obscuros da Idade Média, as verdades bíblicas passaram a ser redescobertas  no decorrer do movimento de Reforma, que se estendeu entre os séculos XVI e XIX. Depois disto surge uma mensagem especial que pode ser vista como um chamado final para a humanidade escolher entre a lealdade a Deus e Sua verdade ou seguir os caminhos de rebelião e da adoração conforme sistemas falsos e contrários à vontade de Deus

Na primeira metade do século XIX foi proclamada mundo a fora uma mensagem de preparação para a segunda vinda de Jesus Cristo  por destacados pregadores. Nos EUA se sobressaiu o movimento Adventista e um grupo remanescente deste passou, a partir de 1844, a ensinar a doutrina do santuário celestial e o início da obra de juízo no Céu para o povo de Deus. Dentro deste escopo entra a pregação da guarda do sábado como o verdadeiro dia de repouso segundo o mandamento divino. Este ensinamento já estava sendo divulgado anteriormente  por alguns  grupos minoritários de cristãos, mas é a partir desta época que ganha notoriedade no cenário mundial.

    A segunda mensagem angélica diz respeito à queda de Babilônia. "Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua fornicação." (Apoc. 14:8).

Com a completude na redescoberta das verdades bíblicas que demandou um longo período, se  estendendo até ao século XIX, o mundo passou a receber uma nova luz e o nível de percepção dos enganos de Babilônia, que em linguagem apocalíptica representa Roma, se tornam patentes.  Os fieis que querem conhecer e seguir a verdade são exortados a se retirarem de Babilônia, pois seus enganos foram desmascarados  e a verdade bíblica é plenamente conhecida.

    A terceira mensagem angélica  ainda  está por se cumprir e diz respeito ao desfecho final do grande conflito, no qual a besta concorrerá com o cordeiro. Aquela  procurará impor sua marca nas pessoas que adorarem a sua imagem, enquanto o cordeiro estará selando os seus fieis seguidores. "Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro." (Apoc. 14:9-10).

    A questão crucial hoje, no tempo que antecede aos fatos narrados na última das três mensagens angélicas, é se estamos optando pela verdade ou se estamos nos moldando a um sistema paralelo ou falso de adoração. Aqueles que se deixam guiar pelas impressões ou que não tiverem interesse em sair da superficialidade, negligenciando uma busca aprofundada e sincera daquilo que Deus estipula em Sua palavra, irão se alinhar ao agrupamento da besta, assim rumando para a perdição. No tempo do fim não há terreno neutro, nem há como se omitir ao grande conflito. Cada ser humana fará sua escolha, seja por ação ou mesmo por omissão e Aquele que perscruta os corações julgará cada um segundo as suas obras.

"Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade" João 17:17

    

quinta-feira, 27 de junho de 2024

O Anticristo e a Polarização Política

 



    O mundo hoje está vivenciando uma polarização política entre setores de direita e esquerda. Muitos estudiosos de escatologia relacionam este fato com o desencadeamento dos eventos finais da história deste mundo.  Isto porque de uma lado está  um segmento que defende pautas mais conservadoras nos costumes e na moral, já de outro lado está outro segmento  que sustenta pautas mais progressistas ou liberais. 
     Para alguns, este embate politico-ideológico é decorrente de um avanço de forças que irão trazer o  governo global e o aparecimento do anticristo, que perseguirá os fiéis nos últimos tempos. Esta visão tem orientado parte dos republicanos evangélicos nos EUA e também muitos evangélicos na América Latina e em outras partes do mundo. 
    É claro que muita coisa no mundo tem relação com o grande conflito entre o bem e o mal, que o livro do Apocalipse revela seu clímax perto do fim dos tempos, antes da volta de Jesus. Mas ainda que parte das instrumentalidades que atuarão nos eventos finais participem da política e dos governos deste mundo, não podemos dizer hoje que o anticristo será de viés de esquerda ou de direita. A Bíblia declara que este poder se põe no lugar de Cristo ao   ocupar o seu lugar no templo e tentar se parecer com Ele. (II Tess. 2:1-4; II Cor.11:3,13-15).
    
    Ao invés de ser um poder antagônico a Cristo de forma aberta e declaradamente, este poder ostenta características semelhantes as de Cristo, podendo ter traços de piedade e benevolência, que são características cristãs ou de boa religiosidade.  Ao contrário do que sugerem alguns intérpretes das profecias, não se trata de um poder ateísta ou abertamente opositor ao cristianismo, mas de alguém que imita em certos aspectos o próprio Cristo.
    Esta realidade está em consonância com a advertência que mais se repete em Mateus 24, ou seja, cuidado com os enganos. Se o anticristo fosse alguém notadamente contra o cristianismo não traria em si o elemento engano (Apoc 13:14; 19:20). A Bíblia também afirma no livro do Apocalipse que o mundo se maravilhará após a besta (Apoc. 13:3). Um poder ameaçador aos valores da ética e da moral vigente ou declaradamente avesso aos valores cristãos não teria o apoio maciço da opinião pública.  Só um líder carismático, ostentando características elogiáveis poderá cativar as multidões. Portanto, um líder que pendesse para ações revolucionárias de enfrentamento ao que a nossa civilização considera como correto e equilibrado não traria admiração e apoio.
    
    Ao invés de ser como as figuras citadas pelo teóricos da conspiração, ou seja, elementos que revolucionarão o mundo impondo algo chocante de caráter invasivo ou estranho, o anticristo nos últimos dias imporá algo que parecerá benéfico para a sociedade, no entanto contrário a lei de Deus e ofensivo à Sua vontade.
   Neste aspecto só um poder preenche os requisitos aqui citados, este é o Papado. Esta é a única liderança reconhecida pelos mais importantes setores da sociedade, seja religiões ou governos, capaz de conciliar ou satisfazer os mais diferentes interesses e demandas hoje presentes no mundo. Por sua influência e reconhecido prestígio é capaz de agregar as lideranças  e autoridades do mundo inteiro para atingir um determinado propósito ou estabelecer um determinado projeto.
   
    Esta interpretação foi ensinada pelos reformadores protestantes no século XVI, que viam o Papado como uma instituição que alterou as doutrinas cristãs originais do evangelho, construindo uma ponte com o paganismo romano. Na realidade as "mudanças dos tempos e da lei", que faria a ponta pequena  (Daniel 7:25), pode ser constatada na mudança dos Dez Mandamentos, como por exemplo na alteração do dia de guarda do sábado para o domingo. Este fato, bem como  as demais  inserções contrárias à Bíblia feitas na doutrina da igreja, não são mais levados em conta por uma sociedade secularizada. Porém  trata-se de um sistema  paralelo de adoração que não é aceito por Deus. Podemos interpretar o 666 (número de homem) como uma designação do interesse humano se sobrepondo ao  divino por contrariar a Sua vontade. Este fato segue a conduta de Caim, que atendeu a sua própria vontade diante dos critérios informados por Deus quanto a forma de culto a ser oferecido naquele contexto.  
    
    No tempo final da história deste mundo a adoração continua sendo a questão central do grande conflito que se iniciou no céu. Neste aspecto o Apocalipse menciona os adoradores da Besta e os adoradores do Cordeiro como os dois únicos grupos relevantes no final dos tempos. Não será uma polarização  baseada nas pautas de esquerda ou direita, mas algo relevante segundo os critérios divinos da verdadeira adoração.
    Nos momentos finais da história deste mundo a identificação correta deste poder opositor a Cristo é uma questão fundamental. Não devemos cair em suposições irrealistas e sermos enganados por certas narrativas. A posição do cristão no último tempo deverá ser regrada pela Bíblia e levado ao escrutínio da consciência. 
    Muitas teorias tem sido formuladas neste tempo que acabam sendo cortina de fumaça, ou seja, instrumentos de distração ou dissuasão  no processo de identificação da verdade. 

"Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão." Daniel 12;10. 


 

    


quarta-feira, 19 de junho de 2024

Aliens, OVNIs entre outros disfarces de Satanás!

 


     Nos últimos tempos tem crescido significativamente o número de relatos de avistamentos de  supostos seres extraterrestre na forma de OVNIs (objeto voador não identificado), e de outros fenômenos de caráter sobrenatural. Este aumento de tais manifestações motivou o Vaticano a revisar seus protocolos sobre o assunto, como é informado <aqui> . Parlamentares no Japão também se reuniram para tratar desta situação em relação a segurança nacional, saiba mais <aqui> . 

     Explorado por diversos segmentos, sejam teóricos da ufologia ou místicos e espiritualistas que tentam explicar os motivos pelos quais tais seres se manifestam, estas aparições são na verdade nada mais  que um plano bem elaborado de Satanás para enganar as pessoas nos últimos dias.

     Geralmente, nos relatos de avistamentos é dito coisas ou fenômenos que extrapolam as leis da física. Alguns tentam explicar tal fato alegando que os supostos seres de outros mundos alcançaram um nível de tecnologia que suplanta as próprias leis naturais que conhecemos. Mas há também relatos de consequências pessoais para as pessoas que contemplam tais fenômenos. Portanto as evidencias indicam que não se trata de habitantes de outros mundos, mas sim de seres espirituais que estão se disfarçando na forma de outras criaturas.

     A Bíblia fala que anjos rebeldes, expulsos do céu, são capazes de fazer coisas espantosas, como grandes sinais no céu (Lucas 21:11), de se transformar em anjo de luz (II Corintios 11:14), e de fazer descer fogo do céu diante dos homens (Apocalipse 13:13). Tais realizações satânicas teriam por objetivo enganar, se possível, os próprios eleitos (Mateus 24:24; Marcos 13:22;João 8:44; II Tess 2:9 e 10). 

     Ellen White assim se referiu sobre as artimanhas de Satanás: "Faz grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer sobre à Terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na Terra com sinais que foi permitido que fizesse;" Apoc. 13:13-14. Não se acham aqui preditas meras imposturas. Os homens são enganados por sinais que os agentes de Satanás tem poder para fazer, e não pelo que pretendiam realizar." O grande conflito, pág. 553.

      Satanás sabe que pouco tempo lhe resta (Apocalipse 12:12), portanto tem intensificado suas artimanhas para enganar e desviar as pessoas da verdade. Devemos estar alertas e firmados na Palavra de Deus, ou seja, a Bíblia; pois esta é a forma de estarmos salvaguardados destes enganos.





sexta-feira, 14 de junho de 2024

O Papa no G7 e o avanço do Sábado da Terra!

 



A Cúpula do G7 em Itália (13 a 15 de junho de 2024) centrar-se-á nos desafios globais como as alterações climáticas, a IA e o desenvolvimento económico.

O Papa Francisco participará da Cúpula do G7, marcando a primeira vez que um papa participará deste evento.


O movimento do Sábado da Terra insta o Papa Francisco a promover um dia semanal de descanso para o meio ambiente, inspirado na sua encíclica “Laudato Si'”.


O Sábado da Terra visa reduzir a pegada de carbono e o consumo de energia, incentivando indivíduos e organizações a tirar um dia de folga por semana para cuidar da terra.


A participação nos protestos do G7 na Itália pode apoiar a iniciativa semanal do Sábado da Terra e contribuir para os esforços globais de combate às alterações climáticas.


A adesão a grupos e organizações de defesa que partilham objetivos semelhantes pode amplificar o impacto dos protestos.


Os protestos irão aumentar a consciência sobre a importância da sustentabilidade ambiental e a necessidade de ação coletiva. As pessoas podem fazer a diferença usando a sua voz e defendendo um futuro melhor.


O movimento semanal do Sábado da Terra alinha-se com a visão do Papa Francisco de cuidar da nossa casa comum e promover práticas sustentáveis.

Ao promover o Sábado da Terra semanal, o Papa Francisco pode usar a sua autoridade moral para inspirar mudanças positivas à escala global.


A Cúpula do G7 oferece uma oportunidade para amplificar a mensagem do Sábado da Terra e influenciar os líderes mundiais a agirem.


Juntos, podemos criar um futuro mais sustentável, abraçando o Sábado da Terra semanal e apoiando iniciativas que protegem o nosso planeta.

Envolva-se em protestos climáticos e organize protestos para a cúpula do G7.


Fonte: Earth Sabbath


Nota. A inédita presença do Papa no G7 indica que sua relevância e prestígio tem aumentado grandemente. Um cumprimento profética de Apocalipse 13:3 - que diz que a ferida mortal seria curada. Com certeza a participação do aclamado líder religioso nos assuntos mais importantes do mundo será cada vez mais relevante. A junção do Estado com a Igreja será, no tempo final, um aspecto crucial para os crentes que  terão sua fidelidade posta à prova, ou seja, manifestando obediência aos mandamentos de Deus frente ao preceitos humanos impostos pelo Estado. 

quarta-feira, 6 de março de 2024

Como o vinho tinto deixou de ser considerado saudável


 

Num episódio de 1991 do programa 60 Minutes, o jornalista Morley Safer, da CBS, questionou como era possível que os franceses apreciassem alimentos com um elevado teor de gordura, como paté, manteiga e queijo brie, e, no entanto, apresentassem taxas de doenças cardíacas mais baixas do que os americanos.

“A explicação para o paradoxo poderá residir neste copo apelativo”, afirmou Safer, erguendo um copo de vinho tinto perante os espectadores.

Os médicos acreditavam que o vinho tinha “um efeito de limpeza” que impedia as células formadoras de coágulos sanguíneos de se agarrarem às paredes das artérias, afirmou Safer. De acordo com um investigador francês que foi apresentado no episódio, este hábito poderia reduzir o risco de obstruções arteriais e, por conseguinte, de ataques cardíacos.

Na altura, vários estudos apoiaram esta ideia, afirmou Tim Stockwell, um epidemiologista do Canadian Institute for Substance Use Research. Além disso, os investigadores chegaram ao consenso de que a dieta mediterrânica, que incentiva o consumo de um ou dois copos de vinho tinto às refeições, comporta benefícios cardíacos, acrescentou.

Todavia, só após o episódio do programa 60 Minutes é que a noção de que o vinho tinto é uma bebida virtuosa saudável se tornou “viral”, afirmou. Um ano após a transmissão do programa, as vendas de vinho tinto nos Estados Unidos aumentaram 40%.

Levaria décadas até que a fama do vinho como bebida saudável se dissipasse.

Saiba mais <aqui>