quinta-feira, 10 de abril de 2025

Trump e a nova ordem econômica mundial

 



    Por décadas ouvimos rumores da formação de uma nova ordem mundial baseada na circulação de uma moeda comum global que ocupe o lugar do dólar e seja ainda mais eficaz como instrumento de desenvolvimento econômico.  

    O dólar é a principal moeda de reserva internacional desde o Acordo de Bretton Woods (1944). Ele é usado em mais de 80% das transações cambiais globais; também em contratos de commodities (como petróleo e ouro).  Reservas internacionais dos bancos centrais também são feitas em dólar. Essa posição dá aos EUA um poder imenso na capacidade de emitir dívida em sua própria moeda. Também confere uma grande influência política e econômica global, podendo estabelecer  sanções econômicas com grande alcance.

    Há uma conexão interessante entre as ações protecionistas do governo Trump e a preservação da hegemonia do dólar no cenário internacional — especialmente se analisarmos à luz das discussões (ainda hipotéticas) sobre uma moeda única mundial. Para a extrema direita norte-americana o projeto de uma ordem econômica global baseado em uma moeda única global é visto quase como algo subversivo.

    Por outro lado, nas últimas décadas, surgiram planos e esforços para reduzir a dependência do dólar que podem ser vistos como ameaças à sua hegemonia. Além da proposta da moeda única global (como já foi discutida no FMI com os SDRs), a adoção de moedas regionais (como o euro ou as propostas na Ásia/América do Sul), são fatores que depreciam o dólar no papel que vem assumindo há décadas.  Acordos bilaterais em moedas locais (como China e Rússia têm feito), também são tentativas de substituir o dólar, além das criptomoedas como alternativa descentralizada.

    A resposta "America First" e a preservação do dólar denota a reação que a liderança política norte-americana faz para manter os EUA no topo da influência global. Quando Trump impôs tarifas e pressionou parceiros comerciais, ele sinalizou que os EUA estavam dispostos a usar todos os instrumentos de poder econômico — inclusive o controle sobre o sistema financeiro global — para proteger seus interesses. Isso pode ser interpretado de duas maneiras:

  • Defensiva: Uma tentativa de preservar a centralidade do dólar num cenário em que alternativas começavam a surgir;

  • Ofensiva: Um uso mais explícito do dólar como ferramenta geopolítica — algo que desestimula a criação de alternativas, pois quem controla o dólar controla o jogo.

    As medidas protecionistas e tarifárias do governo Trump, assim como as políticas econômicas dos EUA em geral, estão indiretamente ligadas à preservação do dólar como moeda dominante no comércio internacional e ao enfraquecimento de iniciativas que poderiam levar a uma moeda única globalOu seja, mesmo com custos, muitos países podem entender que ainda vale a pena manterem-se na estrutura econômica centrada no dólar, que arriscar alguma alternativa que não tenha o peso econômico dos EUA.

    Toda esta dinâmica exposta denota que há um poder crescente para estabelecer o domínio econômico global, conforme revela a profecia que está no capítulo 13 do livro de Apocalipse. Mais do que nunca vemos as páginas da história se revolverem diante dos nossos olhos, dizendo que estamos muito perto do desfecho final da história deste mundo.


segunda-feira, 7 de abril de 2025

Colapso global corre risco de acontecer já no próximo ano, segundo físicos

 


A data em questão é tratada como um ponto de inflexão para a humanidade.

Um estudo científico trouxe uma previsão alarmante sobre o risco de acontecer uma catástrofe global para o dia 13 de novembro de 2026.

O relatório, intitulado Doomsday: Friday, 13 November, A.D. 2026, não aponta para desastres naturais como causadores do possível colapso, mas para a incapacidade da Terra em sustentar o crescimento populacional projetado.

Segundo o estudo conduzido pelo cientista austro-americano Heinz von Foerster e seus colegas em 1960, a manutenção do ritmo de crescimento da população global observado na época levaria a um ponto crítico em 2026.

Onde os recursos naturais e a infraestrutura global não seriam suficientes para suportar a demanda humana.

Deste modo, o fato resultaria em escassez massiva de alimentos, água e outros recursos essenciais, precipitando uma crise global.

Com isso, os autores do estudo basearam suas conclusões em modelos de crescimento exponencial da população e seu impacto no equilíbrio dos recursos naturais do planeta. Catástrofe global corre risco de acontecer já no próximo ano, segundo os físicos.


Fonte: MSN

Nota. Alguém pode dizer que se trata de mais uma noticia sensacionalista da mídia especulativa. Mas o que vemos são as crises se somando nos últimos tempos. Depois da grande ameaça do covid 19, com possível retorno a qualquer momento através de uma variante do coronavírus, surgiram guerras de consequências globais, se acumulando ao que foi mencionado se prevê uma crise econômica global sem precedentes por causa das medidas radicais tomadas pelo governo dos EUA. Sabemos que o futuro deste mundo está nas mãos do Criador, só Ele determinará o momento do fim, ou melhor, da recriação de todas as coisas conforme está revelado na Sua palavra. Estejamos preparados porque Ele logo virá!

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Crise climática a caminho de destruir o capitalismo

 


  A crise climática está a caminho de destruir o capitalismo, alertou uma importante     seguradora, com o alto custo dos impactos climáticos extremos deixando o setor financeiro     incapaz de operar.

O mundo está se aproximando rapidamente de níveis de temperatura em que as seguradoras não poderão mais oferecer cobertura para muitos riscos climáticos, disse Günther Thallinger, do conselho da Allianz SE, uma das maiores seguradoras do mundo. Ele disse que sem seguro, que já está sendo retirado em alguns lugares, muitos outros serviços financeiros se tornam inviáveis, de hipotecas a investimentos.

As emissões globais de carbono ainda estão aumentando e as políticas atuais resultarão em um aumento na temperatura global entre 2,2C e 3,4C acima dos níveis pré-industriais. O dano a 3C será tão grande que os governos não conseguirão fornecer resgates financeiros e será impossível se adaptar a muitos impactos climáticos, disse Thallinger, que também é presidente do conselho de investimentos da empresa alemã e foi anteriormente CEO da Allianz Investment Management.

  O negócio principal do setor de seguros é a gestão de riscos e há muito tempo leva os perigos    do aquecimento global muito a sério. Em relatórios recentes, a Aviva disse que os danos  climáticos extremos para a década até 2023 atingiram US$ 2 trilhões, enquanto a GallagherRE disse que o valor era de US$ 400 bilhões em 2024. A Zurich disse que era "essencial " atingir o zero líquido até 2050.

Thallinger disse: “A boa notícia é que já temos as tecnologias para mudar da combustão fóssil para energia de emissão zero. A única coisa que falta é velocidade e escala. Isso é sobre salvar as condições sob as quais os mercados, as finanças e a própria civilização podem continuar a operar.”

Nick Robins, presidente do Just Transition Finance Lab na London School of Economics , disse: “Esta análise devastadora de um líder global em seguros define não apenas a ameaça financeira, mas também civilizacional, representada pela mudança climática. Ela precisa ser a base para uma ação renovada, particularmente nos países do sul global.”

“O setor de seguros é um canário na mina de carvão quando se trata de impactos climáticos”, disse Janos Pasztor, ex-secretário-geral assistente da ONU para mudanças climáticas.

Fonte: The Guardian


Nota. 
Mesmo reconhecendo que a crise climática afeta a todos, em especial aos mais pobres, pelo que foi expresso acima há um grande resultado negativo também para os detentores do poder econômico. Estes, em muitos casos, auferiram grandes riquezas através da opressão e da exploração de classes  economicamente inferiores na sociedade. Por isto a Bíblia adverte que chegará o dia (já chegou) que muitos lamentarão pela perda de suas riquezas acumuladas.
 

"Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. 

 As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. 

 O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. 

 Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos." (Tiago 5:1-4).

sexta-feira, 28 de março de 2025

Como celebrar o dia de sábado!

 


    Mergulhar no espírito sabático para a guarda do sétimo dia da semana (o sábado) é uma prática que envolve preparação espiritual, mental e prática para honrar esse dia como um tempo de descanso, renovação e conexão com Deus. Aqui estão algumas orientações para ajudá-lo nesse processo:

1. Compreenda o Significado do Sábado

  • O sábado é um dia sagrado estabelecido por Deus na criação (Gênesis 2:2-3) e reafirmado nos Dez Mandamentos (Êxodo 20:8-11).

  • É um tempo para descanso, adoração e celebração do relacionamento com Deus.

2. Planeje-se Antecipadamente

  • Organize sua semana: Finalize suas tarefas seculares e domésticas antes do pôr do sol da sexta-feira.

  • Prepare refeições simples e organize a casa para evitar trabalho desnecessário no sábado.

3. Entre no Sábado com Reverência

  • Celebração do pôr do sol: Muitos observadores do sábado iniciam o dia com uma oração ou leitura bíblica ao pôr do sol na sexta-feira.

  • Convide Deus para estar presente, agradecendo pelas bênçãos da semana.

4. Descanse do Trabalho

  • Evite atividades que envolvam trabalho secular, compras ou tarefas rotineiras.

  • Encontre tempo para relaxar e renovar suas forças físicas e mentais.

5. Dedique-se à Adoração

  • Participe de serviços religiosos, estudos bíblicos ou encontros comunitários.

  • Use o tempo para ler a Bíblia, meditar e orar.

6. Reconecte-se com a Criação e com as Pessoas

  • Passe tempo na natureza para refletir sobre as obras de Deus.

  • Reforce laços familiares ou ajude outras pessoas por meio de atos de bondade.

7. Encerre o Sábado com Gratidão

  • Ao pôr do sol no sábado, agradeça a Deus pelo descanso e pelas bênçãos do dia.

  • Reflita sobre como o sábado renovou sua fé e deu perspectiva para a nova semana.

8. Cultive uma Mentalidade de Paz

  • O espírito sabático não é apenas sobre o descanso físico, mas também sobre deixar de lado preocupações e ansiedades, confiando que Deus cuida de tudo.


A guarda do sábado é uma prática pessoal e espiritual que cresce com o tempo. Pequenos passos na preparação e dedicação podem transformar a experiência em algo profundamente significativo.


sábado, 22 de março de 2025

E depois que vamos a Cristo ?



Quando atendemos ao chamado de Jesus, o “vinde a mim” (Mateus 11:28), somos acolhidos por seu amor, perdão e graça. Este é o começo de uma nova jornada espiritual, uma caminhada que não se limita apenas à experiência inicial da conversão, mas que se estende por toda a vida. Seguir a Cristo implica transformação, compromisso e entrega total. Há três passos na experiência com Cristo (Mat. 11:28-30). O primeiro passo é ir a Cristo. O segundo passo é tomar sobre si o Seu jugo, que é a Sua vontade para nossa vida. O terceiro passo é  aprender com Ele a andar no caminho. E neste aprendizado podemos citar alguns tópicos de relevante significação.

Negar a Si Mesmo

Jesus nos desafia a irmos além de um simples reconhecimento de sua autoridade. Ele declara: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23). Negar a si mesmo significa abrir mão de nossos desejos egoístas, ambições mundanas e priorizar a vontade de Deus. É uma renúncia constante, que exige humildade para reconhecer nossa dependência d’Ele.

Tomar a Cruz

Tomar a cruz é um convite para enfrentar desafios, oposições e sacrifícios em nome de Cristo. Isso não significa apenas suportar dificuldades, mas abraçar a vontade de Deus, mesmo quando ela exige esforço, coragem e perseverança. A cruz simboliza tanto sofrimento quanto vitória, pois é por meio dela que encontramos a verdadeira vida em Cristo.

Andar em Obediência

A caminhada cristã também é marcada pela obediência à Palavra de Deus. Jesus disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (João 14:15). Isso envolve estudar as Escrituras, viver segundo seus princípios e permitir que o Espírito Santo molde nosso caráter. A obediência não é um fardo, mas uma expressão de amor e gratidão por tudo o que Deus fez por nós.

Amar ao Próximo

Outra implicação essencial de seguir a Cristo é o mandamento de amar ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22:39). Esse amor não se limita a palavras, mas se manifesta em atitudes de compaixão, perdão, generosidade e justiça. Amar como Jesus amou significa acolher os marginalizados, perdoar os que nos feriram e servir com humildade.

Permanecer em Cristo

A caminhada cristã exige uma conexão constante com Jesus. Ele nos instrui: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós” (João 15:4). Permanecer em Cristo envolve oração, meditação na Palavra e uma vida em comunhão com Deus e com os irmãos na fé. É dessa relação que recebemos força, direção e paz para perseverar.

Frutificar para o Reino

Por fim, seguir a Cristo significa produzir frutos que glorifiquem a Deus. Como ramos ligados à videira, somos chamados a manifestar o fruto do Espírito em nossas vidas – amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22-23). Além disso, somos convocados a compartilhar o evangelho e fazer discípulos, contribuindo para o crescimento do Reino de Deus.

Conclusão

Após atender ao “vinde a mim” de Jesus, somos inseridos em uma jornada de transformação que se realiza pela obra do Espírito Santo. Neste caminho há sinergia e interação. Quando respondemos positivamente aos apelos e solicitações do Espírito Santo a obediência e o serviço serão visíveis em nossa vida. Outras expressões de amor também estarão presentes. A caminhada com Cristo implica em uma vida de renúncia, obediência e amor, vivida na dependência do Espírito Santo. Embora repleta de desafios, ela também é marcada por alegria, paz e esperança, pois sabemos que caminhamos com o próprio Deus e somos sustentados por sua graça abundante.

 


Quem é a Babilônia do Apocalipse?

 


sábado, 15 de março de 2025

Imortalidade da alma ou ressurreição dos mortos?


      A obra: 'Imortalidade da Alma ou Ressurreição dos Mortos?', escrita pelo renomado teólogo Oscar Culmann em meados do século XX sacudiu o mundo cristão da época, chamando a atenção para algo que é revelado pela Escritura Sagrada e corroborado pela própria lógica, ou seja,  que são incompatíveis entre si as crenças da  imortalidade da alma com a ressurreição.

    Segue abaixo um trecho da introdução da referida obra:

"Se perguntássemos hoje a um cristão comum ( quer um bem versado protestante ou católico, quer não) sobre o que ele pensa ser o ensino do Novo Testamento a respeito do ensino do homem após a morte, com poucas exceções saberíamos a resposta: ' A imortalidade da alma.'  No entanto essa  ideia amplamente aceita é um dos maiores equívocos do cristianismo. Não há razão para tentar esconder este fato, ou clamufá-lo, reinterpretando a fé cristã. Isto é algo que deve ser discutido com toda franqueza.

Mas, será mesmo verdade que a fé dos primitivos cristãos na ressurreição é incompatível com o conceito grego da imortalidade da alma? Não ensina o Novo Testamento, sobretudo o Evangelho de João, que já temos a vida eterna? Será que a morte no Novo Testamento é sempre concebida como o "último inimigo" duma maneira diametralmente oposta à do pensamento grego, que vê na morte um amigo?  Não escreve Paulo: "Ó morte, onde está o teu aguilhão?" Veremos no final que existe pelo menos uma analogia, mas primeiro salientar as diferenças fundamentais entre os dois conceitos."   

    A doutrina da imortalidade da alma é incompatível com a ressurreição porque, entre outras coisas, antecipa a recompensa eterna desfazendo a necessidade do juízo, também acaba desfazendo a realidade e consequência ultima do pecado. Porque me preocuparei em abandonar o pecado se sou inerentemente imortal? 
    Esta falsa doutrina que adentrou no seio do cristianismo  foi resultado do sincretismo religioso e cultural nos primeiros séculos, sobretudo pela influência grega. A Bíblia ensina que o homem é mortal em virtude da queda no pecado (Gên 2.17, Rom. 5:12-21). A condição da imortalidade só será possível depois da ressurreição para os que morrerem salvos ou para os que estiverem vivos na segunda vinda de Jesus e serão transformados num abrir e piscar de olhos. (I Cor, 15:51-52). Saiba mais <aqui>.





quinta-feira, 13 de março de 2025

A saúde mental na era digital!

 


Vivemos em um mundo cada vez mais digital, onde a tecnologia se tornou parte integrante de nossas vidas. Embora a era digital traga inúmeras facilidades e oportunidades, é fundamental estar atentos aos seus impactos em nossa saúde mental. Este artigo explora os efeitos da tecnologia em nosso bem-estar emocional, oferece dicas práticas para usar as redes sociais de forma saudável e destaca a importância de cultivar conexões reais para uma vida mais equilibrada e feliz na era digital. A tecnologia nos conecta com pessoas e informações de forma instantânea, facilitando a comunicação, o aprendizado e o acesso a recursos diversos. No entanto, essa mesma conectividade constante pode gerar sobrecarga de informações, excesso de estímulos e comparação social nas redes sociais, impactando negativamente a saúde mental.

As redes sociais podem ser ferramentas úteis para manter contato com amigos e familiares, compartilhar momentos e interesses. Porém, o uso excessivo e inadequado das redes sociais pode levar à comparação social constante, à busca por validação externa, ao medo de ficar de fora (FOMO – Fear of Missing Out) e à baixa autoestima. As vidas “perfeitas” e editadas que vemos online nem sempre refletem a realidade, gerando frustração e insatisfação com a própria vida.

A internet, que deveria ser um espaço de troca e interação positiva, também pode se tornar palco de cyberbullying e da cultura do cancelamento, práticas de violência virtual que causam sofrimento emocional, ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental para vítimas e agressores.

O tempo excessivo dedicado às telas pode levar ao sedentarismo, ao isolamento social e à diminuição do tempo dedicado a atividades físicas, interações sociais presenciais e hobbies offline, essenciais para a saúde física e mental.

O uso excessivo e compulsivo da tecnologia pode levar à dependência tecnológica, um padrão de comportamento caracterizado pela dificuldade em controlar o uso de dispositivos digitais e pela sensação de abstinência quando desconectado. A nomofobia, o medo de ficar sem celular ou internet, é uma manifestação dessa dependência.

Estabeleça limites de tempo para o uso de redes sociais e dos aplicativos, utilizando ferramentas de monitoramento e aplicativos que ajudam a controlar o tempo de tela. Defina horários específicos para verificar as redes sociais e evite o uso excessivo, especialmente antes de dormir.

Escolha seguir perfis e páginas que te inspiram, te informam de forma positiva e te fazem sentir bem. Evite contas que promovem comparações, conteúdo negativo, notícias alarmistas em excesso ou padrões de beleza irreais. Utilize a função “silenciar” ou “deixar de seguir” para contas que te fazem mal.

Saiba mais <Aqui>

quarta-feira, 12 de março de 2025

Por que não atravessar o rio Jordão?

 


    O episódio registrado em Números 32, no qual as tribos de Rúben e Gade, juntamente com a meia tribo de Manassés, recusam-se a atravessar o rio Jordão e entrar na terra prometida de Canaã, traz lições profundas que podem ser aplicadas à igreja nos dias de hoje, especialmente no contexto que antecede a volta de Jesus Cristo.

O Contexto Bíblico

    As tribos de Rúben, Gade e a meia tribo de Manassés estavam em uma posição privilegiada. Elas haviam conquistado terras do lado oriental do rio Jordão, que eram boas para o pastoreio de seus rebanhos. Contudo, ao aproximarem-se do momento de atravessar para Canaã e tomar posse da terra prometida, um desejo de permanência e satisfação com o que já haviam conquistado tomou conta de seus corações. Estavam em um lugar confortável, já possuíam riquezas e suas necessidades estavam sendo atendidas. Por isso, ofereceram ao líder Moisés uma proposta: ficariam ali, do lado de fora da Terra Prometida, e não atravessariam o Jordão com o restante do povo.

    Moisés reagiu contra a atitude deles, pois a recusa representava uma falta de comprometimento com o projeto divino de conquista. Ele os admoesta, lembrando-os de que, ao desistirem da promessa de Deus, estariam desestimulando as outras tribos e enfraquecendo o exército de Israel. No entanto, as tribos de Rúben, Gade e Manassés se comprometem a ajudar o povo de Israel a conquistar Canaã, antes de retornarem à terra que já haviam conquistado.

 Analogia para a Igreja no Tempo Atual.

    Esse episódio pode ser visto como uma metáfora para a situação de muitos cristãos e igrejas nos dias atuais, especialmente no que diz respeito à vinda de Cristo e ao cumprimento do propósito divino.

  1. Satisfação com o Conforto Atual: Assim como as tribos de Rúben e Gade estavam satisfeitas com as terras que haviam conquistado, muitos cristãos se contentam com a vida espiritual que já possuem, sem desejar avançar mais no propósito de Deus. Há uma tendência de "acomodação", onde, após alcançarem um certo nível de crescimento espiritual, algumas pessoas ou igrejas não sentem mais a urgência de avançar, de ir além, de conquistar mais, ou de se preparar com seriedade para o retorno de Cristo.

  2. Falta de Comprometimento com a Missão Coletiva: A recusa das tribos em atravessar o Jordão sozinhas e ajudar na conquista da Terra Prometida pode ser comparada ao isolamento de algumas partes da igreja no cumprimento da missão de pregar o evangelho e expandir o Reino de Deus. Muitas igrejas ou cristãos preferem uma vida de conforto, sem se envolver nas lutas, nos desafios e na missão da evangelização e discipulado. O compromisso com a grande comissão de Cristo (Mateus 28:19-20) muitas vezes se torna secundário em relação às preocupações pessoais ou denominacionais.

  3. A Tentação de Ficar na Terra "Segura": Como as tribos de Israel estavam diante de uma terra segura para o pastoreio, muitos cristãos, em nossa época, podem se sentir tentados a "ficar em suas zonas de conforto" – longe das batalhas espirituais e da luta pela expansão do Reino de Deus. Isso reflete a postura de algumas igrejas e cristãos que preferem um cristianismo sem desafios, sem perseverança, sem a necessidade de renovação espiritual ou de preparação para a vinda de Cristo. A busca por prosperidade material, conforto ou segurança temporal pode ser um obstáculo para avançar em direção ao propósito eterno de Deus.

  4. A Promessa de Uma Vida Eterna: O exemplo das tribos de Israel também nos lembra que, embora tenham conquistado algo valioso ao ficarem com terras boas, isso não deveria ser suficiente, pois a verdadeira promessa de Deus era uma terra superior, Canaã. Da mesma forma, o cristão não pode se contentar com as bênçãos temporais, mas deve ter os olhos fixos na promessa eterna da vida com Cristo. A verdadeira terra prometida para os cristãos é o Reino de Deus, que se manifestará plenamente na volta de Jesus Cristo. Este é o objetivo final que devemos buscar, e é por esse propósito que devemos viver.

A Aplicação

Assim como Moisés exortou as tribos de Israel a não se conformarem com as bênçãos temporárias e a não se afastarem da missão, a Igreja de Cristo nos dias de hoje precisa manter seu foco na vinda do Senhor e na missão de expandir o Seu Reino. A busca pelo conforto pessoal e pelas "terras já conquistadas" não deve impedir a Igreja de se envolver ativamente no cumprimento da grande comissão.

Estamos nos aproximando da volta de Cristo, e a igreja não pode se contentar com uma vida cristã sem ardor missionário, sem compromisso com a santidade e sem viver a expectativa da vinda do Senhor. Devemos ser como o apóstolo Paulo, que, ao final de sua vida, disse que "luta boa combati, acabei a carreira, guardei a fé" (2 Timóteo 4:7), com uma visão focada no prêmio eterno.

Portanto, a atitude de Rúben, Gade e Manassés serve como um alerta para todos os cristãos: não nos contentemos com as atrações deste mundo ou mesmo com as bênçãos já recebidas, mas olhemos firmemente para o futuro, para a promessa de Deus, que se cumprirá plenamente na volta de Jesus Cristo.