quarta-feira, 6 de setembro de 2023

China implementa sistema de pontuação em crédito social para religiosos

 


Shandong se tornou a primeira província chinesa a implementar um programa de pontuação de crédito social somente para pessoas que seguem alguma religião.

A medida do Partido Comunista Chinês (PCC) de "avaliar a confiabilidade" da população existe desde 2018, mas entrou em vigor integralmente em 2020. A grande novidade é a criação de uma plataforma exclusiva para cidadãos envolvidos com alguma minoria religiosa, na qual eles recebem ou perdem "créditos" a partir de suas ações.

De acordo com a ONG ChinaAid, uma organização cristã internacional de direitos humanos fundada em 2002, a ação é "mais uma forma de repressão e discriminação pelo governo", uma vez que, além de vigiar as atividades das igrejas na região, seus membros serão acompanhados, individualmente.

O projeto foi deliberado durante uma conferência de trabalho de implementação experimental, nos dias 21 e 22 de agosto. Para a reunião, mais de 30 pessoas se reuniram de cidades e condados da província, incluindo Zibo, Rizhao, Linyi, Dezhou, Qingzhou, Taian e distrito de Taishan.

De acordo com a ONG, o objetivo da medida política é "explorar e incentivar a recolha, identificação, avaliação e aplicação de informações de crédito do pessoal religioso".

Durante a reunião, os membros do Comitê Provincial de Assuntos Étnicos e Religiosos de Shandong exigiram das várias partes da província o aumento de sua consciência ideológica. As respectivas áreas também devem considerar a acumulação de crédito como ponto focal para apoiar a gestão rigorosa dos assuntos religiosos.

O programa divide a coleta de informações de crédito em três tipos: informações básicas, informações adversas e informações honorárias. Por meio da “Plataforma de Informação sobre Religião Inteligente”, será realizada a troca de dados, que serão recolhidos e introduzidos pelos departamentos de assuntos religiosos em nível provincial, municipal e distrital, bem como por organizações religiosas.

A avaliação de crédito será dividida em cinco níveis: excelente, bom, regular, ruim e muito ruim, implementando um sistema de classificação, de acordo com as exigências impostas à prática religiosa na China, que é restrita.

Críticas à medida

Religiosos não identificados por motivos de segurança avaliam a medida como "discriminatória", visto que somente esse grupo é vigiado de perto pelas autoridades do governo.

"Se o pessoal religioso estiver sujeito a essa pontuação de crédito específica, deveriam existir sistemas de pontuação de crédito semelhantes estabelecidos também para profissionais de outros sectores", afirmam.

Fonte: Gazeta do Povo

NOTA. A China tem se notabilizado na prática de controle social em detrimento, muitas vezes, da liberdade individual e expressão de pensamento e crença. Esta prática manifestada hoje em países totalitários  ou ditatoriais, estará presente também futuramente  nos regimes democráticos. Sob diferentes pretextos e alegações justifica-se o controle social. Já vemos em nossa sociedade um controlismo crescente por parte do governo, implementado rotinas cada vez mais burocráticas e mecanismos que roubam a privacidade das pessoas. Muito em breve o simples ato de "comprar e vender" (Apoc.13), será condicionado pela postura ideológica ou religiosa dos cidadãos. 

terça-feira, 5 de setembro de 2023

IA está ajudando a traduzir a Bíblia para línguas raras

 


Provavelmente, nenhum livro no mundo foi tão traduzido quanto a Bíblia. Mas, ainda assim, organizações cristãs consideram que o número de línguas com acesso ao livro sagrado ainda é baixo.

Segundo a Aliança Global Wycliffe, que faz levantamentos anuais do acesso à Bíblia no planeta, de um total de 7.388 línguas no mundo, 724 têm toda a Bíblia traduzida, e 1.617 têm apenas o Novo Testamento. Os dados são de 2022.

Mirando essa lacuna, dois pesquisadores da área de Engenharia e Ciência da Computação — e que são cristãos — uniram-se para construir ferramentas de inteligência artificial (IA) que possam facilitar a tradução da Bíblia.

Essas ferramentas são englobadas pelo projeto Greek Room, fundado pelos pesquisadores Ulf Hermjakob e Joel Mathew, do Instituto de Ciências da Informação da Universidade do Sul da Califórnia (USC), nos EUA.

O projeto visa línguas que recebem pouco investimento — por exemplo, têm nenhum ou poucos dicionários, gramáticas e estudos sobre elas.


Hermjakob é alemão e evangélico luterano; Mathew é indiano e cresceu frequentando uma igreja evangélica pentecostal em seu país — inclusive, acompanhando os esforços dos pais em fazer traduções da Bíblia para línguas nativas faladas na Índia, atividade na qual a família se engajava.


Hermjakob e Mathew se conheceram na universidade — e se reconheceram na fé.

Eles consideram que o Greek Room está na fase piloto, sendo experimentado de forma colaborativa por agências de tradução ao redor do mundo.


"Neste momento, estamos fornecendo [as ferramentas de IA] para cerca de sete, oito línguas, a maioria delas asiáticas. Mas queremos chegar a uma escala de 70 a 80 línguas no próximo ano", disse Hermjakob, pesquisador sênior na USC, à BBC News Brasil.


"Antes, ficamos um ano no desenvolvimento do Greek Room. Eu diria que ele está no estágio piloto, mas já está em uso e está sendo considerado útil", comemora o pesquisador, há anos dedicado ao processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina.

Ele preferiu não compartilhar quais as línguas já estão usando o Greek Room porque "em alguns lugares, cristãos, incluindo tradutores da Bíblia, são perseguidos por governos e grupos militantes".


O projeto traz ferramentas como corretor de ortografia, o rastreamento de caracteres e palavras que têm sinais de erro, o destaque a palavras e trechos que pareçam estar faltando e a apresentação de sugestões de palavras. A ideia é que ele seja integrado a outros programas de tradução já existentes.


Os criadores do Greek Room recebem financiamento de pesquisa de uma agência que faz parte da organização internacional Every Tribe Every Nation (Eten) — a qual trabalha com metas para impulsionar, até 2033, o acesso de todas as populações à Bíblias.


Fonte: BBC  e G1

Nota. O sinal mais concreto da volta de Jesus é a pregação do Evangelho a todo mundo (Mat. 24:14). Este falta muito pouco para ser globalmente disseminado. Ainda que haja milhões de indivíduos vivendo em países não cristãos, a Bíblia pode chegar a estes de inúmeras maneiras e com a ajuda das ferramentas da tecnologia este acesso é facilitado e dinamizado. Com certeza estamos muito perto de ver Jesus voltar! E nesta expectativa nosso ímpeto em testemunhar e ensinar o Evangelho se revigora ou naturalmente se amplia, isto se formos reais discípulos de Jesus.

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Lula pede um governo global

 


     Em discurso durante a reunião do BRICS que está ocorrendo na África do Sul, o presidente do Brasil  Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a necessidade de uma governança global, em virtude das grandes necessidades ora vigentes no mundo, como as questões ambientais.

     Lula não é o único a mencionar a necessidade de um governo global. Outros nomes de destaque como Antonio Guterres, atual  secretário geral da ONU, também fez declaração semelhante. Pelo visto é só uma questão de tempo para que isto ocorra, apesar de, ao meu ver, não ser da forma indicada ou desejada pelo presidente brasileiro. O BRICS surgiu em 2009 como uma união de países emergentes para promover ajuda mútua nas áreas comercial e tecnológica. No entanto hoje se propõe como um grupo de países que quer antagonizar com o G7, ou seja, com os países ocidentais considerados ricos ou desenvolvidos. Esta pretensão geopolítica muito provavelmente não será alcançada e acabará determinando o fracasso deste grupo. 

     Como já comentei anteriormente, a profecia bíblica revela que a hegemonia política no mundo, por ocasião da segunda vinda de Cristo, será exercida pelas nações ocidentais. Confira <aqui>. Mas o que chama a atenção na atualidade é a rápida mudança dos acontecimentos no cenário geopolítico global. Estamos vendo a história em transformação diante de nós e isto cria uma grande expectativa. Quais as cenas dos próximos capítulos e quanto tempo levará para vivenciarmos o último desenrolar da história deste mundo antes da  volta de Cristo? Pelo que sabemos os últimos acontecimentos serão rápidos, confira <aqui>.  Pelo o que está revelado em Apocalipse 13, o último capítulo da história deste mundo traz em seu bojo a questão econômica (comprar e vender). A questão econômica no mundo agora está se tornando crucial. Isto é exemplificado pelo objetivo do BRICS em desdolarizar o comércio internacional, tentando para isto criar uma moeda comum para este grupo de países. Mas pelo visto, por uma série de razões, este será um empreendimento fracassado. Assim, ou o dólar se fortalecerá ainda mais ou poderá ser criada uma moeda única para o comércio global por iniciativa das nações ocidentais. Saiba mais <aqui>.

    Pelo visto agora é só uma questão de tempo e como já falei, estamos diante de transformações profundas no mundo,  com certeza carregados de significado no  contexto profético escatológico. Em face da expectativa destes eventos, para o cristão faz sentido especial as palavras do apóstolo Pedro : 

"O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.  Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.  Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade?" (2 Pedro 3:9-11).





terça-feira, 22 de agosto de 2023

Cruzes estão sendo demolidas em província da China

 


O governo local de Wenzhou planeja retomar a remoção forçada de cruzes das igrejas cristãs. A Igreja Dongqiao, localizada na província de Zhejiang, recebeu um aviso de que no dia 3 de agosto o governo irá remover à força a cruz da igreja.

Nesse sentido, a igreja emitiu um aviso público, instando os irmãos e irmãs em Cristo a orar fervorosamente por essa questão. Um pastor anônimo de Wenzhou informou que o “vento demoníaco (uma tendência/movimento prejudicial à sociedade) de remover cruzes pode surgir novamente”.

Além disso, ele revelou que no mês passado, os governos das cidades de Shanxi, do condado de Yongjia e do distrito de Lucheng exigiram que as igrejas removessem frases cristãs. Por exemplo, placas de bronze e caracteres nas paredes da igreja com as palavras “Emmanuel”, “Jesus”, “Cristo” e “Jeová” foram todas obrigadas a serem removidas.

De acordo com China Aid, Zhejiang é uma província com uma grande população de cristãos e tem sido um alvo primário de Xi Jinping. Informações coletadas entre 2014 e 2016 apontam que mais de 1.500 igrejas foram afetadas pela demolição de cruzes.

Sendo assim, em 28 de abril de 2014, o governo local da cidade de Wenzhou removeu à força a cruz da Igreja de Sanjiang. Naquela época, um documento oficial divulgado dentro do governo chinês revelou o significado político por trás da resistência às cruzes.

Desse modo, a remoção das cruzes era uma luta ideológica entre o regime chinês e o cristianismo. Os oficiais queriam erradicar os símbolos cristãos ao máximo possível.

Por fim, a campanha se espalhou desde então para outras províncias, com a Província de Henan também embarcando em uma campanha em larga escala para desmontar cruzes em 2018, queimando Bíblias e removendo e destruindo à força placas com frases cristãs nas casas dos fiéis.

Fonte: Gospel Prime

Nota. No decorrer da história tem se levantado oposição de poderes e instituições contra o Cristianismo, seja no aspecto geral ou particular a um grupo específico de cristãos. A matéria acima trata de uma oposição ideológica do governos chinês aos símbolos cristãos, mas também há um sistemático cerceamento da prática cristã naquele país. Logo virá o tempo no qual um grupo, chamado no Apocalipse de "remanescente", será objeto especial de perseguição por sua defesa dos mandamentos de Deus em sua integralidade. São caracterizados pelo testemunho de Jesus e a guarda dos mandamentos  (Apoc. 12:17 ; 14:12).

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

O Último Império

 


    Como estudioso das profecias escatológicas, percebo um cumprimento profético  no cenário geopolítico atual. O  Apocalipse, capítulos 13 e 17, nos mostra que no cenário final da história deste mundo haverá um alinhamento de nações (reis),  que  em comum acordo com a Besta irão reger as nações por um certo período de tempo. Minha observação  confrontava com diversas dificuldades  no sentido de isto vir a ocorrer em nosso tempo. Em especial considerava a falta de unidade ideológica necessária para uma coalisão política na forma descrita pela profecia bíblica. Na minha avaliação não via como um centro unipolar pudesse tomar conta do mundo no sentido de impor sansões coercitivas, mas de repente tudo começou a mudar.  

    Durante  séculos houve um cenário de multipolaridade na geopolítica global. Até o início do século XX a política entre as nações foi marcada por alianças e acordos entre as potências ou impérios, que determinava o jogo de poder e a estabilidade alcançada naquela fase da história. O quadro passou a se alterar depois da segunda guerra mundial, estabelecendo-se uma bipolaridade geopolítica entre os EUA  e  a URSS, período marcado pela guerra fria. Com o final da União  Soviética, os Estados Unidos da América passaram a exercer um domínio hegemônico no mundo. A partir da segunda década deste século este domínio passou a ser questionado ou ameaçado por potências emergentes como China e Rússia. No entanto, hoje percebe-se que a hegemonia americana se manterá ainda por algum tempo, fortalecendo-se na atualidade os laços políticos entre EUA e as potências da Europa. Contrariamente ao que pretendia Rússia e China, a invasão da Ucrânia pela Rússia  revitalizou a OTAN e fortaleceu os laços das nações do Ocidente. 

    Por uma série de razões, percebe-se a necessidade de um governo global no mundo, isto é o que  dizem diferentes personalidades e lideranças da atualidade. Isto parece ser algo inevitável num futuro próximo. Há muitos problemas que exigem uniformidade de ações e isto demanda imposições que interfiram na soberania dos povos. Pelo rumo que vai tomando o cenário geopolítico atual percebe-se quem são os atores deste grande cumprimento profético. Há um alinhamento ideológico muito forte entre as lideranças democratas estadunidenses, o Papa Francisco e várias lideranças globalistas europeias, saiba mais <aqui>. O pensamento comum destas lideranças está ganhando força nas  reuniões de cúpulas e fóruns representativos. Os planos e projetos para atender as questões cruciais hoje no mundo, seja no aspecto ambiental, econômico ou político, são idealizados e propostos por este núcleo de poder.

    Ellen White, em seus dias ainda no século XIX,  escreveu o seguinte: "Mostrou-se que os Estados Unidos são o poder representado pela besta de chifres semelhantes aos do cordeiro, e que esta profecia se cumprirá quando aquela nação impuser a observância do domingo, que Roma alega ser um reconhecimento especial de sua supremacia. Mas nesta homenagem ao papado os Estados Unidos não estarão sós. A influência de Roma nos países que uma vez já lhe reconheceram o domínio, está ainda longe de ser destruída. E a profecia prevê uma restauração de seu poder. "Vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a Terra se maravilhou após a besta." Apoc. 13:3. A aplicação da chaga mortal indica a queda do papado em 1798. ( O Grande Conflito pág. 579).

    Esta visão acerca do cumprimento profético de Apocalipse 13 foi gradativamente ganhando relevância no decorrer do século XX. Na época da citada escritora, os EUA ainda eram uma promessa como potência hegemônica. Mas depois dos conflitos mundiais a ascensão norte-americana se consolidou e passou esta nação a conduzir por sua influência, capacidade econômica e militar, os fatos de interesse global.  Parece ainda que há algumas arestas a serem aparadas na geopolítica global para que ocorra um evento da magnitude descrita na profecia de Apocalipse 13, mas o contexto atual denota que tais fatos podem ocorrer de forma rápida. 

    O cumprimento desta previsão da escatologia adventista é uma poderosa evidência que pesa a favor de sua veracidade e relevância. A medida que os eventos vão se encaixando no cenário descrito por esta interpretação, cresce a expectativa que os demais eventos também ocorrerão na forma indicada.  Acima de tudo aponta o fato de que estamos chegando nos últimos dias da história deste mundo e que logo será instaurado um novo Reino superior a todos os impérios humanos e que jamais será destruído, o Reino do Senhor Jesus que se estabelecerá na sua segunda vinda.

Aguinaldo C. da Silva







 

domingo, 16 de julho de 2023

Os sinais da natureza e a breve volta de Jesus!

 


    O aumento de intensidade e frequência dos eventos climáticos extremos não é uma questão de achismo, mas de estudos comprovados com base, entre outras coisas, nas estatísticas. As estatísticas analisam os fatos e como sabemos, contra os fatos não há argumentos. As mudanças que estamos vendo são sem precedentes na história, como podem ser visto <aqui> e <aqui>. Inundações mortais na Europa, enchentes na China, picos de calor no noroeste dos EUA, áreas colossais de gelo perdidas nas regiões do Ártico. Segundo o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), isto é apenas uma amostra do que está por vir.

    Sem entrar na discussão se tudo isto que está acontecendo no aspecto ambiental é decorrente da ação do homem, o fato é que está ocorrendo e que isto afeta a civilização humana globalmente. No tempo de Noé  uma mudança climática também afetou a civilização globalmente. Jesus se referiu aos sinais que precederiam sua volta fazendo um paralelo com os dias que antecederam o dilúvio. "E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem." (Mateus 24:37). Na sequencia do texto Ele  destaca o fato de as pessoas não se aperceberem da gravidade do momento.

    Jesus também comparou tais sinais com as dores de uma parturiente (Mateus 24:8). As dores de parto aumentam gradativamente em intensidade e frequência. Ainda considerando o aspecto da crise ambiental,  o aumento dos desastres climáticos hídricos aumentou cinco vezes mais nos últimos cinquenta anos, como relata os estudos, saiba mais <aqui>.

     A Bíblia menciona o aspecto ambiental  no livro do Apocalipse. As sete últimas pragas ali descritas são, na sua maioria, relacionadas ao aspecto ambiental. Em Lucas, no capitulo 21, que é um texto paralelo ao de Mateus 24, menciona que os homens estariam em grande pavor pelo "bramido do mar e das ondas" e "pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo" (verso 25).  Assim a observação dos sinais da natureza são de relevância especial.

    Além do aspecto da crise ambiental o agravamento de outros aspectos, tais como político, moral e espiritual, são os indicativos mais solenes da breve volta de Jesus. Ele assim afirmou: "Hipócritas! Sabeis muito bem interpretar os sinais da terra e do céu. Como não conseguis discernir os sinais do tempo presente? " (Lucas 12:56). Em outras palavras, Jesus estava colocando em pauta a incoerência das pessoas em observarem tão bem os sinais da natureza e não aplicarem isto ao aspecto espiritual. 

    Vivemos em dias cruciais da história e aqueles que estiverem firmados na rocha, que é a Palavra de Deus, não serão surpreendidos. Mas os que estiverem distraídos e negligenciarem os sinais estarão despreparados na volta do Senhor Jesus.

Aguinaldo C. da Silva



Polícia autoriza protesto na Suécia que queimará Bíblia e Torá

 

A polícia da Suécia autorizou, nesta sexta-feira (14), um protesto em frente à embaixada de Israel em Estocolmo no próximo sábado, no qual os organizadores planejam queimar uma Bíblia e uma Torá. A ação foi criticada por Israel e por organizações judaicas. De acordo com a petição enviada à força policial, os idealizadores querem destruir os textos religiosos em resposta à queima de um Alcorão em junho, em frente à Grande Mesquita de Estocolmo. Esse incidente gerou indignação em diversos países muçulmanos.

O protesto será, na verdade, uma ação de apoio à liberdade de expressão, de acordo com a solicitação enviada para a polícia. A polícia afirmou que a autorização está em conformidade com a legislação sueca de conceder licença para atos públicos.

“A polícia não emite licenças para queimar vários textos religiosos. A polícia emite licenças para reuniões públicas e para expressar uma opinião. É uma distinção importante”, afirmou Carina Skagerlind, assessora de imprensa da polícia de Estocolmo.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi uma das autoridades que rapidamente criticaram a decisão, assim como Yaakov Hagoel, presidente da Organização Sionista Mundial, que disse que essa permissão não é uma “liberdade de expressão, mas, sim, antissemitismo”.

Em junho, um refugiado iraquiano que reside na Suécia queimou algumas páginas do Alcorão em frente à Grande Mesquita de Estocolmo, coincidindo com a celebração do Aid al Adha, um feriado importante no calendário muçulmano.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU tinha adotado uma resolução, condenando a queima de exemplares do Alcorão e outros atos de ódio religioso.

Fonte: G1

Nota. Chama a atenção  o ódio manifestado contra a Bíblia na atualidade. Este livro já foi perseguido no passado, como na época da Revolução Francesa, ou na Idade  Média quando o clero queria ensinar apenas a tradição ao povo. Com certeza isto demonstra que há poderes que se opõem à  Palavra de Deus. No Apocalipse estes poderes são denominados de "Bestas" que se levantam em certos momentos da história do grande conflito universal.



sexta-feira, 7 de julho de 2023

A proposta de sermos deuses

 


     Alguns filósofos e visionários na atualidade afirmam que os seres humanos serão deuses num futuro próximo. Dentro da perspectiva secularista, para alcançar o sentido na vida, esta seria  uma boa opção. Entre as  coisas que  impedem a plena realização humana está a sensação de  finitude da vida, a falta de felicidade e a superação das precariedades do cotidiano. Ao ver de alguns, chegará o momento em que a humanidade se superará ou alcançará sua redenção pelos recursos da tecnologia e desenvolvimento civilizacional. Na visão destes a ciência será capaz  de produzir uma forma de  tornar-nos eternos. Mas está condição abriria uma série de desafios.  Como por exemplo: a superação do tédio de ser  eterno.  

    Por isto, surge a proposta de o homem  se sentir um deus para superar os desafios que naturalmente surgirão como fruto de seu próprio desenvolvimento. A Bíblia diz que Lúcifer ambicionou no céu pelo lugar ou posição de Deus. Na sua rebelião conseguiu apoio de um terço das hostes de anjos e ao vir para a Terra também envolveu o ser humano neste  projeto. 

    A revelação bíblica indica que só Deus é a fonte de vida eterna, ou seja, para ser eterno não basta apenas deixar de morrer. Se apenas deixarmos de morrer, biologicamente falando, chegaria o momento em que pediríamos a morte. Um conceito mais amplo de vida, que talvez não possamos definir plenamente agora, é o que se pode aplicar à vida eterna. E neste sentido só  Deus é capaz de conceder o dom da eternidade.

"Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada." (I João 1:2).

"O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10:10).

    Contrariamente à orientação bíblica há a proposta de "paz sem Cristo". Há movimentos ideológicos na contemporaneidade ostentando este lema, contudo sabemos que se trata de instrumentos ou armadilhas do inimigo de Deus para desviar as pessoas do caminho da salvação. Fico pensando que no cenário do grande conflito Satanás não faz proposta nova, mas apenas  repagina aquelas que já vem fazendo há milênios. 
    
    Nos dias atuais, quando o conforto e os prazeres tem esfriado a fé de muitos, surge ainda ideologias e pensamentos capciosos para enganar. No entanto fica claro que a proposta do evangelho é a única segura, capaz de produzir vida não somente no futuro, mas agora traz paz e sentido a esta vida que temos.

"Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia." (João 6:40).

Aguinaldo C. da Silva

   


quarta-feira, 5 de julho de 2023

Amor e fé em crise na atualidade!

 


    Uma apostasia crescente tem-se constatado  em nossos dias. Um fenômeno manifestado não somente na Europa, mas também em outras partes do mundo. Um estudo realizado na  Suíça registra o aumento de não religiosos, de forma que este grupo pode tornar-se preponderante naquele país em breve. Saiba mais aqui. A nação apresentava em 1970 um índice de 1,2% como sem religião. Hoje este índice subiu para 32,3%. Sendo que o referido índice triplicou do início do novo século para cá. Dos que afirmam ser sem religião, 30% se declaram ateus e mais de um quinto agnósticos.

    Ao meu ver, quando Jesus afirmou que no tempo do fim o amor se esfriará de quase todos (Mat. 24:12), não estava falando prioritariamente do amor entre as pessoas, mas do amor a Deus. Esta percepção é corroborada pela informação de que quando Cristo voltar haverá bem pouca fé na Terra (Luc. 18:8). Outro dia escrevi sobre os aspectos que caracterizam o secularismo da época atual. Confira aqui. Uma geração voltada para o prazer e a satisfação própria, manifestando desinteresse e indiferença  nas questões espirituais.

    Segundo a pesquisa anteriormente citada, 40% dos protestantes e 30% dos católicos romanos, dizem que nunca oram. Este é, de fato, um dado preocupante, muito mais que simplesmente não possuir afiliação religiosa. A oração é apresentada na Bíblia como um elemento vital no relacionamento com Deus, haja vista o próprio exemplo deixado por Jesus. A oração caracteriza uma busca pessoal, uma manifestação de interesse e também uma expressão de amor.

    A perda de identidade religiosa no continente europeu, onde o cristianismo amadureceu, indica que o mero tradicionalismo religioso é uma manifestação insuficiente e inibidora ao desenvolvimento da fé verdadeira e do cristianismo prático. Na realidade sem uma busca pessoal, baseado no estudo da Bíblia e nos demais elementos devocionais, não será capaz de produzir os frutos de um cristianismo genuíno.

    A influência ideológica produzida nos séculos XIX e XX, foram grandemente responsáveis pelo esfriamento da fé no Ocidente. O Evolucionismo, o Marxismo e o Humanismo deram seus frutos e hoje são reverberados pela mídia, numa luta contínua contra a fé e a religiosidade cristã. Por outro lado, o mau exemplo de líderes religiosos e a ineficácia da religião institucionalizada contribuíram para este mesmo fim.

    Concluindo podemos afirmar que vivemos num momento  crítico, que foi mencionado pelo Apóstolo Paulo nas palavras: "Aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia"(I Coríntios 10:12). Ou na advertência apocalíptica aos irmãos de Filadélfia: " Eis que venho sem demora, guarda o que tens para que ninguém tome a tua coroa." (Apocalipse 3:11). Com certeza Jesus não tem um estoque limitado de coroas que leva à uma concorrência por obtê-la, mas observa que se alguém não for digno de usá-la passará a outro.

    Como cristão, vejo a necessidade de uma confrontação pessoal diária entre a fé professada e a praticada. Sem querer se medir ou comparar com outros cristãos, mas percebendo o que ainda falta evoluir na  própria caminhada e talvez como o publicano da parábola, dizer: Senhor tem misericórdia de mim que sou pecador! 

Aguinaldo C. da Silva


    

       

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Há esperança no amanhã?

 


    Olhando a situação do mundo hoje, parece um tanto preocupante e desalentador  as perspectivas e cenários  que se apresentam. No campo ambiental certos cientistas falam que  é irreversível o processo de aquecimento do planeta, estando a elevação da temperatura já acima do limite estabelecido de 1,5º em relação  a época pré-industrial. Saiba melhor <aqui> . Este fato trará consequências jamais vistas, como o derretimento total do Ártico já em 2030, como pode ser constatado <aqui>. No campo político e econômico as perspectivas também são preocupantes, principalmente em decorrência dos movimentos geopolíticos que estão em curso hoje no mundo. O aumento das tensões e a ameaça de conflitos armados entre várias nações é extremamente grave. No campo econômico, já há algum tempo, certos especialistas e economistas renomados vem alertando quanto a possibilidade de uma nova crise econômica mundial. Isto por causa, entre outras questões, da emissão descontrolada de papel moeda e excesso de liquidez promovido pelos bancos centrais.

    Naturalmente, olhando o quadro anteriormente descrito, somos remetidos ao pessimismo e ao desalento. O que faz a diferença em relação a ter esperança e acreditar em dias melhores é ter fé na revelação bíblica e acreditar em suas profecias. Jesus afirmou: "Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima, e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima." (Lucas 21:28). O apóstolo Paulo escreveu: "E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está gora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé." (Romanos 13:10).

    Pessoalmente, conhecendo um pouco da história universal e dos fatos da atualidade, não vejo outra fonte de esperança para nosso planeta a não ser a volta do Senhor Jesus Cristo e o estabelecimento completo de seu reino. O ser humano avançou positivamente em alguns quesitos, mas não conseguiu dominar sua própria natureza, permitindo que o ódio e os conflitos fossem a marca desta civilização. No início de 2022 não acreditava que, de fato, pudesse  ocorrer uma guerra nos moldes do conflito entre Rússia e Ucrânia. Isto porque, mesmo conhecendo os sinais prognosticados na Bíblia de "guerras e rumores de guerras", acreditava, de alguma forma, que a parte do mundo que havia vivenciado na pele os horrores da primeira e segunda guerras mundiais pudesse voltar a ter um conflito desta magnitude.  Mas eu estava enganado, de uma certa forma acho que duvidei das Escrituras por alimentar este pensamento.

     Nos últimos dias refleti mais na narrativa do grande conflito apresentada na Bíblia, e confrontando com os fatos  que marcaram a humanidade, fica claro  que estamos transpondo uma história de conflitos que se iniciou do Éden. No início do século XX deu-se a impressão de que o homem havia encontrado o caminho da superação. Com o entusiasmo causado pelo avanço científico e tecnológico ocorrido no século XIX, num contexto ideológico marcado pela influência do humanismo e iluminismo, pareceu que a humanidade rumava para um futuro próspero e glorioso. Mas com a ocorrência dos conflitos mundiais e as guerras que se sucederam de lá para cá, uma visão realista contundente tem se apresentado. Agora temos certeza que só um fato disruptivo pode alterar o rumo da trajetória da humanidade de um fim que não seja melancólico.

   Com certeza, esta sensação ou percepção está na base das mudanças a serem implementadas no âmbito global nos próximos anos. Lideranças políticas e elementos de influência considerável no mundo se colocaram numa busca intensa por soluções. Esforços e conversações são articulados entre as principais cúpulas do mundo buscando implementar projetos e metas na tentativa de superar as crises. No cenário final do Apocalipse, o sinal ou marca da besta pode ser  parte de uma tentativa de solução frente ao caos imediato. 

    A esperança do cristão na atualidade deve estar arraigada na fé assim como os cristãos do primeiro século. Eles  viram o Império de Roma ruir. O mundo estava acabando no entorno deles, suportavam perseguições, opressões e morte, mas a esperança continuava incólume aos fatos e às circunstâncias do cotidiano. Será assim agora, mas com a certeza redobrada de que, de fato, Jesus não demorará a voltar. Chegamos no fim da história e tudo está cumprido, o cristianismo se desenvolveu, o evangelho foi pregado a todos e todas as profecias de tempo já estão no passado. 

    Seja no âmbito pessoal ou coletivo, a volta de Jesus é a única fonte segura de esperança. Outras fontes e artifícios que conduzem à paz podem ser apresentadas, mas tudo não passa de um alívio transitório. Como disse o sábio  Salomão: "Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade." (Eclesiastes 1:2).

"E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança." (Romanos 5:3,4).

"Quero trazer à memória o que pode me dar esperança." (Lamentações 3:31).

Aguinaldo C. da Silva