domingo, 16 de julho de 2023

Os sinais da natureza e a breve volta de Jesus!

 


    O aumento de intensidade e frequência dos eventos climáticos extremos não é uma questão de achismo, mas de estudos comprovados com base, entre outras coisas, nas estatísticas. As estatísticas analisam os fatos e como sabemos, contra os fatos não há argumentos. As mudanças que estamos vendo são sem precedentes na história, como podem ser visto <aqui> e <aqui>. Inundações mortais na Europa, enchentes na China, picos de calor no noroeste dos EUA, áreas colossais de gelo perdidas nas regiões do Ártico. Segundo o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), isto é apenas uma amostra do que está por vir.

    Sem entrar na discussão se tudo isto que está acontecendo no aspecto ambiental é decorrente da ação do homem, o fato é que está ocorrendo e que isto afeta a civilização humana globalmente. No tempo de Noé  uma mudança climática também afetou a civilização globalmente. Jesus se referiu aos sinais que precederiam sua volta fazendo um paralelo com os dias que antecederam o dilúvio. "E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem." (Mateus 24:37). Na sequencia do texto Ele  destaca o fato de as pessoas não se aperceberem da gravidade do momento.

    Jesus também comparou tais sinais com as dores de uma parturiente (Mateus 24:8). As dores de parto aumentam gradativamente em intensidade e frequência. Ainda considerando o aspecto da crise ambiental,  o aumento dos desastres climáticos hídricos aumentou cinco vezes mais nos últimos cinquenta anos, como relata os estudos, saiba mais <aqui>.

     A Bíblia menciona o aspecto ambiental  no livro do Apocalipse. As sete últimas pragas ali descritas são, na sua maioria, relacionadas ao aspecto ambiental. Em Lucas, no capitulo 21, que é um texto paralelo ao de Mateus 24, menciona que os homens estariam em grande pavor pelo "bramido do mar e das ondas" e "pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo" (verso 25).  Assim a observação dos sinais da natureza são de relevância especial.

    Além do aspecto da crise ambiental o agravamento de outros aspectos, tais como político, moral e espiritual, são os indicativos mais solenes da breve volta de Jesus. Ele assim afirmou: "Hipócritas! Sabeis muito bem interpretar os sinais da terra e do céu. Como não conseguis discernir os sinais do tempo presente? " (Lucas 12:56). Em outras palavras, Jesus estava colocando em pauta a incoerência das pessoas em observarem tão bem os sinais da natureza e não aplicarem isto ao aspecto espiritual. 

    Vivemos em dias cruciais da história e aqueles que estiverem firmados na rocha, que é a Palavra de Deus, não serão surpreendidos. Mas os que estiverem distraídos e negligenciarem os sinais estarão despreparados na volta do Senhor Jesus.

Aguinaldo C. da Silva



Polícia autoriza protesto na Suécia que queimará Bíblia e Torá

 

A polícia da Suécia autorizou, nesta sexta-feira (14), um protesto em frente à embaixada de Israel em Estocolmo no próximo sábado, no qual os organizadores planejam queimar uma Bíblia e uma Torá. A ação foi criticada por Israel e por organizações judaicas. De acordo com a petição enviada à força policial, os idealizadores querem destruir os textos religiosos em resposta à queima de um Alcorão em junho, em frente à Grande Mesquita de Estocolmo. Esse incidente gerou indignação em diversos países muçulmanos.

O protesto será, na verdade, uma ação de apoio à liberdade de expressão, de acordo com a solicitação enviada para a polícia. A polícia afirmou que a autorização está em conformidade com a legislação sueca de conceder licença para atos públicos.

“A polícia não emite licenças para queimar vários textos religiosos. A polícia emite licenças para reuniões públicas e para expressar uma opinião. É uma distinção importante”, afirmou Carina Skagerlind, assessora de imprensa da polícia de Estocolmo.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi uma das autoridades que rapidamente criticaram a decisão, assim como Yaakov Hagoel, presidente da Organização Sionista Mundial, que disse que essa permissão não é uma “liberdade de expressão, mas, sim, antissemitismo”.

Em junho, um refugiado iraquiano que reside na Suécia queimou algumas páginas do Alcorão em frente à Grande Mesquita de Estocolmo, coincidindo com a celebração do Aid al Adha, um feriado importante no calendário muçulmano.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU tinha adotado uma resolução, condenando a queima de exemplares do Alcorão e outros atos de ódio religioso.

Fonte: G1

Nota. Chama a atenção  o ódio manifestado contra a Bíblia na atualidade. Este livro já foi perseguido no passado, como na época da Revolução Francesa, ou na Idade  Média quando o clero queria ensinar apenas a tradição ao povo. Com certeza isto demonstra que há poderes que se opõem à  Palavra de Deus. No Apocalipse estes poderes são denominados de "Bestas" que se levantam em certos momentos da história do grande conflito universal.



sexta-feira, 7 de julho de 2023

A proposta de sermos deuses

 


     Alguns filósofos e visionários na atualidade afirmam que os seres humanos serão deuses num futuro próximo. Dentro da perspectiva secularista, para alcançar o sentido na vida, esta seria  uma boa opção. Entre as  coisas que  impedem a plena realização humana está a sensação de  finitude da vida, a falta de felicidade e a superação das precariedades do cotidiano. Ao ver de alguns, chegará o momento em que a humanidade se superará ou alcançará sua redenção pelos recursos da tecnologia e desenvolvimento civilizacional. Na visão destes a ciência será capaz  de produzir uma forma de  tornar-nos eternos. Mas está condição abriria uma série de desafios.  Como por exemplo: a superação do tédio de ser  eterno.  

    Por isto, surge a proposta de o homem  se sentir um deus para superar os desafios que naturalmente surgirão como fruto de seu próprio desenvolvimento. A Bíblia diz que Lúcifer ambicionou no céu pelo lugar ou posição de Deus. Na sua rebelião conseguiu apoio de um terço das hostes de anjos e ao vir para a Terra também envolveu o ser humano neste  projeto. 

    A revelação bíblica indica que só Deus é a fonte de vida eterna, ou seja, para ser eterno não basta apenas deixar de morrer. Se apenas deixarmos de morrer, biologicamente falando, chegaria o momento em que pediríamos a morte. Um conceito mais amplo de vida, que talvez não possamos definir plenamente agora, é o que se pode aplicar à vida eterna. E neste sentido só  Deus é capaz de conceder o dom da eternidade.

"Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada." (I João 1:2).

"O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10:10).

    Contrariamente à orientação bíblica há a proposta de "paz sem Cristo". Há movimentos ideológicos na contemporaneidade ostentando este lema, contudo sabemos que se trata de instrumentos ou armadilhas do inimigo de Deus para desviar as pessoas do caminho da salvação. Fico pensando que no cenário do grande conflito Satanás não faz proposta nova, mas apenas  repagina aquelas que já vem fazendo há milênios. 
    
    Nos dias atuais, quando o conforto e os prazeres tem esfriado a fé de muitos, surge ainda ideologias e pensamentos capciosos para enganar. No entanto fica claro que a proposta do evangelho é a única segura, capaz de produzir vida não somente no futuro, mas agora traz paz e sentido a esta vida que temos.

"Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia." (João 6:40).

Aguinaldo C. da Silva

   


quarta-feira, 5 de julho de 2023

Amor e fé em crise na atualidade!

 


    Uma apostasia crescente tem-se constatado  em nossos dias. Um fenômeno manifestado não somente na Europa, mas também em outras partes do mundo. Um estudo realizado na  Suíça registra o aumento de não religiosos, de forma que este grupo pode tornar-se preponderante naquele país em breve. Saiba mais aqui. A nação apresentava em 1970 um índice de 1,2% como sem religião. Hoje este índice subiu para 32,3%. Sendo que o referido índice triplicou do início do novo século para cá. Dos que afirmam ser sem religião, 30% se declaram ateus e mais de um quinto agnósticos.

    Ao meu ver, quando Jesus afirmou que no tempo do fim o amor se esfriará de quase todos (Mat. 24:12), não estava falando prioritariamente do amor entre as pessoas, mas do amor a Deus. Esta percepção é corroborada pela informação de que quando Cristo voltar haverá bem pouca fé na Terra (Luc. 18:8). Outro dia escrevi sobre os aspectos que caracterizam o secularismo da época atual. Confira aqui. Uma geração voltada para o prazer e a satisfação própria, manifestando desinteresse e indiferença  nas questões espirituais.

    Segundo a pesquisa anteriormente citada, 40% dos protestantes e 30% dos católicos romanos, dizem que nunca oram. Este é, de fato, um dado preocupante, muito mais que simplesmente não possuir afiliação religiosa. A oração é apresentada na Bíblia como um elemento vital no relacionamento com Deus, haja vista o próprio exemplo deixado por Jesus. A oração caracteriza uma busca pessoal, uma manifestação de interesse e também uma expressão de amor.

    A perda de identidade religiosa no continente europeu, onde o cristianismo amadureceu, indica que o mero tradicionalismo religioso é uma manifestação insuficiente e inibidora ao desenvolvimento da fé verdadeira e do cristianismo prático. Na realidade sem uma busca pessoal, baseado no estudo da Bíblia e nos demais elementos devocionais, não será capaz de produzir os frutos de um cristianismo genuíno.

    A influência ideológica produzida nos séculos XIX e XX, foram grandemente responsáveis pelo esfriamento da fé no Ocidente. O Evolucionismo, o Marxismo e o Humanismo deram seus frutos e hoje são reverberados pela mídia, numa luta contínua contra a fé e a religiosidade cristã. Por outro lado, o mau exemplo de líderes religiosos e a ineficácia da religião institucionalizada contribuíram para este mesmo fim.

    Concluindo podemos afirmar que vivemos num momento  crítico, que foi mencionado pelo Apóstolo Paulo nas palavras: "Aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia"(I Coríntios 10:12). Ou na advertência apocalíptica aos irmãos de Filadélfia: " Eis que venho sem demora, guarda o que tens para que ninguém tome a tua coroa." (Apocalipse 3:11). Com certeza Jesus não tem um estoque limitado de coroas que leva à uma concorrência por obtê-la, mas observa que se alguém não for digno de usá-la passará a outro.

    Como cristão, vejo a necessidade de uma confrontação pessoal diária entre a fé professada e a praticada. Sem querer se medir ou comparar com outros cristãos, mas percebendo o que ainda falta evoluir na  própria caminhada e talvez como o publicano da parábola, dizer: Senhor tem misericórdia de mim que sou pecador! 

Aguinaldo C. da Silva


    

       

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Há esperança no amanhã?

 


    Olhando a situação do mundo hoje, parece um tanto preocupante e desalentador  as perspectivas e cenários  que se apresentam. No campo ambiental certos cientistas falam que  é irreversível o processo de aquecimento do planeta, estando a elevação da temperatura já acima do limite estabelecido de 1,5º em relação  a época pré-industrial. Saiba melhor <aqui> . Este fato trará consequências jamais vistas, como o derretimento total do Ártico já em 2030, como pode ser constatado <aqui>. No campo político e econômico as perspectivas também são preocupantes, principalmente em decorrência dos movimentos geopolíticos que estão em curso hoje no mundo. O aumento das tensões e a ameaça de conflitos armados entre várias nações é extremamente grave. No campo econômico, já há algum tempo, certos especialistas e economistas renomados vem alertando quanto a possibilidade de uma nova crise econômica mundial. Isto por causa, entre outras questões, da emissão descontrolada de papel moeda e excesso de liquidez promovido pelos bancos centrais.

    Naturalmente, olhando o quadro anteriormente descrito, somos remetidos ao pessimismo e ao desalento. O que faz a diferença em relação a ter esperança e acreditar em dias melhores é ter fé na revelação bíblica e acreditar em suas profecias. Jesus afirmou: "Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima, e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima." (Lucas 21:28). O apóstolo Paulo escreveu: "E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está gora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé." (Romanos 13:10).

    Pessoalmente, conhecendo um pouco da história universal e dos fatos da atualidade, não vejo outra fonte de esperança para nosso planeta a não ser a volta do Senhor Jesus Cristo e o estabelecimento completo de seu reino. O ser humano avançou positivamente em alguns quesitos, mas não conseguiu dominar sua própria natureza, permitindo que o ódio e os conflitos fossem a marca desta civilização. No início de 2022 não acreditava que, de fato, pudesse  ocorrer uma guerra nos moldes do conflito entre Rússia e Ucrânia. Isto porque, mesmo conhecendo os sinais prognosticados na Bíblia de "guerras e rumores de guerras", acreditava, de alguma forma, que a parte do mundo que havia vivenciado na pele os horrores da primeira e segunda guerras mundiais pudesse voltar a ter um conflito desta magnitude.  Mas eu estava enganado, de uma certa forma acho que duvidei das Escrituras por alimentar este pensamento.

     Nos últimos dias refleti mais na narrativa do grande conflito apresentada na Bíblia, e confrontando com os fatos  que marcaram a humanidade, fica claro  que estamos transpondo uma história de conflitos que se iniciou do Éden. No início do século XX deu-se a impressão de que o homem havia encontrado o caminho da superação. Com o entusiasmo causado pelo avanço científico e tecnológico ocorrido no século XIX, num contexto ideológico marcado pela influência do humanismo e iluminismo, pareceu que a humanidade rumava para um futuro próspero e glorioso. Mas com a ocorrência dos conflitos mundiais e as guerras que se sucederam de lá para cá, uma visão realista contundente tem se apresentado. Agora temos certeza que só um fato disruptivo pode alterar o rumo da trajetória da humanidade de um fim que não seja melancólico.

   Com certeza, esta sensação ou percepção está na base das mudanças a serem implementadas no âmbito global nos próximos anos. Lideranças políticas e elementos de influência considerável no mundo se colocaram numa busca intensa por soluções. Esforços e conversações são articulados entre as principais cúpulas do mundo buscando implementar projetos e metas na tentativa de superar as crises. No cenário final do Apocalipse, o sinal ou marca da besta pode ser  parte de uma tentativa de solução frente ao caos imediato. 

    A esperança do cristão na atualidade deve estar arraigada na fé assim como os cristãos do primeiro século. Eles  viram o Império de Roma ruir. O mundo estava acabando no entorno deles, suportavam perseguições, opressões e morte, mas a esperança continuava incólume aos fatos e às circunstâncias do cotidiano. Será assim agora, mas com a certeza redobrada de que, de fato, Jesus não demorará a voltar. Chegamos no fim da história e tudo está cumprido, o cristianismo se desenvolveu, o evangelho foi pregado a todos e todas as profecias de tempo já estão no passado. 

    Seja no âmbito pessoal ou coletivo, a volta de Jesus é a única fonte segura de esperança. Outras fontes e artifícios que conduzem à paz podem ser apresentadas, mas tudo não passa de um alívio transitório. Como disse o sábio  Salomão: "Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade." (Eclesiastes 1:2).

"E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança." (Romanos 5:3,4).

"Quero trazer à memória o que pode me dar esperança." (Lamentações 3:31).

Aguinaldo C. da Silva


quinta-feira, 29 de junho de 2023

Deveríamos celebrar as festas judaicas?

 


    Hoje vemos alguns grupos de professos cristãos afirmando que deveríamos celebrar as festas do calendário religioso judaico. Quanto a isto temos alguns pontos a considerar que esclarecem a questão, ou ao menos, ajudam a esclarecê-la:

1) O apóstolo Paulo escreveu: "Eu, Paulo, vos afirmo que Cristo de nada vos servirá, se vos deixardes circuncidar. E outra vez declaro solenemente a todo homem que se permite circuncidar, que ele, desse modo, fica obrigado a cumprir toda a lei" Gálatas 5:2-3. 

    Uma coisa que fica clara no texto paulino é que não estamos obrigado a cumprir toda Lei, isto porque ela não  trata só da parte moral (Dez Mandamentos), mas é um conjunto de regulamentos que inclui leis civis, cerimoniais, sanitárias e de saúde. Entendemos que boa parte da Lei já cumpriu o seu propósito ou papel ao representar o sacrifício vicário de Cristo na cruz, parte que  Paulo denomina de "sombras de coisas futuras" ( Heb.10:1; Col.2:16-17). Sendo assim, entendemos que toda a parte cerimonial perdeu sua eficácia quando Jesus rendeu sua vida no madeiro e o véu do templo se rasgou de alto abaixo (Mat. 27:51). Este cerimonialismo que se referia ao sacrifício de Cristo, estava prefigurado não somente nos sacrifícios de animais realizados no templo diariamente, mas também na festas, como é o caso da Páscoa. Portanto entendemos que esta festa foi substituída pela cerimônia da Santa Ceia. Outras festas tinham tanto um sentido expiatório, como é o caso do Yon Kippur ( Dia da Expiação), quanto cívico ou mais voltado ao povo de Deus como nação. Quanto a isto irei discorrer no próximo tópico sobre a vigência do período de Israel como povo escolhido de Deus.

2) Israel, como nação, foi representante da verdade revelada por Deus, constituindo Seu povo  até o começo da era do Novo Testamento, ou seja, o ano  34 d.C. Segundo a profecia de Daniel no capítulo 9, havia um tempo determinado para que Israel cumprisse seu propósito. "Setenta semanas estão determinadas sobreo o teu povo ...(verso 24). Aplicando o principio de interpretação profética de cada dia valendo 1 ano (Ezeq.4:6; Num.14:34), entendemos que se trata de semanas de anos. Neste período de 490 anos, alguns fatos ocorreriam, entre os quais: a reconstrução de Jerusalém e do templo nas primeiras 7 semanas (49 anos), depois passados mais 62 semanas (434 anos) viria o Messias o ungido e no meio da última semana seria expiado os pecados pelo sacrifício de Jesus.  Sem querer entrar em muitos detalhes, basta dizer que esta profecia abrange o período que vai desde a ordem para reconstruir Jerusalém (457 a.C) - (Dan.9:25) até o fim  do período que Israel permaneceu como nação escolhida (34 d.C), passando este encargo a  ser exercido pela igreja cristã.

3)  Os que defendem a observância das festas judaicas, entre outros ritos cerimoniais da antiga aliança, geralmente também defendem a ideia da restauração de Israel como povo de Deus nos últimos dias. Usam como base certos textos encontrados no Antigo Testamento, como Ezequiel 37  e Jeremias 30; os quais entendemos que se referem à restauração pós-exilio babilônico ou a uma situação de prosperidade e bênçãos que era condicionada pela fidelidade e obediência do povo, que infelizmente não se cumpriu na nação de Israel. Israel só cumpriu parcialmente o propósito de Deus como nação escolhida e depositária da Palavra revelada. Israel falhou não somente pela desobediência e hipocrisia, mas sobretudo pela rejeição a Jesus como Filho de Deus e a seu sacrifício expiatório na cruz.

    O fato marcante que delimitou o fim do período de Israel como nação escolhida foi o apedrejamento de Estevão em 34 d.C. Ali começou o período em que a igreja cristã passou a ser o povo de Deus na Terra, ou seja,  Israel agora é  espiritual, não mais uma nação no sentido étnico, mas um povo que transpõe fronteiras, etnias e nacionalidades. Depois de um certo tempo pregando só aos judeus, os discípulos  passaram a pregar  o evangelho  a todas as nações, sendo destacado a orientação do Espírito Santo para isto, como é o caso da visão recebida por Pedro do lençol repleto de animais (Atos 10). O apóstolo Paulo comentando o fato da universalidade da igreja, escreveu o seguinte: "Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre, não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus" (Gálatas 3:28).

CONCLUÇÃO: Como vimos pelo que foi abordado até aqui, não há base bíblica para acharmos que devemos, na nova aliança, celebrar as festas judaicas. Aqueles que defendem esta observância, devem aceitar a vigência da nação de Israel como povo de Deus até os nossos dias, sendo assim deveriam concordar com a ideia dispensacionalista da reconstrução do templo de Jerusalém na atualidade e a volta dos sacrifícios neste lugar, o que ao meu ver, contraria totalmente a revelação dada por Deus na era do Novo Testamento.

Aguinaldo C. da Silva

terça-feira, 27 de junho de 2023

A Profecia do Fim

 


    Em Mateus 24, Jesus fala sobre alguns sinais que antecederiam sua volta, entre os quais: guerras e rumores de guerras, mas afirma que ainda não seria o fim. Outros sinais, tais como: fomes, pestes e terremotos em vários lugares, são citados por Jesus como "princípio das dores". Mas lembremo-nos que no início do capítulo os discípulos fazem a pergunta sobre qual sinal (singular) haveria da volta de Cristo. Então Jesus fala de alguns sinais que antecederiam o fim, mas ainda não seria o fim, no entanto no verso 14, Ele diz: "E este evangelho será pregado em todo mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim." Este fato é o sinal crucial para o retorno iminente de Jesus.

    Alguns podem dizer que ainda há muita gente que não foi evangelizada, boa parte das nações do oriente podem não ter ouvido falar de Jesus, pessoas que moram na China, Índia e Paquistão, sobretudo em países onde não há liberdade religiosa ou exista perseguição ao Cristianismo. Contudo temos que reconhecer um fato  na atualidade que é inédito na história e que contradiz esta narrativa. O fenômeno da globalização.

    O mundo hoje é uma aldeia global, não só no comércio, mas na comunicação e na interatividade em geral, vivemos quase em um território sem fronteiras. Sobretudo marcado pela rapidez e facilidade na transmissão de dados e informações, isto graças aos recursos tecnológicos. A instabilidade das bolsas de valores e a disseminação de vírus e doenças são  aspectos negativos desta globalização. Mas há outros aspectos que são positivos, como a disseminação do Evangelho. 

    A pregação da palavra de Deus não depende mais de livros e folhetos. Por um acesso via internet ou através de aplicativos de mensagens,  milhões de pessoas podem ser informadas de um fato quase instantaneamente. Sem falar nos recursos da inteligência artificial, robôs comunicadores, tradutores eletrônicos muito bons, com todas esta facilidade a  pregação da Palavra pode ser concluída em curto tempo.

    Penso que agora falta muito pouco tempo, pois se o Espírito Santo estimular aqueles que ainda não receberam a mensagem a acessarem por algum dos canais disponíveis, a pregação do evangelho pode ser concluída em algumas horas. É claro que devemos continuar fazendo a nossa parte, porque o dever de cada um de nós ir pregar foi dado pelo próprio Jesus. Ele quer que falemos e estimulemos as pessoas a se prepararem para a sua segunda vinda. Talvez um parente, familiar ou vizinho ainda não esteja bem informado da brevidade deste fato e temos a incumbência de alertá-los.

    O objetivo deste texto não é marcar datas, pois isto é uma coisa que Jesus não permitiu (Mat.24:36), mas alertar quanto à possível brevidade do Seu retorno  e ao mesmo tempo promover o entusiasmo em relação a este fato, pois  para alguns as possíveis dificuldades desta missão levam ao desânimo.  Mas o aspecto da globalização e da rapidez na disseminação das informações  mundo afora é um aspecto importante que marca a crucialidade dos dias em que estamos vivendo. Um sinal inconfundível de que estamos vivendo literalmente no tempo do fim!

Aguinaldo C. da Silva




domingo, 25 de junho de 2023

Mulher processa hospital por ter removido seus seios aos 13 anos

 


Uma mulher da Califórnia cujos seios foram removidos quando ela tinha 13 anos porque pensava que era transgênero agora está processando os médicos e o hospital que supervisionou o procedimento, alegando que eles estavam nisso pelo dinheiro. Kayla Lovdahl diz que foi forçada a “acalmar a crença errônea de que era transgênero”, aos 11 anos, depois de ser exposta a influenciadores online, de acordo com o processo que ela abriu no Tribunal Estadual da Califórnia contra os Hospitais da Fundação Kaiser e quatro médicos. “Eles basicamente entregaram a Kayla o bloco de receitas e permitiram que sua montanha-russa ingênua, emocional e infantil de sentimentos ditasse o chamado ‘tratamento’ que ela receberia”, de acordo com os documentos judiciais de 14 de junho.

Sem saber o que fazer quando a filha alegou ser um menino, seus pais procuraram ajuda de profissionais médicos que rapidamente confirmaram a ideia da menina de que ela era transgênero, disse Lovdahl. Aos 12 anos, ela tomava bloqueadores hormonais e testosterona sem uma avaliação psicológica adequada, afirma Lovdahl no processo legal. Lovdahl passou por uma única avaliação de transição de 75 minutos, ela alegou.

Seus problemas de saúde mental deveriam ter levantado bandeiras vermelhas para os médicos, disse Lovdahl, apontando para estudos médicos que, segundo ela, mostram que a saúde mental das meninas nem sempre melhora com a transição. “A grande maioria das crianças identificadas como transgênero, se medicadas no início da adolescência, corre o risco de se arrepender da decisão depois de ter idade suficiente para perceber suas perdas”, disse Lovdahl.

Lovdahl também acusou o hospital e os médicos de não fornecer a ela e a seus pais o “consentimento informado” adequado, o que incluiria terapia profunda, algo que ela disse nunca ter acontecido. Os procedimentos foram “uma forma insana de abuso infantil”, disseram os advogados de Lovdahl, que também usa o pseudônimo de Layla Jane, em um comunicado.

“Acreditamos que casos como esse são a melhor maneira de detê-los, especialmente em estados liberais como a Califórnia, onde ideólogos imprudentes estão promovendo essa agenda radical”, disse o advogado Charles Limandri.

Lovdahl, que está buscando uma indenização não especificada, afirma que os procedimentos a deixaram com “profundas feridas físicas e emocionais e arrependimentos severos”.

Fonte : Outraleitura

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Elevação do nível dos oceanos assusta cientistas da NASA

 

A NASA mostrou na sexta-feira (16) uma visualização que representa o aumento do nível dos oceanos na Terra nos últimos 2,5 mil anos. Exibidas em forma de animação, as imagens se baseiam em dados reais de marégrafos (instrumentos de medição do nível do mar) e também de altimetria dos satélites TOPEX/Poseidon, Jason-1, OSTM/Jason-2, Jason-3 e Sentinel-6 Michael Freilich.

Produzida pelo conhecido Estúdio de Visualização Científica da NASA (SVS), a animação simula o aumento do nível das águas a partir da perspectiva da escotilha de um barco. Os registros vão de 1993, data em que os satélites começaram a fazer esses registros, até fevereiro de 2022.

A descrição do vídeo diz que, “quando reproduzido em uma tela 4K de 85 polegadas, as marcações de medição no vídeo são precisas para o mundo real”. Embora o aumento possa parecer tímido — 9,85 centímetros — quando se considera o volume de água envolvido, temos uma elevação “sem precedentes nos últimos 2.500 anos ou mais”, diz a NASA.

Quais os impactos do aumento do nível dos oceanos na Terra?

Impulsionada pelas mudanças climáticas causadas pelo homem, a expansão do nível das águas dos oceanos do planeta tem pelo menos duas causas imediata. A primeira é a absorção do calor pelas águas e a segunda é o derretimento das geleiras na Groenlândia e da Antártica que, liquefeitas em um ritmo acelerado, impulsionam o enchimento dos mares.

O impacto dessas mudanças pode ser devastador. Não apenas regiões costeiras e áreas mais baixas serão afetadas, mas a elevação dos níveis do mar também poderá resultar em tempestades e inundações em áreas do interior dos países. As consequências nos assentamentos humanos vão de deslocamento de pessoas a danos na infraestrutura e na atividade econômica de atividades como turismo, pesca e navegação.

Alguns desses impactos já estão ocorrendo:

  • Inundações: em 2012, agravada pelo aumento do nível do mar, a passagem do furacão Sandy causou inundações generalizadas em Nova York, que resultaram no deslocamento de milhares de pessoas e prejuízos de bilhões de dólares;
  • Erosão: a cidade de Miami Beach, nos EUA, já perdeu cerca de três metros de praia desde a década de 1950, área que poderá dobrar até 2050;
  • Intrusão de água salgada: o problema, que afeta os aquíferos, já atingiu alguns países como Bangladesh, e regiões dos EUA, como Flórida e Califórnia;
  • Perda de biodiversidade: o problema está ocorrendo principalmente nos recifes de coral, um dos ecossistemas mais importantes da Terra, responsável por produzir uma quantidade significativa de oxigênio do planeta.
Fonte: msn.com

NOTA. Para alguns, a agenda ambiental é um pretexto para a implementação de engenharia social.  Pode ser que em algum momento isto ocorra, mas não podemos deixar de considerar que os problemas ambientais sejam de fato reais.  A questão ambiental é mais uma crise que pressiona os governos e instituições internacionais, além das questões políticas e econômicas. Com certeza, esta é a mais grave e preocupante problemática. Jesus profetizou esta questão  como uma causa de terror e medo para alguns no tempo do fim (Lucas 21.25). Tudo indica que as metas e acordos assinados não serão cumpridos e os objetivos não serão alcançados, no sentido de reverter o processo de degradação ambiental. As mudanças climáticas indicam que este processo será mais rápido que as previsões mostram, cumprindo assim a previsão de que os eventos finais serão rápidos, o que causará surpresa a muitos. Diante deste fatos, cabe aos cristãos cumprir seu  papel sendo o sal da terra e luz do mundo. Não somente estar preparado para a segunda vinda de Jesus, mas ajudar outros a se prepararem para este grande encontro.


segunda-feira, 19 de junho de 2023

As profecias no tempo do fim, assustam ou revigoram?

 


       As vezes ouço comentários acerca dos dias finais da história deste mundo e de como será difícil suportar todas as circunstâncias que  se apresentarão nesta ocasião. Sinceramente este assunto realmente traz uma certa preocupação a todo cristão que estuda a Bíblia e conhece as profecias acerca do tempo do fim. Mas por outro lado, há um certo estímulo ao se perceber que as coisas estão ocorrendo conforme o script  profético da Bíblia, ou seja, conforme previram as profecias escatológicas.

      Se as coisas estão ocorrendo conforme a revelação, é porque a Bíblia é verdadeira e os que nela creem não estão perdendo tempo, mas estão num caminho seguro. Esta inferência serve de alento constantemente para o crente, um reforço a nossa fé e zelo pelas coisas espirituais. No início da igreja cristã o fervor era intenso, com certeza o apego à palavra da Escritura e os fatos que mostravam seu cumprimento naqueles dias foi determinante nesta experiência. Jesus predisse sua morte e ressurreição e isto aconteceu, Jesus instruiu quanto ao revestimento de poder pela atuação do Espírito Santo e isto ocorreu no Pentecostes (Atos 2). Jesus previu quanto às provas e perseguições e isto aconteceu cabalmente. Jesus falou quanto a destruição de Jerusalém e do templo e isto também ocorreu com exatidão no ano 70 d.C.

    O sentimento que pairava nos corações dos primeiros discípulos era de que deviam ser fieis, pois não havia porque duvidar, tudo confirmava as palavras de Jesus e sua palavra se cumpria à risca. No momento final da história deste mundo ou nos dias que antecedem este momento, a experiência é semelhante a dos primeiros cristãos, que viram grandes eventos e experimentaram muitas bênçãos de Deus. Se vemos hoje terremotos, fomes e pestes serem um indicativo da breve volta de Jesus (Mateus 24), outros eventos mais específicos  confirmam ainda mais que Apocalipse 13 está para se cumprir em nossos dias  e que já não falta muito para a consumação dos séculos.

    Com certeza as agruras que os cristãos hão de passar são assustadoras. Deixar de comprar ou vender designa uma perda de direitos civis fundamentais à subsistência, principalmente se tratando de uma sociedade capitalista, com alto grau de controle do Estado e numa complexa conjuntura econômica e  financeira. Mais do que isto a percepção de que pode faltar o sustento básico material, como água, comida e abrigo, mexe com os instintos básicos e o senso de autopreservação.  Diante deste quadro só aqueles que estiverem com a fé avivada poderão permanecer firmes. A percepção de que estão correndo por dentro na jornada espiritual será o grande alento.

    Quando estudo as profecias de Daniel e Apocalipse e percebo nos fatos que estão ocorrendo na atualidade o desenrolar profético e o cumprimento dos eventos finais, sinto-me fortalecido e revigorado. Sinto na realidade o impulso de aprofundar ainda mais minha relação com Deus, buscar o aperfeiçoamento ou santificação que ainda não vivenciei. Olhar para trás, no sentido de se render ao desânimo, acomodar-se diante dos prazeres e distrações da vida parece não ser uma boa opção.

    Como um atleta que percebe a aproximação da linha de chegada e parte para o sprint final, assim deveria ser o cristão que está vivendo no tempo atual. Olhar para trás como fez a mulher de Ló, é rumar para a derrota. O apóstolo Paulo mesmo sabendo que seus dias estavam chegando ao fim, era reanimado pela certeza de que havia combatido o bom combate e guardado a fé (II Tim. 4:7-8). Ele olhava para trás no bom sentido, ou seja, em ver que sua trajetória, mesmo marcada por lutas e privações, era vitoriosa. 

    Este sentimento deve estar, em alguma medida, no coração dos filhos de Deus nesta época. A sensação de que mesmo não sendo perfeito, tenho um vínculo com Deus que me torna alcançado por sua graça. Que apesar dos fracassos e lutas, estou rendido ao Espírito Santo a ponto de desprezar os ídolos e a meu próprio egoísmo.  Isto não deve ser apenas uma sensação, mas uma convicção nutrida pela fé.

    Não temos a revelação da data da volta do Senhor Jesus, portanto não temos a convicção plena de que Ele virá em nossa época, mas a cada dia vemos fatos grandiosos que estão mudando o curso da história se desencadearem diante de nós. Estamos acompanhando uma guerra que mudará a configuração da geopolítica mundial. Possivelmente decorrerão outros acontecimentos em rápida sucessão que culminarão com os eventos finais. Não sabemos isto com exatidão, mas uma coisa é certa: tudo isto deve nos empurrar para cima , no sentido de aumentar a nossa fé e o desejo de se encontrar com o Autor da história.

"Porque a visão é ainda para o tempo determinado, mas se apressa para o fim, e não enganará; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará." Habacuque 2:3.


Aguinaldo C. da Silva