segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Rei Charles e papa Leão XIV em encontro histórico no Vaticano

 


Na última quinta-feira, dia 23/10 o rei  Charles III visitou o  Vaticano e rezou com o Papa Leão XIV. Esta visita está carregada de significado histórico e demonstra, não apenas por si, mas como parte de uma sequência de aproximações e reconciliações entre a Sé de Roma e poderes cristãos ou religiosos outrora  distanciados, que o processo de cura da “ferida de morte” da besta (Apocalipse 13:3-5) está em franco processo de consolidação.

O Concílio Vaticano II (1962-1965) iniciou uma era de abertura. Papas subsequentes, especialmente João Paulo II e Francisco, aprofundaram relações com outras igrejas cristãs (ortodoxas e protestantes) e com o Islã. A histórica visita de João Paulo II à Grécia Ortodoxa (2001) e à Síria Muçulmana, seus encontros inter-religiosos em Assis, e as declarações conjuntas do Papa Francisco com o Grande Imame de Al-Azhar são exemplos de como o papado se reposicionou como uma "voz moral global" e um líder espiritual de facto para uma ampla gama de crentes.

O Discurso do Papa Francisco no Congresso dos EUA (2015), também foi um momento inédito, em que um pontífice romano discursou em uma sessão conjunta do Congresso da principal nação protestante e secular. Francisco falou sobre mudanças climáticas, pobreza, imigração e família, projetando a autoridade moral do papado diretamente no coração do poder político mundial.

A Visita de Charles III: A imagem do monarca britânico, o Governador Supremo da Igreja da Inglaterra – uma igreja nascida justamente da ruptura de Henrique VIII com Roma – rezando com o Papa no epicentro do catolicismo, depois de  500 anos, simboliza uma reconciliação histórica e uma diminuição drástica das barreiras teológicas e políticas que definiram a Reforma Protestante.

Assim, a visita de Charles III ao Vaticano é mais do que protocolo — ela representa um grau de avanço real nessa “cura simbólica”. Não estamos apenas diante de um gesto pontual, mas de uma série de gestos que, juntos, mostram que a divisão está sendo enfrentada. Vemos um claro avanço no cumprimento profético dos eventos narrados em Apocalipse 13.



sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Quando as pedras falam

 


De tempos em tempos, escavações no Oriente Médio trazem à tona algo que faz o mundo todo parar e olhar de novo para as páginas da Bíblia. Foi o caso recente de uma inscrição encontrada em Israel que deixou arqueólogos “maravilhados” — um artefato que parece confirmar, mais uma vez, a ligação direta entre os relatos bíblicos e a história real do antigo povo de Israel. O achado se trata de uma bula de barro (selo) do período do Primeiro Templo, com o nome “Yedayah filho de Asayahu”, encontrada no solo do Monte do Templo. O nome que aparece no artefato aparece em registros bíblicos, sugerindo que a pessoa pode ter pertencido à administração do reino de Judá – embora não se possa afirmar com certeza que é a mesma figura mencionada nas Escrituras. Saiba mais <aqui> e <aqui>. Para quem crê, é como se as pedras começassem a falar, lembrando que a fé não se apoia  em mitos ou lendas, mas  em fatos concretos da história humana.

Nos últimos anos, várias descobertas têm reforçado essa ponte entre a Bíblia e a arqueologia. Um dos exemplos mais conhecidos é a estela de Tel Dan, uma pedra inscrita há quase 3 mil anos que menciona a “Casa de Davi”. Até sua descoberta, muitos estudiosos duvidavam da existência do rei Davi fora das Escrituras. Mas ali estava seu nome, gravado em aramaico, testemunhando que aquela dinastia realmente existiu.

Outro achado notável é a chamada “Pedra de Pilatos”, descoberta em Cesareia Marítima, no litoral de Israel. Ela confirma a existência de Pôncio Pilatos, o governador romano que julgou Jesus, exatamente como descrevem os Evangelhos. De forma semelhante, o Túnel de Ezequias, escavado sob Jerusalém, e a inscrição encontrada em seu interior revelam as obras hidráulicas do rei mencionado nos livros de Reis e Crônicas. São fragmentos do passado que coincidem, ponto por ponto, com o texto bíblico.

Os Manuscritos do Mar Morto, descobertos em meados do século XX e continuamente estudados, talvez sejam a maior de todas essas confirmações. Datando de mais de dois mil anos, eles contêm porções quase completas dos livros do Antigo Testamento. O mais impressionante é a fidelidade com que esses textos foram preservados: ao comparar os manuscritos antigos com as Bíblias modernas, as diferenças são mínimas. Isso mostra que, ao longo dos séculos, a mensagem essencial foi cuidadosamente transmitida, reforçando a confiança na integridade do texto sagrado.

Essas descobertas não apenas enriquecem a história — elas alimentam a fé. Em uma era dominada pelo ceticismo e pelo secularismo, em que muitos veem a Bíblia apenas como literatura simbólica, a arqueologia lembra que a fé cristã está enraizada em fatos reais, em pessoas e lugares que realmente existiram. Cada inscrição, cada fragmento de cerâmica, cada selo antigo é como um sussurro do passado dizendo: “o que está escrito aqui aconteceu de verdade”.

Isso não significa que a fé precise de provas para existir — a essência da fé é confiar mesmo sem ver. Mas, quando as escavações revelam elementos que confirmam o que a Bíblia já dizia há milênios, o coração do crente se enche de gratidão. A arqueologia não cria a fé, mas a fortalece; não substitui a Palavra, mas testemunha em favor dela.

Em tempos em que muitos duvidam da relevância da Bíblia, as pedras continuam a surgir do pó da terra, silenciosas, porém eloquentes, reafirmando que o Livro Sagrado resiste ao tempo e às críticas — não apenas como texto espiritual, mas também como documento histórico.

No fim das contas, essas descobertas nos convidam a olhar para as Escrituras com novo respeito. Elas nos lembram que o Deus que agiu na história continua agindo hoje — e que a verdade, cedo ou tarde, sempre vem à luz, até mesmo debaixo da terra.


quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Quando Teremos Paz?




Vivemos dias em que as palavras de Jesus, registradas em Mateus 24, soam mais atuais do que nunca: “Ouvireis de guerras e de rumores de guerras”. O cenário mundial parece refletir fielmente esse aviso profético. Em cada canto do planeta, os conflitos se multiplicam, e o temor de uma grande guerra global paira no ar. As nações, antes guiadas por tratados e instituições internacionais criadas no pós-guerra, como os acordos de Bretton Woods e demais organismos destinados a manter a estabilidade e a cooperação, agora voltam a agir sob a lógica dos antigos impérios: a lei do mais forte.

O que antes se tentava conter pela diplomacia e pelo diálogo, hoje é decidido pela força, pela pressão econômica e, em muitos casos, pela ameaça do uso de armas de destruição em massa. A humanidade vive sob a sombra de arsenais nucleares capazes de extinguir a vida no planeta várias vezes. O mundo tornou-se um lugar perigoso, instável e, sobretudo, inseguro.

A causa de tudo isso não está apenas nas estruturas políticas ou nos interesses econômicos, mas no coração humano. O apóstolo Paulo, em sua carta a Timóteo, já havia descrito o comportamento dos homens nos últimos dias: “Porque os homens serão amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem” (II Timóteo 3:2-3). Essa descrição é o retrato exato do nosso tempo — um tempo em que o egoísmo, a prepotência e a ambição se tornaram as forças motrizes da política e da economia global.

O ser humano, tomado por sua busca desenfreada por poder e domínio, age de forma impensada e irresponsável, colocando em risco não apenas o presente, mas o futuro de toda a espécie. A paz, tão sonhada e proclamada em discursos e tratados, permanece uma ilusão distante.

Mas há esperança. A verdadeira paz não virá de alianças frágeis, nem de arranjos políticos temporários. Ela só será possível com a vinda do Reino do nosso Senhor Jesus Cristo — um Reino de justiça, amor e verdade. Somente Ele poderá transformar o coração humano, raiz de toda discórdia e violência. A paz que o mundo busca externamente só poderá existir quando houver uma transformação interior, quando cada coração for renovado pela graça divina.

Assim, enquanto o mundo se agita em meio a guerras e incertezas, os que confiam em Cristo aguardam com fé e esperança o cumprimento da promessa: o advento do Príncipe da Paz, cuja presença trará o fim de toda dor, conflito e injustiça. Só então a tão sonhada paz será, finalmente, uma realidade eterna.


quarta-feira, 22 de outubro de 2025

22 de outubro de 1844 - uma data significativa!

 


Para muitos, o dia 22 de outubro de 1844 é lembrado apenas como o grande desapontamento do movimento adventista, quando Jesus não voltou conforme se esperava. No entanto, essa data possui profundo significado profético e teológico.

Primeiramente, ela marca uma nova compreensão da obra de Cristo no santuário celestial. A partir do estudo das profecias bíblicas, especialmente do livro de Daniel, os adventistas reconheceram que naquele momento Jesus iniciava a fase final de Seu ministério como Sumo Sacerdote diante de Deus — a obra de julgamento pré-advento.

Além disso, essa experiência está diretamente ligada à profecia de Apocalipse 10. Ali se descreve um movimento cujo “livrinho” é doce na boca, mas torna-se amargo no estômago — uma clara referência à expectativa jubilosa da volta de Cristo seguida pela amarga decepção. Ainda assim, do desapontamento nasceu uma nova missão: a proclamação das mensagens dos três anjos de Apocalipse 14, anunciando adoração verdadeira, juízo iminente e o chamado para sair da Babilônia espiritual — o conjunto de sistemas religiosos corrompidos por doutrinas falsas.

Esse despertar profético ocorre exatamente após o período dos 1260 anos (538 d.C. – 1798 d.C.), mencionado tanto em Daniel quanto em Apocalipse. A partir daí cumpre-se também a profecia de Daniel 12:4: “o saber se multiplicará”, não apenas em termos científicos e culturais, mas sobretudo no entendimento das verdades escatológicas.

Interessante notar que, nesse mesmo período da história mundial, surgem movimentos e ideologias contrárias ao plano divino:
• Charles Darwin publica A Origem das Espécies, promovendo uma visão naturalista da existência;
• O espiritismo moderno nasce com os fenômenos ocorridos na casa das irmãs Fox, nos EUA;
• Ideias marxistas começam a ganhar forma com os escritos de Karl Marx;
• Mais tarde, nos EUA, o movimento carismático da Rua Azusa desponta, contribuindo para confusões espirituais antes do verdadeiro reavivamento bíblico esperado.

Seria tudo isso coincidência? A profecia indica que não. Esses acontecimentos refletem a intensificação do grande conflito espiritual exatamente no período em que Deus levanta um povo remanescente (Apocalipse 12:17) para anunciar Sua verdade com poder ao mundo.

Por isso, 22 de outubro de 1844 não deve ser visto apenas como um fracasso histórico. Essa data marca o início de um novo capítulo profético para a igreja: o tempo do fim — o tempo final antes da segunda vinda de Jesus Cristo. Estamos hoje vivendo aproximadamente duzentos anos dentro desse período decisivo, em que a mensagem de Deus deve alcançar toda nação, tribo, língua e povo.

Assim, a relevância de 1844 permanece viva e merece nossa profunda consideração.

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terça-feira, 21 de outubro de 2025

A evolução do diálogo entre fé ciência

 


Ao longo dos séculos, a ciência tentou afastar Deus de suas equações. Mas as descobertas sobre a origem do universo, o ajuste fino da natureza e a complexidade do DNA reacenderam o debate sobre a existência de um Criador. Entenda como ciência e fé voltaram a se cruzar.

Palavras-chave sugeridas:
Deus e ciência, existência de Deus, Big Bang e fé, ajuste fino do universo, DNA e criação, Francis Collins, Georges Lemaître, origem do universo, filosofia da ciência, design inteligente


O começo de um desencontro

Durante a Revolução Científica, entre os séculos XVII e XVIII, o mundo ocidental viveu um entusiasmo sem precedentes com o poder da razão. A natureza, antes vista como obra misteriosa de Deus, passou a ser estudada como um sistema regido por leis matemáticas e previsíveis.

Isaac Newton, profundamente crente, via o universo como um grande mecanismo criado e mantido por Deus. Mas com o passar do tempo, a ideia de uma intervenção divina constante foi sendo descartada. O físico Pierre-Simon Laplace, ao apresentar sua teoria sobre o cosmos a Napoleão, respondeu com ironia:

“Senhor, não tive necessidade dessa hipótese.”

A frase simbolizou o auge do racionalismo: um universo autossuficiente, sem necessidade de um Criador. Contudo, o século XX viria a reabrir essa questão de forma surpreendente — não por meio da religião, mas pela própria ciência.


O Big Bang e o retorno da pergunta sobre a origem

No início do século XX, a cosmologia moderna virou de cabeça para baixo a ideia de um universo eterno. O padre e físico Georges Lemaître propôs que o cosmos teve origem a partir de um “átomo primordial” — teoria que seria confirmada por observações astronômicas e ficaria conhecida como o Big Bang.

O astrônomo Fred Hoyle, crítico da ideia, admitiu desconforto: “A noção de que o universo teve um início tem implicações metafísicas incômodas.

Mesmo o célebre Stephen Hawking reconheceu, em Uma Breve História do Tempo:

“Se o universo teve um começo, poderíamos supor que ele teve um Criador.”

E mais tarde, em outra reflexão, confessou:

“A questão sobre o que respirou fogo nas equações e criou o universo permanece um mistério.”

Assim, a cosmologia — que muitos acreditavam ter banido Deus — acabou devolvendo a velha pergunta filosófica: por que há algo em vez de nada?


O ajuste fino do universo: coincidência ou intenção?

Com o avanço da física teórica, cientistas perceberam algo ainda mais intrigante: as leis da natureza parecem ajustadas com precisão extraordinária para permitir a existência da vida. Pequenas variações em constantes fundamentais — como a gravidade ou a carga do elétron — tornariam o cosmos estéril.

O físico Paul Davies, em A Mente de Deus, afirmou:

“Parece que alguém ajustou as leis da física — não só para que o universo seja habitável, mas para que seja compreensível.”

O astrônomo Martin Rees reforçou essa percepção:

“As seis constantes fundamentais do universo estão calibradas com uma precisão inimaginável para permitir o surgimento de vida.”

Para o geneticista Francis Collins, ex-diretor do Projeto Genoma Humano, isso não é coincidência:

“Quanto mais estudo a ciência, mais acredito em Deus. A ciência é o meio pelo qual Ele revela Sua criação.”

Mesmo cientistas céticos, como o físico Sean Carroll, admitem que a precisão das condições iniciais “é um fato notável que precisa ser explicado”. A diferença está em como interpretamos esse fato: acaso ou intenção.


O DNA: a assinatura da vida

Se o cosmos já é surpreendente, a vida é um prodígio ainda maior. A descoberta da dupla hélice do DNA revelou uma estrutura de complexidade e elegância impressionantes. Cada célula contém bilhões de instruções genéticas organizadas como um software biológico.

O próprio Francis Crick, um dos descobridores do DNA, confessou:

“A origem da vida parece quase um milagre, tantas são as condições necessárias para que ela surja.”

Francis Collins descreveu o DNA como “a linguagem de Deus”, e mesmo o biólogo ateu Richard Dawkins reconheceu que “os seres vivos carregam a aparência de terem sido projetados com um propósito” — embora atribua isso à seleção natural.

A biologia moderna, ao revelar a dimensão informacional da vida, trouxe de volta uma pergunta que ecoa para além dos laboratórios: a informação pode existir sem um informante?


O reencontro entre fé e razão

Curiosamente, a ciência parece ter completado um ciclo. Depois de tentar eliminar Deus de suas explicações, hoje volta a reconhecer que talvez o mistério seja uma parte essencial da realidade.

Albert Einstein expressou isso de modo magistral:

“A coisa mais incompreensível sobre o universo é que ele é compreensível.”

Para Einstein, essa ordem profunda do cosmos indicava “a presença de algo maior — um espírito superior, mas não pessoal, que se revela na harmonia do mundo”.

O físico e teólogo John Polkinghorne, de Cambridge, resumiu a questão com equilíbrio:

“A ciência nos diz como o mundo funciona; a fé nos diz por que ele existe.”

E o Nobel Charles Townes, inventor do laser, afirmou:

“A ciência e a religião não são inimigas. São duas maneiras de tentar compreender o mesmo mistério.”


Conclusão

Ao contrário do que se imaginava, o progresso científico não destruiu a fé — apenas a transformou. O Deus das lacunas, invocado para explicar o que não se sabia, deu lugar ao Deus da ordem, percebido justamente no que a ciência revela de mais fascinante.

O Big Bang mostra um universo que começou; o ajuste fino sugere um cosmos que acolhe a vida; o DNA revela uma linguagem sofisticada que sustenta a existência. Nenhum desses fatos prova Deus — mas todos eles apontam para algo que transcende o acaso.

Talvez, como dizia o filósofo britânico Antony Flew — ateu durante a maior parte da vida e convertido no final —, “a descoberta de uma mente por trás do universo é a conclusão mais racional à qual cheguei, observando as evidências.”

Uma analise ampla e profunda torna a relação entre fé e ciência  não somente aceita mas também necessária. Complementares entre si, pois enquanto a ciência logra êxito em demonstrar a complexidade das estruturas e sua funcionalidade a fé consegue apontar para uma origem plausível dentro da lógica e da racionalidade. 

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Como o conhecimento de Deus transforma o caráter

 


Jó certa vez declarou: “Com os ouvidos eu ouvira falar de ti; mas agora te veem os meus olhos” (Jó 42:5). Essas palavras revelam uma profunda verdade espiritual: o conhecimento de Deus que realmente transforma não é o meramente intelectual, acadêmico ou teológico, mas aquele que nasce da experiência pessoal, do encontro vivo com o Criador.

Quando Jó contemplou a grandeza de Deus — tanto nas obras da criação quanto nas manifestações do Seu amor — sua visão de si mesmo e do mundo foi completamente modificada. A percepção da magnificência divina, seja na imensidão do universo (Salmo 8:3-6), seja nas perguntas que Deus lhe fez para mostrar os limites do saber humano, despertou nele humildade, reverência e confiança. Essa visão espiritual é mais do que admirar a natureza; é reconhecer, em cada detalhe, o reflexo do caráter de um Deus sábio, poderoso e amoroso.

Contemplar a grandeza de Deus também nos leva a considerar a profundidade do Seu amor. Quando meditamos em verdades como “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito” (João 3:16), somos tomados por um sentimento que mistura assombro e gratidão. Esse amor infinito nos constrange e nos eleva. Ele dissolve o orgulho, cura a sensação de insignificância e desperta em nós a dignidade de quem sabe que pertence à família de Deus: “Amados, agora somos filhos de Deus” (1 João 3:2).

O verdadeiro conhecimento de Deus transforma o caráter porque muda o centro da vida. Aquele que conhece a Deus deixa de buscar valor no reconhecimento humano, pois encontra seu valor em ser parte do Reino de um Deus tão vasto e glorioso. As dificuldades, as injustiças e a falta de aprovação social perdem o poder de abater quem tem consciência de que é filho do Criador do Universo.

Conhecer a Deus, portanto, não é acumular informações sobre Ele, mas viver em comunhão com Sua presença, sentir-se envolvido por Sua sabedoria e amor, e permitir que essa consciência guie cada decisão. É ter fé suficiente para ajustar o rumo da própria vida à Sua vontade. Por isso, Jesus afirmou: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).

Assim, o conhecimento de Deus não apenas ilumina a mente, mas transforma o coração. Ele nos faz humildes, confiantes, pacíficos e amorosos — reflexos vivos do caráter daquele que nos criou e nos chama para andar em Sua luz.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Liderança Pró-Ativa: Um Chamado para Fazer a Diferença

 


Liderar não é apenas ocupar um cargo, ter autoridade formal ou exercer poder sobre outros. Liderança verdadeira começa dentro de casa, dentro de si mesmo, na maneira como se escolhe viver e influenciar os que estão ao redor. Cada pessoa, independentemente de títulos ou posições, é chamada a exercer algum tipo de liderança — seja como pai ou mãe, irmão, amigo, cidadão ou servo de Cristo.

A liderança pró-ativa é mais do que reagir às circunstâncias; é agir com discernimento e propósito. Ela é sensível às necessidades alheias e atenta ao contexto em que está inserida. O líder pró-ativo observa antes de agir, discerne antes de decidir e se antecipa aos desafios antes que eles se tornem crises. Não é alguém que apenas mantém o “status quo”, mas que busca constantemente crescer, inovar e inspirar outros a fazerem o mesmo.

Esse tipo de liderança é servidora — e o maior exemplo disso é Jesus Cristo, que, embora fosse o Senhor de tudo, escolheu servir. Ele lavou os pés de Seus discípulos, curou os enfermos, acolheu os marginalizados e, por amor, deu Sua vida. Ele mostrou que a verdadeira grandeza está em servir. Como Ele mesmo disse:

“O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mateus 20:28)

Ellen G. White, uma autora cristã de profunda sabedoria, escreveu:

“A verdadeira grandeza não consiste em ser senhor, mas em ser servo fiel de Deus.” (Educação, p. 57).

Ser um líder pró-ativo é ter uma visão — saber onde quer chegar e inspirar outros a caminharem nessa direção. É não se conformar com o “mais do mesmo”, mas buscar diariamente um diferencial que reflita o caráter de Cristo. É ser previdente, discernindo os tempos e conduzindo com sabedoria os que estão sob sua influência.

O mundo precisa desesperadamente de pessoas assim — líderes de esperança, de caráter, de fé. Não daqueles que apenas “veem a banda passar”, mas daqueles que marcham com propósito, deixando pegadas que inspirem outros a seguirem o mesmo caminho.

Portanto, seja você esse líder.
Lidere sua casa com amor, sua fé com coragem, sua comunidade com exemplo. Não espere um título para exercer influência. Que sua vida seja uma mensagem viva de esperança e transformação — uma marca deixada não nas pedras, mas nos corações.

“O maior desejo do mundo é o de homens — homens que não se comprem nem se vendam, homens sinceros e honestos, que não temam chamar o pecado pelo nome exato, homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola ao polo.”
Ellen G. White, Educação, p. 57

Nestes últimos dias em que estamos vivendo  o mundo, a comunidade e a igreja precisam de bons líderes. Comece hoje sendo alguém que contribui, ajuda, agrega, traga ou ofereça algum beneficio, mesmo que seja algo considerado pequeno como uma palavra de ânimo, um ar de simpatia ou atitude que  gere esperança. Com certeza fará alguma diferença.