terça-feira, 13 de maio de 2025

Por que Jesus não é fruto do imaginário humano?

 


C. S. Lewis, ao refletir sobre a figura de Jesus Cristo, argumentou que Ele não nos deixou a opção de considerá-lo apenas um grande mestre moral. Suas afirmações sobre Si mesmo — como sendo o Filho de Deus, o Caminho, a Verdade e a Vida — são radicais demais para serem atribuídas a um mero homem sábio. Lewis conclui que, diante de tais declarações, só existem três possibilidades: ou Jesus era um lunático, ou um mentiroso, ou de fato era quem dizia ser — o próprio Deus encarnado.

Essa linha de raciocínio leva naturalmente à pergunta: poderia Jesus ter sido apenas uma invenção? Um personagem ficcional criado por seus seguidores? A resposta, à luz da história, do contexto e da transformação vivida por seus discípulos, aponta fortemente na direção contrária.

Jesus é singular em inúmeros aspectos. Sua personalidade une qualidades geralmente consideradas opostas: autoridade e humildade, firmeza e compaixão, justiça e misericórdia. Ele falava com a certeza de alguém que conhecia Deus intimamente, e ao mesmo tempo se aproximava dos marginalizados com uma ternura rara. Ensinava com uma sabedoria que desafiava os mais instruídos, mas com palavras acessíveis aos simples.

Além disso, os relatos de sua vida não seguem o padrão típico da mitologia ou da ficção antiga. Os Evangelhos apresentam um retrato sóbrio e realista, onde os heróis são falhos (inclusive os apóstolos), e onde Jesus, apesar de seus milagres, é rejeitado, traído e crucificado. Inventar um “Messias crucificado” em uma cultura onde isso era sinônimo de fracasso seria impensável se não houvesse algo extraordinário por trás dos fatos.

A maior evidência da autenticidade de Jesus está, talvez, na transformação radical dos seus discípulos. Homens simples, medrosos e dispersos diante da morte de seu mestre tornaram-se proclamadores destemidos de sua ressurreição. Todos, exceto um, sofreram perseguições severas e a morte violenta sem nunca negarem sua fé. Isso é difícil de explicar se tudo se tratasse de uma farsa. Quem morreria por algo que sabia ser mentira?

Mais ainda, a mensagem de Jesus rompe barreiras culturais, éticas e espirituais de maneira única. Ele não apenas falou de amor ao próximo, mas o encarnou em sua vida, atraindo até hoje bilhões de pessoas com sua proposta de redenção e reconciliação com Deus. Nenhuma ficção resiste com tanto poder transformador por tanto tempo.

Portanto, ao observarmos a profundidade de seus ensinamentos, a coerência de sua vida, a reação de seus seguidores, e o impacto contínuo de sua mensagem, fica claro que Jesus não poderia ter sido apenas uma criação literária ou uma lenda tardia. Ele é, de fato, uma figura singular — não apenas por aquilo que disse, mas por aquilo que viveu e inspirou nos que o seguiram.

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