Vivemos em uma época marcada por incertezas, guerras, catástrofes naturais, crises econômicas e um crescente sentimento de ansiedade coletiva. A sensação de insegurança parece permear todos os âmbitos da vida: da política à vida pessoal, das relações sociais ao ambiente interior de cada ser humano. Nesse cenário de instabilidade, a busca por paz se torna urgente e profunda. Mas é possível experimentar verdadeira paz em um mundo em conflito?
Jesus respondeu a essa questão há dois mil anos com palavras que ainda ecoam com força e relevância. Em João 16:33, Ele afirmou:
“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo: eu venci o mundo.”
E em João 14:27, Ele prometeu:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”
Essas palavras de Jesus não ignoram a realidade do sofrimento — pelo contrário, Ele reconhece que o mundo é um lugar de aflições. Mas ao mesmo tempo, aponta para uma paz que transcende as circunstâncias externas: uma paz que nasce da comunhão com Ele.
Uma utopia ou uma realidade?
Para muitos, a proposta de Jesus pode parecer utópica. Em meio a tanto sofrimento real, como aceitar que seja possível experimentar paz? Seria isso apenas um consolo psicológico para suportar a dor inevitável? A resposta está no próprio testemunho dos que seguiram — e ainda seguem — a Cristo.
Os discípulos, que ouviram essas palavras diretamente de Jesus, enfrentaram prisões, perseguições e martírios. Ainda assim, escreveram sobre a “paz que excede todo entendimento” (Filipenses 4:7), sobre o “gozo indizível” mesmo em meio às tribulações (1 Pedro 1:8). O que havia de tão real neles que os capacitava a viver com coragem, esperança e serenidade mesmo em tempos sombrios?
A resposta não está em uma técnica psicológica ou em um isolamento da realidade, mas na presença viva de Cristo em seus corações. A paz de Jesus não é a ausência de problemas, mas a presença de Deus. Ela não é superficial, mas nasce do perdão, da reconciliação, da esperança da vida eterna e da certeza de que Deus está no controle, mesmo quando tudo parece caótico.
Como experimentar essa paz hoje?
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Confiar em Cristo — A paz começa quando deixamos de tentar controlar tudo e colocamos nossa confiança em Jesus. Isso implica crer que Ele venceu o mundo e que, apesar das circunstâncias, sua vitória se estende a nós.
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Meditar em suas promessas — Em vez de alimentar a mente com medo e desespero, podemos escolher nos alimentar da Palavra de Deus, onde encontramos promessas de cuidado, direção e vida abundante.
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Viver em comunhão com Deus — A oração, a adoração e o relacionamento diário com Deus transformam o coração. É nesse lugar secreto com Deus que a alma encontra descanso.
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Agir com esperança — A paz cristã não é passiva. Ela nos move a ser instrumentos de paz no mundo — ajudando, acolhendo, servindo. Mesmo em um mundo em conflito, podemos ser canais da paz de Cristo.
Uma paz que permanece
A proposta de Jesus não é uma utopia. É uma promessa real, experimentada ao longo dos séculos por homens e mulheres que, mesmo em tempos de guerra, perseguição, perdas e dor, permaneceram firmes, confiantes e serenos. A paz que Ele dá não depende de um mundo em ordem, mas de um coração que confia n’Ele.
Em tempos de colapso emocional e crises existenciais, essa paz se torna não apenas desejável, mas essencial. E ela continua disponível a todos que se voltam a Jesus — o Príncipe da Paz — e decidem viver com Ele, apesar do caos ao redor.
"No mundo, tereis aflições... mas tende bom ânimo." Essa não é uma promessa de ausência de dor, mas de presença divina. E onde Deus está, a paz reina — mesmo em meio à tempestade.
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