quinta-feira, 6 de março de 2025

A Falsa Paz e os Rumores de Guerra: Um Sinal dos Últimos Tempos!

 



    Vivemos em um tempo paradoxal, onde a busca pela paz é incessante, mas os conflitos e rumores de guerras parecem se multiplicar. Esse cenário não é uma coincidência, mas um cumprimento profético das Escrituras e um sinal dos tempos em que vivemos. A Bíblia e os escritos de Ellen G. White nos ajudam a entender essa aparente contradição.

O Anúncio Profético de Jesus


    No Sermão do Monte, Jesus advertiu Seus discípulos sobre os tempos futuros: "E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é necessário que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino" (Mateus 24:6-7). Essas palavras de Cristo apontam para um período em que, apesar dos esforços humanos pela paz, a instabilidade e os conflitos seriam uma realidade constante.

    Ellen White, em seus escritos, reforça essa ideia, afirmando que "o tempo de angústia, que há de aumentar até o fim, está muito próximo" (Eventos Finais, p. 10). Ela descreve um mundo em que a humanidade, afastada de Deus, busca soluções humanas para problemas que só podem ser resolvidos pela intervenção divina. Enquanto os líderes mundiais proclamam paz, seus corações estão cheios de ambição e egoísmo, o que inevitavelmente leva a conflitos.


A Ilusão da Paz sem Deus


    A Bíblia nos alerta que a verdadeira paz só pode ser encontrada em Cristo. "Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá" (João 14:27). O mundo tenta estabelecer a paz através de acordos políticos, alianças militares e avanços tecnológicos, mas essas soluções são temporárias e falhas. Ellen White explica que "a paz de que o mundo tanto se gaba é uma paz falsa; não é a paz de Cristo" (O Grande Conflito, p. 589).


    Essa falsa paz é uma característica dos últimos dias, quando "dirão: Paz e segurança! Então, lhes sobrevirá repentina destruição" (1 Tessalonicenses 5:3). A humanidade, em sua rebelião contra Deus, busca uma paz que exclui o Príncipe da Paz. Essa rejeição à soberania de Deus resulta em caos e conflito, pois "não há paz para os ímpios, diz o Senhor" (Isaías 48:22).


O Papel de Satanás nos Conflitos


    Lembremo-nos de que Satanás é o grande instigador dos conflitos e guerras. Ele é descrito como "o acusador de nossos irmãos" (Apocalipse 12:10) e "o príncipe deste mundo" (João 12:31). Seu objetivo é semear discórdia, medo e destruição, afastando as pessoas de Deus. Enquanto os seres humanos buscam paz, Satanás trabalha nos bastidores para promover divisões e violência.


O Verdadeiro Caminho para a Paz

A paz verdadeira não pode ser alcançada sem Deus. Jesus disse:

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (João 16:33)

Essa paz não é simplesmente a ausência de guerra, mas um estado de reconciliação com Deus e submissão à Sua vontade. Enquanto os homens tentarem construir um mundo de paz sem Deus, encontrarão apenas mais caos e destruição.

Ellen G. White também escreve:

O único fundamento seguro para a paz e a justiça entre os homens e as nações é a lei de Deus. Rejeitando-a, os homens estão cavando a sepultura de sua própria destruição.” (Profetas e Reis, p. 185)


A Esperança em Meio ao Caos


    Apesar desse cenário sombrio, a Palavra de Deus nos oferece esperança.  Somos encorajados a confiar em Deus, mesmo em meio ao caos: "Ainda que a terra se transtorne, e os montes se abalem no seio dos mares, o Senhor dos Exércitos está conosco" (Salmo 46:2,7).


    Vivemos em um tempo de preparação. Os conflitos e rumores de guerras são sinais de que a volta de Jesus está próxima. Enquanto o mundo busca uma paz ilusória, somos chamados a ser portadores da verdadeira paz, que só pode ser encontrada em Cristo. Devemos nos apegar às promessas de Deus, viver em comunhão com Ele e compartilhar Sua mensagem de esperança com um mundo em desespero.


O Chamado para os Filhos de Deus

Diante desse cenário, os cristãos são chamados a não se deixarem enganar pelos falsos discursos de paz e segurança, mas a se prepararem espiritualmente para o retorno de Cristo. Devemos confiar em Deus e proclamar a verdadeira paz, que só pode ser encontrada em uma vida rendida a Cristo.

O tempo em que vivemos confirma as profecias bíblicas. Enquanto o mundo clama por paz, mas colhe conflitos, devemos erguer os olhos para o verdadeiro Príncipe da Paz e nos preparar para Sua breve volta.

"Ora, vem, Senhor Jesus!" (Apocalipse 22:20)

terça-feira, 4 de março de 2025

O segredo obscuro do Vaticano e a profecia de Daniel


 

Autocratas e ditadores no contexto do 666

 


    No contexto escatológico que o livro do Apocalipse apresenta, os EUA se encaixam como sendo a segunda besta. Saiba mais <aqui><aqui>. Este poder dará amparo e sustentação  à primeira besta ou anticristo. A segunda besta não terá  características totalmente ameaçadoras, mas também algumas características benignas, descritas na profecia como chifres de cordeiro  (Apoc. 13:11).  Ambas as bestas tem grande capacidade persuasiva, se valendo de  figuras carismáticas e enganadoras, que surgem em um momento de crise global para oferecer soluções aparentemente milagrosas, mas que, na realidade, busca consolidar um poder absoluto e opressivo. 

    Líderes como Donald Trump, com sua habilidade de mobilizar grandes segmentos da população através de uma comunicação direta e muitas vezes polarizadora, traz em si  características ideais para este papel, mesmo dentro de uma estrutura democrática. Este líder político que manipula as massas e se apresenta como sustentáculo da moralidade e do conservadorismo também promove a desinformação e usa o medo e a divisão para alcançar seus objetivos. Sua retórica já alimentou teorias da conspiração, deslegitimou instituições democráticas e  se coloca como o único capaz de resolver os problemas da nação.

     Sua capacidade de manipular a verdade, seu apelo ao nacionalismo exacerbado e sua disposição para alinhar-se com regimes autocráticos podem ser vistos como sinais de uma liderança que, em última instância, busca subverter os valores fundamentais da liberdade e da justiça. Em um cenário futuro, onde a instabilidade política, econômica e social estará ainda mais acentuada, a atuação de um líder assim será possivelmente mais aceita e bem quista pelas massas. 

    Em suma, a figura de um líder que se apresenta como religioso e até bom cristão, pode ser justamente aquele que contribuirá para a opressão e a luta final contra o povo de Deus. Flertar com a autocracia e desafiar as normas democráticas é um  alerta claro sobre os riscos de se permitir que o autoritarismo ganhe espaço na política global. 

    Apesar dos problemas o regime democrático é ainda o que garante condições de liberdade aos cristãos. Foi justamente com o anseio por liberdade de culto e livre expressão de pensamento que os pais peregrinos cruzaram o oceano para criar uma nação democrática que servisse de exemplo ao mundo. 

     No entanto, como já estava profetizado, está nação deixaria suas características benignas "chifres de cordeiro" para "falar como dragão". Com certeza no futuro, essa dinâmica contribuirá para a sustentação de uma figura ainda mais centralizadora e opressiva, o próprio anticristo,  um poder enganador que prometerá salvação, mas que, na realidade, conduzirá à destruição.

segunda-feira, 3 de março de 2025

A falácia do perfeccionismo!

 


        A visão adventista sobre a salvação e a santificação tem um foco claro no processo contínuo de transformação que ocorre na vida do cristão. De acordo com a Bíblia,  a santificação é uma obra progressiva do Espírito Santo, que deve ser cultivada ao longo da vida do cristão.  Já o o perfeccionismo, ou seja, a ideia de que a última geração de crentes estará além da possibilidade de pecar,  é uma visão extremista, chegando a ser  contraditória à compreensão bíblica sobre a natureza humana e a salvação.

    O perfeccionismo, entendido como a crença de que um grupo específico de cristãos será completamente livre de pecados antes da segunda vinda de Cristo, não encontra respaldo nas Escrituras. Ao contrário, a Bíblia nos ensina que, enquanto vivermos nesta terra, todos os seres humanos ainda estão sujeitos às fraquezas e tentações da carne. Em 1 João 1:8-10, é declarado que "se dissermos que não temos pecado, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós." Essa passagem nos lembra que a perfeição humana não é alcançada por esforço próprio, mas que somos todos dependentes da graça de Deus para a nossa salvação.

    O apóstolo Paulo escreveu: " Não que já a tenha alcançado, ou que já seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.  Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Filip. 3:12,13).

    Nem mesmo o profícuo apóstolo Paulo considerava ter alcançado a perfeição. Antes se colocava como alguém que olhava para o alvo, que com certeza é Jesus, nosso modelo e exemplo maior a ser seguido.   Dentro desta perspectiva, a ideia de que a última geração de crentes será livre de pecar também contraria a ênfase na dependência constante de Cristo. A Bíblia fala sobre a santificação como uma transformação diária, mas sempre com a consciência de que a vitória final sobre o pecado será alcançada apenas pela intervenção de Deus no momento da segunda vinda de Cristo. Em 1 Coríntios 15:51-52, Paulo fala da transformação que ocorrerá quando Cristo voltar: "num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta." Este é o ponto culminante onde a natureza humana será plenamente restaurada, e a promessa de liberdade do pecado será cumprida.

    Portanto, a visão de que a última geração de crentes será livre da possibilidade de pecar está em desacordo com o ensino bíblico sobre a natureza humana caída e a necessidade de uma contínua dependência da graça divina. Em vez de promover uma ideia de perfeccionismo que leva à confiança em nossos próprios méritos, os crentes devem se sentir chamados a viver em humildade, reconhecendo suas falhas e buscando uma transformação contínua pela ação do Espírito Santo.

    Ao invés de buscar a perfeição em si mesmos, somos ensinados a olhar para Cristo, cuja perfeição e graça são a única fonte de salvação e transformação. A esperança é a de que, por meio de Cristo, seremos finalmente libertos do poder do pecado na segunda vinda, e não por um esforço humano isolado de Deus. O chamado é para a vigilância e o amadurecimento espiritual, confiando sempre na obra de Cristo em nossas vidas e aguardando com fé a completa restauração prometida.





segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Amor e Serviço: O Caráter do Discipulado


     Após a ressurreição, Jesus apareceu a seus discípulos à beira do mar da Galileia. Ali, após uma refeição compartilhada, ocorreu um dos diálogos mais marcantes das Escrituras. Três vezes, Jesus perguntou a Pedro: "Tu me amas?" (João 21:15-17). E três vezes, ao receber a resposta afirmativa de Pedro, Jesus respondeu com uma ordem: "Apascenta as minhas ovelhas."

    Jesus estava, neste diálogo, conduzindo um processo de restauração na vida de Pedro. Este discípulo o havia negado publicamente por três vezes, agora Jesus lhe dava uma nova chance ao perdoá-lo e indicar sua missão. Sem dúvida, o doloroso processo de conversão de Pedro fê-lo passar  por uma transformação que o capacitava a ser um verdadeiro discípulo e apóstolo do Evangelho.  

    As palavras: "Apascenta as minhas ovelhas", revelam o verdadeiro caráter do discipulado. Amar a Cristo não se limita a um sentimento ou uma confissão verbal, mas se manifesta no cuidado e no serviço ao próximo. Pedro, que antes negara seu Mestre, agora recebia a oportunidade de reafirmar seu amor através do compromisso com o rebanho de Deus. Seu chamado não era apenas para pregar, mas para cuidar, proteger e nutrir espiritualmente aqueles que lhe seriam confiados.

    Ellen White comenta sobre essa passagem, enfatizando que "o amor a Cristo não pode ser ocultado; sua santa influência será revelada em todos aqueles que verdadeiramente o possuem" (O Desejado de Todas as Nações, p. 515). O serviço ao próximo é a maior evidência desse amor. Ela também destaca que "o amor é o princípio que está na base da criação e do governo de Deus e que deve estar na base da vida do cristão" (Caminho a Cristo, p. 59).

    O verdadeiro discípulo não apenas proclama a fé, mas age em conformidade com ela. Assim como Pedro foi chamado a apascentar as ovelhas de Cristo, cada seguidor de Jesus é convocado ao serviço altruísta. O amor genuíno a Deus se expressa no cuidado pelos necessitados, na paciência com os fracos e na dedicação em conduzir almas ao Salvador. O discipulado não é um status, mas uma missão de amor e serviço.

    Que nossa resposta à pergunta de Jesus – "Tu me amas?" – seja um amor demonstrado em atos, em uma vida de entrega e cuidado pelos que nos cercam. Pois, como diz Ellen White: "O verdadeiro caráter cristão se manifesta na vida diária" (A Ciência do Bom Viver, p. 36). Amar a Cristo é viver para servir.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

O que é pior - a hipocrisia ou a incredulidade?

 


    O que é pior, a hipocrisia ou a incredulidade? Esta é uma boa pergunta ao olharmos para o caráter de certos líderes, em especial daqueles que se arrogam como professos cristãos, instrumentos der referência moral ou de legalidade.

    A incredulidade, ou falta de fé, é frequentemente vista como um obstáculo ao relacionamento com Deus. A própria Bíblia aponta a fé como um dos elementos centrais para a salvação (Efésios 2:8). No entanto a Bíblia apresenta a hipocrisia  como mais grave, porque envolve engano intencional: aparentar justiça enquanto o coração está longe de Deus. Além disso, os hipócritas não só enganam a si mesmos, mas também prejudicam os outros, apresentando uma falsa imagem de Deus.

    A Bíblia  enfatiza  a hipocrisia como mais severamente condenada e Jesus a criticou abertamente em várias ocasiões. A incredulidade, embora grave, é frequentemente abordada com compaixão e um convite para a fé. Jesus demonstrou paciência com pessoas incrédulas, como Tomé (João 20:24-29), mas reservou suas palavras mais duras para os hipócritas.

    Sobretudo, muitos que se estribam na boa religiosidade caem no pecado da arrogância, sendo dissimulados, insensíveis, chegando as vezes a serem desumanos. A Bíblia fala em Tiago 4.6: " Deus resiste aos soberbos  mas dá graça aos humildes.

    Dos pecados e faltas humanas a Bíblia assim afirma: " Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina:  Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal." (Provérbios 6:16-18).

    Estes pecados, que aparecem na classificação dos  mais ofensivos a Deus, infelizmente são vistos na prática de professos religiosos. Isto indica que a incoerência e falsidade religiosa é ainda mais negativa que a mera incredulidade. Isto porque ao se declarar como incrédulo o indivíduo pode apenas estar sendo sincero em sua mísera condição. Pior é ter uma capa de piedade, assim como os fariseus do tempo de Jesus, mas no íntimo estarem tramando o assassinato, a violência e a injustiça.

     O mau exemplo de certos cristãos faz com que muitos não tenham interesse pelos ensinamentos do cristianismo, Como foi o caso de Mahatma Ghandi, que disse que  só não se tornaria cristão por causa dos cristãos. 

    Jesus usou os piores adjetivos para classificar alguns líderes religiosos de seu tempo. 

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia." (Mateus 23:27).

    Com certeza hoje Jesus faria o mesmo ao ver certos líderes no tempo atual defendendo pautas morais em palanques políticos, mas na prática agredindo os mais fracos, não tendo qualquer senso ético de respeito e consideração pelas classes e povos oprimidos, Assim como no tempo de Jesus, podem ser moralistas em algumas situações, porém são parciais em outras. Sobretudo pecando contra a justiça e a misericórdia ao focar em seus próprios interesses. 

sábado, 15 de fevereiro de 2025

O Mundo e a Vida Cristã !

 


    Este tema traz à tona uma antiga polêmica entre liberalismo e conservadorismo. Até que ponto o crente pode participar ou desfrutar de certos prazeres que o mundo oferece? Na minha juventude este dilema era mais intenso, ao menos para mim. Há cristãos com posturas mais ou menos restritivas quanto ao assunto. Hoje compreendo que na visão bíblica, há de fato,  incompatibilidades entre "as coisas do mundo" e a vida cristã. Este é um daqueles assuntos que demanda discernimento e equilíbrio, mas no grosso da questão pode-se afirmar categoricamente que há de se ter cuidado e vigilância constantes com as diferentes situações e contextos que encontramos no mundo.

     Em termos gerais a Bíblia apresenta o "mundo" como um sistema de vida que está em oposição aos princípios de Deus, sendo guiado por desejos egoístas, materialismo e a busca por prazeres momentâneos em vez de valores eternos. A Bíblia descreve o "mundo" como um sistema caído, influenciado pelo pecado. Por exemplo, em 1 João 2:15-17, lemos:

"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo."

    Aqui, o "mundo" representa tudo o que afasta o ser humano de Deus, como desejos desordenados e a busca de glórias humanas. Podemos dizer também que o mundo é um campo de experimentação de Satanás para desencaminhar da verdade ou conduzir à fontes enganosas de realização pessoal e paz

    A escritora Ellen White assim escreveu:

"Satanás opera constantemente para atrair os homens para o amor ao mundo e para afastá-los de Deus. Ele sabe que, se puder controlar o coração, a mente seguirá." (Caminho a Cristo, p. 44).

"O mundo é um campo de treinamento para o inimigo de Deus. Ele tem atraído muitos através da concupiscência da carne, da concupiscência dos olhos e da soberba da vida." (O Grande Conflito, p. 478).

    A questão mais crítica na relação do cristão com o mundo diz respeito à santidade. Neste aspecto Ellen White comenta:

"Cristo nos chama a uma vida mais elevada, uma vida de abnegação e serviço. Devemos estar constantemente em guarda contra a conformidade com o mundo." (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 223).

"Nosso caráter deve refletir o caráter de Cristo. Precisamos manter nossos olhos fixos nas coisas do alto, onde Cristo está." (Mensagens aos Jovens, p. 66).

    Segundo a Bíblia a  vida cristã é um chamado para viver em santidade e refletir o caráter de Deus. Em Romanos 12:2, o apóstolo Paulo diz:

"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."

    Isso implica que os cristãos devem resistir à conformidade com padrões que contradizem os princípios de Deus. Neste aspecto se estabelece uma luta entre a natureza carnal e a espiritual. Esta luta e potencializada pelas astutas ciladas do inimigo. Em Efésios 6:12, Paulo escreve:

"Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais."

    O "mundo" é descrito como influenciado por forças espirituais que se opõem a Deus, tornando necessário que o cristão se proteja e permaneça firme. Um dos principais lemas para isto é estabelecer o Reino de Deus como prioridade. Jesus ensina que a verdadeira riqueza e propósito estão em buscar o Reino de Deus e Sua justiça, acima de tudo. Em Mateus 6:33, Ele diz: "Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."

    A busca pelo Reino de Deus é incompatível com um estilo de vida que coloca o foco em riquezas materiais ou status terreno.  A Bíblia descreve os cristãos como "peregrinos e forasteiros" neste mundo (1 Pedro 2:11). Isso significa que a vida terrena é temporária, enquanto o destino final é a eternidade com Deus. Por isso, os cristãos são chamados a viver com uma perspectiva eterna, em contraste com o foco temporal e material do mundo.

Conclusão

A vida cristã não implica em desprezar as coisas boas que Deus criou no mundo, mas em rejeitar qualquer sistema, prática ou desejo que desvie do plano de Deus. A incompatibilidade surge porque o cristão é chamado a viver de acordo com valores espirituais, enquanto o mundo, na visão bíblica, tende a exaltar aquilo que é passageiro e muitas vezes contrário à vontade de Deus. Por isso, a Bíblia convida os cristãos a serem luz no mundo (Mateus 5:14), vivendo de forma a apontar para Deus e não para os valores transitórios do mundo.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Fumo deteriora o cérebro dos homens

 




Os homens tabagistas têm maior deterioração mental com o passar do tempo do que aqueles que nunca fumaram, segundo um estudo britânico publicado na segunda-feira nos Estados Unidos, que advertiu, no entanto, que a mesma relação causa-efeito não se observou nas mulheres. A investigação sugere que os efeitos do hábito de fumar a longo prazo se manifestam em perda de memória e incapacidade para vincular a experiência passada com as ações do presente, assim como uma queda nas habilidades cognitivas gerais. O estudo, publicado na revista especializada Archives of General Psychiatry, acompanhou através do serviço civil britânico mais de 5.000 homens e 2.100 mulheres com idade média de 56 anos no começo do estudo e foram acompanhados no máximo por 25 anos.

Os cientistas da University College de Londres comprovaram sua condição de fumantes seis vezes nesse período e os submeteram a uma série de provas cognitivas. Eles descobriram que o tabagismo esteve vinculado a uma redução mais rápida na capacidade mental em todos os testes cognitivos entre homens que fumavam em comparação com os homens não fumantes.

“Nossos resultados mostram que a associação entre tabagismo e cognição, sobretudo em idades mais avançadas, parece estar subestimada devido ao risco maior de morte e abandono entre os fumantes”, destacou o estudo, chefiado por Severine Sabia, do University College de Londres.

Os homens que pararam de fumar nos primeiros dez anos após iniciado o estudo estavam ainda em maior risco de deterioração cognitiva, mas a longo prazo os ex-fumantes não mostraram os mesmos níveis de deterioração.

“Este estudo põe em manifesto que fumar é nocivo para o cérebro”, afirmou Marc Gordon, chefe de neurologia do hospital Zucker Hillside em Glen Oaks, Nova York, que não participou do estudo. “Na metade da vida, fumar é um fator de risco modificável, com um efeito mais ou menos equivalente a dez anos de envelhecimento na taxa de deterioração cognitiva”, acrescentou.

As descobertas são chave para explicar o envelhecimento da população mundial, com 36 milhões de casos de demência em todo o planeta, uma cifra que dobrará a cada 20 anos, segundo as projeções, afirmaram os autores do estudo.

O porquê de as mulheres não mostrarem a mesma relação entre tabagismo e envelhecimento mental não ficou claro, embora os pesquisadores tenham sugerido que o menor tamanho da amostra e a maior quantidade de cigarros fumados pelos homens em comparação com as mulheres poderiam ser fatores contribuintes.

Fonte: Folha.com  via  Outraleitura

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Entenda por que beber álcool pode causar câncer

 


O consumo de álcool é uma prática enraizada e amplamente aceita em muitas culturas ao redor do mundo – inclusive no Brasil. Frequentemente associado a festas, celebrações e até mesmo à convivência cotidiana, beber álcool faz parte do hábito de muitas pessoas. O que pouca gente sabe é que a prática está associada a pelo menos sete tipos de câncer: mama, boca, laringe, garganta, esôfago, fígado e cólon. 

No início de 2025, o Departamento de Saúde e Recursos Humanos dos Estados Unidos publicou o relatório Alcohol and Cancer Risk, em que destaca que o álcool é a terceira causa evitável de câncer, depois do tabaco e da obesidade, contribuindo para cerca de 100 mil casos e 20 mil mortes a cada ano naquele país. Além de citar os sete tipos de câncer diretamente associados ao consumo da bebida, o documento aponta que, globalmente, ao menos 741 mil casos da doença foram relacionados ao álcool em 2020.

“O relatório reforça e atualiza as evidências científicas, voltando a chamar a atenção para a importância do tema. Traz informações a mais sobre risco proporcional ao consumo, mecanismos biológicos e fala sobre a ausência de níveis seguros. O álcool está entre nós e faz parte da nossa cultura há milhares de anos, sempre associado à alegria e à comemoração. O problema é que a maioria das pessoas usa como hábito de vida e ainda não tem noção de quanto ele pode ser nocivo”, comenta a médica Ana Paula Garcia Cardoso, oncologista clínica do Hospital Israelita Albert Einstein. 

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos EUA, mais da metade dos adultos estadunidenses bebem álcool, 17% bebem compulsivamente e 6% bebem muito. Os números são muito parecidos com os do Brasil, onde 44,6% da população adulta relata ter o hábito de beber; sendo 18,3% de forma abusiva (cinco ou mais doses por semana para homens e quatro ou mais doses por semana para mulheres). Os dados são do Ministério da Saúde com base no Vigitel, sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis, que monitora anualmente a situação de saúde da população. 

E não é preciso ser alcoólatra para ter o risco de câncer aumentado. “Inclusive, acho que é isso que distancia as pessoas da realidade. Não existe consumo seguro de álcool e não é porque a pessoa faz uso controlado da bebida que ela estará livre do risco de câncer”, frisa a especialista. O perigo se aplicar a todo tipo de álcool: vinho, destilados e até a cerveja.

Mecanismos de ação

Estabelecer a relação causal entre o fator de risco e um resultado na saúde é complexo, mas vários estudos têm demonstrado que há quatro mecanismos biológicos que levam o álcool a aumentar o risco de câncer.  

A primeira explicação é que a substância pode danificar o DNA. Isso porque o álcool se decompõe em acetaldeído, um metabólito que causa câncer ao se ligar ao DNA de modo a danificá-lo. Uma célula pode começar a crescer descontroladamente e criar um tumor possivelmente maligno.  

Nosso sistema imunológico é capaz de nos proteger contra vários danos ao mesmo tempo, como o cigarro, o álcool, a poluição, os ultraprocessados, a obesidade e o sedentarismo. No entanto, chega uma hora que ele pode falhar. “É como se alguém batesse na porta várias vezes, mas seu sistema imunológico estivesse fazendo a vigilância e não o deixasse entrar. Mas algumas células ficam mais suscetíveis e fragilizadas por esses agressores, até que um dia o sistema imunológico não consegue mais se defender e a porta se abre”, ilustra Cardoso.  

Quando a “porta” se abre, tem início um processo neoplásico, que nada mais é do que a multiplicação desordenada de uma célula com mutação. “A chamada carcinogênese funciona desta forma: tem um fator desencadeador, um erro no sistema de defesa e ali ele se prolifera”, explica a oncologista. 

O segundo mecanismo de ação do álcool é que ele gera espécies reativas de oxigênio, que aumentam a inflamação no organismo por meio de um processo chamado estresse oxidativo. O terceiro é que a substância altera os níveis hormonais (especialmente do estrogênio), o que pode expor mulheres ao aumento desse hormônio e, consequentemente, a um risco maior de câncer de mama.  

Por fim, a quarta forma de ação é que alguns órgãos (como fígado, boca e intestino) sofrem efeitos diretos do álcool. Além disso, outros carcinógenos podem se associar ao álcool e facilitar sua absorção pelo corpo. “O efeito cancerígeno do álcool é invisível, mas ele é multifatorial. Ele causa danos e instabilidades no DNA, que tornam a pessoa mais suscetível a outros fatores. Por exemplo: a suscetibilidade causada pelo álcool aumenta o risco que o cigarro já está causando”, pontua Cardoso.

Existe dose segura? 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe consumo seguro de álcool – qualquer quantidade pode aumentar o risco de câncer. Um fator importante é a quantidade total de álcool consumida consistentemente ao longo do tempo. Segundo o relatório dos EUA, para certos tipos de câncer, como de mama, boca e garganta, as evidências mostram que esse risco pode começar a aumentar em torno de uma ou menos doses por dia. 

Segundo um estudo citado no relatório dos EUA, o risco absoluto de uma mulher desenvolver qualquer câncer relacionado ao álcool ao longo da vida aumenta de 16,5% para aquelas que consomem menos de uma dose de bebida por semana para 19% para as que ingerem uma dose diária; e para 21,8% entre as que consomem duas doses por dia, em média. Isso corresponde a cinco mulheres a mais em cada 100 com potencial de desenvolver a doença. “O álcool é um dano. Quanto maior a quantidade, pior”, avisa a oncologista do Einstein. 

No Brasil, a referência de dose mais utilizada é a divulgada pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), que considera que uma dose (unidade) padrão de álcool correspondente a 14 g de etanol puro – isso equivale a cerca de 350 ml de cerveja (uma lata), 150 ml de vinho ou 45 ml de destilados (como vodca, cachaça ou uísque). A OMS, no entanto, usa como dose padrão o equivalente a 10 g de álcool e recomenda o máximo de duas doses por dia para homens e uma por dia para mulheres, desde que se abstenham de beber pelo menos duas vezes na semana. 

Desconhecimento sobre os perigos 

Apesar das evidências demonstrando o efeito do consumo de álcool no risco de câncer, o relatório americano ressalta que há uma grande lacuna na compreensão pública dessa associação. Uma pesquisa feita em 2019 concluiu que 45% dos estadunidenses reconhecem o álcool como um fator de risco para câncer. O índice é bem menor do que os 91% que conhecem o risco cancerígeno da radiação e os 89% que sabem da relação com o tabaco, conforme o mesmo trabalho. 

Outra investigação, essa feita com cerca de 1.700 adultos e divulgada em novembro de 2024 pela Annenberg Public Policy Center (APPC), mostra que menos da metade dos americanos (40%) sabe que beber álcool regularmente aumenta o risco de desenvolver câncer mais tarde. Outros 40% não tinham certeza se isso é verdade e 20% relataram crenças imprecisas — de que não teria efeito ou que diminuiria a chance de desenvolver câncer.  

Há evidências de que, em longo prazo, parar de beber ou reduzir o consumo de álcool reduz diretamente a probabilidade de cânceres de boca e esôfago. Segundo o relatório Alcohol and Cancer Risk, mais pesquisas são necessárias para determinar se esse risco também diminui para outros tipos de câncer — ou até se pode chegar ao nível observado em pessoas que não costumam beber. 

Rotulagem das bebidas 

No recente documento norte-americano, uma mudança sugerida é a atualização dos rótulos de bebidas alcoólicas para incluir um alerta sobre o risco aumentado de câncer. Os rótulos de advertência de saúde são abordagens bem estabelecidas e eficazes para aumentar a conscientização e promover mudanças de comportamento. 

Na avaliação de Cardoso, o Brasil enfrenta o mesmo problema de falta de informações sobre os riscos do consumo de álcool, e incluir alertas nos rótulos pode ser um bom caminho, assim como aconteceu com o cigarro. “Todo mundo sabe que fumar pode causar câncer. Tem um aviso no maço de cigarro, mas isso não acontece com as bebidas alcoólicas. Além disso, existe uma negação das próprias pessoas que desejam preservar o hábito, especialmente pelo aspecto social associado ao consumo da bebida”, observa a médica.  

Fonte: Agência Einstein  via MSN




terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Reconcilia-te primeiro !

 

"Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta." Mateus 5:23,24.


    Seja no ambiente de culto ou em tudo que fizermos em prol da causa do reino de Deus há um ponto fundamental que temos que levar em consideração, este é o princípio da  harmonia ou conciliação. 

    A reconciliação é algo ensinado pelo próprio Deus. Foi Ele quem tomou a iniciativa de nos reconciliar consigo mesmo através de Jesus Cristo. Ele nos amou mesmo quando éramos pecadores e nos deu o maior exemplo de reconciliação ao enviar Seu Filho para morrer por nós (Romanos 5:8). Este supremo exemplo de reconciliação é a maior diretriz  para a reconciliação entre nós. Precisamos  nos manter reconciliados com Ele tanto quanto com os irmãos, se quisermos sonhar com o tão almejado lar eterno.

    Em 2 Coríntios 5:18, Paulo nos diz que Deus nos deu o "ministério da reconciliação". Isso significa que, como cristãos, somos embaixadores de Cristo, chamados a levar a mensagem de reconciliação ao mundo. Mas como podemos ser embaixadores da reconciliação se os irmãos estiverem divididos entre si? A reconciliação entre irmãos é um testemunho poderoso do evangelho. Jesus disse: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (João 13:35).

    A reconciliação não é fácil. Ela exige humildade para reconhecer nossos erros e disposição para perdoar. Em Efésios 4:32, somos exortados: "Antes, sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo." Perdoar não significa ignorar o erro, mas escolher liberar o ressentimento e buscar a restauração do relacionamento.

    Muitas vezes, o orgulho, o egoísmo e a falta de comunicação impedem a reconciliação. Precisamos lembrar que o inimigo de nossas almas, Satanás, se alegra com as divisões entre os cristãos. Ele sabe que uma igreja dividida é uma igreja enfraquecida. Por isso, devemos resistir ao espírito de discórdia e buscar a paz (Romanos 12:18).   

     Lembremo-nos que Jesus orou pela unidade dos Seus seguidores: "Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste" (João 17:21). A unidade não significa uniformidade, mas sim harmonia na diversidade. Quando nos reconciliamos, demonstramos ao mundo o poder transformador do evangelho.




segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Deus vê o coração !

 


"O homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração." (I Samuel  16:7b)

    Ao contrário dos seres humanos que focalizam o exterior ou as aparências, Deus concentra seu olhar nas intenções, sentimentos e propósitos. Podemos praticar boas e louváveis ações mas com um propósito  egoísta. Podemos até ludibriar muita gente mas nunca a Deus. Ele nos vê a partir dos anseios mais profundos da alma e sabe qual o nível de vaidade ou mero exibicionismo em nossas demonstrações de piedade.

    Não são as riquezas ou aparência exterior que impressionam a Deus, mas a manifestação interior desapegada de vanglória, exaltação própria e ostentação. Há pontos que Deus valoriza ao ver o nosso coração:

  • Um coração sincero: Deus ama a verdade no íntimo (Salmo 51:6). Ele não busca perfeição, mas sinceridade.
  • Um coração quebrantado: Em Salmo 51:17, Davi declara que um coração quebrantado e contrito Deus não despreza. Quando reconhecemos nossa dependência d’Ele, nosso coração se alinha ao que Ele deseja.
  • Um coração obediente: Como Davi, devemos buscar obedecer à vontade de Deus, mesmo quando falhamos. A obediência é a maior prova de amor a Deus (João 14:15).

    Olhando os personagens bíblicos podemos citar três exemplos de corações que agradaram a Deus:     

  • Davi: Apesar de seus erros, Davi foi chamado "um homem segundo o coração de Deus" (Atos 13:22). Por quê? Porque ele se arrependia sinceramente e buscava constantemente a Deus.
  • Maria: A mãe de Jesus tinha um coração humilde e disposto a servir, dizendo: "Eis aqui a serva do Senhor" (Lucas 1:38).
  • Jesus: O maior exemplo de um coração puro, cheio de amor e compaixão. Ele viveu para fazer a vontade do Pai e nos ensinou a amar de verdade.     

    Como cultivar um coração que agrada a Deus?

  • Examine-se: Peça a Deus que sonde seu coração, como Davi fez em Salmo 139:23-24: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração."
  • Arrependa-se: Reconheça suas falhas e peça perdão. Deus é fiel para nos purificar (1 João 1:9).
  • Busque a presença de Deus: Passe tempo em oração, leitura da Palavra e louvor. É na intimidade com Deus que nosso coração é transformado.
  • Pratique o amor: Um coração que agrada a Deus é um coração que ama os outros, como Jesus nos ensinou.                                                                                                  

  Hoje, devo perguntar a mim mesmo: O que Deus está vendo ao olhar para o meu coração? Talvez seja hora de entregar a Ele tudo o que está escondido, todas as dores, falhas e inseguranças. Ele não rejeita um coração quebrantado. Ele nos quer transformar e dar uma nova forma de viver!

Carne vermelha aumenta o risco de demência em 13%, indica estudo

 


Uma equipe de pesquisadores da Harvard TH Chan School of Public Health, em Boston, revelou que o consumo exacerbado de carne vermelha processada está amplamente relacionado ao desenvolvimento de demência.

Em alguns outros casos, a comida já tinha sido conectada a maiores taxas de câncer, mas essa análise de longo prazo conseguiu confirmar as alterações mentais que o consumo causa.

Com base nas análises de 133.771 norte-americanos, os especialistas observaram que ingerir em média um quarto de uma porção ou mais de carnes vermelhas processadas todos os dias — cerca de meia fatia de bacon — significa um risco 13% maior de piorar a função cognitiva.

Os especialistas ressaltam que essa não é uma pesquisa de causa e efeito direto. Vários outros fatores podem contribuir para a mudança nas probabilidades, como qualidade do sono, ingestão de álcool e questões genéticas.

Por essa razão, os cientistas continuam conduzindo análises paralelas que buscam aprofundar os conhecimentos da área. Os próximos passos envolvem a investigação de fatores como o comportamento do microbioma intestinal e a inclusão de novos dados do banco de saúde internacional.


Fonte: MSN

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Conexão com Deus!

 

    
    A primeira e principal preocupação do ser humano deve ser sobre sua situação com Deus.  Pela revelação bíblica, a partir da queda de Adão e Eva, passamos a estar numa condição de inimizade com Deus, tendo Ele a iniciativa de procurar o ser humano para expor a situação e propor a solução.
    O apóstolo Paulo afirma que fomos reconciliados pela morte de Jesus Cristo, no entanto o texto continua dizendo que somos salvos por sua vida (de Jesus). 

"Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida!" (Romanos 5.10).

    Somos salvos não somente pela sua morte,  esta  pagou o preço da nossa culpa, mas é pela vida de Jesus que somos salvos. Ou seja, é pelo ministério sumo sacerdotal do Senhor Jesus que somos salvos para a vida eterna. Isto quer dizer  que a reconciliação com Deus não é apenas um fato histórico, mas também é algo que deve ocorrer em nossa experiência de vida .

     Estar reconectado a Deus depende de nossa resposta ao dom de Sua graça e por esta mantemos interação com Ele. Este pensamento já era expresso pelos autores do Antigo Testamento. O salmista Davi assim expressou:

"Não escondas de mim a tua face, não rejeites ao teu servo com ira; tu foste a minha ajuda, não me deixes nem me desampares, ó Deus da minha salvação." (Salmo 27:9).

    A Bíblia em inúmeras partes considera o relacionamento do homem com Deus como um vínculo de amizade, aproximação e interação. Jesus mesmo disse:

"Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer." (João 15:15).

    Uma das coisas que deve existir entre amigos ou pessoas próximas é afinidade. São os gostos, valores e interesses que determinam uma amizade ou mantêm um casamento. Quando uma das partes se afasta ou se diferencia da outra há um esfriamento da amizade ou mesmo um rompimento dela. Jesus disse:

 "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor." ( João 15:10).

    Neste processo de estar conectado com Jesus é imprescindível manter reconhecimento, respeito e obediência aos seus princípios e mandamentos. Neste mundo podemos nos afastar do caminho do Mestre e caso não vigiarmos podemos acabar tão alheios aos seus ensinos como quem nunca os conheceu.

    É por isto que vivemos o discipulado e a vida devocional é um revigorante para resistirmos aos desvios do mundo e às astutas ciladas do diabo. Dia a dia e momento a momento somos desafiados por estímulos da nossa própria carne ou por tentações exteriores para transitarmos por  outros caminhos. São situações que geralmente são enfrentadas com  renúncia própria e abnegação. 

    A vitória ao mundo só é possível com o olhar constante no Senhor Jesus, Ele é o exemplo a ser seguido e dele vem inspiração e força para resistirmos ao mal.

"Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus." (Hebreus 12:2). 

    A conexão com Deus só é possível pela obra intercessora de Jesus, o qual atende com graça e amor a nossa prece. Pedimos e clamamos por socorro, paz, perdão, capacitação, amor e paciência; coisas que são frutos e dons do Espírito Santo.

    Estar conectado a Deus é o grande objetivo de todo cristão. Estar reconciliado implica em manter o vínculo de confiança e fidelidade com Ele. 


sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Relacionando-se com o Eu Sou !

 


Serviço - Um requisito para o Reino de Deus!

 


    Uma questão que se diferencia dos valores daqui da Terra é a nossa postura no reino de Deus. Os discípulos de Jesus sabem que servir tem valor no reino de Deus. Foi o próprio Jesus que deu uma lição de serviço e humildade na noite que antecedeu sua prisão e morte. Ele disse:

"Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos." (Mateus 10:43-45.

    A postura natural ou carnal do ser humano é de buscar um lugar de destaque ou que possa dar a condição de ser reconhecido, exaltado e até mesmo reverenciado. No reino de Deus esta lógica é quebrada, dando-se ênfase na humildade, abnegação e altruísmo. O altruísmo demonstra interesse no outro ao abrir mão do interesse próprio. João Batista foi um ícone neste aspecto ao dizer: "Importa que Ele (Jesus) cresça e eu diminua" (João 3:30).

    Hoje vemos muitos se colocarem como seguidores de Jesus sem seguir o seu exemplo. Depois de um bom tempo de professo cristianismo ainda sustentam os dogmas e valores do mundo, nos quais a primazia não está no serviço mas na posição em si.

    A Bíblia dá em resumo as características de um verdadeiro discípulo: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus." (Miqueias 6:8).

Ellen White assim se referiu ao caráter dos verdadeiros seguidores de Cristo:

"O verdadeiro caráter de Cristo era de abnegação e amor. Ele não veio para ser servido, mas para servir. Sua vida foi uma constante renúncia ao próprio eu, para que outros pudessem ser abençoados." (DTN, cap. 1).

"Os pobres de espírito, que reconhecem sua necessidade de Deus, os que choram pelo pecado e os mansos que se submetem à vontade divina são os verdadeiros discípulos. Estes refletem o caráter de Cristo em sua simplicidade e abnegação." (MDC, cap. 3).

"Cristo nos deixou um exemplo de humildade e serviço abnegado. Ele desceu da glória do Céu, assumindo a forma de servo, para que pudéssemos aprender a grandeza do verdadeiro caráter." (AA, cap.57).

    Os professos seguidores de Jesus Cristo devem observar os critérios do reino de Deus para não se frustrarem no futuro, nas palavras de Paulo, "não obrarem em vão",  para não receberem uma resposta negativa do Senhor no dia de sua vinda.

    A caminhada do crente pode ser resumida em desapego e amor. Por um lado, muitas vezes, é necessário renunciar a posições, cargos ou privilégios, assim como fez Jesus e os apóstolos. Por outro lado deve-se amar mais, tanto os irmãos quanto os demais e até mesmo os inimigos. Sustentar um cristianismo à luz dos valores do mundo é fácil e cômodo, já à luz de Cristo requer radicalidade e desprendimento. 

    Clamo a Deus para que sua graça nos alcance e seu Espírito molde nossos corações da forma que Lhe agrade. Amém!


sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

A besta da terra falando como dragão !

 


    Ao contrário da besta do mar (Apoc. 13:1), que surgiu nomeio dos povos, a besta da terra (Apoc.13:11) surge da terra, que em profecia pode ser interpretado como vastidão deserta ou lugar pouco povoado. Sabemos que a América do Norte foi colonizada pelos pais peregrinos que fugindo da perseguição na Europa transpuseram o oceano para  viver com liberdade as suas crenças. 

    Com os seus ideais baseados no protestantismo e no republicanismo, os "dois chifres", os  Estados Unidos da América começaram como uma nação baseada em  princípios  de liberdade civil e religiosa. Apresentando um início benigno, aparentando ser uma nação cristã, era representada na profecia como um cordeiro, porém no final revelaria outra face muito diferente, ou seja, que falará como um dragão (verso 11).   

    Por muito tempo se cogitou que jamais os EUA deixariam de ser uma nação democrática, respeitando direitos individuais e de minorias, sobretudo mantendo a benéfica separação entre Igreja e Estado. No entanto as coisas tem mudado ultimamente, sendo que na relação entre Igreja e Estado já vem, há alguns anos, existindo uma aproximação gradual que agora  se intensifica naquela nação. 

    Ellen White assim escreveu sobre o futuro comportamento da referida nação no contexto dos eventos finais da história:

"Os Estados Unidos serão o principal palco onde se desenrolarão os eventos finais. Quando as igrejas protestantes se unirem ao poder civil para impor a observância do domingo, estarão seguindo os passos de Roma." (O Grande Conflito, p. 615).

"Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, unindo-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha os seus decretos e sustente as suas instituições, então a América protestante terá formado uma imagem da hierarquia romana." (O Grande Conflito, p. 445)

"Quando os Estados Unidos, o país da liberdade religiosa, se unirem ao papado para oprimir a consciência e forçar a submissão ao poder da besta, então a crise final estará próxima." (O Grande Conflito, p. 579).

    Por muito tempo estas declarações pareciam não fazer sentido, mas agora com a ascensão  da extrema direita ao poder naquele país, parece algo plenamente possível. Vivemos dias notáveis no cenário profético apocalíptico. As últimas declarações do presidente eleito Donald Trump são contundentes, para não dizer assustadoras. Este, pelas suas declarações, parece querer transformar os EUA numa espécie de ditadura expansionista nos moldes de Rússia ou Irã. Ao manifestar a intensão de anexar territórios hoje pertencentes a outras nações no intuito de priorizar a hegemonia global dos EUA, o presidente americano demonstra que seu projeto de poder pretende ir muito longe na tentativa de influenciar outras nações e alterar os rumos da história.   Algo praticante impensável  em outras épocas.