quarta-feira, 14 de agosto de 2024

O que está por trás da polarização política?



 

    O fenômeno da polarização política  tem ultrapassado fronteiras e avança mundo afora como uma onda sem precedentes. Com certeza este fenômeno tem alguma relação com as profecias e a escatologia bíblica. 

     Muito pode ser dito sobre identidade de grupos e sobre o efeito das redes sociais, enfim sobre toda a retórica que alimenta as lideranças e divide a sociedade. Mas o que está na raiz da questão tem a ver com as mudanças drásticas que a sociedade atravessa. Com certeza, a polarização está sendo motivada pela percepção, por uma parte da população, do agravamento da situação moral, econômica e social na atualidade. 

   Principalmente no campo moral pode ser visto um conflito de visões de mundo. O que  para uma parte da população é a evolução natural do comportamento humano, para outra parte implica em decadência e risco. Diante de visões e conceitos totalmente opostos surge um embate de caráter sobrevivencialista, especialmente no que tange à liberdade individual, aos  padrões de comportamento ou valores morais.

    Se haverá melhoria das condições de sobrevivência no mundo pelo viés político, ou qual partido tem a melhor proposta para cada problema, esta é uma discussão que não pretendo abordar aqui. O que quero focar é na causa da polarização, especialmente no que tange a questões ideológicas ou de natureza moral.   Se analisarmos  pela ótica evolucionista, isto pode ser considerado apenas temor, por parte da população, de que a sociedade rume para uma situação inviável ou insustentável.  Mas, ao meu ver, o que aconteceu foi a percepção, por parte de uma parcela da sociedade, de que o progressismo ideológico naufragou  ou que o relativismo moral e a cultura woke são inócuas. 

     Por outro lado se alimenta um temor de que algo das narrativas conspiracionistas sejam verdade, ou seja, de que estamos rumando para uma dominação brutal do Estado na vida particular das pessoas, despertando assim um sentimento antissistema. Esta mistura de sentimentos e percepções são os principais ingredientes do atual momento de polarização política e ideológica.

    O agravamento dos problemas no mundo sempre trazem reflexão e nesta as questões morais são trazidas à tona. A religião sempre foi um bastião da moralidade. Assim no fim dos tempos o tema da religião terá um  destaque especial, isto também porque a religião, na maior parte da história, sempre esteve ligada à política.   

    Pelo que revela a Bíblia, os problemas cruciais que assolam a humanidade não irão ser atenuados daqui até a volta de Jesus. Assim a  possibilidade dos conflitos políticos e ideológicos se acirrarem é alta. Neste cenário um aspecto da religiosidade cristã há de ser colocado cada vez mais em evidência, ou seja, a validade da lei de Deus.

    A Bíblia apresenta o grande conflito que se iniciou no céu e se estendeu à Terra como o pano de fundo de toda a história humana. Neste conflito a lei de Deus é a questão central. Ao se aproximar o fim deste conflito, o tema da lei será posto em destaque. O autor do Apocalipse vê em visão a arca da aliança no céu no momento final da história deste mundo.

"E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.  E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva." (Apoc. 11:18,19).

  Ellen White escreveu o seguinte:

Nos últimos dias, a Lei de Deus será desafiada e muitas pessoas serão levadas a transgredi-la. Aqueles que mantiverem a Lei de Deus em seu coração e vida estarão em grande perigo, mas também serão mais próximos de Cristo.” (A Ciência do Bom Viver, p. 53). 

A Lei de Deus deve ser a nossa regra de vida, e nossa fidelidade a ela será o teste final. No tempo do fim, será crucial que cada indivíduo esteja firmemente ancorado na Lei de Deus, para resistir às tentações e enganos que surgirão.” (Primeiros Testemunhos, p. 361).

   Uma ressalva no entanto deve ser feita sobre a versão da lei que um segmento hoje defende. Muitos entre os chamados "conservadores"  defendem não  a versão apresentada na Bíblia, mas a da tradição católica que alterou, entre outas coisas, a guarda do dia de sábado para o domingo. Quanto a isto posso dizer que  para Deus só é válida a versão original. Ele mesmo disse: "Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens." (Marcos 7:7). 

     A versão humana da lei divina se trata de um descaso à sua Pessoa e sua vontade.  O grande conflito culminará com o desafio de quem será verdadeiramente fiel a Deus e quem seguirá a adoração imposta pela besta.

         Pelo que podemos observar estamos vivendo na reta final da história deste mundo e poderemos ver muitos fatos surpreendentes descritos no Apocalipse. 

        

    


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