domingo, 21 de maio de 2023

O Perigo do Secularismo !

 


    Analisando o secularismo pelo contexto histórico, pode-se dizer que há algo de positivo, em especial considerando a separação entre igreja e estado, ou seja o laicismo. No entanto analisando no sentido prático da fé, o secularismo está na raiz do abandono da fé e dos valores espirituais na presente época. Um fenômeno que tem se estendido a partir da Europa para as demais regiões do mundo, se caracterizando pela perda de interesse em questões religiosas, ou mais especificamente nas atividades da igreja. Irei expor três tópicos que são basilares na análise em questão.

1) O homem no centro do mundo. Esta é a ideia central do Humanismo, corrente de pensamento que floresceu no período de transição entre a Idade Média e Moderna, coloca os ideais de valorização humana nos campos: filosófico, moral e estético. O relativismo moral é fruto deste movimento, que surgiu na esteira de pensadores inspirados no Iluminismo e potencializados pelo Evolucionismo e Ateísmo. Hoje os ambientes acadêmicos e a mídia em geral tem sido instrumentos de disseminação desta forma de pensamento. Por outro lado esta visão tem criado uma certa aversão ao chamado Fundamentalismo religioso, que no âmbito cristão se constitui por aqueles que fazem uma leitura literal da Bíblia, ou seja, não de forma alegórica, são considerados assim os que acreditam na semana da Criação, no dilúvio de Noé e na literalidade dos milagres relatados. Depois de minada a confiança no texto bíblico a fé e o zelo característico e necessário ao crente  se esvai naturalmente. Aí se concretiza o processo de apostasia ou abandono da vida religiosa que é fato recorrente na atualidade.

2) O prazer como um fim em si mesmo. Esta é outra  ideia que tem influenciado e determinado o comportamento de nossos dias. Uma visão inspirada no Hedonismo, corrente de pensamento que surgiu na Grécia antiga que coloca o prazer como bem supremo ou condição que dá sentido para a vida ou existência humana. A busca pelo prazer na presente época tem se colocado como um ídolo moderno. A idolatria ou a adoração a falsos deuses condenada na Bíblia em relação ao antigo Israel é expressa hoje, na sociedade atual, por formas mais sutis, no entanto igualmente ofensivas a Deus. Ao se colocar no centro, retirando de Deus o lugar devido, não Lhe rendendo adoração e louvor, o homem se coloca como seu próprio deus. Este é um fator de desiquilíbrio que causa frustração e tédio, pela constante e insuficiente tentativa de agradar a si mesmo. Um vazio existencial tem se instalado decorrente do quadro anteriormente descrito. Já falou Fiodor Dostoieviski, que há no homem um vazio do tamanho de Deus. Para preencher este vazio há, por vezes, tentativas malogradas, seja por vícios ou por outras coisas de efeito temporário ou superficial. A fuga de Deus, proposta por ateus e secularistas que veem na religião um aglomerado de amarras comportamentais,  se revela na verdade não  na solução para a verdadeira realização humana, mas num desvio dela.

3) Baseado no tópico anterior, se verifica a influência anestesiante do secularismo em relação as necessidades espirituais do homem. Uma  acomodação inebriante proporcionada pelos recursos tecnológicos disponíveis ou confortos proporcionados nos dias atuais, tem se constituído em fator de distração e esfriamento da fé. Nesta análise vê-se o caráter sutil e capcioso do secularismo, primeiramente em minar a fé e depois em conduzir a um desvio alienante. Pois leva a uma forma paralela de encontrar o sentido da vida fora de Deus.  Nesta esteira vem diferentes propostas, como a Nova Era ou movimento New Age, com o lema "paz sem Cristo". O cuidado do cristão na presente época é não deixar se envolver ou ser seduzido por alguma destas propostas. Parece que no tempo do apóstolo Paulo já havia formas semelhantes de desvio da fé, como o citado abandono de Demas da causa missionária para desfrutar os prazeres do "presente século".  Paulo fala das vãs conjecturas nas palavras: "Pois virá o tempo que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo seus próprios desejos." (II Timóteo 4:3).

     No contexto atual descrito anteriormente, há uma proclamação apocalíptica, tentando despertar as pessoas para a verdadeira adoração, que aponta para o Criador como o único ser digno de recebê-la. Também anuncia a necessidade de preparo para a segunda vinda do Senhor Jesus. 

"E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória; porque é vinda a hora de seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas." Apocalipse 14:6-7.

      Esta é uma proclamação de despertamento, tentando alertar os habitantes da Terra sobre a verdadeira adoração e a necessidade de preparo espiritual diante do iminente retorno de Jesus à Terra.


Aguinaldo Carvalho da Silva

  

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Pais prometem não ensinar religião aos filhos na China

 

Hoje celebra-se o Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor. A Bíblia continua ano após ano como o livro mais lido e vendido do mundo, segundo a Sociedade Bíblica do Brasil. Ainda assim, há países onde o acesso às Escrituras é proibido ou limitado, como a China, que ocupa a 16ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2023 


Exemplo desse desafio é a solicitação que uma escola primária enviou para os pais na cidade de Wenzhou, China. No recado, a coordenação pedia aos responsáveis que prometessem que não ensinariam religião para os filhos. Uma professora confirmou o pedido para colaboradores da ONG 
China Aid 


No documento, os pais afirmam que “não professarão religião alguma, nem participarão de atividades religiosas ou disseminarão religião em lugar algum”. Eles também prometeram seguir a disciplina do 
Partido Comunista da China e não violar se juntar a cultos religiosos, o que inclui as igrejas domésticas, pois são vistas como grupos religiosos ilegais. 

A cidade de Wenzhou é conhecida como a Jerusalém da China, por causa da grande comunidade cristã local. A medida é vista como uma grande repressão à liberdade dos cristãos. Desde 2013, lança campanha de destruição de centenas de igrejas e esculturas da cruz na cidade e em toda a província de Zhejiang. 

Em 2017, as igrejas e acampamentos cristãos foram banidos como parte do processo de sionização imposto pelo líder chinês, Xi Jinping, que busca criar uma sociedade baseada nos valores do Partido Comunista da China. 


Apesar de a medida contrariar o artigo 14 da Convenção dos Direitos das Crianças, da qual a China é signatária, a regra continua em vigor na escola. Diante das restrições, alguns pais optaram por tirar os filhos da escola e continuar a educação em casa, conhecida como 
homeschooling.   


Além do retrocesso na escola, no começo de 2023, 
Peter Shao Zhumin, um líder cristão da cidade que havia sido liberto no passado, foi preso pela sétima vez. Todas as vezes foi preso por se recusar a participar das igrejas controladas pelo Estado.  


Ore pelos cristãos na cidade de Wenzhou e por Peter Zhumin. 


Fonte: Portas Abertas

quinta-feira, 9 de março de 2023

A geleira Thwaites e o começo do fim do mundo!


     Também conhecida como a geleira do Apocalipse ou a geleira do fim do mundo, a Thwaites é um  maciço de gelo com área do tamanho aproximado do estado da Flórida, que despeja anualmente bilhões de toneladas de gelo no oceano, causando  sua elevação na ordem de 4% aproximadamente.  Esta geleira tem sofrido uma retração de tamanho considerável nos últimos anos a ponto de acender a luz de alarme de entidades  e de cientistas que estudam o clima e o impacto do aquecimento global no planeta. Segundo estas fontes, se a geleira colapsar haverá um aumento do nível dos oceanos em cerca de 70 cm aproximadamente, o que acarretaria a inundação de várias regiões costeiras mundo afora. 

    O mais preocupante é que a referida geleira tem um efeito tampão em relação ao  manto de gelo que circunda a Antártida, que  em caso de derretimento  elevaria o nível dos oceanos em cerca de quatro metros.  Isto traria o caos global, pois grande parte da população de muitas regiões está localizada em áreas litorâneas. As consequências econômicas e sociais são impensáveis. Com certeza uma das tragédias naturais mais catastróficas desde os dias do dilúvio de Noé.

    Segundo um estudo feito por cientistas especializados (saiba mais aqui e aqui), a situação da Thwaites é de se tornar um iceberg muito em breve, isto porque está aparecendo rachaduras e deformações  em sua estrutura nas profundezas que podem comprometer sua sustentação, causando o desprendimento da  base continental.

    Como cristão que acredita na Bíblia, sei que o mundo não será mais destruído por águas, mas haverá nos momentos finais da história deste mundo, fatos e acontecimentos que trarão angústia e pavor a muitos (Lucas 21:25-26; Daniel 12:1). Estes fatos citados na Bíblia antecedem imediatamente ao aparecimento de Jesus Cristo em sua segunda vinda e ocorrerão quando quase já não haverá mais tempo ou oportunidade de salvação. 

    Uma reflexão que deve ser feita frente a estes fatos diz respeito ao que Jesus disse quando ainda estava aqui na Terra: "Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem." (Mateus 24:38-39).

    O fato de levarem a vida na sua rotina corriqueira não está errado, afinal todos ou quase todos precisam casar e construir seus sonhos, trabalhar  e realizar seus planos. O fato que Jesus destaca como preocupante é que as pessoas nos dias de Noé não  "perceberam" o que estava por acontecer e também não se prepararam para o evento que estava por ocorrer.

    Hoje acontece exatamente a predição proferida por Jesus . É portanto o tempo de  aperceber-se da crucialidade do momento e buscar o preparo necessário para o grande evento da segunda vinda de Cristo. Jesus certa vez disse que se os seus discípulos se calassem as próprias rochas clamariam (Luc 19:40). E se tomarmos "rochas" num sentido mais amplo para sinais da natureza, com certeza isto está ocorrendo em nossos dias.

Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação. (II Cor. 6:2).


Aguinaldo C. da Silva

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Paises que mais perseguem os cristãos no mundo

 De acordo com os dados da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2023, mais de 360 milhões de cristãos ao redor do mundo enfrentam altos níveis de perseguição e discriminação por causa da fé em Jesus. Os dados da pesquisa estimam que um em cada sete cristãos no mundo enfrenta perseguição extremasevera ou alta. Baixe o mapa e conheça os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.

Veja os principais acontecimentos que marcaram a Igreja Perseguida no período de pesquisa da LMP 2023 (1 de outubro de 2021 a 30 de setembro de 2022).

    • Coreia do Norte volta para a primeira posição com os mais altos níveis de perseguição já vistos. A nação que manteve a posição mais alta na Lista Mundial da Perseguição desde 2002, com exceção da LMP 2022, alcançou os 98 pontos na pesquisa, um recorde histórico. Isso reflete o aumento na prisão dos cristãos e de igrejas domésticas descobertas e fechadas por conta da nova “lei do pensamento antirreacionário”.
    • Afeganistão, que estava em 1° lugar, passa para o 9° lugar. Apesar da queda na classificação, a perseguição permanece extrema no país. O motivo da mudança considerável foi que menos cristãos foram mortos, o que levou à diminuição no nível de violência aos cristãos, que passou de 15 para 4,6 pontos. Isso não significa que a situação melhorou no país, mas sim que os cristãos tiveram que fugir para salvar suas vidas ou estão completamente escondidos para não serem descobertos e mortos.
    • Nigéria alcançou sua pontuação e classificação mais alta, o que a fez subir mais uma posição, passando do 7° para o 6° lugar. A nação, que é a mais populosa e rica da África, está à beira de um desastre.
    • Sudão, que estava em 13° lugar e era classificado como um país com perseguição severa, subiu para a 10ª posição e agora atingiu o nível de perseguição extrema. Já a Arábia Saudita deixa de ter perseguição extrema e volta para a perseguição severa.
    • No Paquistão, a situação melhorou levemente, porém permanece um dos países onde é mais difícil viver como cristão. As notórias leis de blasfêmia do país continuam ameaçando cristãos. Mortes e ataques contra igrejas também continuam. Além disso, meninas cristãs são sequestradas e forçadas a se converter ou se casar.
    • A situação dos cristãos em Mianmar continua piorando. Seguindo o significativo aumento do ano anterior, a violência subiu ainda mais e a pressão aos cristãos em todas as esferas da vida também aumentou. Isso é principalmente devido à expansão da guerra civil em mais regiões. Mais do que nunca, cristãos se tornam deslocados internos ou refugiados e vivem em campos de refugiados e deslocados, que não oferecem comida ou os cuidados médicos adequados.

    • Na Lista Mundial da Perseguição 2023, todos os 50 países pontuaram níveis de perseguição extrema e severa. Além dos 50 primeiros colocados da LMP, outros 26 países ficaram na Lista de Países em Observação, sendo cinco deles com mais de 61 pontos e outros 21 com mais de 41 pontos. A lista de países com perseguição extrema se manteve com 11 nações: Coreia do Norte (1), Somália (2), Iêmen (3), Eritreia (4), Líbia (5), Nigéria (6), Paquistão (7), Irã (8), Afeganistão (9), Sudão (10) e Índia (11).

    • Veja a Lista Mundial da Perseguição 2023 completa e os perfis de cada país e outras informações em: www.portasabertas.org.br/lista-mundial



terça-feira, 10 de janeiro de 2023

O Cristão e a Política

 


    Vivemos numa época de polarização política mundo afora.  De um lado está um segmento político que defende o pensamento progressista, ou seja,  a atuação de leis e organizações supranacionais em detrimento as liberdades individuais. Este é visto como oriundo do espectro político de esquerda, que defende uma maior intervenção do Estado na economia e na sociedade. De outro lado está  o segmento político de direita, ou seja, aquele mais voltado aos valores tradicionais, que defende a valorização da soberania e dos costumes de cada nação, bem como os direitos individuais e a  liberdade econômica. 
    Este último segmento político tem sido percebido pela maioria dos cristãos como sendo o  mais viável e condizente com os valores cristãos e portanto digno de apoio.  Há contudo, algumas ponderações a serem feitas com relação a um posicionamento político mais expressivo nos dias atuais  por parte daqueles que aguardam a breve volta de Jesus. 
     Talvez, em algum momento da história, foi importante um engajamento mais efetivo dos cristãos nas causas políticas. Não que hoje  seja proibido aos cristãos participarem do processo político, mas agora no tempo do fim, o foco deve estar na consumação da pregação do evangelho. Sabemos que os fatos se desencadearão conforme o script profético e pouco tempo nos resta neste mundo para lutarmos por vantagens duradouras.
    
    Como cristãos, temos que nos lembrar que o Reino de Deus suplanta  todas as ideologias humanas e todas as organizações políticas. Portanto, ao meu ver, no tempo em que estamos vivendo, nossa exposição no aspecto político não deve alcançar o nível de militância ou de engajamento de forma apaixonada, que tome o nosso melhor tempo e atenção. 
    Se o nosso maior anseio é participarmos do reino do Senhor Jesus, o qual solucionará todas as carências e conflitos humanos, isto deve ter significado e influência em nosso comportamento. Se já não esperamos grandes melhorias no mundo ou na sociedade em que vivemos, pois acreditamos que a solução para os problemas do mundo não esteja no âmbito da política, não faz sentido um  envolvimento participativo intenso. Muitos dão aos segmentos políticos a conotação de um conflito entre o bem e o mal, como se o grande conflito espiritual que se iniciou no céu hoje  se limitasse  ao campo político-partidário. 
    
    As disputas político-partidárias envolvem muito mais que ideologias, envolvem sim interesses pessoais, luta pelo poder, ambições variadas, entre outros interesses. Muitos políticos usam o viés ideológico e o discurso religioso apenas como ferramenta para angariar apoio popular. Mas na prática o exercício do poder posterior não condiz com as posturas proclamadas em palanques e no discurso público.
    Com certeza a política e a administração pública evoluiu positivamente em muitas nações no decorrer da história. Esta evolução basicamente se traduz na consolidação dos direitos individuais decorrentes de um ambiente democrático  e na separação entre Igreja e Estado. Devemos ter um olhar de preocupação com a possibilidade de reaproximação  entre estas duas instituições. 
    Muitos regimes totalitários se utilizam do viés moral e religioso para imporem violações contra as liberdades e direitos fundamentais. Com todos os problemas e abusos que podem ser encontrados num regime político democrático, ainda assim tem qualidade superior a outros regimes políticos encontrados no mundo.  

    Enfim,  o que a Bíblia recomenda e aconselha ao cristão é o respeito e consideração às autoridades constituídas. (Romanos 13:1-5). Ela não aponta ao engajamento e a causa política como um desdobramento do reino de Deus na terra, nem orienta os filhos de Deus à ruptura social, ou a insurgência a certos regimes de governo. 
    Em nossa época, nos momentos finais da história deste mundo, Satanás também usará  a política para desviar o foco dos filhos de Deus. Como ele sabe que pouco tempo lhe resta, qualquer atraso ou baixa disposição na pregação do evangelho é um ganho considerável. Devemos estar atentos às astutas ciladas e distrações do inimigo de Deus (Efésios 6:11-14).
    A escritora inspirada Ellen White, escreveu o seguinte: "Os que são genuinamente cristãos são ramos da Videira verdadeira, e darão o mesmo fruto que ela. Agirão em harmonia, em comunhão cristã. Não usarão distintivos políticos, mas os de Cristo." (Obreiros Evangélicos, pág. 393).
    
    O argumento da sábia escritora considera o contexto do povo de Deus no tempo do fim. Alguém pode dizer que já faz mais de um século que vivemos na expectativa da breve volta de Jesus. Posso dizer, entre outras coisas, que se já faz todo este tempo então estamos no fim mesmo. Para Noé, Deus disse que o fim chegaria depois de 120 anos de pregação. Se, como movimento, já passamos deste período, então agora é hora de pregarmos ainda mais com afinco, fervor e foco. Ao invés de estarmos nos debatendo com questões político-partidárias devemos pensar em como salvar pecadores e assim apressar a segunda vinda do Senhor Jesus.


Aguinaldo C. da Silva
    
    

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Aguardando com entusiasmo e alegria pela segunda vinda de Jesus!


     Neste penúltimo dia de 2022, fiz uma campanha para incentivar o entusiasmo e a alegria na expectação da segunda vinda do Senhor Jesus. Enviei a figura acima para um grande número de amigos e conhecidos através do aplicativo de troca de mensagens Whatsapp.  

    Realmente vivemos em momentos cruciais de mudanças no mundo, sinalizando que logo se desencadeará os eventos finais, conforme está registrado na Bíblia. Se estamos tão perto do Seu retorno, muitos podem perguntar em como se preparar para este tão grande evento. 

    Em termos gerais podemos dizer que devemos estar reconciliados e em constante comunhão com Jesus, guardando a  lei de Deus e testemunhando de sua Palavra. Outro indicativo que deve estar presente em nós é o sentimento de alegria e satisfação pela iminência do retorno de Jesus à Terra. Paulo diz que uma coroa de glória está reservada aos que amam a sua vinda (II Tim. 4.8).

    Este sentimento também serve de termômetro espiritual para os que pretendem estar preparados para o grande dia. Apesar das agruras neste mundo, profetizadas por Jesus como aflições que seus discípulos teriam de passar, a esperança de que logo estaremos na eternidade com Jesus nos traz  alento e alegria. 

    Ao meu ver, pelo que está revelado na Palavra de Deus, este entusiasmo será  efusivo e crescente entre o povo de Deus nos dias finais da história. O chamado "alto clamor" baseado num reavivamento e reforma entre o povo de Deus nos tempos finais, há de proporcionar uma última oportunidade de salvação àqueles que ainda não a aceitaram. Podemos dizer que este fato há de surgir não somente pela observação dos sinais da volta de Jesus que se cumprem de forma massiva em nossa época, mas também pela reflexão madura e iluminada pelo Espírito Santo em perceber que este mundo já não vale mais à pena, que o interesse agora deve estar centrado nas realidades celestiais, de que tudo está cumprido e agora deve ser consumado na segunda vinda. 

    Um gesto simples em enviar aos outros frases de esperança  na segunda vinda de Jesus pode ser considerado algo superficial, corriqueiro ou sem relevância. Mas pense no trabalho do Espírito de Deus em contagiar corações, trazendo mais anseio e convicção nas promessas de Jesus através do testemunho de simples discípulos. Isto pode transformar a igreja e o mundo! Pense você no que pode fazer para se reformar espiritualmente no ano que se aproxima. Não somente em se reformar, mas incentivar a fé de outros. Saiamos da passividade e da letargia, buscando a mudança que nos trará a vitória final.


Aguinaldo C. da Silva

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Os eventos finais serão rápidos!

 

       Uma das certezas que nos apresenta a revelação bíblica é que os eventos finais serão rápidos ou ocorrerão em brusca sucessão, que fará com que muitos sejam tomados de surpresa. A Parábola das Dez Virgens (Mat. 25) entre outras observações feitas por Jesus, dão a entender que o final dos tempos será de forma repentina para muitos.
Isto parece ser surpreendente, frente aos vários sinais apresentados na Bíblia quanto a proximidade do retorno de Jesus Cristo. Parece que as pessoas não dão muita atenção a estes sinais ou alguns considerem que em outras épocas também ocorreram crises ambientais, sociais e políticas, portanto não seria agora um indicativo preciso quanto a chegada do fim da história deste mundo.
Uma coisa importante a ser observada no tempo presente é a simultaneidade na ocorrência de diferentes sinais apontados na Bíblia (guerras, terremotos, fome, pestilências, etc.). Outra questão a ser observada é que para ocorrer os eventos proféticos narrados no Apocalipse, tais como: a dominação do Anticristo e a imposição do sinal da Besta, há a necessidade de unipolaridade no mundo, ou seja, a presença de uma nação ou de uma aliança de nações exercendo liderança global. 
Com o fim da segunda guerra mundial,  a liderança global estava dividida entre os Estados Unidos e a União Soviética, resultando em décadas de "guerra fria", com uma concorrência da influência política na esfera global. Com a queda daquele bloco socialista os Estados Unidos ficaram na liderança, porém surgiu a perspectiva de  outros países ou blocos de países emergentes se contraporem à hegemonia americana.  Agora, em especial a partir da guerra entre Rússia e Ucrânia, surge um alinhamento das potências no mundo. Pelo que temos visto, a liderança global se consolidará no eixo de poder formado entre EUA e União Européia.
Este quadro traz o ambiente necessário para a ocorrência dos últimos cumprimentos proféticos antes do retorno do Senhor Jesus à Terra. Como mencionei anteriormente, sem um alinhamento global não poderia ocorrer o cumprimento profético descrito no Apocalípse. A pergunta que surge é: quanto tempo demorará para ocorrer os eventos finais ou os últimos passos da história humana? A escritora e profetiza Ellen G. White, por volta do início do século XX, escreveu o seguinte:

"As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos." - Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 280 (grifo acrescentado).
"O tempo de angústia, que há de aumentar até o fim, está muito próximo. Não temos tempo a perder. O mundo está agitado com o espírito de guerra. As profecias do capítulo onze de Daniel quase atingiram o seu cumprimento final." - Review and Herald, 24 de novembro de 1904.
"O tempo de angústia - angústia qual nunca houve, desde que houve nação (Dan. 12:1) - está precisamente sobre nós, e somos semelhantes às virgens adormecidas. Devemos acordar e pedir que o Senhor Jesus ponha debaixo de nós os Seus braços eternos e nos conduza durante o tempo de provação à nossa frente." - Manuscript Releases, vol. 3, pág. 305.
"O mundo está-se tornando cada vez mais iníquo. Em breve surgirá grande perturbação entre as nações - perturbação que não cessará até que Jesus venha." - Review and Herald, 11 de fevereiro de 1904.
"Estamos mesmo no limiar do tempo de angústia, e acham-se diante de nós perplexidades com que dificilmente sonhamos." -Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 306.
"Estamos no limiar da crise dos séculos. Em rápida sucessão os juízos de Deus se seguirão uns aos outros - fogo, inundações e terremotos, com guerras e derramamento de sangue." - Profetas e Reis, pág. 278.
Uma das coisas que chama a atenção, das que foram apontadas pela referida escritora é  que os acontecimentos finais serão rápidos. A Bíblia declara que: " Se aqueles dias não fossem abreviados nenhuma carne se salvaria ..." (Mat. 24:22). 
A possibilidade de que estes eventos sejam rápidos encontra respaldo na observação dos fatos atuais, onde vemos o alastramento muito rápido de epidemias e do agravamento da crise ambiental em várias partes do globo. Com o aceleramento do degelo das calotas polares o caos poderá se estabelecer de forma inesperada. Outras possibilidades poderão precipitar o fim repentinamente cumprindo a advertência bíblica de que o retorno de Jesus será  como a visita do ladrão à noite.
Tudo indica que estamos no tempo final da história deste mundo e não adianta conhecer profundamente os sinais observados no tempo presente sem fazer a preparação necessária. Ainda estamos no tempo de graça que logo passará. É preciso viver e pregar o evangelho com toda intensidade e fervor, pois logo será tarde e as oportunidades estarão esgotadas.

Aguinaldo C. da Silva



terça-feira, 12 de julho de 2022

Por que o Domingo é Guardado em lugar do Sábado?

 

Há 1.700 anos, os domingos começaram a ser o que são hoje na maioria dos países do mundo: um dia de descanso. Esse é um daqueles dados que, se te deixares levar pela curiosidade, te leva a descobrir muitas outras questões interessantes. 

Vamos começar sendo exatos: tudo começou em 7 de março de 321, ou seja, um milênio, sete séculos e uma semana atrás. Uma semana que já consistia em sete dias. Por que exatamente sete, não seis, oito ou mesmo dez, como os dos antigos egípcios ou os do calendário republicano francês que foi usado entre 1792 e 1806?

Bem, embora seja uma constante em quase todas as culturas, não há nenhuma boa razão que o justifique; na verdade, vários pensadores ao longo da história desafiaram essa convenção com argumentos filosóficos, matemáticos e políticos, mas a semana de sete dias persiste. Pensa-se que foi concebido há 4.000 anos, quando os mesopotâmicos resolveram o problema de dividir o mês em períodos mais curtos. Sua duração estava ligada à rotação da Lua ao redor da Terra, 29,5 dias, então eles simplesmente arredondaram esse número para 28 e o dividiram em quatro períodos de sete dias. Com isso, estabeleceram um ritmo matemático artificial que tornava a organização do dia a dia mais gerenciável: se você precisava, por exemplo, que vendedores viessem ao mercado oito vezes por mês, podia definir dias precisos que se repetiam independentemente das imprecisões da natureza. A ideia tornou-se particularmente difundida depois que a cultura babilônica se tornou dominante por volta do século 6 aC.

Por que Martes depois de Lunes? Séculos depois, os romanos batizavam os dias com os nomes de seus deuses e os organizavam de acordo com um elaborado sistema de horas planetárias, segundo o qual cada hora do dia era governada por uma divindade. Aquele que governou a primeira hora do dia deu-lhe o nome dela. Parece complicado, mas o resultado será extremamente familiar:

Dies Solaris / dia do Sol

Dies Lunae / dia da Lua

Dies Martis / dia de Marte 

Dies Mercurii / dia de Mercúrio

Dies Jovis / dia de Júpiter

Dies Veneris / dia de Vênus

Dies Saturn / dia de Saturno

Na maioria das línguas baseadas no latim, os nomes dos dias da semana ainda revelam essa conexão com os planetas clássicos: lunesmartesmiércolesjuevesviernes... sábado e domingo? Não. Embora "sábado" comece como Saturno, vem da palavra hebraica shabbat ou descanso. "Domingo" também tem raízes religiosas, só que com um culto relativamente mais recente.

Além da semana com todos os seus dias nomeados e organizados, o brilhante conceito de "dia de descanso" também existia há milênios, e os primeiros a adotar a estrutura da semana de sete dias com uma de descanso foram provavelmente os judeus . Só que esse dia era sábado. Mas naquele 7 de março de 321, o imperador romano Constantino, o Grande, emitiu um Édito declarando que o domingo deveria ser o dia de descanso:

No venerável dia do Sol, os magistrados e as pessoas que residem nas cidades possam descansar, e que todas as oficinas sejam encerradas. No campo, porém, as pessoas que se dedicam à agricultura podem continuar livre e legalmente com suas tarefas, porque muitas vezes acontece que outro dia não é adequado para semear grãos ou plantar vinhas; para que, por negligenciar o momento apropriado para tais operações, a generosidade do céu não seja perdida. 

Como todos os políticos de sucesso, Constantino era um mestre da ambiguidade e seu Édito atingiu um equilíbrio delicado entre os princípios religiosos e o pragmatismo econômico. Embora hoje seja lembrado como o primeiro imperador cristão, ele também foi associado ao culto do Sol Invicto, que aparecia até em suas moedas. Escolher o domingo como dia de descanso fazia muito sentido politicamente. Embora fosse nominalmente um dia de trabalho, já havia cristãos em todo o império que dedicavam o domingo ao culto religioso, embora aqueles que viviam em Roma ou Alexandria tendessem a preferir o sábado, o sábado judaico. Mais importante, a maioria dos não cristãos considerava o domingo um dia especial, pois geralmente era o dia de pagamento. E talvez também crucialmente, era o dia especial do Sol Invicto, um culto oficial no Império desde 274 que era particularmente atraente para as classes senatoriais superiores. 

Na verdade, o próprio Constantino, embora promovendo ativamente a Igreja Cristã, ao longo de sua vida reconheceu Sol Invictus como um deus. Ele só foi batizado na fé cristã em seu leito de morte e até hoje o debate continua se ele foi um verdadeiro convertido ou se aproveitou da Igreja como uma força unificadora. 

Nem todos os cristãos acolheram bem o edito de Constantino e, séculos depois, ainda havia grupos que preferiam o sábado. Tanto é assim que no Sínodo de Laodiceia, que ocorreu por volta de 363-364 DC, foi incluído um cânon - o 29º - que afirma que "os cristãos não deviam judaizar descansando no sábado, mas sim trabalhar naquele dia em vez de honrá-lo como o dia do Senhor; e, se puderem, descansem como cristãos". Aqueles que afirmavam seguir a Cristo e não obedeciam seriam considerados "anátemas", ou seja, seriam amaldiçoados, excluídos e rejeitados como membros da comunidade. Com a mudança da celebração do sábado para o domingo, foi adotado um novo termo, "Dia do Senhor" ou Dies Dominicus, daí a palavra "Domingo".  

Fonte: BBC

Nota : A matéria deixou claro que a troca do dia de guarda pelos cristãos foi decorrente da ação do imperador Constantino, motivado por suas crenças  baseadas em outras bases religiosas (Sol Invictus) e não na Bíblia, decretou ser o primeiro dia da semana um dia de guarda. O texto também relata que  parte dos cristãos não concordou com a mudança continuando a guardar o sábado.

terça-feira, 28 de junho de 2022

Ucrânia x Rússia - O que está por trás desta guerra e quem vencerá?

 

A guerra entre Rússia e Ucrânia não se trata de um mero conflito bélico entre duas nações. Por trás deste conflito há interesses supranacionais, ou seja, a busca pelo predomínio ou hegemonia global. As nações do oriente passaram a se expandir economicamente nas últimas décadas. A China saltou no ranking econômico dos países do 15º lugar na década de setenta,  para o 5º lugar em 2005  e depois para o  2º  lugar em 2010, onde permanece até hoje. E com este crescimento impressionante se estima que até 2028 ultrapasse os EUA, passando para o primeiro lugar no ranking das principais economias do mundo.

    O crescimento econômico  acompanhado pela expansão militar leva a ambição por maior influência política, seja no contexto regional ou mundial. Segundo o especialista em relações internacionais Heni Ozi Cukier, será inevitável um conflito militar  entre a China e a potência hegemônica atual, EUA. <veja aqui>. O conflito entre Rússia e Ucrânia abriu caminho para a antecipação desta realidade, sendo um teste de forças entre as potências do oriente e do ocidente, avaliando-se a possibilidade de uma transição de poder. 
    Há a impressão de que o ocidente leva certa vantagem nesta disputa, isto por conta do domínio econômico, especialmente pelo controle dos instrumentos que regulam a economia global. Mas  outros analistas consideram que que não será estabelecida uma nova ordem global inteiramente liderada pelos EUA e os países da Europa. Para isto estariam se mobilizando os países que integram o BRICS com intuito de criarem um novo fluxo econômico que não dependa das  potências do ocidente. 
   
     Parece ainda não muito claro como ficará a economia mundial dentro desta nova ordem mundial a ser estabelecida. No entanto, as profecias bíblicas   dão uma indicação clara do predomínio político das nações do Ocidente no tempo do fim. Na profecia de Daniel 2, ali o texto termina dizendo que "nos dias destes reis será lançado uma pedra que destruirá a estátua nos pés de ferro e de barro." (Daniel 2:34,35).
    A estátua do sonho do rei Nabucodonosor descreve em linguagem profética a passagem dos impérios globais que  surgiriam na história. O texto diz que  o lançamento de uma pedra   finalizará  a história deste mundo. Isto ocorrerá quando os reis ou povos que sucederam o último império mundial estiverem reinando. 
    Interpretamos que os dedos dos pés da estátua em parte de ferro e em parte de barro, sejam os 10 povos que surgiram no fim do império Romano e que resultaram  nas nações da Europa da atualidade. Enquanto estas nações estivessem tendo predomínio político, bem como a besta apocalíptica oriunda da terra (EUA), estivessem exercendo uma liderança na influência política, Cristo, a pedra da profecia, virá interromper a história, pondo um ponto final e estabelecendo uma nova era para a humanidade.
    
    A profecia de Daniel não fala de  um novo império mundial surgindo do oriente  ou de qualquer outra parte do globo terrestre no final dos tempos, mas diz que as nações que resultaram do império Romano ou que descenderam de sua cultura e religião estariam em evidência.
    Isto é algo notável dentro do escopo profético bíblico, indicando que estamos muio perto do fim  ou próximos de uma nova era para a humanidade. Talvez a volta de Cristo não se dê durante ou no final do conflito entre Rússia e Ucrânia, mas este evento com certeza se trata de um  desdobramento dos fatos que irão preparar o mundo para os eventos finais da história. 
    Para alguns há uma orquestração, por parte de uma suposta elite global, que desempenha um papel fundamental nos eventos  que estão mudando o mundo. Mas  o que a Bíblia nos revela é que estamos vivenciando o desfecho de um grande conflito que se iniciou no céu, no qual os verdadeiros orquestradores são agentes espirituais que influenciam e manipulam  os poderes humanos como pedras de um grande tabuleiro.


Aguinaldo C. da Silva

terça-feira, 1 de março de 2022

O Conservadorismo como justificativa ao Autoritarismo


     Nos últimos tempos temos visto o "conservadorismo" como instrumento político de conquista do eleitorado ou forma de captação de apoio popular. Líderes políticos, geralmente de postura nacionalista, tem apresentado um discurso conservador e isto tem atraído uma parcela da sociedade ligada a fé e aos valores religiosos.

    Esta postura conservadora na política parece ser algo positivo, pois caminhamos num tempo em que os valores morais e os princípios religiosos estão sendo desprezados. Posturas e ideologias liberais estão surgindo e muitas vezes se tornam uma ameaça aos valores cristãos.  Mas uma coisa que não podemos perder de vista é a amplitude dos princípios morais. Neste aspecto temos que julgar as coisas na sua integralidade. Neste aspecto tem que ser dito que os fins nunca justificam os meios, ou seja, um mal não pode ser combatido por meios ilícitos ou por instrumentos não baseados na  verdade.  

    Em termos práticos podemos dizer que um líder político não pode se perpetrar no poder às custas da liberdade de seu povo, sacrificando princípios democráticos consolidados. Infelizmente esta é a tônica de de regimes totalitários no mundo. Sabemos que a democracia não é um regime perfeito, mas é o melhor que temos ou que foi produzido até aqui. Regimes autoritários  se caracterizam pelo cerceamento da imprensa,   proibição da livre expressão de pensamento, realização de processos eleitorais fraudulentos, cassação de opositores, não permissão de transparência em processos e atos governamentais. Podemos citar como exemplos destes regimes: China, Rússia, Cuba, Coréia do Norte e alguns países islâmicos.

    Sendo assim vem a pergunta: Até que ponto vale à pena apoiar um regime autoritário pelo motivo deste resguardar uma agenda conservadora? A resposta a isto demanda uma observação histórica. Regimes do passado, como o Nazismo e o Fascismo, também se demonstravam "conservadores" em muitos aspectos e isto acabou atraindo  apoio popular. Talvez a melhor forma de discernir a validade de um regime político é observando seus frutos. Tais regimes citados acabaram causando genocídios, perseguição e discriminação. Geralmente são movidos por um interesse ambicioso de expansão,  que leva à tentativa de conquistar outras nações. 

    Portanto, em resumo, o que  pretendo dizer é que o "conservadorismo", muitas vezes, pode ser apenas um rótulo de atração de apoio popular usado na política, mas que pode esconder uma índole  maligna e repulsiva. Um bom governo se caracteriza pela valorização da vida, pelo futuro das próximas gerações, por priorizar o bem coletivo global e não somente o individual. 

    Um governante correto não pode se preocupar só com o que acontece dentro das fronteiras de seu território ou se interessar apenas pelo que traz vantagem ao seu país. Um bom governo, nos dias atuais, tem que ser também um estadista, alguém comprometido com a manutenção da paz, a contenção da injustiça e a proclamação da verdade onde quer que seja.

    Vivemos num tempo no qual as coisas se confundem facilmente e a observação superficial das coisas pode levar a equívocos irreparáveis. Isto também envolve o contexto político. Sabemos que, segundo a  Bíblia, não podemos esperar um futuro brilhante para nosso mundo, mas podemos, por boas escolhas, amenizar os males que estão por vir. Em outras palavras, não podemos mudar a trajetória profética dos eventos finais, mas podemos e devemos  agir sim conforme  a nossa consciência aponta ser mais digno, justo e honesto no sentido amplo ou mais abrangente possível. Seguir ou deixar se orientar por rótulos superficiais, informações sem fonte fidedigna ou teorias mirabolantes,  pode ser um ledo engano.

Aguinaldo C. da Silva