sexta-feira, 6 de novembro de 2020

A polarização política e os eventos finais

    Vivemos num tempo de forte polarização política e ideológica sem igual em outros tempos. Nos EUA,   os partidos Republicano e Democrata assumem o protagonismo das disputas político-partidária naquele país, onde o partido Republicano defende  valores conservadores, bem como o capitalismo liberal e o nacionalismo como regente da política externa, ou seja, os EUA em primeiro lugar. Já o partido democrata defende um maior intervencionismo do Estado na economia. No cenário externo manifesta um alinhamento com as agendas globalizantes defendidas por lideranças políticas da Europa e de grupos de ativismos socioambientais. 
         Com relação a recente disputa política norte-americana, vimos que Donald Trump perdeu a reeleição por questões relacionadas a severidade da pandemia da Covid-19 em seu país, que causou além de muitas mortes,  uma crise econômica bem grave. Isto indica que diante de uma crise ou situação de risco as populações tendem a aceitarem um maior intervencionismo do Estado.  As pessoas aceitam perder direitos individuais desde que lhes seja garantido  segurança e perspectiva de futuro. Ações invasivas  do Estado que comprometem a liberdade individual e mesmo a privacidade passam a serem aceitas diante de uma crise ampla e grave. Temos como exemplo disto inúmeras situações decorrentes de guerras, epidemias ou catástrofes naturais.
       Como cristãos leitores da Bíblia sabemos  que os últimos dias neste mundo, segundo o Apocalipse, o livro que narra eventos relacionados ao tempo do fim, será marcado por crises agudas e globais. Por outro lado o mesmo livro narra que se levantará um poder que trará uma imposição arbitrária que impedirá de comprar ou vender a todos aqueles que não aceitarem tal imposição (Apoc. 13). 
      Segundo a escritora e profetiza Ellen White, em sua obra "O Conflito dos Séculos", partirá dos EUA a iniciativa de impor um sinal ou marca que se infringida impedirá as pessoas de comprar ou vender. Confesso que, por algum tempo, duvidei de tal previsão, em especial no tempo da guerra fria, em que os EUA e União Soviética disputavam espaço na geopolítica internacional. Hoje a hegemonia econômica e militar estadunidense torna a citada previsão plenamente possível. 
      Em decorrência do agravamento dos problemas ambientais de amplitude global, torna claro a necessidade de uma liderança política, que poderá ser exercida por uma nação, que determine ações e projetos exemplares ao restante do mundo. Na minha opinião somente os EUA tem a qualificação necessária para desempenhar este papel, tendo em vista sua influência política e econômica.
     Não podemos dizer que será um presidente republicano ou um democrata  quem trará as medidas que envolverão a violação da consciência das pessoas. Apenas é sabido que o partido Democrata é vinculado solidariamente as agendas globais e que é adepto a um intervencionismo maior por parte do Estado. Outrossim reconhecemos que os ingredientes para uma "tempestade  perfeita" estão diante de nós. Nunca se falou tanto numa crise ambiental global como agora. O propalado aquecimento global e suas consequências econômicas e sociais tiram o sono das grandes lideranças do mundo. Esta é uma crise que já é denominada de "emergência climática". O mundo sonha por  medidas ou por um projeto que seja suficientemente eficaz em conter tal ameaça.   
     Os cristãos que conhecem a Bíblia sabem que a solução definitiva para todos os problemas do mundo virá somente com a segunda vinda do Senhor Jesus. E que os problemas verificados hoje e que nos trazem tanta preocupação são sinais que indicam a proximidade de Sua volta. Sendo assim percebemos o quanto estamos nos aproximando do fim desta era e da consumação dos séculos.
     Sobre a questão da polarização política e ideológica hoje presente no mundo, percebemos que o Apocalipse também apresenta uma polarização religiosa no tempo do fim. De um lado estarão o grupo dos seguidores do Cordeiro, que  receberão o seu selo (Apoc. 14.4; 17.14) e de outro lado estará o grupo dos que seguem a Besta e receberão sua marca (Apoc. 13,15; 19.20). Toda a humanidade estará dividida entre estes dois grupos. 
     O que vai fazer a diferença nesta ocasião não será as preferências políticas manifestadas hoje, mesmo  que os partidos de direita estejam melhor alinhados aos princípios defendidos pela Bíblia. O fator preponderante no tempo do fim envolverá um tema que vai além de questões éticas, dirá respeito diretamente ao tema adoração. Portanto, na hora da provação  final que envolverá o mundo, o divisor de águas será a fidelidade e a  obediência à  palavra de Deus e aos seus mandamentos (Mat. 7.21). 
     Em face dos sinais decorrentes do cenário político e religioso hoje no mundo, cabe ao fiel cristão buscar o preparo adequado. Não sabemos ao certo quando será a volta de Jesus, mas reconhecemos os sinais de sua proximidade. Se ainda decorrerá uma década ou mais, não se pode afirmar com precisão,  mas nunca se pode relacionar tantos fatos à segunda vinda de Jesus como agora. Estejamos  preparados, nosso Senhor logo Virá!


Aguinaldo C. da Silva 

 
 

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