sábado, 27 de junho de 2020

A Lei como regra de vida !



       Há diferentes segmentos e igrejas cristãs que desconsideram o real valor e sentido da lei, dizem que a lei deixou de ser válida na era do Novo Tempo ou que foi abolida na cruz. Algumas declarações de Paulo são tomadas isoladas ou fora de contexto para basear esta visão sobre a lei.
No entanto, as declarações de Paulo expõe sua inutilidade para justificação do pecador. Diante da lei não encontramos salvação, mas percepção do pecado. "Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado." (Rom. 3;20).

       Paulo coloca em vários de seus escritos a verdadeira função da lei, no seu sentido primário a lei é um parâmetro para a vida, um instrumento pautador da conduta, uma regra áurea. " Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás." (Rom. 7:7)

       A Lei tem também o papel de revelar o caráter de Deus, que é amor (I João 4.16). Jesus confirmou o conceito expresso por certo doutor da lei: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e o teu próximo como a ti mesmo." (Lucas 10.27-28). 
     A expressão da Lei é o amor, uma expressão que se realiza quando os seus mandamentos são praticados ou adotados na  vida prática. Não é possível dizer que a manifestação espontânea de amor  dispense a guarda ou observância dos mandamentos individualmente. Mas a manifestação do amor só será legítima se envolver a observância dos mandamentos. O amor ao próximo se concretiza quando os mandamentos da lei (não matar, furtar, adulterar ...) são  individualmente observados.

      Há, em nossa época, a ideia de que Jesus substituiu a lei pelo amor quando disse: "Um novo mandamento voz dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós ..." (João 13.34). Sem querer fazer uma análise exegética completa do texto, em poucas palavras podemos entender que Jesus queria enfatizar uma forma mais intensa de amor, que estava ligada ao fato da morte próxima que Ele sofreia dando a vida pelos pecadores, assim nós também devemos dar a vida pelos irmãos.  Em nenhum lugar dos evangelhos Jesus relativiza, aboli ou diminui o valor da Lei, mas contrariamente a isto Ele diz que não veio abolir a lei e qualquer que alterasse os mandamentos seria considerado o menor no reino dos céus (Mat. 5.17,19).

      Voltando ao apóstolo Paulo, este não declara a abolição da lei na era do Novo Testamento, mas sua validade ainda em seus dias. Ele disse: "E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom... Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor, assim que eu mesmo com entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne a lei do pecado" (Rom. 7:12,25).

       A pergunta que se levanta é: Se a lei não salva ou justifica, como foram salvo os fiéis da era do Antigo Testamento?
"Portanto, que diremos do nosso antepassado Abraão? Se de fato Abraão foi justificado pelas obras, ele tem do que se gloriar, mas não diante de Deus. Que diz a Escritura? "Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça". Ora, o salário do homem que trabalha não é considerado como favor, mas como dívida. Todavia, àquele que não trabalha, mas confia em Deus que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça." (Rom. 4.1-5).
 
       Abraão foi justificado pela fé, apesar de ter guardado todos os mandamentos durante a sua vida (Gên. 26.5). Pois a salvação pela fé é a única forma que Deus usou tanto na era do Antigo quanto do Novo testamentos.
      Mas se a lei tinha como objetivo e utilidade pautar a conduta e instruir as pessoas, por que foi concedida em tábuas de pedra quatro séculos depois? O deserto foi para os israelitas uma experiência de reabilitação, após um longo período de escravidão no Egito e esquecimento dos princípios e valores transmitidos aos patriarcas. Deus pretendia formá-los como uma nação com um propósito especial: ser uma luz e uma bênção para as demais nações (Gên. 12,3).

Christopher Wright comenta:

“No Sinai, Deus entrou numa aliança com o povo de Israel (e com o restante das nações em vista) chamando‑o para ser seu representante (sacerdotalmente) e para ser separado (santo). Ele lhe deu um dom da graça – não para que pudessem merecer sua salvação, uma vez que já haviam sido redimidos, mas para moldá‑los como um povo modelo, a fim de fossem uma luz para as nações.” 1

       O propósito de moldar o seu povo conforme a imagem do Senhor Jesus é a intenção de Deus em todas as eras. Para isto a lei foi concedida como parâmetro de conduta ou regra de vida. Disse o salmista que bem aventurado é quem "tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite." (Salmos 1:2). 
       Se referindo a Nova Aliança, Paulo afirma citando Jeremias, que o  objetivo de Deus  é escrever os mandamentos no coração de seus filhos. É na  nova aliança a ocasião que se realizará tal intensão divina.
 
"Porque esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo." (Hebreus 8:10).

Que nossa vida seja pautada pela lei de Deus e que sua eficácia seja a marca de nosso discipulado - com frutos caracterizados pelo Seu amor!


Aguinaldo C. da Silva


1 WRIGHT, Christopher J. H. A missão do povo de Deus : uma teologia bíblica da missão da igreja / Christopher J. H. Wright ; tradução Waléria Coicev. São Paulo : Vida Nova 2012. p. 51
  

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Babilônia e o Remanescente Fiel

O Apocalipse  descreve Babilônia como a grande cidade que dá a beber a muitos o vinho de sua devassidão (Apoc. 18.3). Babilônia é citada no Novo Testamento como sendo Roma (I Pedro 5.13). Também é descrita pelo Apocalipse como assentada sobre sete montes (Apoc.17.9). É a cidade que reinava sobre os reis da Terra no tempo de João (Apoc.17.18).

Roma no aspecto religioso se revela como um arcabouço crescente de religiões pagãs, conforme outras civilizações eram conquistadas e seus deuses colocados no Panteão romano. Este espírito sincretista foi assimilado posteriormente pela igreja cristã  congregando várias doutrinas, crenças e tradições de diferentes fontes.
Podemos entender a igreja na Idade Média como fruto da amalgamação entre o cristianismo e o paganismo  e  outras fontes obscuras ou avessas à Bíblia. Portanto Roma sob o espírito de Babilônia é absorvida pela igreja cristã. O espírito sincretista de Babilônia faz com que hoje haja uma assimilação macroecumênica de diferentes  segmentos religiosos. Entre os quais podemos citar:

- Espiritismo moderno, Umbanda, Candomblé;
- Paganismo e orientalismo (Budismo, Xintoísmo, Induísmo, e outras religiões orientais);
- Parapsicologia, Ufologia;
- Medicina holística, terapias exotéricas;
- Pentecostalismo, Carismatismo, (enfoque no falso dom de línguas);

O espiritualismo é o pano de fundo que agrega todas estas correntes citadas acima. Foi no jardim do Éden que Satanás primeiramente atuou se disfarçando  através da mediunidade. De lá para cá tem usado outros estratagemas, como a crença na imortalidade da alma, para atrair e enredar as pessoas para si. Esta crença está na raiz do espiritismo e presente nas demais religiões não bíblicas. É um dos mais bem sucedidos estratagemas do enganador. Mas há também a operação de prodígios e sinais enganadores (II Cor. 11.14).

Este último artifício citado é uma das formas mais sutis de atuação, pois é geralmente revestido de um viés bíblico, tentando se passar pelo Espirito Santo de Deus. Este é o mais bem sucedido artifício enganador  da atualidade. Milhares pensam estarem sendo agraciados com o poder do alto, com a chuva serôdia do Espírito de Deus, quando estão sendo, na realidade, iludibriados pelo poder apóstata.

No contexto de Babilônia, os segmentos religiosos mencionados anteriormente compõe o grande escopo de enganos, citados no Apocalipse como sendo o vinho de Babilônia (Apoc. 17.2,4).   Este vinho é servido a todos que não terão o nome escrito no livro da vida (Apoc. 17.8). No tempo do fim há uma polarização entre os seguidores da Besta e do Cordeiro, entre os que receberão a marca ou o sinal da Besta e os que receberão o selo de Deus (Apoc, 13.16; Apoc. 9.4).  

O grupo que  receberá o selo de Deus se identificou com a verdade, ouvindo e atendendo o apelo do anjo que conclama a sair de Babilônia (Apoc. 18.1-4). No último tempo antes de segunda vinda do Senhor Jesus é ouvida a mensagem angélica: "Sai dela (Babilônia) povo meu!"  Uma mensagem crucial, veemente, imprescindível.

O anjo, no contexto dos capítulos 14 e 18, representa um mensageiro, que pode ser um grupo de cristãos ou movimento religioso incumbido de uma obra específica no plano divino. Este grupo também é descrito como um resto da semente da mulher (igreja) que se manteve fiel aos mandamentos de Deus e ao testemunho de Jesus (Apoc. 12,17).

 Este grupo remanescente  é descrito no final do capítulo 12, capítulo que descreve simbolicamente a história da igreja cristã. Assim  no último desdobramento da Reforma Protestante, surge um grupo guiado pelo Espírito Santo, pois Ele é quem guia toda verdade (João 16.13),  completando a obra de retorno às verdades bíblicas. O movimento de retorno à Bíblia não ocorreu de forma rápida, mas delongou alguns séculos. A grande maioria dos movimentos e grupos que surgiram na época da Reforma se limitaram a visão de seus líderes, não prosseguindo com o processo de volta à Bíblia. Só um pequeno grupo, descendente do movimento Adventista, chega na primeira metade do século XIX com  uma visão mais ampla da Palavra de Deus, restabelecendo as doutrinas originais do Cristianismo.

A missão do remanescente fiel no último tempo é tão difícil e dura quanto a missão dos profetas Sabemos que boa parte dos profetas de Deus foram perseguidos e hostilizados, pois sua mensagem é de reprovação e censura aos pecados e erros praticados. Malaquias descreve que antes do grande e terrível dia do Senhor virá Elias para advertir e exortar o mundo (Mal. 4,5) . Este papel, segundo Jesus, foi desempenhado na sua primeira vinda por João Batista (Mat.17.12), Na sua segunda vinda será pelo remanescente fiel apontado no Apocalipse. 

Para fazer parte do remanescente fiel no tempo do fim é necessário além de aceitar as verdades bíblicas, também entender e aceitar a forma como Deus tem guiado e conduzido o seu povo. Que Ele não age pelo ímpeto e propósito da contradição, da dissensão ou do mero sectarismo, mas quer conduzir seu povo à unidade da fé e da comunhão em amor (João 17.21). Portanto agora,  num tempo de multiplicidade de denominações, igrejas ou grupos de cristãos, a profecia do Apocalipse apresenta apenas dois grupos que se unirão em torno da verdade ou do erro, um seguindo a Besta e outro o Cordeiro. 

O rompimento com Babilônia tem que ser completo e pleno. A mensagem conclama a sair dela para  não ser alvo da ira divina e não receber as pragas que cairão sobre a Terra (Apoc.18.4). O fiel tem que estar distanciado completamente do vinho (doutrinas e crenças) de Babilônia. Não há espaço para negociação ou jogo de interesses, pois Babilônia se tornou morada de demônios e coito de todo espírito imundo e toda ave imunda (Apoc. 18.2). 
Babilônia se tornou a estrutura criada pelo maligno mais poderosa para produzir o engano no decorrer de todos os tempos. A saída dela decorre de uma decisão pessoal com base na sinceridade, amor à verdade e discernimento espiritual. Uma decisão que resultará em consequências eternas!


Aguinaldo C da Silva

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Papa Francisco diz que pandemia pode ser resposta da natureza


O Papa Francisco afirmou que a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) é uma das respostas da natureza pela humanidade “ignorar as crises ecológicas”. Em um e-mail divulgado nesta quarta-feira (08), o pontífice orientou que as pessoas reduzam a produção e o consumo, e aprendam a contemplar o mundo natural.

“Não respondemos às catástrofes. Quem fala sobre os incêndios na Austrália, ou se lembra que, há 18 meses, um barco poderia cruzar o Pólo Norte pois as geleiras derreteram? Quem fala das enchentes?”, alertou o Papa. 
“Não sei se isso é uma vingança da natureza, mas com certeza são respostas”, adicionou. A pandemia mudou radicalmente as atividades no Vaticano, onde o Papa celebrará a Missa de Páscoa para uma igreja vazia. 

O Papa tem 83 anos e já teve complicações pulmonares quando era jovem. Ele foi testado duas vezes para a Covid-19, mas os resultados foram negativos. Como parte do novo procedimento, o Vaticano afastou o Papa de qualquer pessoa que possa ter o vírus. Atualmente, Francisco faz suas refeições no quarto e costuma higienizar as mãos antes e depois de encontrar convidados. 

Francisco também afirmou em uma entrevista que está se recuperando do quadro de bronquite. Ele costuma rezar em seus aposentos para que os “tempos de incerteza”  passem logo, se confessando todas as terças para pedir desculpas pelo egoísmo. 


Na última semana, o Papa criticou veementemente a imagem em que moradores de rua aparecem dormindo em um estacionamento em Las Vegas (EUA). “Os sem-teto foram colocados de quarentena em um estacionamento enquanto os hotéis estão vazios”, questionou o Papa.

Fonte: IG-Ultimo Segundo

NOTA
A questão ambiental tem se tornado o catalisador para o desenvolvimento de uma Nova Ordem Mundial. Uma das recomendações do Papa Francisco para a contenção dos problemas   ambientais é o descanso dominical, como está proposto na Encíclica Laudato si. Sabemos que o repouso sabático é uma instituição divina estabelecida na Criação. No entanto este repouso foi estabelecido no dia de sábado, o sétimo dia da semana, e não no domingo, o primeiro dia da semana, o qual era o dia de adoração do deus Sol na antiguidade entre os pagãos. Agora, no final dos tempos, esta questão (adoração) irá ser  o divisor de águas entre os seguidores do cordeiro e os seguidores da besta, conforme nos indica o livro do Apocalipse nos capítulos 13 a 17. Estejamos preparados para escolher a verdade, custe o que custar, e receber o Eterno de fronte erguida no dia da volta de Jesus.

sábado, 28 de março de 2020

Papa reza só e concede indulgência plenária por pandemia de coronavírus

Papa Francisco rezou nesta sexta-feira (27) sozinho diante da imensa praça de São Pedro vazia e deu a bênção e a indulgência plenária ao mundo pela pandemia de coronavírus que o assola. Não há registro de gesto semelhante na história do Vaticano.
Foi um ritual inédito, durante o qual ele deu a bênção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo) a todos os fiéis.
A bênção permite que mais de 1,3 bilhão de católicos obtenham a indulgência plenária, ou seja, o perdão de seus pecados, em um momento tão difícil, com medidas de confinamento que afetam mais de 3 bilhões de pessoas.
A bênção extraordinária Urbi et Orbi é a mesma que os pontífices costumam transmitir apenas em 25 de dezembro e no domingo de Páscoa, datas em que se lembra o nascimento e a morte de Jesus.
A imagem do chefe da Igreja católica orando sozinho diante da imensa esplanada pelo fim da guerra contra um inimigo invisível é quase cinematográfica.
Fonte: G1

Nota. O Papa usando de uma de suas prerrogativas como sumo pontífice ou Pontífice Maximus, título herdado do imperador romano, concede indulgência plenária a todos os católicos. É importante destacar que a indulgência plenária foi instituída durante a Idade Média e nada mais é que  uma afronta ao ministério intercessório do Senhor Jesus no santuário celestial (Hebreus 7,8,9). A mediação entre Deus e os pecadores é de exclusividade  do Senhor Jesus (I Timóteo 2:3-6) e o poder de perdoar pecados é um atributo divino. Lembremos do episódio em que Jesus foi acusado pelos judeus de blasfêmia porque perdoava pecados, assim se colocando como Deus (Marcos 2:5-7). Todas estas ações do mandatário maior da igreja Católica contradizem a Palavra de Deus e são o cumprimento de Daniel 7, onde diz que um poder chamado de "ponta pequena" iria jogar a verdade por terra, atacar os santos do Altíssimo e seu santuário. Este poder que teve domínio temporal por 1260 dias proféticos ou anos literais (538 d.C a 1798 d.C) voltará a ter predominância no final dos tempos, conforme as profecias de Apocalipse capítulos 13 e 17).

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Não existe nível seguro de consumo de álcool, mostra pesquisa

Uma má notícia para quem gosta de tomar uma taça de vinho no fim do dia, acreditando ser um hábito saudável.
Um novo estudo global, publicado na revista científica The Lancet, confirmou o que algumas pesquisas anteriores diziam: não existe um nível seguro para o consumo de álcool.
Os pesquisadores admitem que beber moderadamente pode proteger contra doenças cardíacas, mas sugerem que o risco de desenvolver câncer e outros males se sobrepõe aos benefícios.
De acordo com os autores do estudo, essas descobertas são as mais significativas já realizadas até hoje, devido à variedade de fatores levados em conta na pesquisa.

Quão arriscado é beber moderadamente?

O estudo, que faz parte da série Fardo Global das Doenças (GBD, na sigla em inglês), analisou os níveis de consumo de álcool e seus efeitos sobre a saúde em 195 países de 1990 a 2016.
Na pesquisa, realizada com participantes de 15 a 95 anos, os cientistas compararam pessoas que não bebem álcool com consumidores de bebida alcóolica.
E descobriram que, dos 100 mil abstêmios, 914 desenvolveram problemas de saúde relacionados ao álcool, como câncer, ou sofreram alguma lesão.
Já quem toma diariamente uma dose - equivalente a 10 gramas de álcool puro - apresenta um risco 0,5% maior, se comparado a quem não bebe.
Se o consumo for de duas doses por dia, o risco sobe para 7%. E, no caso de cinco doses diárias, chega a ser 37% maior.
"Um drinque por dia significa um aumento pequeno do risco, mas se você ajusta isso à população do Reino Unido, representa um número muito maior. E a maioria das pessoas não toma apenas uma bebida por dia", diz a médica Sonia Saxena, pesquisadora do Imperial College London, no Reino Unido, uma das autoras do estudo.
"Estudos prévios identificaram um efeito protetor do álcool em relação a algumas condições, mas descobrimos que os riscos combinados à saúde associados ao álcool aumentam com qualquer quantidade (consumida)", completa Max Griswold, principal autor da pesquisa, da Universidade de Washington, nos EUA.
"A forte associação entre o consumo de álcool e o risco de câncer, lesões e doenças infecciosas compensa os efeitos protetores contra doenças cardíacas."
"E embora os riscos para a saúde do álcool comecem pequenos, com uma dose por dia, eles crescem rapidamente à medida que as pessoas bebem mais", alerta.
No Reino Unido, o sistema de saúde recomenda, desde 2016, que homens e mulheres não bebam mais do que 14 "unidades" de álcool por semana, o equivalente a seis pints (medida inglesa que corresponde a 560 ml) de cerveja de moderado teor alcoólico ou a dez taças pequenas de vinho de baixo teor alcoólico.
Na época, a professora Dame Sally Davies, chefe de saúde do governo britânico, observou que qualquer quantidade de álcool poderia aumentar o risco de câncer.
Fonte: BBC
Nota. De fato, o álcool não traz qualquer benefício para a saúde. O propalado benefício do vinho está tão somente no resveratrol que a uva contém e não no teor alcoólico da bebida mais comum desta planta.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

O que vai motivar o cumprimento profético escatológico

     Conforme artigo publicado na Folha Uol, que pode ser lido <aqui> , o planeta Terra está atingindo o recorde de concentração de gases que causam o efeito estufa. Segundo dados colhidos em 2017, subiu 41%, desde 1990, no efeito de aquecimento causado pelas emissões. 

     "Os dados científicos são inequívocos. Caso não sejam reduzidas rapidamente as emissões de gases do efeito estufa, e em particular do Co2 (dióxido de carbono), as mudanças climáticas terão consequências irreversíveis e cada vez mais destrutivas para a vida na Terra.", disse Petteri Taalas, secretário-geral  da Organização Meteorológica Mundial  (OMM), agência da ONU. Segunda esta agência da ONU, as concentrações na atmosfera de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), três gases causadores do efeito estufa, voltaram a aumentar no ano passado "para estabelecer novos recordes" em escala global.

O secretário Taalas afirmou ainda que "o período favorável para ação está prestes a acabar". A COP24 sobre o clima que ocorrerá em dezembro deste ano em Katovice na Polônia, irá finalizar o Acordo de Paris, que objetiva limitar o aquecimento climático a menos de 2 Cº em relação ao nível da revolução industrial.

"A tendência é preocupante. Há uma diferença entre ambição e realidade", diz o professor Pavel Cabat, diretor do departamento de pesquisa da OMM, em entrevista coletiva. A alta comissária da ONU dos direitos humanos, Michelle Bachelet, pediu a comunidade internacional que "tome medidas eficazes, ambiciosas e urgentes", para conter a mudança climática. "Nações inteiras, ecossistemas, povos e modos de vida, poderão simplesmente deixar de existir", afirma ela.

"E nada indica a inversão desta tendência, que é, porém, o fator determinante da mudança climática, da elevação do nível do mar, da acidificação dos oceanos, do aumento do número e da intensificação e número fenômenos meteorológicos extremos", afirma a OMM.

Em face dos dados publicados acima e do posicionamento de grandes nações, como os EUA, pode-se prever que as metas para conter as emissões que causam o  aquecimento global irão fracassar. O governo dos EUA abandonou o acordo de Paris em junho de 2017, sob a alegação de que a economia americana, que é considerada a locomotiva da economia mundial, não pode ser prejudicada em seu crescimento ou deixar de alcançar o pleno desenvolvimento.

Por outro lado, passa a ser cada vez mais premente a questão ambiental. Já não se pode duvidar de que em algum tempo o nível dos mares e dos oceanos irão subir de fato e que outras tantas previsões sombrias se tornarão realidade. Parece ser apenas uma questão de tempo para que o quadro ambiental se agrave grandemente  e as tragédias ambientais  se intensifiquem de forma alarmante. Dentro deste quadro, tentativas para minorar tal problemática irão surgir. Uma das possíveis será a paralisação de todas atividades econômicas durante um dia por semana. Um dia em cada sete corresponde a quase quinze por cento de consumo e emissões poluentes a menos, o que ambientalmente faz uma considerável diferença.

Há mais de um século a escritora norte-americana Ellen G. White previu que antes da segunda vinda de Jesus Cristo a este mundo, seria decretado pelo governo norte-americano, e posteriormente pelos demais governos da Terra,  o repouso dominical obrigatório. Segundo esta previsão, este decreto se tornará uma afronta ao verdadeiro dia de repouso apontado na Bíblia, o sábado. Segundo a referida autora, a adesão ou rejeição a esta postura determinará os verdadeiros adoradores no contexto final da história deste mundo. 

Diversas correntes evangélicas preveem um anticristo de ideologia marxista, oriundo de algum país do antigo bloco soviético ou de algum canto da Ásia. No entanto a figura do anticristo é proveniente do próprio meio cristão ocidental, como visionavam os protestantes no início do Movimento de Reforma. Lembrando que o anticristo não é somente uma entidade que se opõe a Cristo, mas também que se coloca no lugar dele.  

O desencadeamento dos eventos finais e das profecias escatológicas não virão, ao contrário do que muitos pensam, por motivos ideológicos contrários ao cristianismo, ou de matriz ideológica ateísta, mas por motivos que  já visualizamos no presente, alimentado por doutrinas presentes na maioria das igrejas nominalmente cristãs.  

Aguinaldo C. da Silva


terça-feira, 2 de outubro de 2018

“Ideologia de gênero é abuso infantil em larga escala”, afirma especialista

A ideologia de gênero está revelando-se “abuso infantil em larga escala” e representa uma ameaça aos direitos básicos das crianças, concluiu um painel do Values ​​Voter Summit, a maior reunião política anual de conservadores nos Estados Unidos. Diante de centenas de pessoas reunidas no evento na capital Washington, o psiquiatra Paul McHugh e a pediatra Michelle Cretella falaram sobre os danos que a ideologia de gênero representa para as crianças. “Nosso país está promovendo abuso infantil em grande escala”, disse Cretella em sua palestra. “E meu campo de atuação é cúmplice. Pediatria, psiquiatria, nosso sistema educacional a mídia de massa e mídia social, todos contribuem.”

Ela fez um alerta para que os conservadores parem de utilizar a linguagem dos ativistas transgêneros. Todo ser tem um sexo biológico, não deveríamos nos render ao conceito artificial de “gênero” ou falarmos sobre uma “identidade de gênero” determinada pela mente e não pelo DNA, explicou.

Cretella, diretora executiva da Universidade Americana de Pediatria, descreveu os efeitos da medicação sendo administrado em crianças que sofrem de “disforia de gênero”. O Lupron, por exemplo, é usado para tratar a puberdade precoce em crianças, câncer de próstata em homens e endometriose em mulheres. A droga, no entanto, pode ter sérios efeitos colaterais, incluindo fraturas ósseas e perda de memória.

O medicamento nunca foi testado ou aprovado para tratar crianças fisicamente saudáveis ​​com disforia de gênero, uma patologia psiquiátrica. Os hormônios que alteram o sexo podem aumentar o risco de ataques cardíacos, derrames, coágulos sanguíneos, diabetes, vários tipos de câncer e instabilidade emocional nas crianças. “Essa é a mesma instabilidade que as drogas supostamente aliviariam em jovens disfóricos”, explicou.

“O sexo não é atribuído pelas pessoas. Eu não atribuo sexo aos meus pacientes quando os vejo na sala de parto. Ele se mostra e nós reconhecemos isso. Nossos corpos nos dizem quem somos”, continuou Cretella.

Em todo o mundo, os encaminhamentos médicos para disforia de gênero em que os jovens estão buscando a transição para o sexo oposto aumentaram astronomicamente. Dados divulgados na semana passada mostram que na Inglaterra os casos aumentaram mais de 4.000% nos últimos anos.
Em grande parte, isso ocorreu por causa das ações realizadas por pediatras que se revelam verdadeiros ativistas. A ideologia de gênero, acrescentou Cretella, ameaça outras liberdades. “Se as crenças individuais superarem a realidade, nossos direitos desaparecerão. Não será mais aceito nenhum direito dos pais, nenhum direito religioso… Supressão total. Precisamos nos posicionar não apenas por causa de nossos filhos, mas em defesa de nossas liberdades mais básicas”, disse ela.
Contágio de ideias pela internet

Em sua fala, o Dr. Paul McHugh, psiquiatra da Universidade Johns Hopkins, citou um estudo de longo prazo feito na Suécia, onde a taxa de suicídio de pacientes submetidos a cirurgia de redesignação sexual é 20 vezes maior que a da população em geral.