terça-feira, 22 de abril de 2025

O maior estratagema do Anticristo !

 

    

    O maior disfarce usado por Satanás no cenário do grande conflito cósmico entre o bem e o mal é a aparência benigna ou piedosa. Sempre usou a mentira e o disfarce para alcançar seu intento. Desde o  jardim do Éden  até os dias atuais esta é a estratégia usada. Por isto o apóstolo Paulo advertiu os irmãos dizendo que ainda que viesse um anjo pregando outro evangelho, este deveria ser considerado anátema (maldito) - (Gálatas 1:8).

     Também o referido apóstolo exortou aos crentes de sua época a observarem bem para não serem enganados por líderes disfarçados de pessoas piedosas ou religiosas.

 "E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.  Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras." (II Coríntio 11:14-15). 

    Assim a figura do anticristo, que desempenhará um papel relevante no tempo do fim, se caracterizará. Não será alguém com aspecto maligno ou anticristão, mas oriundo do próprio seio da igreja  e com características aparentemente elogiáveis.

    Podemos afirmar, pelo que revela  a Bíblia, que o anticristo não é apenas um indivíduo específico que surgirá no fim dos tempos, mas uma sistema religioso-político que se opõe a Cristo enquanto finge representá-Lo. Esse sistema é identificado, principalmente, com o poder simbolizado pelo "chifre pequeno" de Daniel 7, a "besta" de Apocalipse 13, e o "homem do pecado" de 2 Tessalonicenses 2.

Características do Anticristo:

  1. Blasfêmia contra Deus – Reclama autoridade divina, como perdoar pecados ou se colocar no lugar de Deus.

  2. Perseguição aos santos – Historicamente, perseguiu aqueles que se mantiveram fiéis às Escrituras.

  3. Mudança da lei de Deus – Tenta alterar os tempos e a Lei.

  4. Surgimento após o Império Romano – Se levanta entre os dez reinos após a queda de Roma, como previsto em Daniel.

  5. Liderança religiosa mundial – Ganha poder e influência global, atraindo a adoração do mundo.


    Ainda, pelo que revela a Bíblia, podemos traçar um quadro comparativo entre as características do anticristo com as características do próprio Cristo. 



  

    Um dos aspectos centrais da obra do anticristo é que ele  se apresenta como representante de Deus (II Tess. 2:3-4). A aparência de piedade, mencionada em 2 Timóteo 3:5, esconde uma realidade de rebelião contra os princípios do evangelho. Trata-se de um engano sofisticado, pois apela à tradição, à beleza do ritual, e à autoridade, enquanto contradiz a verdade bíblica.

Esse tipo de engano:

  • Conquista corações por meio do emocional e do tradicional, em vez de apelar à razão e à Escritura.

  • Ofusca a verdade com uma fachada de santidade, levando muitos a seguir líderes ou instituições que parecem espirituais, mas estão em desacordo com a Palavra de Deus.

  • Prepara o mundo para o clímax do conflito, quando a liberdade de consciência será ameaçada e a verdadeira adoração será o teste final.

    Concluindo podemos entender que o anticristo é um sistema de engano religioso que, sob aparência de santidade, promove a rebelião contra Deus. O maior perigo está justamente em sua aparência de piedade, pois engana até os sinceros que não estão firmemente alicerçados na Palavra. O grande conflito, então, é travado no campo da adoração, da obediência e da verdade — entre o evangelho puro de Cristo e o sistema de engano promovido por Satanás.


quinta-feira, 10 de abril de 2025

Trump e a nova ordem econômica mundial

 



    Por décadas ouvimos rumores da formação de uma nova ordem mundial baseada na circulação de uma moeda comum global que ocupe o lugar do dólar e seja ainda mais eficaz como instrumento de desenvolvimento econômico.  

    O dólar é a principal moeda de reserva internacional desde o Acordo de Bretton Woods (1944). Ele é usado em mais de 80% das transações cambiais globais; também em contratos de commodities (como petróleo e ouro).  Reservas internacionais dos bancos centrais também são feitas em dólar. Essa posição dá aos EUA um poder imenso na capacidade de emitir dívida em sua própria moeda. Também confere uma grande influência política e econômica global, podendo estabelecer  sanções econômicas com grande alcance.

    Há uma conexão interessante entre as ações protecionistas do governo Trump e a preservação da hegemonia do dólar no cenário internacional — especialmente se analisarmos à luz das discussões (ainda hipotéticas) sobre uma moeda única mundial. Para a extrema direita norte-americana o projeto de uma ordem econômica global baseado em uma moeda única global é visto quase como algo subversivo.

    Por outro lado, nas últimas décadas, surgiram planos e esforços para reduzir a dependência do dólar que podem ser vistos como ameaças à sua hegemonia. Além da proposta da moeda única global (como já foi discutida no FMI com os SDRs), a adoção de moedas regionais (como o euro ou as propostas na Ásia/América do Sul), são fatores que depreciam o dólar no papel que vem assumindo há décadas.  Acordos bilaterais em moedas locais (como China e Rússia têm feito), também são tentativas de substituir o dólar, além das criptomoedas como alternativa descentralizada.

    A resposta "America First" e a preservação do dólar denota a reação que a liderança política norte-americana faz para manter os EUA no topo da influência global. Quando Trump impôs tarifas e pressionou parceiros comerciais, ele sinalizou que os EUA estavam dispostos a usar todos os instrumentos de poder econômico — inclusive o controle sobre o sistema financeiro global — para proteger seus interesses. Isso pode ser interpretado de duas maneiras:

  • Defensiva: Uma tentativa de preservar a centralidade do dólar num cenário em que alternativas começavam a surgir;

  • Ofensiva: Um uso mais explícito do dólar como ferramenta geopolítica — algo que desestimula a criação de alternativas, pois quem controla o dólar controla o jogo.

    As medidas protecionistas e tarifárias do governo Trump, assim como as políticas econômicas dos EUA em geral, estão indiretamente ligadas à preservação do dólar como moeda dominante no comércio internacional e ao enfraquecimento de iniciativas que poderiam levar a uma moeda única globalOu seja, mesmo com custos, muitos países podem entender que ainda vale a pena manterem-se na estrutura econômica centrada no dólar, que arriscar alguma alternativa que não tenha o peso econômico dos EUA.

    Toda esta dinâmica exposta denota que há um poder crescente para estabelecer o domínio econômico global, conforme revela a profecia que está no capítulo 13 do livro de Apocalipse. Mais do que nunca vemos as páginas da história se revolverem diante dos nossos olhos, dizendo que estamos muito perto do desfecho final da história deste mundo.


segunda-feira, 7 de abril de 2025

Colapso global corre risco de acontecer já no próximo ano, segundo físicos

 


A data em questão é tratada como um ponto de inflexão para a humanidade.

Um estudo científico trouxe uma previsão alarmante sobre o risco de acontecer uma catástrofe global para o dia 13 de novembro de 2026.

O relatório, intitulado Doomsday: Friday, 13 November, A.D. 2026, não aponta para desastres naturais como causadores do possível colapso, mas para a incapacidade da Terra em sustentar o crescimento populacional projetado.

Segundo o estudo conduzido pelo cientista austro-americano Heinz von Foerster e seus colegas em 1960, a manutenção do ritmo de crescimento da população global observado na época levaria a um ponto crítico em 2026.

Onde os recursos naturais e a infraestrutura global não seriam suficientes para suportar a demanda humana.

Deste modo, o fato resultaria em escassez massiva de alimentos, água e outros recursos essenciais, precipitando uma crise global.

Com isso, os autores do estudo basearam suas conclusões em modelos de crescimento exponencial da população e seu impacto no equilíbrio dos recursos naturais do planeta. Catástrofe global corre risco de acontecer já no próximo ano, segundo os físicos.


Fonte: MSN

Nota. Alguém pode dizer que se trata de mais uma noticia sensacionalista da mídia especulativa. Mas o que vemos são as crises se somando nos últimos tempos. Depois da grande ameaça do covid 19, com possível retorno a qualquer momento através de uma variante do coronavírus, surgiram guerras de consequências globais, se acumulando ao que foi mencionado se prevê uma crise econômica global sem precedentes por causa das medidas radicais tomadas pelo governo dos EUA. Sabemos que o futuro deste mundo está nas mãos do Criador, só Ele determinará o momento do fim, ou melhor, da recriação de todas as coisas conforme está revelado na Sua palavra. Estejamos preparados porque Ele logo virá!

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Crise climática a caminho de destruir o capitalismo

 


  A crise climática está a caminho de destruir o capitalismo, alertou uma importante     seguradora, com o alto custo dos impactos climáticos extremos deixando o setor financeiro     incapaz de operar.

O mundo está se aproximando rapidamente de níveis de temperatura em que as seguradoras não poderão mais oferecer cobertura para muitos riscos climáticos, disse Günther Thallinger, do conselho da Allianz SE, uma das maiores seguradoras do mundo. Ele disse que sem seguro, que já está sendo retirado em alguns lugares, muitos outros serviços financeiros se tornam inviáveis, de hipotecas a investimentos.

As emissões globais de carbono ainda estão aumentando e as políticas atuais resultarão em um aumento na temperatura global entre 2,2C e 3,4C acima dos níveis pré-industriais. O dano a 3C será tão grande que os governos não conseguirão fornecer resgates financeiros e será impossível se adaptar a muitos impactos climáticos, disse Thallinger, que também é presidente do conselho de investimentos da empresa alemã e foi anteriormente CEO da Allianz Investment Management.

  O negócio principal do setor de seguros é a gestão de riscos e há muito tempo leva os perigos    do aquecimento global muito a sério. Em relatórios recentes, a Aviva disse que os danos  climáticos extremos para a década até 2023 atingiram US$ 2 trilhões, enquanto a GallagherRE disse que o valor era de US$ 400 bilhões em 2024. A Zurich disse que era "essencial " atingir o zero líquido até 2050.

Thallinger disse: “A boa notícia é que já temos as tecnologias para mudar da combustão fóssil para energia de emissão zero. A única coisa que falta é velocidade e escala. Isso é sobre salvar as condições sob as quais os mercados, as finanças e a própria civilização podem continuar a operar.”

Nick Robins, presidente do Just Transition Finance Lab na London School of Economics , disse: “Esta análise devastadora de um líder global em seguros define não apenas a ameaça financeira, mas também civilizacional, representada pela mudança climática. Ela precisa ser a base para uma ação renovada, particularmente nos países do sul global.”

“O setor de seguros é um canário na mina de carvão quando se trata de impactos climáticos”, disse Janos Pasztor, ex-secretário-geral assistente da ONU para mudanças climáticas.

Fonte: The Guardian


Nota. 
Mesmo reconhecendo que a crise climática afeta a todos, em especial aos mais pobres, pelo que foi expresso acima há um grande resultado negativo também para os detentores do poder econômico. Estes, em muitos casos, auferiram grandes riquezas através da opressão e da exploração de classes  economicamente inferiores na sociedade. Por isto a Bíblia adverte que chegará o dia (já chegou) que muitos lamentarão pela perda de suas riquezas acumuladas.
 

"Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. 

 As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. 

 O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. 

 Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos." (Tiago 5:1-4).

sexta-feira, 28 de março de 2025

Como celebrar o dia de sábado!

 


    Mergulhar no espírito sabático para a guarda do sétimo dia da semana (o sábado) é uma prática que envolve preparação espiritual, mental e prática para honrar esse dia como um tempo de descanso, renovação e conexão com Deus. Aqui estão algumas orientações para ajudá-lo nesse processo:

1. Compreenda o Significado do Sábado

  • O sábado é um dia sagrado estabelecido por Deus na criação (Gênesis 2:2-3) e reafirmado nos Dez Mandamentos (Êxodo 20:8-11).

  • É um tempo para descanso, adoração e celebração do relacionamento com Deus.

2. Planeje-se Antecipadamente

  • Organize sua semana: Finalize suas tarefas seculares e domésticas antes do pôr do sol da sexta-feira.

  • Prepare refeições simples e organize a casa para evitar trabalho desnecessário no sábado.

3. Entre no Sábado com Reverência

  • Celebração do pôr do sol: Muitos observadores do sábado iniciam o dia com uma oração ou leitura bíblica ao pôr do sol na sexta-feira.

  • Convide Deus para estar presente, agradecendo pelas bênçãos da semana.

4. Descanse do Trabalho

  • Evite atividades que envolvam trabalho secular, compras ou tarefas rotineiras.

  • Encontre tempo para relaxar e renovar suas forças físicas e mentais.

5. Dedique-se à Adoração

  • Participe de serviços religiosos, estudos bíblicos ou encontros comunitários.

  • Use o tempo para ler a Bíblia, meditar e orar.

6. Reconecte-se com a Criação e com as Pessoas

  • Passe tempo na natureza para refletir sobre as obras de Deus.

  • Reforce laços familiares ou ajude outras pessoas por meio de atos de bondade.

7. Encerre o Sábado com Gratidão

  • Ao pôr do sol no sábado, agradeça a Deus pelo descanso e pelas bênçãos do dia.

  • Reflita sobre como o sábado renovou sua fé e deu perspectiva para a nova semana.

8. Cultive uma Mentalidade de Paz

  • O espírito sabático não é apenas sobre o descanso físico, mas também sobre deixar de lado preocupações e ansiedades, confiando que Deus cuida de tudo.


A guarda do sábado é uma prática pessoal e espiritual que cresce com o tempo. Pequenos passos na preparação e dedicação podem transformar a experiência em algo profundamente significativo.


sábado, 22 de março de 2025

E depois que vamos a Cristo ?



Quando atendemos ao chamado de Jesus, o “vinde a mim” (Mateus 11:28), somos acolhidos por seu amor, perdão e graça. Este é o começo de uma nova jornada espiritual, uma caminhada que não se limita apenas à experiência inicial da conversão, mas que se estende por toda a vida. Seguir a Cristo implica transformação, compromisso e entrega total. Há três passos na experiência com Cristo (Mat. 11:28-30). O primeiro passo é ir a Cristo. O segundo passo é tomar sobre si o Seu jugo, que é a Sua vontade para nossa vida. O terceiro passo é  aprender com Ele a andar no caminho. E neste aprendizado podemos citar alguns tópicos de relevante significação.

Negar a Si Mesmo

Jesus nos desafia a irmos além de um simples reconhecimento de sua autoridade. Ele declara: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23). Negar a si mesmo significa abrir mão de nossos desejos egoístas, ambições mundanas e priorizar a vontade de Deus. É uma renúncia constante, que exige humildade para reconhecer nossa dependência d’Ele.

Tomar a Cruz

Tomar a cruz é um convite para enfrentar desafios, oposições e sacrifícios em nome de Cristo. Isso não significa apenas suportar dificuldades, mas abraçar a vontade de Deus, mesmo quando ela exige esforço, coragem e perseverança. A cruz simboliza tanto sofrimento quanto vitória, pois é por meio dela que encontramos a verdadeira vida em Cristo.

Andar em Obediência

A caminhada cristã também é marcada pela obediência à Palavra de Deus. Jesus disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (João 14:15). Isso envolve estudar as Escrituras, viver segundo seus princípios e permitir que o Espírito Santo molde nosso caráter. A obediência não é um fardo, mas uma expressão de amor e gratidão por tudo o que Deus fez por nós.

Amar ao Próximo

Outra implicação essencial de seguir a Cristo é o mandamento de amar ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22:39). Esse amor não se limita a palavras, mas se manifesta em atitudes de compaixão, perdão, generosidade e justiça. Amar como Jesus amou significa acolher os marginalizados, perdoar os que nos feriram e servir com humildade.

Permanecer em Cristo

A caminhada cristã exige uma conexão constante com Jesus. Ele nos instrui: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós” (João 15:4). Permanecer em Cristo envolve oração, meditação na Palavra e uma vida em comunhão com Deus e com os irmãos na fé. É dessa relação que recebemos força, direção e paz para perseverar.

Frutificar para o Reino

Por fim, seguir a Cristo significa produzir frutos que glorifiquem a Deus. Como ramos ligados à videira, somos chamados a manifestar o fruto do Espírito em nossas vidas – amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22-23). Além disso, somos convocados a compartilhar o evangelho e fazer discípulos, contribuindo para o crescimento do Reino de Deus.

Conclusão

Após atender ao “vinde a mim” de Jesus, somos inseridos em uma jornada de transformação que se realiza pela obra do Espírito Santo. Neste caminho há sinergia e interação. Quando respondemos positivamente aos apelos e solicitações do Espírito Santo a obediência e o serviço serão visíveis em nossa vida. Outras expressões de amor também estarão presentes. A caminhada com Cristo implica em uma vida de renúncia, obediência e amor, vivida na dependência do Espírito Santo. Embora repleta de desafios, ela também é marcada por alegria, paz e esperança, pois sabemos que caminhamos com o próprio Deus e somos sustentados por sua graça abundante.

 


Quem é a Babilônia do Apocalipse?

 


sábado, 15 de março de 2025

Imortalidade da alma ou ressurreição dos mortos?


      A obra: 'Imortalidade da Alma ou Ressurreição dos Mortos?', escrita pelo renomado teólogo Oscar Culmann em meados do século XX sacudiu o mundo cristão da época, chamando a atenção para algo que é revelado pela Escritura Sagrada e corroborado pela própria lógica, ou seja,  que são incompatíveis entre si as crenças da  imortalidade da alma com a ressurreição.

    Segue abaixo um trecho da introdução da referida obra:

"Se perguntássemos hoje a um cristão comum ( quer um bem versado protestante ou católico, quer não) sobre o que ele pensa ser o ensino do Novo Testamento a respeito do ensino do homem após a morte, com poucas exceções saberíamos a resposta: ' A imortalidade da alma.'  No entanto essa  ideia amplamente aceita é um dos maiores equívocos do cristianismo. Não há razão para tentar esconder este fato, ou clamufá-lo, reinterpretando a fé cristã. Isto é algo que deve ser discutido com toda franqueza.

Mas, será mesmo verdade que a fé dos primitivos cristãos na ressurreição é incompatível com o conceito grego da imortalidade da alma? Não ensina o Novo Testamento, sobretudo o Evangelho de João, que já temos a vida eterna? Será que a morte no Novo Testamento é sempre concebida como o "último inimigo" duma maneira diametralmente oposta à do pensamento grego, que vê na morte um amigo?  Não escreve Paulo: "Ó morte, onde está o teu aguilhão?" Veremos no final que existe pelo menos uma analogia, mas primeiro salientar as diferenças fundamentais entre os dois conceitos."   

    A doutrina da imortalidade da alma é incompatível com a ressurreição porque, entre outras coisas, antecipa a recompensa eterna desfazendo a necessidade do juízo, também acaba desfazendo a realidade e consequência ultima do pecado. Porque me preocuparei em abandonar o pecado se sou inerentemente imortal? 
    Esta falsa doutrina que adentrou no seio do cristianismo  foi resultado do sincretismo religioso e cultural nos primeiros séculos, sobretudo pela influência grega. A Bíblia ensina que o homem é mortal em virtude da queda no pecado (Gên 2.17, Rom. 5:12-21). A condição da imortalidade só será possível depois da ressurreição para os que morrerem salvos ou para os que estiverem vivos na segunda vinda de Jesus e serão transformados num abrir e piscar de olhos. (I Cor, 15:51-52). Saiba mais <aqui>.