Muitas  pessoas associam o “castigo  eterno” (Mt 25:46) com a crença popular de um  inferno no qual os  ímpios serão queimados por toda a eternidade. Mas, sendo  assim, por que  o pecado, que não é eterno, teve um início mas nunca poderá ter  fim?  Por que uma criança que viveu apenas 12 anos neste mundo e morreu  deveria  ser submetida às chamas torturantes do inferno por toda a  eternidade, à  semelhança dos maiores criminosos da História? Não  estaria essa crença medieval  distorcendo o conceito bíblico de um Deus  justo e amoroso?
É  certo que a Bíblia  relaciona o “castigo eterno” dos ímpios com o “fogo  eterno” (Mt 18:8; 25:41) ou  “fogo inextinguível” (Mc 9:43) que os  haverá de destruir após o milênio (Ap  20:7-15). Mas esse fogo será  “inextinguível” no sentido de que não se apagará  enquanto não houver  cumprido completamente a sua missão destruidora.  Será “eterno” em suas  conseqüências. Aqueles que forem por ele destruídos jamais  voltarão à  existência. Judas 7 coloca a destruição de Sodoma, Gomorra e das   cidades circunvizinhas (ver Gn 19:1-29), que não estão queimando até  hoje, como  um “exemplo do fogo eterno”.
“A  Bíblia esclarece que a sentença punitiva de  cada impenitente será  diretamente proporcional às suas obras” (Ap 20:11-15; ver  também Mt  25:41-46). Cristo declara, em linguagem metafórica, que alguns serão   castigados no juízo final com “poucos açoites” e outros com “muitos  açoites”  (Lc 12:47 e 48). E o livro do Apocalipse afirma que o diabo, a  besta e o falso  profeta “serão atormentados de dia e de noite, pelos  séculos dos séculos” (Ap  20:10). Mas mesmo esse tormento mais  prolongado haverá de os  destruir completamente, não deixando deles “nem  raiz nem ramo” (Ml 4:1). O  pecado e o sofrimento tiveram um início,  e terão também um fim. Chegará o dia em  que não haverá mais “lágrimas”,  nem “luto, nem pranto, nem dor” (Ap 21:4).
Fonte: Sétimo Dia 









