"Mas são as próprias leis da natureza e sua forma matemática,
inesperadamente simples, que eu desejo apresentar como demonstração da
existência de um plano. Permita-me lembrar um exemplo concreto. Nos
últimos cinco anos, mais ou menos, os cientistas começaram a se dar
conta de que as leis da Física, aparentemente, só podem produzir os
componentes da criação, habituais em nossa vizinhança, e mantê-los em
funcionamento (as galáxias, as estrelas, os átomos e, sobretudo, nós, os
homens) se todos se comportam sempre da mesma forma. Quer dizer, se as
chamadas constantes da natureza não se desviam muito dos valores
realmente médios.
Constantes da natureza são, por exemplo, a
massa de um bloco de pedra ou os componentes do núcleo de um átomo, a
força de atração entre cargas elétricas, o efeito recíproco entre
diferentes campos de força, etc. Os investigadores que se ocupam destas
coisas só enxergam uma cadeia de casualidades improváveis ou casos de
encontros acidentais, dos quais depende a existência do Universo. Uma
das variações insignificantes seriam suficientes para modificar
drasticamente esse mundo, ou mesmo destruí-lo. Dito de outro modo, se
esses fatores houvessem sido desde o princípio menores ou maiores, pouco
se fosse, do que são hoje, não teria sido possível surgir a vida e,
sobretudo, nenhuma vida inteligente.
Por exemplo, no caso da
gravitação, seriam mais que suficientes uma debilitação ou um aumento
pequeníssimo para produzir uma catástrofe cósmica. Caso fosse provocada
uma desordem na relação de forças entre a gravitação e os fenômenos
eletromagnéticos, todas as estrelas, inclusive o nosso Sol, se
converteriam ou em gigantes azuis ou em anões vermelhos. Em toda a
parte, encontramos, à nossa volta, provas de que a Natureza fez tudo de
forma correta. O resultado é, portanto, que as leis fundamentais, se
expressam matematicamente, não apenas apresentam grande elegância,
simplicidade e lógica interna, mas também permitem a existência de
sistemas, por exemplo, planetários, com espaços adequados que são,
simultaneamente, estáveis e complexos, a fim de proporcionar a base para
a vida racional.
Isso significa que a nossa própria existência
está escrita nas leis da natureza. Evidentemente, parece que fazemos
parte de um grande plano, e aqui chegamos a uma conclusão. Quem aceitar
que a nova Física fornece provas da existência de um plano do Universo
enfrentará, em seguida, a questão: quem é o planificador? Mas a esta
altura precisamos abandonar o campo da ciência, que se ocupa apenas do
mundo natural, para passar ao campo da Teologia. A nova Física, sem
dúvida, dá nova direção ao nosso pensamento, mostra-nos um Universo que é
muito mais do que uma casualidade colossal e sem sentido. Eu, de minha
parte, creio que por trás de nossa existência há um sentido mais amplo."
Nota. Se os organismos mais sofisticados na natureza já são uma evidência clara do Criador, agora a própria Física abre um leque de evidências quanto a existência de planejador atuando no Cosmos. Resta ainda alguma dúvida? A aceitação da existência de Deus ainda é uma escolha, pois Deus é um ser democrático, Ele prefere não existir para aqueles que não o aceitam, apesar de mantê-los por sua benevolência, mas a realidade objetiva é que Deus existe como ser absoluto e razão deste Universo!
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