sábado, 25 de março de 2017

Crise nas Carnes - Oportunidade de Mudança

   Com a operação deflagrada pela Polícia Federal denominada "carne fraca", uma cenário de crise passou a ameaçar uma parte da sociedade. Em especial aqueles que trabalham em frigoríficos ou se alimentam consumindo bastante carne.

   Verdade é que toda crise traz consigo oportunidades de mudança e progresso. Ao invés de ficar lamentando os riscos de comer carne estragada ou com papelão misturado, entre outras impurezas, pode-se mudar de alimentação.

   Já é sabido que o consumo de carne é desfavorável para o ambiente ou negativo para a natureza, ecologicamente falando. Para 1 kg de carne de gado produzida é consumido aproximadamente 15.500 litros de água. Grandes áreas de florestas são devastadas para o cultivo de pastagens. Os gases intestinais  do gado são agentes causadores  do efeito estufa. Para alimentar o gado é consumido uma quantidade enorme de proteína vegetal, que poderia ser a solução para a falta de alimentos no mundo. 

   Outra alegação que também nos faz pensar é no sofrimento causado aos animais, tanto no abate quanto no manejo, transporte, etc... Esta é uma questão que apela para as nossas sensibilidades e que nos questiona se precisamos de fato, para sobreviver, causar a morte de tanto animais.

   Bom, depois de ficar receosos e enojados com o que foi mostrado pela  operação "carne fraca", e pensando nas questões abordadas anteriormente, resolvemos, eu e os demais de minha família, abandonar o consumo de carne no cotidiano, nos permitindo apenas comer alguma carne socialmente. Com esta atitude também esperamos alguma melhora em nossa condição de saúde, tais como: redução de peso e melhora nos níveis de colesterol no sangue.   

   Esta é uma proposta muito válida para os dias de hoje e na região onde vivemos, pois além de nos livrar de uma série de resíduos nocivos da carne (toxinas, hormônios, antibióticos) podemos  ingerir mais substâncias benéficas a saúde presentes nas frutas e nas verduras. Se das crises podemos tirar alguma vantagem,  acredito que ao menos nesta consegui tal objetivo.

Aguinaldo C. da Silva

domingo, 29 de janeiro de 2017

AMM - Ministério sobre duas rodas

    Faz alguns meses que tive a oportunidade de conhecer o AMM - Adventist Motorcycle Ministry, que pode ser traduzido por Ministério de Motociclistas Adventistas. Este é um motoclube especial, pois congrega pessoas que não somente querem desfrutar da companhia de outros amantes das duas rodas, mas que acima de tudo se consideram missionários de Jesus.

     O AMM surgiu na Flórida - USA, aproximadamente há oito anos e hoje está presente em mais de dez países, inclusive no Brasil. Tive oportunidade de saber de sua existência pela TV Novo Tempo e posteriormente pelo site: www.amm-brasil.org, onde há informações detalhadas desta instituição.

     Como sou motociclista logo fiz minha inscrição e hoje sou diretor de um pequeno grupo na cidade de Criciúma.
     A figura acima é apenas ilustrativa, mas abaixo está uma foto do nosso grupo com outros membros do grupo de Florianópolis. A foto foi feita durante o escudamento dos membros de nosso grupo, que ocorreu na igreja da Próspera em Criciúma, há poucos dias. Este ministério objetiva agregar motociclistas cristãos de espírito desprendido e generoso, que busquem compartilhar um pouco de seu tempo para testemunhar e desfrutar de um ambiente de acolhimento cristão.
  A todos que quiserem conhecer melhor e fazer parte do AMM - Brasil, devem acessar o site https://www.amm-brasil.org/ e saber onde há uma sede mais próxima de sua cidade.

Relógio do Apocalipse fica mais perto da meia-noite

As declarações do presidente Donald Trump e o "escurecimento do panorama da segurança global" tornaram o mundo um lugar mais instável, afirmou nesta quinta-feira o Boletim de Cientistas Atômicos, que adiantou seu simbólico Relógio do Apocalipse 30 segundos mais perto da meia-noite.

Este relógio, uma metáfora do quão perto a humanidade está de destruir o planeta, tinha mudado pela última vez em 2015, de cinco para três minutos para a meia-noite.

Segundo o mecanismo simbólico, quanto mais perto os ponteiros estiverem da meia-noite, maior é o risco de destruição da humanidade. Agora, o relógio está a dois minutos e meio do fim.
A decisão de mover ou não os ponteiros do relógio é liderada por um grupo de cientistas e intelectuais que inclui 15 prêmios Nobel. 

"O aumento dos nacionalismos estridentes no mundo todo, os comentários do presidente Donald Trump sobre as armas nucleares e as questões climáticas" são algumas das razões pelas quais se decidiu mover o ponteiro, disse o grupo em um comunicado.

Também foram citados "o escurecimento do panorama da segurança global, acompanhado por uma tecnologia cada vez mais sofisticada, e a crescente indiferença pelo conhecimento científico".

O Relógio do Apocalipse foi criado em 1947 e, desde então, a hora foi alterada em 19 ocasiões, que vão desde os dois minutos que faltavam para a meia-noite em 1953 até os 17 minutos de 1991.

"O Boletim nunca antes tinha decidido adiantar o relógio em grande parte pelas declarações de uma só pessoa", disseram dois dos cientistas, Lawrence Krauss e David Titley, em uma coluna de opinião no jornal The New York Times.

"Mas quando essa pessoa é o novo presidente dos Estados Unidos, suas palavras importam", alertaram.

Fonte: Uol
NOTA. Um fato notório com relação aos últimos dias é a conjuntura de sinais e fatores mundo afora. Nunca se viu o agravamento de problemas que afetam tantas pessoas. Mudanças climáticas, ameças de exterminação em massa por armas nucleares e ações terroristas, enfim é uma gama de fatores de efeito global. Como já me referi a este fato anteriormente, isto é ao mesmo tempo motivo de tristeza e alegria. Tristeza pelo aumento do sofrimento e alegria porque este logo vai passar com a volta de Jesus e o fim do mal e do pecado.

sábado, 12 de novembro de 2016

Papa e evangélicos assinam documento: “O que nos une é maior”

Uma nova declaração conjunta foi assinada em cerimônia ecumênica na Suécia, no último 31 de outubro, pelos líderes do Vaticano, incluindo o Papa e as principais lideranças da igreja luterana européia. 
 Por ocasião do início das comemorações dos 500 anos da Reforma Protestante, foi celebrada uma reunião que pode ser considerada o enterro da Reforma Protestante. 
A Reforma Protestante que custou a vida de vários homens de fé, que preferiram enfrentar o martírio a abrir mão das verdades que estavam convictos,  agora é solapada pelas ambições ecumênicas dos líderes protestantes da atualidade.  O movimento tomou vulto com a fixação das 95 teses sobre a salvação na porta da igreja de Witenberg por Martinho Lutero em 1517. A partir disto o movimento eclodiu levando a Bíblia como a única regra de fé e prática por toda Europa. 
Depois de 5 séculos a igreja Católica em nada mudou em relação aos seus dogmas e doutrinas contestadas por Lutero. Por incrível que pareça os protestantes estão  jogando fora tudo aquilo pelo qual seus antepassados tanto lutaram e defenderam, ou seja, a verdade segundo a Sola Escriptura, princípio que  que marcou a Reforma Protestante. Estão largando mão de tudo o que os divide em prol de uma unidade. No entanto isto não é o que recomenda a Bíblia. Segundo o Apóstolo Paulo se  mesmo um anjo viesse com outro Evangelho, este deveria ser considerado anátema (maldito). Jamais passou pela cabeça dos líderes da igreja cristã ou da reforma  que os princípios e verdades da Palavra de Deus pudessem ser levados a um nível desprezível frente a interesses políticos e  conveniências humanas. 
O que muitos não sabem é que tudo isto já estava predito nas profecias de Apocalipse 17 e 18. Nestes capítulos esta confluência religiosa é apontada metaforicamente por Babilônia. O sentido mais comum deste termo é confusão, sendo no fim dos tempos não mais uma confusão de línguas ou idiomas, mas de crenças e doutrinas. Comparando com a torre de Babel, a Babilônia apocalíptica também desencaminha e confunde os moradores da Terra (Apoc. 17:8), aos quais é dado o solene apelo: "Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices de seus pecados e para não participardes de seus flagelos" (Apoc. 18:4).
Aguinaldo C. da Silva

sábado, 5 de novembro de 2016

Associação Americana de Pediatras fulmina Ideologia de Gênero

A Associação Americana de Pediatras urge educadores e legisladores a rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitarem como normal uma vida de personificação química e cirúrgica do sexo oposto. Fatos, não ideologia, determinam a realidade.

1. A sexualidade humana é um traço biológico binário objetivo: "XY" e "XX" são marcadores genéticos de saúde, não de um distúrbio. A norma para o designhumano é ser concebido ou como macho ou como fêmea. A sexualidade humana é binária por design, com o óbvio propósito da reprodução e florescimento de nossa espécie. Esse princípio é auto-evidente. Os transtornos extremamente raros de diferenciação sexual (DDSs) — inclusive, mas não apenas, a feminização testicular e hiperplasia adrenal congênita — são todos desvios medicamente identificáveis da norma binária sexual, e são justamente reconhecidos como distúrbios do designhumano. Indivíduos com DDSs não constituem um terceiro sexo.

2. Ninguém nasce com um gênero. Todos nascem com um sexo biológico. Gênero (uma consciência e percepção de si mesmo como homem ou mulher) é um conceito sociológico e psicológico, não um conceito biológico objetivo. Ninguém nasce com uma consciência de si mesmo como masculino ou feminino; essa consciência se desenvolve ao longo do tempo e, como todos os processos de desenvolvimento, pode ser descarrilada por percepções subjetivas, relacionamentos e experiências adversas da criança, desde a infância. Pessoas que se identificam como "se sentindo do sexo oposto" ou "em algum lugar entre os dois sexos" não compreendem um terceiro sexo. Elas permanecem homens biológicos ou mulheres biológicas.

3. A crença de uma pessoa, que ele ou ela é algo que não é, trata-se, na melhor das hipóteses, de um sinal de pensamento confuso. Quando um menino biologicamente saudável acredita que é uma menina, ou uma menina biologicamente saudável acredita que é um menino, um problema psicológico objetivo existe, que está na mente, não no corpo, e deve ser tratado como tal. Essas crianças sofrem de disforia de gênero (DG). Disforia de gênero, anteriormente chamada de transtorno de identidade de gênero (TIG), é um transtorno mental reconhecido pela mais recente edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-V). As teorias psicodinâmicas e sociais de DG/TIG nunca foram refutadas.

4. A puberdade não é uma doença e hormônios que bloqueiam a puberdade podem ser perigosos. Reversíveis ou não, hormônios que bloqueiam a puberdade induzem a um estado doentio — a ausência de puberdade — e inibem o crescimento e a fertilidade em uma criança até então biologicamente saudável.

5. De acordo com o DSM-V, cerca de 98% de meninos e 88% de meninas confusas com o próprio gênero aceitam seu sexo biológico depois de passarem naturalmente pela puberdade.

6. Crianças que usam bloqueadores da puberdade para personificar o sexo oposto vão requerer hormônios do outro sexo no fim da adolescência. Esses hormônios (testosterona e estrogênio) estão associados com riscos à saúde, inclusive, mas não apenas, aumento da pressão arterial, formação de coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral e câncer.

7. Taxas de suicídio são vinte vezes maiores entre adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem à cirurgia de mudança de sexo, mesmo na Suécia, que está entre os países mais afirmativos em relação aos LGBQT. 
Que pessoa compassiva e razoável seria capaz de condenar jovens crianças a este destino, sabendo que após a puberdade cerca de 88% das meninas e 98% dos meninos vão acabar aceitando a realidade e atingindo um estado de saúde física e mental?

8. Condicionar crianças a acreditar que uma vida inteira de personificação química e cirúrgica do sexo oposto é normal e saudável, é abuso infantil. Endossar discordância de gênero como normal através da rede pública de educação e de políticas legais irá confundir as crianças e os pais, levando mais crianças a serem apresentadas às "clínicas de gênero", onde lhes serão dados medicamentos bloqueadores da puberdade. Isso, por sua vez, praticamente garante que eles vão "escolher" uma vida inteira de hormônios cancerígenos e tóxicos do sexo oposto, além de levar em conta a possibilidade da mutilação cirúrgica desnecessária de partes saudáveis do seu corpo quando forem jovens adultos.

Michelle A. Cretella, M.D.
Presidente da Associação Americana de Pediatras

Quentin Van Meter, M.D.
Vice-Presidente da Associação Americana de Pediatras
Endocrinologista Pediátrico

Paul McHugh, M.D.
Professor Universitário de Psiquiatria da Universidade Johns Hopkins Medical School, detentor de medalha de distinguidos serviços prestados e ex-psiquiatra-chefe do Johns Hopkins Hospital

Nota Este é o alerta de um órgão científico. Portanto a agenda LGBT não tem legitimidade para se impor no mundo da forma como pretende. Este é um movimento  ideológico secularista que  quer deturpar a familia e corromper a juventude. Pelo avanço que está tendo e com o reconhecimento dos governos que está recebendo (ver postagem abaixo), denota que está inserido no grande conflito que se iniciu no céu como uma ferramenta de Satanás.

Pastor é perseguido pelo governo por pregar contra casamento gay

Mais de 40.000 pessoas já assinaram uma petição apoiando um pastor que está sendo obrigado a entregar seus sermões para o estado da Geórgia. Além de liderar uma igreja adventista, Eric Walsh é médico e foi demitido pelo Departamento de Saúde Pública em 2014. O motivo foi seu posicionamento no púlpito contra o casamento gay.
Alguns colegas de trabalho de Walsh, militantes LGBT, assistiram seus sermões no YouTube e não gostaram do conteúdo. Não aceitando a demissão, o pastor afirmou que não “podia acreditar” que sua demissão foi por motivos alheios ao serviço.
“Sou filho de uma mãe solteira que sempre me ensinou qual era a nossa fé. Aprendi na igreja a importância de estudar e esses valores [cristãos] me levaram a querer servir aos necessitados. Foi por isso que me tornei médico e continuarei divulgando minha crença. A minha fé é importante para mim, frequentemente falo sobre ela em igrejas e conferências”, disse.
E acrescentou: “Eu não posso acreditar que eles me demitiram por causa de coisas que eu falei em meus sermões. Não consegui mais emprego na saúde pública desde então. Ao rever meus sermões, me demitiram por causa das minhas crenças religiosas. O estado da Geórgia destruiu a minha carreira no serviço público”.
Ele decidiu processar o governo do Estado por “discriminação religiosa” e agora lhe foi exigido que entregasse cópias de todos os seus sermões, além de sua Bíblia pessoal. Walsh se recusou a fazê-lo, dando origem a uma grande discussão sobre a liberdade religiosa e a intromissão do estado em questões de fé.
A petição do Conselho de Pesquisa da Família, ONG que apoia o Dr, Walsh diz: “A exigência de que ele entregue vídeos de seus sermões, esboços e todos os documentos pastorais, incluindo sua Bíblia, representa uma intromissão do governo na santidade da igreja, do estudo do pastor e do púlpito. Esse tipo de tática têm o efeito de intimidar e silenciar as pessoas que tem fé”.
Os advogados do Instituto First Liberty Institute, que assumiu o caso, declararam que “É ilegal para um empregador levar em conta a religião de um funcionário nas suas decisões de contratação e demissão… O púlpito é um espaço sagrado. Eles se intrometerem nesse espaço sagrado é uma violação grosseira da Constituição e da liberdade religiosa como um todo”. Com informações de Christian Today
Fonte: GospelPrime
Nota. Estamos presenciando  uma arbitrariedade contra os cristãos  que expressam seus princípios. O mais chocante é isto ocorrer num país  que se declara  democrático, fundado sob  a égide do cristianismo protestante, que se colocou no mundo como guardião da liberdade de expressão. Isto  indica que os EUA estão se afastando dos ideais propostos em sua fundação, rumando para um regime totalitário secularista, confirmando assim a interpretação que o coloca como a segunda besta apocalíptica.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

A fácil opção pelo individualismo

    Num mundo de contingências e precariedades buscamos priorizar os nossos interesses e conveniências.  Sob o ponto de vista pragmático o individualismo é a via mais fácil a ser tomada.  Afinal, é necessário pensar em si para sobreviver. Pela ótica darwinista o egoísmo é uma ferramenta natural, útil e indispensável para o desenvolvimento do mais apto. Portanto, parece que o altruísmo está na contrarregra da natureza humana, sendo que o estudo de sua causa entre nós gera debates e teses.   
   O individualismo tem se tornado uma marca da sociedade atual, bem como o consumismo. Estes são os  deuses modernos da felicidade e da realização plena. 
   O individualismo se insurge  no campo pessoal  e se dissemina pelos demais campos da vida. Na política, vemos a manifestação do individualismo radical em idéias e projetos ultranacionalistas, que defendem o  fechamento de fronteiras, e não raramente medidas de cunho xenófobo.
  No campo econômico o individualismo egocêntrico leva à busca da especulação financeira, corrupção e exploração entre classes. No campo religioso o individualismo gera uma espiritualidade triunfalista baseada na teologia da prosperidade, em que as bençãos são a causa da busca espiritual, ou seja, um fim em si mesmas.
    Jesus ensinou o altruísmo, solidariedade e misericórdia.  Hoje os princípios de Cristo estão apenas na retórica, somente ocupam os discursos nos templos e catedrais. Muito pouco se vê no dia a dia, na ética e na vida prática. 
    Isto confirma as profecias de Jesus quanto ao tempo iminente à sua segunda vinda, em que o amor e a fé se esfriariam quase por completo. Estamos muito perto de seu retorno e os fiéis discípulos de Cristo devem não somente perceber esta situação no mundo, mas ser um pouco mais daquilo que Jesus indicou como a natural manifestação do discipulado, ou seja, ser o sal da terra e a luz do mundo.

Aguinaldo C. da Silva

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Filósofo Luiz Felipe Pondé explica por que deixou de ser ateu

A revista Veja de 13/7 publicou entrevista interessante com o filósofo Luiz Felipe Pondé, de 52 anos. Responsável por uma coluna semanal na Folha de S. Paulo e autor de livros, Pondé costuma criticar certezas e lugares-comuns bem estabelecidos entre seus pares. Professor da Faap e da PUC, em São Paulo, o filósofo também é estudioso de teologia e considera o ateísmo filosoficamente raso, mas não é seguidor de nenhuma religião em particular. Pondé diz que “a esquerda é menos completa como ferramenta cultural para produzir uma visão de si mesma. A espiritualidade de esquerda é rasa. Aloca toda a responsabilidade do mal fora de você: o mal está na classe social, no capital, no estado, na elite. Isso infantiliza o ser humano. Ninguém sai de um jantar inteligente para se olhar no espelho e ver um demônio. Não: todos se veem como heróis que estão salvando o mundo por andar de bicicleta”. Sobre sexo, ele diz: “Eu considero a revolução sexual um dos maiores engodos da história recente. Criou uma dimensão de indústria, no sentido da quantidade, das relações sexuais – mas na maioria elas são muito ruins, porque as pessoas são complicadas.”
Por que a política não pode ser redentora?
O cristianismo, que é uma religião hegemônica no Ocidente, fala do pecador, de sua busca e de seu conflito interior. É uma espiritualidade riquíssima, pouco conhecida por causa do estrago feito pelo secularismo extremado. Ao lado de sua vocação repressora institucional, o cristianismo reconhece que o homem é fraco, é frágil. As redenções políticas não têm isso. Esse é um aspecto do pensamento de esquerda que eu acho brega. Essa visão do homem sem responsabilidade moral. O mal está sempre na classe social, na relação econômica, na opressão do poder. Na visão medieval, é a graça de Deus que redime o mundo. É um conceito complexo e fugidio. Não se sabe se alguém é capaz de ganhar a graça por seus próprios méritos, ou se é Deus na sua perfeição que concede a graça. Em qualquer hipótese, a graça não depende de um movimento positivo de um grupo. Na redenção política, é sempre o coletivo, o grupo, que assume o papel de redentor. O grupo, como a história do século 20 nos mostrou, é sempre opressivo.
Em que o cristianismo é superior ao pensamento de esquerda?
Pegue a ideia de santidade. Ninguém, em nenhuma teologia da tradição cristã – nem da judaica ou islâmica –, pode dizer-se santo. Nunca. Isso na verdade vem desde Aristóteles: ninguém pode enunciar a própria virtude. A virtude de um homem é anunciada pelos outros homens. Na tradição católica – o protestantismo não tem santos –, o santo é sempre alguém que, o tempo todo, reconhece o mal em si mesmo. O clero da esquerda, ao contrário, é movido por um sentimento de pureza. Considera sempre o outro como o porco capitalista, o burguês. Ele próprio não. Ele está salvo, porque reclica lixo, porque vota no PT, ou em algum partido que se acha mais puro ainda, como o PSOL, até porque o PT já está meio melado. Não há contradição interior na moral esquerdista. As pessoas se autointitulam santas e ficam indignadas com o mal do outro.
Quando o cristianismo cruza o pensamento de esquerda, como no caso da Teologia da Libertação, a humildade se perde?
Sim. Eu vejo isso empiricamente em colegas da Teologia da Libertação. Eles se acham puros. Tecnicamente, a Teologia da Libertação é, por um lado, uma fiel herdeira da tradição cristã. Ela vem da crítica social que está nos profetas de Israel, no Antigo Testamento. Esses profetas falam mal do rei, mas em idealizar o povo. O cristianismo é descendente principalmente desse viés do judaísmo.
Também o cristianismo nasceu questionando a estrutura social. Até aqui, isso não me parece um erro teológico. Só que a Teologia da Libertação toma como ferramenta o marxismo, e isso sim é um erro. Um cristão que recorre a Marx, ou a Nietzsche – a quem admiro –, é como uma criança que entra na jaula do leão e faz bilu-bilu na cara dele. É natural que a Teologia da Libertação, no Brasil, tenha evoluído para Leonardo Boff, que já não tem nada de cristão. Boff evoluiu para um certo paganismo Nova Era – e já nem é marxista tampouco. A Teologia da Libertação é ruim de marketing. É como já se disse: enquanto a Teologia da Libertação fez a opção pelo pobre, o pobre fez a opção pelo pentecostalismo.
O senhor acredita em Deus?
Sim. Mas já fui ateu por muito tempo. Quando digo que acredito em Deus, é porque acho essa uma das hipóteses mais elegantes em relação, por exemplo, à origem do universo. Não é que eu rejeite o acaso ou a violência implícitos no darwinismo – pelo contrário. Mas considero que o conceito de Deus na tradição ocidental é, em termos filosóficos, muito sofisticado. Lembro-me sempre de algo que o escritor inglês Chesterton dizia: não há problema em não acreditar em Deus; o problema é que quem deixa de acreditar em Deus começa a acreditar em qualquer outra bobagem, seja na história, na ciência ou sem si mesmo, que é a coisa mais brega de todas. Só alguém muito alienado pode acreditar em si mesmo. Minha posição teológica não é óbvia e confunde muito as pessoas. Opero no debate público assumindo os riscos do niilista. Quase nunca lanço a hipótese de Deus no debate moral, filosófico ou político. Do ponto de vista político, a importância que vejo na religião é outra. Para mim, ela é uma fonte de hábitos morais, e historicamente oferece resistência à tendência do Estado moderno de querer fazer a cura das almas, como se dizia na Idade Média – querer se meter na vida moral das pessoas.
Por que o senhor deixou de ser ateu?
Comecei a achar o ateísmo aborrecido, do ponto de vista filosófico. A hipótese de Deus bíblico, na qual estamos ligados a um enredo e um drama morais muito maiores do que o átomo, me atraiu. Sou basicamente pessimista, cético, descrente, quase na fronteira da melancolia. Mas tenho sorte sem merecê-la. Percebo uma certa beleza, uma certa misericórdia no mundo, que não consigo deduzir a partir dos seres humanos, tampouco de mim mesmo. Tenho a clara sensação de que às vezes acontecem milagres. Só encontro isso na tradição teológica.


Nota. Parece que um pouco de ponderação e inteligência já levam à crença em Deus ou teísmo. A incredulidade ou ateísmo é quase sempre uma manifestação de arrogância e revolta. Quem não quer reconhecer os princípios morais de Deus ou foi demasiadamente afetado pelo secularismo, pode negar por algum tempo a realidade de Deus, mas refletindo um pouco mais reconhecerá o equívoco.

O que nos diz os índices da violência

    Verificando os índices publicados pela mídia em nosso país acerca da violência nos últimos anos, não dá para ficar indiferente, muito pelo contrário, a reação deve ser de choque.
    Publicado no portal G1, (saiba mais aqui), transcrevo alguns dados que expõe o alarmante quadro de violência produzido em nossa época.

   Uma pessoa é assassinada a cada 9 minutos no Brasil, segundo dados apurados de 2015. No total são 58.383 assassinatos ou 160 mortes por dia. Os números equiparam o Brasil à países com guerra ou revolução civil.
     "De janeiro de 2011 a dezembro de 2015, 278.839 pessoas foram mortas no país, número maior do que o de mortos na guerra da Síria, onde 256.124 morreram no mesmo período, segundo o Fórum. Os números do país do Oriente Médio são do Observatório de Direitos Humanos na Síria e da ONU."

    Não só no Brasil,  mas em diversas regiões do mundo a violência tem se disseminado de forma desconcertante. Além de lugares onde há guerra civil ou a ação de grupos terroristas, a violência também se manifesta em locais de crise social, como nos campos de refugiados da Europa, sob a forma de fome,  abandono,  abuso e exploração.

    A narrativa bíblica diz que nos dias de Noé a Terra estava cheia de violência, motivo que levou Deus a destruí-la através do dilúvio. Considerando que este fato traz a ira divina e que a paciência divina para com o pecado e a maldade tem  limite, as evidências indicam que a história deste mundo está muito próximo de seu desfecho final.

    São diversos fatores de crise presentes em nossa época. Além dos problemas globais, como mudança climática e terrorismo, está  aumentando a corrupção, o declínio dos valores morais e sociais, que norteiam a educação na maior parte da sociedade moderna. 

    Realmente não podemos ver uma solução a não ser pela intervenção divina. Acredito que as pedras já estão clamando pela presença daquele que passou há 2.000 anos por esta Terra e disse que voltaria para levar o seu povo para um lar de eterna paz e harmonia.  

Aguinaldo C. da Silva

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

História de herói de guerra cristão adventista que não usava armas vira filme

“Até o Último Homem”, novo filme do diretor Mel Gibson, mostra uma história real que se passa na Segunda Guerra Mundial. Baseia-se na vida de Desmond Doss, um soldado cujas crenças cristãs o impediam de pegar em armas.
O longa estreia nos EUA em no dia 4 de novembro e só chega ao Brasil em janeiro do ano que vem. Mesmo assim, já é tratado como um sério candidato ao Oscar. Exibido como pré-estreia no 73º Festival de Veneza, semana passada, foi aplaudido durante 10 minutos pelo público presente.
Interpretado por Andrew Garfield, o soldado Doss foi um herói de guerra, tendo recebido uma medalha de honra após salvar 75 soldados feridos durante a batalha de Okinawa, no Japão, em 1945.
Sua crença religiosa fez dele um soldado diferente, pois não carregou armas durante os confrontos. Para os demais, foi considerado um inútil e sofreu grande rejeição. Porém, sua atuação no campo de guerra mostrou ser um homem extremamente corajoso, que se arriscava para salvar seus companheiros.
Doss era membro de uma igreja Adventista do Sétimo Dia e embora fosse um pacifista, acreditava que não podia ignorar a guerra que seu país acabara de entrar. Ainda que no início de sua trajetória no exército tenha sido desprezado, rapidamente se tornou um herói provando possuir uma coragem extraordinária.
A fé cristã do soldado é parte essencial do roteiro, mostrando como ela acabou por influenciar também seus companheiros de tropas. Raridade em Holywood, essa visão positiva sobre um cristão é responsabilidade de Gibson.
Além do sucesso “A Paixão de Cristo”, de 2004, o diretor já avisou que fará outro filme sobre Jesus, mostrando o que aconteceu depois da ressurreição.
Fonte: GospelPrime
Nota.  Contrariando a tendência da indústria cinematográfica nos últimos tempos em produzir filmes de baixo conteúdo moral, este novo trabalho de Mel Gibson é um ótimo filme que conta uma história de altruísmo, coragem e honradez. Uma história que serve de exemplo para os jovens de nossa época,  que estão carentes de referências morais e de bom caráter. 

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Menino de 9 anos entra na faculdade e quer provar que Deus existe

     Aos 9 anos, William Maillis já é formado no ensino médio em Penn Towship, na Pensilvânia, Estados Unidos. Atualmente, ele cursa o ensino superior na Community College of Allegheny County para se acostumar à vida universitária e pleitear uma vaga em uma instituição maior, como a Carnegie Mellon University. Seu objetivo é estudar física e provar que Deus existe. 
    De acordo com o site da revista People, o menino quer atestar que somente uma força externa seria capaz de formar o universo. Para conseguir avançar em seus estudos, William pretende se aprofundar em física e química, fazer um doutorado e trabalhar como astrofísico. Dessa forma, ele tentaria mostrar que teorias dos físicos Albert Einstein e Stephen Hawking sobre o universo não estão corretas.
     A família da criança afirma à People que, desde bebê, o desempenho de William já se destacava em comparação às pessoas da mesma idade: aos 2 anos, ele fazia contas de multiplicação, lia e escrevia; aos 4, aprendeu grego; aos 5, sabia geometria e, aos 7 anos, dominava conceitos de trigonometria.

Fonte: G1

Nota. É admirável o propósito deste menino e torcemos para o seu sucesso como cientista ou exercendo outra atividade intelectual. Porém, sobre a proposta de  provar a existência de Deus, sabemos que  é algo demasiadamente ambicioso. Não se pode colocar Deus num tubo de ensaio nem enquadrá-lo num teorema. O que a ciência pode fazer futuramente é evidenciar, ainda com maior clareza, a participação divina na construção do Universo.  Algumas teorias e argumentações científicas contribuem para isto, entre estas podemos citar:  DI (design inteligente), argumento cosmológico, ajuste fino das constantes universais, complexidade irredutível dos organismos vivos. Portanto, não se pode aceitar a Deus por uma única prova ou teoria, mas sim por uma gama de evidências  que apontam para a realidade de Deus. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A Agenda Ecumênica do Vaticano

Na última terça-feira (20/09), o Papa Francisco acompanhado de outros líderes religiosos mundiais se reuniram para dizer  “Não à guerra!”, em especial ao terror em nome de Deus. 
O encontro denominado “Dia Mundial de Oração”, foi realizado na cidade de Assis, Itália. O pontífice presidiu o encontro que durou  três dias, onde reuniu-se com cerca de 500 representantes do cristianismo, islamismo, judaísmo, budismo, hinduísmo e outras religiões. O objetivo do encontro foi promover melhor a paz e a reconciliação. 
Esta busca de diálogo em prol da paz tem um viés ecumênico muito forte. Este fato vai se explicitando nas declarações e gestos do Papa nos últimos tempos. Declarações formais e outros esforços diplomáticos do Vaticano evidenciam a intenção do Pontífice católico em ser o protagonista de uma nova ordem moral e religiosa no mundo.  Realmente estamos muito próximo aos desdobramentos finais da profecia escatológica. Abaixo está um vídeo gravado no início deste ano no qual o Papa aponta para a necessidade de consenso entre as religiões, evidenciando o rumo deste movimento unificador e ecumênico. O vídeo mostra uma monja budista, um rabino judeu, um sacerdote católico e um líder muçulmano declarando: “Confio em Buda. Creio em Deus. Creio em Jesus Cristo. Creio em Deus, Alá”.