sábado, 22 de março de 2025

E depois que vamos a Cristo ?



Quando atendemos ao chamado de Jesus, o “vinde a mim” (Mateus 11:28), somos acolhidos por seu amor, perdão e graça. Este é o começo de uma nova jornada espiritual, uma caminhada que não se limita apenas à experiência inicial da conversão, mas que se estende por toda a vida. Seguir a Cristo implica transformação, compromisso e entrega total. Há três passos na experiência com Cristo (Mat. 11:28-30). O primeiro passo é ir a Cristo. O segundo passo é tomar sobre si o Seu jugo, que é a Sua vontade para nossa vida. O terceiro passo é  aprender com Ele a andar no caminho. E neste aprendizado podemos citar alguns tópicos de relevante significação.

Negar a Si Mesmo

Jesus nos desafia a irmos além de um simples reconhecimento de sua autoridade. Ele declara: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23). Negar a si mesmo significa abrir mão de nossos desejos egoístas, ambições mundanas e priorizar a vontade de Deus. É uma renúncia constante, que exige humildade para reconhecer nossa dependência d’Ele.

Tomar a Cruz

Tomar a cruz é um convite para enfrentar desafios, oposições e sacrifícios em nome de Cristo. Isso não significa apenas suportar dificuldades, mas abraçar a vontade de Deus, mesmo quando ela exige esforço, coragem e perseverança. A cruz simboliza tanto sofrimento quanto vitória, pois é por meio dela que encontramos a verdadeira vida em Cristo.

Andar em Obediência

A caminhada cristã também é marcada pela obediência à Palavra de Deus. Jesus disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (João 14:15). Isso envolve estudar as Escrituras, viver segundo seus princípios e permitir que o Espírito Santo molde nosso caráter. A obediência não é um fardo, mas uma expressão de amor e gratidão por tudo o que Deus fez por nós.

Amar ao Próximo

Outra implicação essencial de seguir a Cristo é o mandamento de amar ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22:39). Esse amor não se limita a palavras, mas se manifesta em atitudes de compaixão, perdão, generosidade e justiça. Amar como Jesus amou significa acolher os marginalizados, perdoar os que nos feriram e servir com humildade.

Permanecer em Cristo

A caminhada cristã exige uma conexão constante com Jesus. Ele nos instrui: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós” (João 15:4). Permanecer em Cristo envolve oração, meditação na Palavra e uma vida em comunhão com Deus e com os irmãos na fé. É dessa relação que recebemos força, direção e paz para perseverar.

Frutificar para o Reino

Por fim, seguir a Cristo significa produzir frutos que glorifiquem a Deus. Como ramos ligados à videira, somos chamados a manifestar o fruto do Espírito em nossas vidas – amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22-23). Além disso, somos convocados a compartilhar o evangelho e fazer discípulos, contribuindo para o crescimento do Reino de Deus.

Conclusão

Após atender ao “vinde a mim” de Jesus, somos inseridos em uma jornada de transformação que se realiza pela obra do Espírito Santo. Neste caminho há sinergia e interação. Quando respondemos positivamente aos apelos e solicitações do Espírito Santo a obediência e o serviço serão visíveis em nossa vida. Outras expressões de amor também estarão presentes. A caminhada com Cristo implica em uma vida de renúncia, obediência e amor, vivida na dependência do Espírito Santo. Embora repleta de desafios, ela também é marcada por alegria, paz e esperança, pois sabemos que caminhamos com o próprio Deus e somos sustentados por sua graça abundante.

 


Quem é a Babilônia do Apocalipse?

 


sábado, 15 de março de 2025

Imortalidade da alma ou ressurreição dos mortos?


      A obra: 'Imortalidade da Alma ou Ressurreição dos Mortos?', escrita pelo renomado teólogo Oscar Culmann em meados do século XX sacudiu o mundo cristão da época, chamando a atenção para algo que é revelado pela Escritura Sagrada e corroborado pela própria lógica, ou seja,  que são incompatíveis entre si as crenças da  imortalidade da alma com a ressurreição.

    Segue abaixo um trecho da introdução da referida obra:

"Se perguntássemos hoje a um cristão comum ( quer um bem versado protestante ou católico, quer não) sobre o que ele pensa ser o ensino do Novo Testamento a respeito do ensino do homem após a morte, com poucas exceções saberíamos a resposta: ' A imortalidade da alma.'  No entanto essa  ideia amplamente aceita é um dos maiores equívocos do cristianismo. Não há razão para tentar esconder este fato, ou clamufá-lo, reinterpretando a fé cristã. Isto é algo que deve ser discutido com toda franqueza.

Mas, será mesmo verdade que a fé dos primitivos cristãos na ressurreição é incompatível com o conceito grego da imortalidade da alma? Não ensina o Novo Testamento, sobretudo o Evangelho de João, que já temos a vida eterna? Será que a morte no Novo Testamento é sempre concebida como o "último inimigo" duma maneira diametralmente oposta à do pensamento grego, que vê na morte um amigo?  Não escreve Paulo: "Ó morte, onde está o teu aguilhão?" Veremos no final que existe pelo menos uma analogia, mas primeiro salientar as diferenças fundamentais entre os dois conceitos."   

    A doutrina da imortalidade da alma é incompatível com a ressurreição porque, entre outras coisas, antecipa a recompensa eterna desfazendo a necessidade do juízo, também acaba desfazendo a realidade e consequência ultima do pecado. Porque me preocuparei em abandonar o pecado se sou inerentemente imortal? 
    Esta falsa doutrina que adentrou no seio do cristianismo  foi resultado do sincretismo religioso e cultural nos primeiros séculos, sobretudo pela influência grega. A Bíblia ensina que o homem é mortal em virtude da queda no pecado (Gên 2.17, Rom. 5:12-21). A condição da imortalidade só será possível depois da ressurreição para os que morrerem salvos ou para os que estiverem vivos na segunda vinda de Jesus e serão transformados num abrir e piscar de olhos. (I Cor, 15:51-52). Saiba mais <aqui>.





quinta-feira, 13 de março de 2025

A saúde mental na era digital!

 


Vivemos em um mundo cada vez mais digital, onde a tecnologia se tornou parte integrante de nossas vidas. Embora a era digital traga inúmeras facilidades e oportunidades, é fundamental estar atentos aos seus impactos em nossa saúde mental. Este artigo explora os efeitos da tecnologia em nosso bem-estar emocional, oferece dicas práticas para usar as redes sociais de forma saudável e destaca a importância de cultivar conexões reais para uma vida mais equilibrada e feliz na era digital. A tecnologia nos conecta com pessoas e informações de forma instantânea, facilitando a comunicação, o aprendizado e o acesso a recursos diversos. No entanto, essa mesma conectividade constante pode gerar sobrecarga de informações, excesso de estímulos e comparação social nas redes sociais, impactando negativamente a saúde mental.

As redes sociais podem ser ferramentas úteis para manter contato com amigos e familiares, compartilhar momentos e interesses. Porém, o uso excessivo e inadequado das redes sociais pode levar à comparação social constante, à busca por validação externa, ao medo de ficar de fora (FOMO – Fear of Missing Out) e à baixa autoestima. As vidas “perfeitas” e editadas que vemos online nem sempre refletem a realidade, gerando frustração e insatisfação com a própria vida.

A internet, que deveria ser um espaço de troca e interação positiva, também pode se tornar palco de cyberbullying e da cultura do cancelamento, práticas de violência virtual que causam sofrimento emocional, ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental para vítimas e agressores.

O tempo excessivo dedicado às telas pode levar ao sedentarismo, ao isolamento social e à diminuição do tempo dedicado a atividades físicas, interações sociais presenciais e hobbies offline, essenciais para a saúde física e mental.

O uso excessivo e compulsivo da tecnologia pode levar à dependência tecnológica, um padrão de comportamento caracterizado pela dificuldade em controlar o uso de dispositivos digitais e pela sensação de abstinência quando desconectado. A nomofobia, o medo de ficar sem celular ou internet, é uma manifestação dessa dependência.

Estabeleça limites de tempo para o uso de redes sociais e dos aplicativos, utilizando ferramentas de monitoramento e aplicativos que ajudam a controlar o tempo de tela. Defina horários específicos para verificar as redes sociais e evite o uso excessivo, especialmente antes de dormir.

Escolha seguir perfis e páginas que te inspiram, te informam de forma positiva e te fazem sentir bem. Evite contas que promovem comparações, conteúdo negativo, notícias alarmistas em excesso ou padrões de beleza irreais. Utilize a função “silenciar” ou “deixar de seguir” para contas que te fazem mal.

Saiba mais <Aqui>

quarta-feira, 12 de março de 2025

Por que não atravessar o rio Jordão?

 


    O episódio registrado em Números 32, no qual as tribos de Rúben e Gade, juntamente com a meia tribo de Manassés, recusam-se a atravessar o rio Jordão e entrar na terra prometida de Canaã, traz lições profundas que podem ser aplicadas à igreja nos dias de hoje, especialmente no contexto que antecede a volta de Jesus Cristo.

O Contexto Bíblico

    As tribos de Rúben, Gade e a meia tribo de Manassés estavam em uma posição privilegiada. Elas haviam conquistado terras do lado oriental do rio Jordão, que eram boas para o pastoreio de seus rebanhos. Contudo, ao aproximarem-se do momento de atravessar para Canaã e tomar posse da terra prometida, um desejo de permanência e satisfação com o que já haviam conquistado tomou conta de seus corações. Estavam em um lugar confortável, já possuíam riquezas e suas necessidades estavam sendo atendidas. Por isso, ofereceram ao líder Moisés uma proposta: ficariam ali, do lado de fora da Terra Prometida, e não atravessariam o Jordão com o restante do povo.

    Moisés reagiu contra a atitude deles, pois a recusa representava uma falta de comprometimento com o projeto divino de conquista. Ele os admoesta, lembrando-os de que, ao desistirem da promessa de Deus, estariam desestimulando as outras tribos e enfraquecendo o exército de Israel. No entanto, as tribos de Rúben, Gade e Manassés se comprometem a ajudar o povo de Israel a conquistar Canaã, antes de retornarem à terra que já haviam conquistado.

 Analogia para a Igreja no Tempo Atual.

    Esse episódio pode ser visto como uma metáfora para a situação de muitos cristãos e igrejas nos dias atuais, especialmente no que diz respeito à vinda de Cristo e ao cumprimento do propósito divino.

  1. Satisfação com o Conforto Atual: Assim como as tribos de Rúben e Gade estavam satisfeitas com as terras que haviam conquistado, muitos cristãos se contentam com a vida espiritual que já possuem, sem desejar avançar mais no propósito de Deus. Há uma tendência de "acomodação", onde, após alcançarem um certo nível de crescimento espiritual, algumas pessoas ou igrejas não sentem mais a urgência de avançar, de ir além, de conquistar mais, ou de se preparar com seriedade para o retorno de Cristo.

  2. Falta de Comprometimento com a Missão Coletiva: A recusa das tribos em atravessar o Jordão sozinhas e ajudar na conquista da Terra Prometida pode ser comparada ao isolamento de algumas partes da igreja no cumprimento da missão de pregar o evangelho e expandir o Reino de Deus. Muitas igrejas ou cristãos preferem uma vida de conforto, sem se envolver nas lutas, nos desafios e na missão da evangelização e discipulado. O compromisso com a grande comissão de Cristo (Mateus 28:19-20) muitas vezes se torna secundário em relação às preocupações pessoais ou denominacionais.

  3. A Tentação de Ficar na Terra "Segura": Como as tribos de Israel estavam diante de uma terra segura para o pastoreio, muitos cristãos, em nossa época, podem se sentir tentados a "ficar em suas zonas de conforto" – longe das batalhas espirituais e da luta pela expansão do Reino de Deus. Isso reflete a postura de algumas igrejas e cristãos que preferem um cristianismo sem desafios, sem perseverança, sem a necessidade de renovação espiritual ou de preparação para a vinda de Cristo. A busca por prosperidade material, conforto ou segurança temporal pode ser um obstáculo para avançar em direção ao propósito eterno de Deus.

  4. A Promessa de Uma Vida Eterna: O exemplo das tribos de Israel também nos lembra que, embora tenham conquistado algo valioso ao ficarem com terras boas, isso não deveria ser suficiente, pois a verdadeira promessa de Deus era uma terra superior, Canaã. Da mesma forma, o cristão não pode se contentar com as bênçãos temporais, mas deve ter os olhos fixos na promessa eterna da vida com Cristo. A verdadeira terra prometida para os cristãos é o Reino de Deus, que se manifestará plenamente na volta de Jesus Cristo. Este é o objetivo final que devemos buscar, e é por esse propósito que devemos viver.

A Aplicação

Assim como Moisés exortou as tribos de Israel a não se conformarem com as bênçãos temporárias e a não se afastarem da missão, a Igreja de Cristo nos dias de hoje precisa manter seu foco na vinda do Senhor e na missão de expandir o Seu Reino. A busca pelo conforto pessoal e pelas "terras já conquistadas" não deve impedir a Igreja de se envolver ativamente no cumprimento da grande comissão.

Estamos nos aproximando da volta de Cristo, e a igreja não pode se contentar com uma vida cristã sem ardor missionário, sem compromisso com a santidade e sem viver a expectativa da vinda do Senhor. Devemos ser como o apóstolo Paulo, que, ao final de sua vida, disse que "luta boa combati, acabei a carreira, guardei a fé" (2 Timóteo 4:7), com uma visão focada no prêmio eterno.

Portanto, a atitude de Rúben, Gade e Manassés serve como um alerta para todos os cristãos: não nos contentemos com as atrações deste mundo ou mesmo com as bênçãos já recebidas, mas olhemos firmemente para o futuro, para a promessa de Deus, que se cumprirá plenamente na volta de Jesus Cristo.




quinta-feira, 6 de março de 2025

A Falsa Paz e os Rumores de Guerra: Um Sinal dos Últimos Tempos!

 



    Vivemos em um tempo paradoxal, onde a busca pela paz é incessante, mas os conflitos e rumores de guerras parecem se multiplicar. Esse cenário não é uma coincidência, mas um cumprimento profético das Escrituras e um sinal dos tempos em que vivemos. A Bíblia e os escritos de Ellen G. White nos ajudam a entender essa aparente contradição.

O Anúncio Profético de Jesus


    No Sermão do Monte, Jesus advertiu Seus discípulos sobre os tempos futuros: "E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é necessário que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino" (Mateus 24:6-7). Essas palavras de Cristo apontam para um período em que, apesar dos esforços humanos pela paz, a instabilidade e os conflitos seriam uma realidade constante.

    Ellen White, em seus escritos, reforça essa ideia, afirmando que "o tempo de angústia, que há de aumentar até o fim, está muito próximo" (Eventos Finais, p. 10). Ela descreve um mundo em que a humanidade, afastada de Deus, busca soluções humanas para problemas que só podem ser resolvidos pela intervenção divina. Enquanto os líderes mundiais proclamam paz, seus corações estão cheios de ambição e egoísmo, o que inevitavelmente leva a conflitos.


A Ilusão da Paz sem Deus


    A Bíblia nos alerta que a verdadeira paz só pode ser encontrada em Cristo. "Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá" (João 14:27). O mundo tenta estabelecer a paz através de acordos políticos, alianças militares e avanços tecnológicos, mas essas soluções são temporárias e falhas. Ellen White explica que "a paz de que o mundo tanto se gaba é uma paz falsa; não é a paz de Cristo" (O Grande Conflito, p. 589).


    Essa falsa paz é uma característica dos últimos dias, quando "dirão: Paz e segurança! Então, lhes sobrevirá repentina destruição" (1 Tessalonicenses 5:3). A humanidade, em sua rebelião contra Deus, busca uma paz que exclui o Príncipe da Paz. Essa rejeição à soberania de Deus resulta em caos e conflito, pois "não há paz para os ímpios, diz o Senhor" (Isaías 48:22).


O Papel de Satanás nos Conflitos


    Lembremo-nos de que Satanás é o grande instigador dos conflitos e guerras. Ele é descrito como "o acusador de nossos irmãos" (Apocalipse 12:10) e "o príncipe deste mundo" (João 12:31). Seu objetivo é semear discórdia, medo e destruição, afastando as pessoas de Deus. Enquanto os seres humanos buscam paz, Satanás trabalha nos bastidores para promover divisões e violência.


O Verdadeiro Caminho para a Paz

A paz verdadeira não pode ser alcançada sem Deus. Jesus disse:

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (João 16:33)

Essa paz não é simplesmente a ausência de guerra, mas um estado de reconciliação com Deus e submissão à Sua vontade. Enquanto os homens tentarem construir um mundo de paz sem Deus, encontrarão apenas mais caos e destruição.

Ellen G. White também escreve:

O único fundamento seguro para a paz e a justiça entre os homens e as nações é a lei de Deus. Rejeitando-a, os homens estão cavando a sepultura de sua própria destruição.” (Profetas e Reis, p. 185)


A Esperança em Meio ao Caos


    Apesar desse cenário sombrio, a Palavra de Deus nos oferece esperança.  Somos encorajados a confiar em Deus, mesmo em meio ao caos: "Ainda que a terra se transtorne, e os montes se abalem no seio dos mares, o Senhor dos Exércitos está conosco" (Salmo 46:2,7).


    Vivemos em um tempo de preparação. Os conflitos e rumores de guerras são sinais de que a volta de Jesus está próxima. Enquanto o mundo busca uma paz ilusória, somos chamados a ser portadores da verdadeira paz, que só pode ser encontrada em Cristo. Devemos nos apegar às promessas de Deus, viver em comunhão com Ele e compartilhar Sua mensagem de esperança com um mundo em desespero.


O Chamado para os Filhos de Deus

Diante desse cenário, os cristãos são chamados a não se deixarem enganar pelos falsos discursos de paz e segurança, mas a se prepararem espiritualmente para o retorno de Cristo. Devemos confiar em Deus e proclamar a verdadeira paz, que só pode ser encontrada em uma vida rendida a Cristo.

O tempo em que vivemos confirma as profecias bíblicas. Enquanto o mundo clama por paz, mas colhe conflitos, devemos erguer os olhos para o verdadeiro Príncipe da Paz e nos preparar para Sua breve volta.

"Ora, vem, Senhor Jesus!" (Apocalipse 22:20)

terça-feira, 4 de março de 2025

O segredo obscuro do Vaticano e a profecia de Daniel


 

Autocratas e ditadores no contexto do 666

 


    No contexto escatológico que o livro do Apocalipse apresenta, os EUA se encaixam como sendo a segunda besta. Saiba mais <aqui><aqui>. Este poder dará amparo e sustentação  à primeira besta ou anticristo. A segunda besta não terá  características totalmente ameaçadoras, mas também algumas características benignas, descritas na profecia como chifres de cordeiro  (Apoc. 13:11).  Ambas as bestas tem grande capacidade persuasiva, se valendo de  figuras carismáticas e enganadoras, que surgem em um momento de crise global para oferecer soluções aparentemente milagrosas, mas que, na realidade, busca consolidar um poder absoluto e opressivo. 

    Líderes como Donald Trump, com sua habilidade de mobilizar grandes segmentos da população através de uma comunicação direta e muitas vezes polarizadora, traz em si  características ideais para este papel, mesmo dentro de uma estrutura democrática. Um líder político que manipula as massas e se apresenta como sustentáculo da moralidade e do conservadorismo, no entanto também promove a desinformação e usa o medo e a divisão para alcançar seus objetivos. Sua retórica já alimentou teorias da conspiração, deslegitimou instituições democráticas,  se colocando como o único capaz de resolver os problemas da nação.

     Sua capacidade de manipular a verdade, seu apelo ao nacionalismo exacerbado e sua disposição para alinhar-se com regimes autocráticos podem ser vistos como sinais de uma liderança que, em última instância, busca subverter os valores fundamentais da liberdade e da justiça. Em um cenário futuro, onde a instabilidade política, econômica e social estará ainda mais acentuada, a atuação de um líder assim será possivelmente mais aceita e bem quista pelas massas. 

    Em suma, a figura de um líder que se apresenta como religioso e até bom cristão, pode ser justamente aquele que contribuirá para a opressão e a luta final contra o povo de Deus. Flertar com a autocracia e desafiar as normas democráticas é um  alerta claro sobre os riscos de se permitir que o autoritarismo ganhe espaço na política global. 

    Apesar dos problemas o regime democrático é ainda o que garante condições de liberdade aos cristãos. Foi justamente com o anseio por liberdade de culto e livre expressão de pensamento que os pais peregrinos cruzaram o oceano para criar uma nação democrática que servisse de exemplo ao mundo. 

     No entanto, como já está profetizado, está nação deixará suas características benignas "chifres de cordeiro" para "falar como dragão". Com certeza no futuro, essa dinâmica contribuirá para a sustentação de uma figura ainda mais centralizadora e opressiva, o próprio anticristo,  um poder enganador que prometerá salvação, mas que, na realidade, conduzirá à destruição.

segunda-feira, 3 de março de 2025

A falácia do perfeccionismo!

 


        A visão adventista sobre a salvação e a santificação tem um foco claro no processo contínuo de transformação que ocorre na vida do cristão. De acordo com a Bíblia,  a santificação é uma obra progressiva do Espírito Santo, que deve ser cultivada ao longo da vida do cristão.  Já o o perfeccionismo, ou seja, a ideia de que a última geração de crentes estará além da possibilidade de pecar,  é uma visão extremista, chegando a ser  contraditória à compreensão bíblica sobre a natureza humana e a salvação.

    O perfeccionismo, entendido como a crença de que um grupo específico de cristãos será completamente livre de pecados antes da segunda vinda de Cristo, não encontra respaldo nas Escrituras. Ao contrário, a Bíblia nos ensina que, enquanto vivermos nesta terra, todos os seres humanos ainda estão sujeitos às fraquezas e tentações da carne. Em 1 João 1:8-10, é declarado que "se dissermos que não temos pecado, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós." Essa passagem nos lembra que a perfeição humana não é alcançada por esforço próprio, mas que somos todos dependentes da graça de Deus para a nossa salvação.

    O apóstolo Paulo escreveu: " Não que já a tenha alcançado, ou que já seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.  Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Filip. 3:12,13).

    Nem mesmo o profícuo apóstolo Paulo considerava ter alcançado a perfeição. Antes se colocava como alguém que olhava para o alvo, que com certeza é Jesus, nosso modelo e exemplo maior a ser seguido.   Dentro desta perspectiva, a ideia de que a última geração de crentes será livre de pecar também contraria a ênfase na dependência constante de Cristo. A Bíblia fala sobre a santificação como uma transformação diária, mas sempre com a consciência de que a vitória final sobre o pecado será alcançada apenas pela intervenção de Deus no momento da segunda vinda de Cristo. Em 1 Coríntios 15:51-52, Paulo fala da transformação que ocorrerá quando Cristo voltar: "num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta." Este é o ponto culminante onde a natureza humana será plenamente restaurada, e a promessa de liberdade do pecado será cumprida.

    Portanto, a visão de que a última geração de crentes será livre da possibilidade de pecar está em desacordo com o ensino bíblico sobre a natureza humana caída e a necessidade de uma contínua dependência da graça divina. Em vez de promover uma ideia de perfeccionismo que leva à confiança em nossos próprios méritos, os crentes devem se sentir chamados a viver em humildade, reconhecendo suas falhas e buscando uma transformação contínua pela ação do Espírito Santo.

    Ao invés de buscar a perfeição em si mesmos, somos ensinados a olhar para Cristo, cuja perfeição e graça são a única fonte de salvação e transformação. A esperança é a de que, por meio de Cristo, seremos finalmente libertos do poder do pecado na segunda vinda, e não por um esforço humano isolado de Deus. O chamado é para a vigilância e o amadurecimento espiritual, confiando sempre na obra de Cristo em nossas vidas e aguardando com fé a completa restauração prometida.





segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Amor e Serviço: O Caráter do Discipulado


     Após a ressurreição, Jesus apareceu a seus discípulos à beira do mar da Galileia. Ali, após uma refeição compartilhada, ocorreu um dos diálogos mais marcantes das Escrituras. Três vezes, Jesus perguntou a Pedro: "Tu me amas?" (João 21:15-17). E três vezes, ao receber a resposta afirmativa de Pedro, Jesus respondeu com uma ordem: "Apascenta as minhas ovelhas."

    Jesus estava, neste diálogo, conduzindo um processo de restauração na vida de Pedro. Este discípulo o havia negado publicamente por três vezes, agora Jesus lhe dava uma nova chance ao perdoá-lo e indicar sua missão. Sem dúvida, o doloroso processo de conversão de Pedro fê-lo passar  por uma transformação que o capacitava a ser um verdadeiro discípulo e apóstolo do Evangelho.  

    As palavras: "Apascenta as minhas ovelhas", revelam o verdadeiro caráter do discipulado. Amar a Cristo não se limita a um sentimento ou uma confissão verbal, mas se manifesta no cuidado e no serviço ao próximo. Pedro, que antes negara seu Mestre, agora recebia a oportunidade de reafirmar seu amor através do compromisso com o rebanho de Deus. Seu chamado não era apenas para pregar, mas para cuidar, proteger e nutrir espiritualmente aqueles que lhe seriam confiados.

    Ellen White comenta sobre essa passagem, enfatizando que "o amor a Cristo não pode ser ocultado; sua santa influência será revelada em todos aqueles que verdadeiramente o possuem" (O Desejado de Todas as Nações, p. 515). O serviço ao próximo é a maior evidência desse amor. Ela também destaca que "o amor é o princípio que está na base da criação e do governo de Deus e que deve estar na base da vida do cristão" (Caminho a Cristo, p. 59).

    O verdadeiro discípulo não apenas proclama a fé, mas age em conformidade com ela. Assim como Pedro foi chamado a apascentar as ovelhas de Cristo, cada seguidor de Jesus é convocado ao serviço altruísta. O amor genuíno a Deus se expressa no cuidado pelos necessitados, na paciência com os fracos e na dedicação em conduzir almas ao Salvador. O discipulado não é um status, mas uma missão de amor e serviço.

    Que nossa resposta à pergunta de Jesus – "Tu me amas?" – seja um amor demonstrado em atos, em uma vida de entrega e cuidado pelos que nos cercam. Pois, como diz Ellen White: "O verdadeiro caráter cristão se manifesta na vida diária" (A Ciência do Bom Viver, p. 36). Amar a Cristo é viver para servir.