terça-feira, 29 de abril de 2025

Qual o sinal do batismo do Espírito Santo?


 

    A visão predominante nas igrejas pentecostais no que se refere à evidência do recebimento do Espírito Santo, considera o “falar em línguas” (glossolalia) como a manifestação essencial ou primária deste evento na vida do crente.

    Os adventistas do sétimo dia, baseados na Bíblia, entendem esse evento de forma mais ampla e centrada na transformação do caráter e no serviço cristão. As evidências bíblicas apontam para o batismo do Espírito Santo como sendo  uma experiência espiritual profunda, que envolve o recebimento da presença divina para capacitação na missão, santificação da vida e comunhão com Deus. Essa experiência não está limitada a manifestações carismáticas visíveis ou emocionais. Em vez disso, ela se evidencia principalmente por meio dos frutos do Espírito, conforme descritos em Gálatas 5:22–23 — amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Esses frutos indicam que a vida do crente está sendo moldada pelo Espírito de Deus.

    Num escopo bíblico mais amplo o batismo do Espírito pode ser visto como parte do processo contínuo de conversão e crescimento espiritual. Ele pode ocorrer no momento da conversão, mas também pode ser renovado diariamente à medida que o crente se submete à direção do Espírito. A missão evangelizadora da igreja é outra marca fundamental dessa experiência, pois o Espírito Santo é visto como o poder capacitador para o testemunho cristão, como exemplificado na vida dos apóstolos após o Pentecostes.

    Quanto ao dom de línguas, a sua existência é bíblica, mas devemos compreender como a capacidade dada por Deus para comunicar o evangelho em idiomas humanos reais, com o propósito de edificação e expansão do Reino de Deus — e não como uma linguagem extática ininteligível ou sinal obrigatório do batismo espiritual. Essa interpretação se baseia em textos como Atos 2, onde os discípulos falaram em línguas compreensíveis por pessoas de diversas nações ali presentes.

    Portanto, não deve existir a ênfase em um sinal específico, mas na transformação do caráter, no crescimento espiritual e na dedicação ao serviço. O batismo do Espírito Santo é considerado essencial à vida cristã, mas sua verdadeira evidência está em uma vida frutífera, obediente e centrada em Cristo.

 

Fundamento Bíblico

    O batismo do Espírito Santo é uma promessa feita por Jesus a todos os crentes (João 14:16–17; Atos 1:5,8). Ele é essencial para a missão da igreja e para o crescimento espiritual dos membros.

O apóstolo Paulo declara que todos os crentes são batizados em um só Espírito no momento em que aceitam a Cristo:

Pois em um só Espírito todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” ( 1 Coríntios 12:13).

    Paulo também afirma que o verdadeiro sinal da presença do Espírito Santo são os frutos do Espírito, não dons específicos:

Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.” ( Gálatas 5:22–23).

 

Entendimento sobre o Dom de Línguas

    Os adventistas reconhecem a existência do dom de línguas, mas interpretam seu uso conforme o modelo bíblico de línguas humanas reais, dadas por Deus para comunicar o evangelho a pessoas de diferentes idiomas — como exemplificado em Atos 2:

Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.” ( Atos 2:4).

    O milagre aqui foi de compreensão linguística, e não de uma linguagem extática incompreensível. O dom de línguas, conforme descrito no Novo Testamento, consistia na capacidade de falar idiomas humanos reais não aprendidos previamente. A ênfase da Bíblia está na comunicação clara e compreensível da verdade.

    Ellen G. White enfatizou a necessidade de sermos cheios do Espírito Santo, mas associava isso à vida consagrada, caráter cristão e testemunho fiel — não a sinais externos.

O batismo do Espírito Santo, como no dia de Pentecostes, levará os filhos de Deus à unidade. Removerá todas as barreiras... A todos os que o recebam, o Espírito trará uma nova capacidade para conhecer e amar a Deus.” ( Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, vol. 8, p. 20).

Ela também advertiu contra a exaltação de manifestações emocionais:

As manifestações exteriores não são prova de que o coração está renovado pela graça de Deus.” ( Ellen G. White, Evangelismo, p. 610).

“Sentimentos não são fé. Eles são duas coisas distintas. Fé não se baseia em impressões; ela vem pela Palavra de Deus.” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 25).


Conclusão

Portanto, na compreensão adventista, o batismo do Espírito Santo é uma experiência de renovação espiritual, concedida a todos os que se entregam sinceramente a Deus. Ele se manifesta não por um sinal específico, como o falar em línguas, mas através de uma vida transformada e dedicada à missão. Essa experiência deve ser buscada continuamente e é fundamental para o reavivamento pessoal e coletivo da igreja.

É legítimo o moderno movimento Pentecostal?

 


    O moderno movimento pentecostal, que tem sua característica maior no "falar em línguas estranhas", embora seja considerado proveniente da renovação do zelo espiritual, levanta sérias dúvidas quanto à sua legitimidade bíblica devido à sua natureza eclética e frequentemente doutrinariamente instável. Essa suspeita se intensifica à luz do ensino neotestamentário sobre a unidade doutrinária desejada por Cristo e preservada pelos apóstolos.

    Em João 17:21, Jesus ora ao Pai: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” Essa unidade não é meramente sentimental ou organizacional — é uma comunhão fundamentada na verdade, como Ele mesmo afirma no versículo 17: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” O clamor por unidade, portanto, está inseparavelmente ligado à doutrina bíblica.

    O apóstolo Paulo retoma esse ideal em Efésios 4:3-6, ao exortar a igreja a guardar “a unidade do Espírito pelo vínculo da paz: há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança... um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos.” A unidade da fé implica uma doutrina comum, não apenas uma experiência comum. No entanto, o pentecostalismo moderno é caracterizado por uma diversidade doutrinária extrema, onde se toleram (e às vezes se promovem) ensinamentos contraditórios — desde heresias da prosperidade até manifestações espirituais questionáveis — sob a justificativa de liberdade no Espírito.

    Em 2 Timóteo 4:3-4, Paulo já alertava sobre esse tipo de instabilidade: “Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.” É precisamente isso que vemos em parte significativa do movimento pentecostal contemporâneo: uma busca por experiências emocionais, revelações subjetivas e “novidades espirituais” em detrimento da centralidade das Escrituras.

    1 João 4:1 reforça: “Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.” O movimento pentecostal atual, em muitos casos, falha em submeter suas manifestações espirituais a esse teste bíblico. Práticas como “cair no espírito”, “riso santo”, revelações não testadas, e visões pessoais assumidas como palavras de Deus, se popularizam em cultos que pouco ou nada expõem o texto bíblico de forma clara e exegética.

    Na realidade contemporânea, vemos a proliferação de “apóstolos”, “profetas” e “ministérios de sinais e maravilhas” que operam de forma autônoma, sem prestação de contas à tradição apostólica neotestamentária. Muitos desses líderes têm plataformas imensas em redes sociais, mas carecem de qualquer base doutrinária sólida. Igrejas se multiplicam rapidamente, mas com pouca catequese e formação teológica. A unidade doutrinária dá lugar a uma espiritualidade de consumo — onde o critério de verdade é o impacto emocional da experiência, e não a fidelidade à Escritura.

    Portanto, a suspeita sobre a legitimidade do movimento pentecostal moderno não é infundada. Não por causa da crença no Espírito Santo, mas pela sua tendência a relativizar a verdade bíblica, promover desordem e permitir contradições teológicas dentro do mesmo corpo, em violação direta ao ensino dos apóstolos e de Cristo. Se o Espírito Santo é o autor da Escritura (2 Pedro 1:21), jamais operará em contradição com ela.

    A aplicação prática para a igreja de hoje é clara: toda manifestação espiritual deve ser submetida ao crivo da Palavra de Deus, e a verdadeira unidade da fé só pode florescer onde há clareza, fidelidade e submissão à doutrina apostólica. Experiência sem verdade gera ilusão. A forma mais segura de discernir o mover do Espírito é verificar se ele exalta Cristo, promove santidade e alinha-se com a Escritura — como Paulo ensina em 1 Coríntios 14:33: “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.

Ellen White advertiu sobre esse tipo de distorção espiritual quando escreveu:

Falsas manifestações do Espírito Santo introduzir-se-ão, e os que se desviam da norma da verdade serão enganados. Satanás operará maravilhas diante de nós. Falsos cristos e falsos profetas surgirão, e mostrarão sinais e prodígios para enganar, se possível, os escolhidos.
Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 51

O inimigo das almas procurará introduzir aquilo que parecerá uma grande reforma. A religião será exaltada como algo maravilhoso. O povo exultará, dará gritos, e haverá música com instrumentos. Mas esta será uma atuação do espírito contrário ao Espírito de Deus.
Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 36

A Bíblia é o único padrão seguro para provar todos os reclamos de manifestações espirituais. Tudo deve ser julgado por ‘Está escrito’.
O Grande Conflito, p. 593

    No tempo final da história deste mundo, Satanás usa todos os recursos do engano para desviar os discípulos de Jesus da verdade da Palavra de Deus. Aos fiéis cabe constante vigilância e apego ao que diz a Sagrada Escritura, confrontando todos os aspectos e contextos apresentados na presente época.

domingo, 27 de abril de 2025

O desenvolvimento histórico do Catolicismo

 


Ao longo da história, a Igreja Cristã, especialmente a Igreja Católica, incorporou uma série de práticas, símbolos e crenças que têm origens no paganismo pré-cristão. Este fenômeno, longe de ser uma mera coincidência, foi  uma estratégia arquitetada sob o pretexto de facilitar a conversão de povos pagãos,  mas que acabou descaracterizando os ensinos deixados por Jesus e pelos apóstolos.

A igreja cristã que sempre foi mal vista e perseguida desde os seus primórdios, a partir de certo momento da história passou a compor com as autoridades do império Romano uma espécie de aliança que lhe dava o direito de ser reconhecida e até mesmo protegida pelo Estado, mas que cobrou um alto preço pela influência sofrida na sua estrutura e doutrina.

Uma figura de destaque neste processo foi a do imperador Constantino.   Constantino (c. 272–337 d.C.) foi um dos personagens mais decisivos para a transformação do cristianismo de uma fé perseguida para uma religião dominante no mundo romano.

Antes de Constantino, o cristianismo era, na maioria das vezes, clandestino e perseguido. Após sua conversão, mesmo que parcial e provavelmente também estratégica, ele promoveu a tolerância religiosa e encheu a Igreja de privilégios. No entanto, Constantino não abandonou imediatamente suas práticas pagãs — e isso foi crucial para o sincretismo.

Pontos principais sobre sua influência:

  • Continuação do culto ao Sol:
    Mesmo após apoiar o cristianismo, Constantino manteve sua devoção ao Sol Invicto por muitos anos. Moedas de seu reinado traziam imagens do Sol ao lado de símbolos cristãos.

  • Adoção de datas e símbolos pagãos:
    O estabelecimento do primeiro dia da semana, o domingo 
    (dies Solis),  como dia de guarda em todo Império Romano. 

  • Modelagem do culto cristão em moldes imperiais:
    Constantino encomendou a construção de grandes basílicas cristãs com formatos inspirados na arquitetura romana civil, dando ao culto cristão uma aparência pública solene e imperial, como os antigos templos pagãos.

  • Uniformização da doutrina:
    No Concílio de Niceia, ele buscou resolver disputas internas (como a controvérsia ariana) para evitar a fragmentação da Igreja. Essa centralização também assemelha-se ao modelo romano de integração religiosa, onde o imperador era o "pontífice máximo" (Pontifex Maximus) da religião oficial.

Segundo autores como Robin Lane Fox, em Pagans and Christians (1986), o reinado de Constantino marca o início de uma "fusão simbiótica" entre a fé cristã e a cultura política, social e religiosa romana.

Constantino morreu apenas em 337 d.C., sendo batizado somente no leito de morte, o que reforça a ideia de que seu cristianismo foi, em parte, uma construção gradual e sincrética.

Entre algumas ações de Constantino que contribuíram ativamente neste processo sincretista, podemos citar seu decreto dominical. Em 321 d.C., Constantino emitiu um decreto estabelecendo que o domingo deveria ser observado como dia de descanso oficial no Império Romano. A  guarda do domingo passou a substituir a guarda do sábado bíblico pelos cristãos.

O texto básico do decreto dizia:

"Que todos os juízes, habitantes das cidades e trabalhadores de ofícios descansem no venerável dia do Sol."
(Codex Justinianus, III, 12, 3)

Observe que ele usa a expressão "dia do Sol" (dies Solis), referência direta ao culto do Sol Invicto, muito popular entre os romanos pagãos. 

Outras práticas locais foram reinterpretadas sob uma nova ótica. Um exemplo clássico é a celebração do Natal em 25 de dezembro. Não há registros bíblicos que indiquem a data do nascimento de Jesus. No entanto, o dia 25 de dezembro já era celebrado como o Dies Natalis Solis Invicti ("Dia do Nascimento do Sol Invicto"), um festival romano dedicado ao deus-sol, Mitra. Segundo estudiosos como Franz Cumont em The Mysteries of Mithra (1903), a adoção dessa data para o Natal cristão foi uma forma de suplantar a festa pagã com uma celebração cristã.

Outro exemplo notório é a festa da Páscoa. A palavra "Easter" (em inglês) deriva de "Eostre", uma deusa anglo-saxã da primavera e da fertilidade, conforme relatado por Beda, o Venerável, em sua obra De Temporum Ratione (séc. VIII). Elementos como ovos e coelhos, que simbolizam fertilidade, têm origens pagãs e foram assimilados às celebrações cristãs da ressurreição.

A veneração de santos e mártires também reflete práticas anteriores. Muitas vezes, igrejas foram construídas em antigos locais de culto pagão, e características de deuses locais foram "transferidas" para figuras cristãs. O culto a Maria, mãe de Jesus, assumiu, em algumas regiões, aspectos de antigas venerações a deusas-mães, como Ísis no Egito.

A Igreja também absorveu práticas como o uso de incenso, velas e procissões solenes, muito comuns em ritos religiosos pagãos do Império Romano. O historiador Ramsay MacMullen, em Christianizing the Roman Empire (1984), destaca como essas adaptações rituais foram fundamentais para a transição cultural e religiosa entre o mundo pagão e o cristão.

Abaixo segue um infográfico que ilustra a incorporação de certos costumes pagãos pela igreja cristã.




terça-feira, 22 de abril de 2025

O maior estratagema do Anticristo !

 

    

    O maior disfarce usado por Satanás no cenário do grande conflito cósmico entre o bem e o mal é a aparência benigna ou piedosa. Sempre usou a mentira e o disfarce para alcançar seu intento. Desde o  jardim do Éden  até os dias atuais esta é a estratégia usada. Por isto o apóstolo Paulo advertiu os irmãos dizendo que ainda que viesse um anjo pregando outro evangelho, este deveria ser considerado anátema (maldito) - (Gálatas 1:8).

     Também o referido apóstolo exortou aos crentes de sua época a observarem bem para não serem enganados por líderes disfarçados de pessoas piedosas ou religiosas.

 "E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.  Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras." (II Coríntio 11:14-15). 

    Assim a figura do anticristo, que desempenhará um papel relevante no tempo do fim, se caracterizará. Não será alguém com aspecto maligno ou anticristão, mas oriundo do próprio seio da igreja  e com características aparentemente elogiáveis.

    Podemos afirmar, pelo que revela  a Bíblia, que o anticristo não é apenas um indivíduo específico que surgirá no fim dos tempos, mas uma sistema religioso-político que se opõe a Cristo enquanto finge representá-Lo. Esse sistema é identificado, principalmente, com o poder simbolizado pelo "chifre pequeno" de Daniel 7, a "besta" de Apocalipse 13, e o "homem do pecado" de 2 Tessalonicenses 2.

Características do Anticristo:

  1. Blasfêmia contra Deus – Reclama autoridade divina, como perdoar pecados ou se colocar no lugar de Deus.

  2. Perseguição aos santos – Historicamente, perseguiu aqueles que se mantiveram fiéis às Escrituras.

  3. Mudança da lei de Deus – Tenta alterar os tempos e a Lei.

  4. Surgimento após o Império Romano – Se levanta entre os dez reinos após a queda de Roma, como previsto em Daniel.

  5. Liderança religiosa mundial – Ganha poder e influência global, atraindo a adoração do mundo.


    Ainda, pelo que revela a Bíblia, podemos traçar um quadro comparativo entre as características do anticristo com as características do próprio Cristo. 



  

    Um dos aspectos centrais da obra do anticristo é que ele  se apresenta como representante de Deus (II Tess. 2:3-4). A aparência de piedade, mencionada em 2 Timóteo 3:5, esconde uma realidade de rebelião contra os princípios do evangelho. Trata-se de um engano sofisticado, pois apela à tradição, à beleza do ritual, e à autoridade, enquanto contradiz a verdade bíblica.

Esse tipo de engano:

  • Conquista corações por meio do emocional e do tradicional, em vez de apelar à razão e à Escritura.

  • Ofusca a verdade com uma fachada de santidade, levando muitos a seguir líderes ou instituições que parecem espirituais, mas estão em desacordo com a Palavra de Deus.

  • Prepara o mundo para o clímax do conflito, quando a liberdade de consciência será ameaçada e a verdadeira adoração será o teste final.

    Concluindo podemos entender que o anticristo é um sistema de engano religioso que, sob aparência de santidade, promove a rebelião contra Deus. O maior perigo está justamente em sua aparência de piedade, pois engana até os sinceros que não estão firmemente alicerçados na Palavra. O grande conflito, então, é travado no campo da adoração, da obediência e da verdade — entre o evangelho puro de Cristo e o sistema de engano promovido por Satanás.


quinta-feira, 10 de abril de 2025

Trump e a nova ordem econômica mundial

 



    Por décadas ouvimos rumores da formação de uma nova ordem mundial baseada na circulação de uma moeda comum global que ocupe o lugar do dólar e seja ainda mais eficaz como instrumento de desenvolvimento econômico.  

    O dólar é a principal moeda de reserva internacional desde o Acordo de Bretton Woods (1944). Ele é usado em mais de 80% das transações cambiais globais; também em contratos de commodities (como petróleo e ouro).  Reservas internacionais dos bancos centrais também são feitas em dólar. Essa posição dá aos EUA um poder imenso na capacidade de emitir dívida em sua própria moeda. Também confere uma grande influência política e econômica global, podendo estabelecer  sanções econômicas com grande alcance.

    Há uma conexão interessante entre as ações protecionistas do governo Trump e a preservação da hegemonia do dólar no cenário internacional — especialmente se analisarmos à luz das discussões (ainda hipotéticas) sobre uma moeda única mundial. Para a extrema direita norte-americana o projeto de uma ordem econômica global baseado em uma moeda única global é visto quase como algo subversivo.

    Por outro lado, nas últimas décadas, surgiram planos e esforços para reduzir a dependência do dólar que podem ser vistos como ameaças à sua hegemonia. Além da proposta da moeda única global (como já foi discutida no FMI com os SDRs), a adoção de moedas regionais (como o euro ou as propostas na Ásia/América do Sul), são fatores que depreciam o dólar no papel que vem assumindo há décadas.  Acordos bilaterais em moedas locais (como China e Rússia têm feito), também são tentativas de substituir o dólar, além das criptomoedas como alternativa descentralizada.

    A resposta "America First" e a preservação do dólar denota a reação que a liderança política norte-americana faz para manter os EUA no topo da influência global. Quando Trump impôs tarifas e pressionou parceiros comerciais, ele sinalizou que os EUA estavam dispostos a usar todos os instrumentos de poder econômico — inclusive o controle sobre o sistema financeiro global — para proteger seus interesses. Isso pode ser interpretado de duas maneiras:

  • Defensiva: Uma tentativa de preservar a centralidade do dólar num cenário em que alternativas começavam a surgir;

  • Ofensiva: Um uso mais explícito do dólar como ferramenta geopolítica — algo que desestimula a criação de alternativas, pois quem controla o dólar controla o jogo.

    As medidas protecionistas e tarifárias do governo Trump, assim como as políticas econômicas dos EUA em geral, estão indiretamente ligadas à preservação do dólar como moeda dominante no comércio internacional e ao enfraquecimento de iniciativas que poderiam levar a uma moeda única globalOu seja, mesmo com custos, muitos países podem entender que ainda vale a pena manterem-se na estrutura econômica centrada no dólar, que arriscar alguma alternativa que não tenha o peso econômico dos EUA.

    Toda esta dinâmica exposta denota que há um poder crescente para estabelecer o domínio econômico global, conforme revela a profecia que está no capítulo 13 do livro de Apocalipse. Mais do que nunca vemos as páginas da história se revolverem diante dos nossos olhos, dizendo que estamos muito perto do desfecho final da história deste mundo.


segunda-feira, 7 de abril de 2025

Colapso global corre risco de acontecer já no próximo ano, segundo físicos

 


A data em questão é tratada como um ponto de inflexão para a humanidade.

Um estudo científico trouxe uma previsão alarmante sobre o risco de acontecer uma catástrofe global para o dia 13 de novembro de 2026.

O relatório, intitulado Doomsday: Friday, 13 November, A.D. 2026, não aponta para desastres naturais como causadores do possível colapso, mas para a incapacidade da Terra em sustentar o crescimento populacional projetado.

Segundo o estudo conduzido pelo cientista austro-americano Heinz von Foerster e seus colegas em 1960, a manutenção do ritmo de crescimento da população global observado na época levaria a um ponto crítico em 2026.

Onde os recursos naturais e a infraestrutura global não seriam suficientes para suportar a demanda humana.

Deste modo, o fato resultaria em escassez massiva de alimentos, água e outros recursos essenciais, precipitando uma crise global.

Com isso, os autores do estudo basearam suas conclusões em modelos de crescimento exponencial da população e seu impacto no equilíbrio dos recursos naturais do planeta. Catástrofe global corre risco de acontecer já no próximo ano, segundo os físicos.


Fonte: MSN

Nota. Alguém pode dizer que se trata de mais uma noticia sensacionalista da mídia especulativa. Mas o que vemos são as crises se somando nos últimos tempos. Depois da grande ameaça do covid 19, com possível retorno a qualquer momento através de uma variante do coronavírus, surgiram guerras de consequências globais, se acumulando ao que foi mencionado se prevê uma crise econômica global sem precedentes por causa das medidas radicais tomadas pelo governo dos EUA. Sabemos que o futuro deste mundo está nas mãos do Criador, só Ele determinará o momento do fim, ou melhor, da recriação de todas as coisas conforme está revelado na Sua palavra. Estejamos preparados porque Ele logo virá!

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Crise climática a caminho de destruir o capitalismo

 


  A crise climática está a caminho de destruir o capitalismo, alertou uma importante     seguradora, com o alto custo dos impactos climáticos extremos deixando o setor financeiro     incapaz de operar.

O mundo está se aproximando rapidamente de níveis de temperatura em que as seguradoras não poderão mais oferecer cobertura para muitos riscos climáticos, disse Günther Thallinger, do conselho da Allianz SE, uma das maiores seguradoras do mundo. Ele disse que sem seguro, que já está sendo retirado em alguns lugares, muitos outros serviços financeiros se tornam inviáveis, de hipotecas a investimentos.

As emissões globais de carbono ainda estão aumentando e as políticas atuais resultarão em um aumento na temperatura global entre 2,2C e 3,4C acima dos níveis pré-industriais. O dano a 3C será tão grande que os governos não conseguirão fornecer resgates financeiros e será impossível se adaptar a muitos impactos climáticos, disse Thallinger, que também é presidente do conselho de investimentos da empresa alemã e foi anteriormente CEO da Allianz Investment Management.

  O negócio principal do setor de seguros é a gestão de riscos e há muito tempo leva os perigos    do aquecimento global muito a sério. Em relatórios recentes, a Aviva disse que os danos  climáticos extremos para a década até 2023 atingiram US$ 2 trilhões, enquanto a GallagherRE disse que o valor era de US$ 400 bilhões em 2024. A Zurich disse que era "essencial " atingir o zero líquido até 2050.

Thallinger disse: “A boa notícia é que já temos as tecnologias para mudar da combustão fóssil para energia de emissão zero. A única coisa que falta é velocidade e escala. Isso é sobre salvar as condições sob as quais os mercados, as finanças e a própria civilização podem continuar a operar.”

Nick Robins, presidente do Just Transition Finance Lab na London School of Economics , disse: “Esta análise devastadora de um líder global em seguros define não apenas a ameaça financeira, mas também civilizacional, representada pela mudança climática. Ela precisa ser a base para uma ação renovada, particularmente nos países do sul global.”

“O setor de seguros é um canário na mina de carvão quando se trata de impactos climáticos”, disse Janos Pasztor, ex-secretário-geral assistente da ONU para mudanças climáticas.

Fonte: The Guardian


Nota. 
Mesmo reconhecendo que a crise climática afeta a todos, em especial aos mais pobres, pelo que foi expresso acima há um grande resultado negativo também para os detentores do poder econômico. Estes, em muitos casos, auferiram grandes riquezas através da opressão e da exploração de classes  economicamente inferiores na sociedade. Por isto a Bíblia adverte que chegará o dia (já chegou) que muitos lamentarão pela perda de suas riquezas acumuladas.
 

"Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. 

 As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. 

 O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. 

 Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos." (Tiago 5:1-4).