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terça-feira, 26 de junho de 2012

Concílio de Laodicéia - O Sábado em Questão

O Concílio de Laodicéia ocorrido em 364 d.C., discutira na ocasião sobre o dia de guarda que o cristianismo deveria seguir. Essa assembléia eclesiástica motivada em parte pela vigência do edito de Constantino(a)estabeleceu no cânon 29: “Os cristãos não devem judaizar e descansar no sábado, mas trabalhar neste dia; porém devem honrar especialmente o dia do Senhor, e, como cristãos, devem se possível, não realizar nenhum trabalho neste dia. Se, entretanto, forem encontrados judaizando sejam excomungados por Cristo.”1 Analisando este cânon verifica-se que:
Em meio a crescente apostasia dentro do cristianismo houve cristãos que não se curvaram as falsas doutrinas e permaneceram leais aos ensinos bíblicos. Eles obedeciam integralmente aos Dez Mandamentos como Cristo lhes ensinara;
A obediência desses cristãos ao quarto mandamento, que apresenta o sábado (sétimo dia da semana) como o “dia do Senhor”(b)  , causou desconforto e promoveu a ira daqueles que decidiram considerar o domingo (primeiro dia da semana) como dia santo;
Esse cânon não objetivava, unicamente, substituir o verdadeiro dia  de repouso instituído por Deus, pois determina também perseguição aqueles que seguissem com a observância sabática no sétimo dia.
Líderes religiosos envolvidos por falsas doutrinas apoiaram-se no decreto do imperador Constantino promulgado em 321 d.C. e, em outras leis dominicais estabelecidas em anos subsequentes, para redigir o cânone 29 do Concílio de Laodicéia e assim impor a substituição do dia de descanso semanal instituído por Deus (Êxodo 20:8-11). Adiante alguns comentários sobre estas questões:
“(…) domingo, diem solis, em conformidade com a expressão popular, era necessário para distinguir o dia na abordagem dos pagãos. Durante as eras iniciais da igreja nunca foi intitulado ‘o sábado’; esta palavra está restrita ao sétimo dia da semana, o Sábado Judaico, que, como já dissemos, continuou a ser observado por vários séculos pelos convertidos ao cristianismo.”2
“Embora quase todas as igrejas em todo o mundo celebrem os sagrados mistérios no sábado de cada semana, os cristãos de Alexandria e de Roma, em vista de alguma antiga tradição, cessaram de fazer isso.”3 ”O povo de Constantinopla e de outras cidades, congregam-se tanto no sábado como no dia imediato; costume esse que nunca é observado em Roma.”4
“Os celtas tinham seus próprios concílios e decretavam suas próprias leis, independente de Roma. Os celtas usavam uma Bíblia latina diferente da Vulgata, e guardavam o sábado como dia de repouso, com serviços religiosos especiais no domingo.”5
“É certo que o próprio Cristo, Seus apóstolos e os cristãos primitivos em um considerável espaço de tempo observaram constantemente o sábado do sétimo dia; os evangelistas e São Lucas em Atos sempre referem-se ao dia de sábado, delineando a sua solenidade pelos apóstolos e outros cristãos. (…) O sábado do sétimo dia foi solenizado por Cristo, pelos os apóstolos e pelos cristãos primitivos,até que a assembléia de Laodicéia de certa forma aboliu a sua observância. (…) O Concílio de Laodicéia, 364 d.C., estabeleceu primeiramente a observação do dia do Senhor [domingo], e proibiu a guarda do sábado judaico sob anátema.”6
“Pouco precisa ser dito sobre a mudança do sétimo para o primeiro dia da semana. Os primeiros discípulos conservavam ambos os dias: o Sábado para o descanso, o Domingo para o trabalho. A Igreja Cristã não realizou de forma oficial, mas gradual e quase inconscientemente, a transferência de um dia pelo o outro.”7
“A oposição ao judaísmo introduziu o particular festival do domingo muito cedo, na verdade, no lugar do sábado. (…) A festa dominical como todas as outras festividades, sempre foi uma ordenança unicamente humana, e estava longe das cogitações dos apóstolos estabelecer a este respeito uma ordem divina; longe deles e da primitiva igreja apostólica transferir para o domingo as leis do sábado.”8
“No intervalo entre os dias dos apóstolos e a conversão de Constantino, a comunidade cristã mudou seu aspecto. O bispo de Roma, um personagem desconhecido para os autores do Novo Testamento, nesse intervalo de tempo, finalmente conseguiu a primazia de todos os outros clérigos. Ritos e cerimônias, na qual Paulo nem Pedro nunca ouviram, foram usadas soradeiramente e silenciosamente, e, em seguida, firmadas como instituições divinas.”9
Da época dos apóstolos até o Concílio de Laodicéia, que ocorreu por volta do ano 364, a sagrada observância do sábado dos judeus persistiu, como pode ser comprovada por vários autores; de fato, apesar do decreto desse concílio em oposição à ela.”10
Fatores como: a infiltração de ensinos pagãos no cristianismo; a criação do obscuro “festival da ressurreição”; o ódio de alguns cristãos pelos judeus; a lei civil decretada pelo edito de Constantino; e, a ânsia da Igreja de Roma em substituir o sábado pelo domingo, resultaram em caos quanto ao dia de descanso que deveria ser seguido no cristianismo.

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quinta-feira, 12 de abril de 2012

O que significa a expressão "não estais debaixo da lei"?

O texto bíblico de Romanos 6:14 diz: ‘Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça’.

Pelo fato de não estarmos ‘debaixo da lei’ isto não significa que possamos continuar pecando, ou seja, transgredindo abertamente a Lei de Deus. ‘Pecado é a transgressão da lei’ (I João 3:4) e a conseqüência do mesmo é a morte do pecador (Romanos 6:23), pois desobedecer conscientemente à lei de Deus é tornar-se escravo do pecado (I João 3:4) e torna-se seu servo (João 8:34). Se formos servos de obediência ao pecado, iremos morrer; sendo servos de obediência à lei seremos servos para a justiça (Romanos 6:16).

Paulo diz que, ‘uma vez libertos do pecado’ (Romanos 6:18), fomos feitos ‘servos da justiça’. Isto claramente ensina que a graça de Cristo, ao libertar-nos do pecado, não nos dá a liberdade de sermos transgressores conscientes.

Ser servos da justiça significa termos um caráter reto. ‘Os atos de obediência produzem hábitos de obediência, e tais hábitos constituem um caráter reto’ . ‘Muitas pessoas citam a expressão de Paulo ‘não estamos debaixo da lei’ (Romanos 6:14-15; Gálatas 5:18) querendo significar que a lei moral foi abolida.

Nós cremos que ‘debaixo da lei’ significa ‘debaixo da condenação da lei’. Não estar debaixo da lei não quer dizer estar desobrigado de cumpri-la, mas sim não ser culpado de sua transgressão. A única maneira de não estarmos debaixo da lei é cumpri-la. Se transgredirmos uma lei, incorremos em multa, prisão, ou qualquer punição enfim.

‘A graça divina não erradica a lei dando ao homem licença para pecar. Isto é amplamente expresso em Romanos 6-8′

‘O texto diz que não estamos debaixo da ‘maldição da lei’. Isto quer dizer que não estamos debaixo da ‘condenação’ da mesma, que é a morte eterna. Note que Paulo fala que fomos libertados da maldição (morte) e não da guarda. Devemos obedecer aos mandamentos não para sermos salvos, pois a graça de Jesus nos salvou; mas sim, obedecer por amor, demonstrando que aceitamos tal salvação. A obediência por amor demonstra o tipo de fé que temos, se é uma fé forte e verdadeira (pela obediência) ou se é fraca e falsa (pela desobediência)’.

O próprio Apóstolo Paulo disse que ‘tinha prazer na lei de Deus’ (Romanos 7:22)

Vejamos outro estudo sobre a passagem:

‘Leiamos tal como está escrito, o texto que é chave deste estudo: ‘Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!? (Romanos 6:14-15 RA). Descobrimos imediatamente que, fosse o que fosse que Paulo desejasse compreendêssemos por meio desta passagem, não queria ele que concluíssemos que o reino da graça nos liberta da lei. ‘E daí?’ diz ele; ‘havemos de pecar’, isto é, quebrantaremos a lei, ‘porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça’ De modo nenhum’.

‘O versículo imediato torna claro que estar’debaixo da lei significa estar debaixo da sua condenação, e que estar ‘debaixo da graça’ significa estar vivendo debaixo do plano que Deus ofereceu para salvação do domínio do pecado. Essa é a razão pela qual Paulo assevera: ‘Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça’ E, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça’. (Romanos 6: 16 e 18 RA).

‘O contraste está entre ser servos ‘do pecado′ e servos ‘da obediência pra justiça’…’

terça-feira, 10 de abril de 2012

Quando morreram, Jesus e o ladrão foram para o paraíso?

Quando morreu, Jesus foi para o céu? E o “bom ladrão”, também foi para o paraíso? Esse é um assunto polêmico para muita gente, pois afinal de contas a morte é um sono e todos os que morrem, sejam bons ou maus, vão para a sepultura.
Comecemos pela declaração de Jesus ao ladrão convertido na cruz: “E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.  Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42-43 RA).
Aparentemente, parece haver uma contradição na palavra de Deus. Mas, estudando mais profundamente este texto, percebemos que o livro sagrado de Jesus é perfeito e não tem erros doutrinários.
O que acontece neste caso, é que o verso contém um pequeno “erro gramatical” e de “pontuação”  do tradutor e não do próprio Jesus. Analisemos 4 pontos básicos existentes no verso que nos ajudarão ter a correta interpretação:
1) A preposição “que” existente em nossas Bíblias não consta no texto original grego. É um acréscimo do tradutor. A escrita seria  assim: “Em verdade te digo hoje estarás comigo no paraíso”.
Na escrita grega, as frases são escritas todas juntas. Ex: (traduzindo para o português)
Emverdadetedigohojeestaras
Comigonoparaiso
Cabe ao sincero estudante da palavra de Deus fazer a separação correta das palavras e pontuá-las adequadamente.
2) O  entendimento do texto irá depender de onde colocamos a vírgula. Veja: Se colocarmos a vírgula depois da palavra “digo”, significaria realmente que, no momento de sua morte, o ladrão iria para o céu com Jesus. Ex:“Em verdade te digo, hoje estarás comigo no paraíso”.
Agora, se a vírgula for colocada depois da palavra “hoje”, muda completamente o sentido do texto:“Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso”.
Jesus está dizendo ao ladrão que “hoje”, neste dia em está sendo pregado na cruz, neste dia em que ele está preste a morrer, que um dia irá ressuscitá-lo e levá-lo para o céu. O termo “hoje” refere-se ao momento em que Cristo estava fazendo a promessa. Jesus faz a promessa “hoje” e não “amanhã” ou em outro dia.
Lembre-se de que o ladrão pediu “lembra-te de mim quando vieres em teu reino”. Ele sabia que a vinda do reino de Deus era algo futuro.
3) O ladrão não foi para o céu naquele dia. Leia João 19:31 a 33:“Entre os judeus, para que no Sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele Sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele tinham sido crucificados”.
As pernas do ladrão foram quebradas porque ele estava vivo. Era costume da época fazer isto para que os criminosos não fugissem. Às vezes os condenados á cruz levavam até uma semana para morrerem.
4) O próprio Jesus disse que não tinha ido ao céu depois de sua morte. Leia João 20:17: “Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu pai , mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: subo para meu Pai e vosso Pai , para meu Deus e vosso Deus.”
Jesus morreu em uma sexta-feira e ressuscitou em um domingo. Como ele iria para o céu com o ladrão na sexta, se no domingo ele disse para Maria Madalena que ainda não tinha ido?
O texto de Lucas não contradiz a doutrina do sono da alma (Sl 13:3; Jo 11:11-14, etc). As Escrituras claramente ensinam que a pessoa ao morrer está inconsciente até a volta do Senhor Jesus (Sl 6:5; 115:17; I Ts 4:13-16, etc).
(Fonte: Leandro Quadros, Escola Bíblica da Novo Tempo)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Creio na ressurreição do corpo

Os cristãos do primeiro século escandalizaram o mundo afirmando que Deus se fez carne, padeceu e morreu no corpo, e no corpo ressuscitou. O Credo Apostólico ecoou no mundo antigo e reverbera até hoje: Creio na ressurreição do corpo, o que acarreta uma absoluta revolução na vida desde aqui e para a eternidade. A respeito disso, Paulo Brabo comenta a obra de Alan F. Segal, Life After Death, que discorre sobre a geografia e a história da vida após a morte na cultura ocidental, e também a respeito da radical diferença entre o pensamento grego e o pensamento judaico-cristão.
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Os gregos acreditavam que a essência do ser humano é a alma. O corpo é uma prisão, disse Platão. Acreditavam que o corpo era perecível e efêmero, diferente da alma, imperecível e eterna.
Mas a Bíblia Sagrada ensina diferente. Os primeiros cristãos sabiam que o corpo seria preservado para a vida eterna, pois não somente a alma, mas também o corpo é parte essencial do que somos.
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Os gregos falavam da vida eterna em termos de imortalidade da alma; os judeus e os primeiros cristãos falavam da vida eterna em termos de ressurreição do corpo, comenta Paulo Brabo. O ser humano é indissociável do corpo. Não é correto dizer que temos um corpo, pois na verdade, somos um corpo. A morte física não é, portanto, a oportunidade de nos livrarmos da prisão do corpo, pois é na ressurreição que é redimido e encontra finalmente sua plenitude. Paulo, apóstolo, ensina que, na ressurreição do corpo, o que é mortal é revestido de imortalidade, e o que é corruptível é revestido de incorruptibilidade. A esperança cristã é claríssima: a morte não implica a reencarnação, nem tampouco a dissolução do corpo (e do espírito e da alma) no todo etéreo imaterial. A morte não é a última palavra, pois vivemos na esperança da ressurreição: Se esperamos em Cristo apenas nesta vida, somos os mais miseráveis dos homens, disse o apóstolo Paulo.
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Não deve causar espanto, portanto, o fato de Jesus ter dado tanta importância ao corpo. Seus milagres se concentraram na restauração do corpo. Isso pode ser entendido de duas maneiras. Primeiro como denúncia profética da condição humana que resulta da rejeição a Deus. As curas de Jesus são de fato uma dramatização exterior da restauração da identidade humana. A sabedoria judaica diz que a idolatria é um caminho de desumanização: os ídolos têm boca, mas não falam; olhos, mas não vêem; pés, mas não andam. O poeta bíblico diz que todos os que adoram ídolos acabam se tornando iguais a eles, isto é, desumanizados, coisificados, sem vida. Paulo, apóstolo, diz que o que nos confere identidade humana é o sopro divino, e que, uma vez que trocamos a glória do Criador pela glória das criaturas – ídolos, perdemos nossa identidade humana. Quando Jesus cura um cego, um homem mudo, um aleijado ou um leproso, está não apenas mostrando o que nos tornamos, como também e principalmente mostrando o que podemos e devemos nos tornar quando redimidos e reconciliados com Deus.
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As curas físicas operadas por Jesus apontam também para o fato de que a redenção é essencialmente o resgate da plena identidade humana, o que necessariamente implica a redenção também do corpo. Isso não significa, como entendiam os gregos, que, ao realizar curas físicas, Jesus se rebaixou aos cuidados do corpo. Muito ao contrário, ao curar o corpo Jesus aponta exatamente a elevação do corpo como imprescindível constituinte da verdadeira, ou integral, identidade do que se pode chamar humano.
Não é pouco, portanto, celebrar a Páscoa como festa da ressurreição. Os cristãos, em todos os tempos, afirmam algo singular: cremos que Deus se fez carne; cremos que padeceu, morreu e ressuscitou em carne; cremos na ressurreição do corpo.
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Celebrar a Páscoa como ressurreição de Jesus é afirmar a vida em sua plenitude e o ser humano em sua totalidade. Celebrar a Páscoa como ressurreição é afirmar o corpo como sagrado. Celebrar a Páscoa como ressurreição é afirmar a esperança da vida eterna!


Nota. Só não entendo como uma grande parte dos cristãos ainda acredita na imortalidade da alma, bem como na crença de que ao homem morrer já sobe ao Céu ou desce ao inferno, quando na realidade a recompensa virá só depois da ressurreição (João 5:29; Atos 17:31, Daniel 12:2)

sexta-feira, 2 de março de 2012

Como surgiu o dogma católico da veneração de Maria?

O Novo Testamento deixa claro que Jesus foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria quando ela ainda era virgem (Mt 1:18-25; Lc 1:26-56; 2:1-7). Mas a igreja apostólica jamais atribuiu a Maria qualquer função especial junto à comunidade dos crentes. No entanto, várias teorias especulativas a respeito de Maria começaram a se infiltrar no cristianismo pós-apostólico. Justino Mártir, Irineu e Tertuliano sugeriam que, como Eva havia sido a fonte do pecado e da morte, Maria trouxe a bênção da redenção ao mundo. Não demorou muito para que se consolidasse também a noção da perpétua virgindade de Maria.
No Concílio de Éfeso (431), Maria foi declarada “mãe de Deus” (grego Theotokos), o que ajudou a estimular a crescente veneração da Virgem Maria através de cultos e orações a ela dedicados. Mas foi, sem dúvida, a oração da “Ave Maria”, originária do século 11, que mais contribuiu para popularizar essa veneração. Philip Schaff declara que durante a Idade Média “a veneração de Maria degenerou-se gradualmente na adoração de Maria”, a ponto de suplantar a própria “adoração de Cristo”.
A teoria da imortalidade natural da alma proveu o embasamento necessário para abrigar o dogma católico da assunção de Maria. Na Idade Média difundiu-se a crença de que a alma de Maria teria sido levada para o Paraíso logo após a sua morte; mas, quando o seu corpo estava para ser sepultado, Jesus o buscou a fim de ser reunido com a alma dela. Como se isso não bastasse, Maria passou a ser considerada como exercendo a função de mediadora humana junto ao trono de Cristo, através da qual os seres humanos poderiam ter acesso à majestade divina e obter graça especial. Em 1854, o papa Pio IX decretou o dogma da Imaculada Conceição de Maria, sugerindo que ela “foi preservada imune de toda mancha do pecado original”.

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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Arrebatamento Secreto não é uma Doutrina Bíblica

É grande o número de cristãos sinceros que acreditam que Jesus virá, num primeiro momen­to, de maneira secreta, para arrebatar os Seus filhos, aqueles que O aceitaram como Salvador e a Ele se mantêm fiéis. Esta primeira vinda é comumente chamada de arrebatamento ou rap­to da Igreja. É necessário que todos os que as­sim crêem atentem mais detidamente para os tex­tos bíblicos que deram origem a esta doutrina, para que não haja nenhuma dúvida com respeito a tão importante assunto.
Este pensamento é re­lativamente recente e somente começou a ser en­sinado e crido poucos anos atrás, depois da pu­blicação do livro “A Agonia do Planeta Terra”, baseado em teorias do século XIX, copiadas de um autor jesuíta, que defendia e ensinava o arrebatamento secreto da igreja. Segundo este pensamento, a volta de Jesus se dará em duas etapas: a primeira será secreta e arrebatará a igreja e todos os que se man­tiverem fiéis e obedientes ao Evangelho. A segunda vinda será a revelação, quando Jesus virá com todos os salvos, após a festa das bodas do Cordeiro, no Céu.
Na realidade, Jesus virá duas vezes a esta Terra, mas nenhuma delas será secreta. A Palavra de Deus em momento algum autoriza este pensamento, que traz em si, um grave erro que pode se revelar fatal para muitos. Por este pensamento ad­mite-se uma segunda oportunidade para os que não tiverem sido arrebatados secretamente, da pri­meira vez.
Portanto, este assunto reveste-se de uma importância ta­manha, que somente a eternidade irá revelar. Muitos poderão perder a salvação, embalados pela falsa esperança desta segunda oportunida­de. É necessário que se compreenda perfeitamente onde se originou este erro, e qual é o propósito de Deus, ao revelar este acontecimento, através de Seus profetas. De uma coisa não pode haver dúvida: não podem existir na Palavra de Deus duas verdades sobre um mesmo as­sunto. Qual será, então, a versão correta?
 
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Como se originou a crença no “inferno”?

A noção de um “inferno” de fogo eterno para castigar os maus está intimamente associada à teoria da imortalidade natural da alma. Já no Jardim do Éden, Satanás, na forma de uma serpente, disse a Eva que ela e Adão não morreriam (Gn 3:4; Ap 12:9). Entre os antigos pagãos havia noções de um outro mundo no qual os espíritos dos mortos viviam conscientes. Essa crença, somada à noção de que entre os seres humanos existem pessoas boas e pessoas más que não podem conviver para sempre juntas, levou antigos judeus e cristãos a crerem que, além do paraíso para os bons, existe também um inferno para os maus.
Muitos eruditos criam que a noção de um inferno de tormento para os ímpios derivara do pensamento persa. Mas em meados do século 20 essa teoria já havia perdido muito de sua força, diante das novas investigações que enfatizavam a influência grega sobre os escritos apocalípticos judaicos do 2o século a.C. Tal ênfase parece correta, pois na literatura greco-clássica aparecem alusões a um lugar de tormento para os maus. Por exemplo, a famosa Odisséia de Homero (rapsódia 11) descreve uma pretensa viagem de Ulisses à região inferior do Hades, onde mantém diálogo com a alma de vários mortos que sofriam pelos maus atos deles. Também Platão, em sua obra A República, alega que “a nossa alma é imortal e nunca perece”.
Por contraste, o Antigo Testamento afirma que o ser humano é uma alma mortal (ver Gn 2:7; Ez 18:20); que ele permanece em estado de completa inconsciência na morte (ver Sl 6:5; 115:17; Ec 3:19 e 20; 9:5 e 10); e que os ímpios serão aniquilados no juízo final (ver Ml 4:1). Mas tais ensinamentos bíblicos não conseguiram impedir que o judaísmo do 2.o século A.C. começasse a absorver gradativamente as teorias gregas da imortalidade natural da alma e de um lugar de tormento onde já se encontram as almas dos ímpios mortos. Esse lugar de tormento era normalmente denominado pelos termos Hades e Sheol.
Já nos apócrifos judaicos transparecem as noções de uma espécie de purgatório (Sabedoria 3:1-9) e de orações pelos mortos (II Macabeus 12:42-46). Mas o pseudepígrafo judaico de I Enoque (103:7) assevera explicitamente: “Vocês mesmos sabem que eles [os pecadores] trarão as almas de vocês à região inferior do Sheol; e eles experimentarão o mal e grande tribulação – em trevas, redes e chamas ardentes.” Também o livro de IV Enoque (4:41) fala que “no Hades as câmaras das almas são como o útero”. A idéia básica sugerida é a de uma alma imortal que sobrevive conscientemente à morte do corpo.
O Novo Testamento, por sua vez, fala acerca da morte como um sono (ver Jo 11:11-14; I Co 15:6, 18, 20 e 51; I Ts 4:13-15; II Pe 3:4) e da ressurreição como a única esperança de vida eterna (ver Jo 5:28 e 29; I Co 15:1-58; I Ts 4:13-18). Mas o cristianismo pós-apostólico também não conseguiu resistir por muito tempo à tentação paganizadora da cultura greco-romana, e passou a incorporar as teorias da imortalidade natural da alma e de um inferno de tormento já presente. Uma das mais importantes exposições medievais do assunto aparece em A Divina Comédia, de Dante Alighieri, cujo conteúdo está dividido em “Inferno”, “Purgatório” e “Paraíso”.
Além de conflitar com os ensinos do Antigo e do Novo Testamento, a teoria de um inferno eterno também conspira contra a justiça e o poder de Deus. Por que uma criança impenitente, que viveu apenas doze anos, deveria ser punida nas chamas infernais por toda a eternidade? Não seria essa uma pena desproporcional e injusta (ver Ap 20:11-13)? Se o mal teve um início, mas não terá fim, não significa isso que Deus é incapaz de erradicá-lo, a fim de conduzir o Universo à sua perfeição original? Cremos, portanto, que a teoria de um tormento eterno no inferno é antibíblica e conflitante com o caráter justo e misericordioso de Deus.
Texto de autoria do Dr. Alberto Timm.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Quem mudou o dia do Senhor do sábado para o domingo?


Uma das teorias mais usadas para justificar a mudança do sábado para o domingo é a de que o sábado foi abolido na cruz e o domingo instituído em seu lugar através da ressurreição de Cristo. Por mais popular que seja, esta teoria carece de fundamentação bíblica e de comprovação histórica. O texto de João 20:19, normalmente usado para apoiar a teoria, simplesmente declara que os discípulos estavam reunidos, com “as portas da casa” trancadas, por “medo dos judeus”, sem qualquer alusão ao domingo como um novo dia de guarda. Além disso, a primeira evidência histórica concreta sobre a existência de cristãos observadores do domingo é encontrada somente na metade do segundo século de nossa era.
A tese doutoral de Samuele Bacchiocchi, intitulada From Sabbath to Sunday: A Historical Investigation of the Rise of Sunday Observance in Early Christianity (Roma: Pontifical Gregorian University Press, 1977), demonstra “que a adoção do domingo em lugar do sábado não ocorreu na primitiva Igreja de Jerusalém, por virtude de autoridade apostólica, mas aproximadamente um século depois na Igreja de Roma”.
Sob a influência cultural paganizadora do Império Romano, o cristianismo dos primeiros séculos acabou absorvendo vários elementos de origem pagã, dentre os quais se destaca o culto ao Sol de origem persa (mitraísmo). Os mitraístas romanos veneravam o Sol Invictus cada domingo e celebravam anualmente o seu
nascimento no dia de 25 de dezembro. Tentando harmonizar alegoricamente o Sol Invictus com o “sol da justiça” do cristianismo (Ml 4:2; Jo 8:12), muitos cristãos começaram a adorar a Cristo no domingo como “dia do Sol” (Sunday em inglês e Sonntag em alemão), com o duplo propósito de se distanciarem do judaísmo perseguido pelos romanos e de se tornarem mais aceitos dentro do próprio Império Romano.
Mas o que parecia inicialmente apenas um sincretismo religioso começou a assumir um caráter institucional. A 7 de março de 321 d.C., o imperador Constantino, um devoto adorador de Mitra, decretou “que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol”. Esse decreto foi seguido por várias medidas eclesiásticas para legalizar a observância do domingo como dia de guarda para os cristãos. O próprio Catecismo Romano, 2.ª ed. (Petrópolis, RJ: Vozes, 1962), pág. 376, reconhece a atuação da Igreja Católica nesse processo, ao declarar: “A Igreja de Deus, porém, achou conveniente transferir para o domingo a solene celebração do sábado.”
Por mais atraentes e populares que sejam algumas teorias sobre a origem da observância do domingo, não podemos impor ao texto bíblico interpretações artificiais e desenvolvimentos históricos que só ocorreram após o período bíblico. Para sermos honestos com a Palavra de Deus, precisamos permitir que ela mesma nos diga qual o verdadeiro dia de guarda do cristão (ver Gl 1:8; Ap 22:18 e 19).
Texto de autoria do Dr. Alberto Timm, publicado na Revista Sinais dos Tempos, março de 1998, p. 29.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Destino Eterno: Em que sentido o castigo dos ímpios será eterno?

Muitas pessoas associam o “castigo eterno” (Mt 25:46) com a crença popular de um inferno no qual os ímpios serão queimados por toda a eternidade. Mas, sendo assim, por que o pecado, que não é eterno, teve um início mas nunca poderá ter fim? Por que uma criança que viveu apenas 12 anos neste mundo e morreu deveria ser submetida às chamas torturantes do inferno por toda a eternidade, à semelhança dos maiores criminosos da História? Não estaria essa crença medieval distorcendo o conceito bíblico de um Deus justo e amoroso?
É certo que a Bíblia relaciona o “castigo eterno” dos ímpios com o “fogo eterno” (Mt 18:8; 25:41) ou “fogo inextinguível” (Mc 9:43) que os haverá de destruir após o milênio (Ap 20:7-15). Mas esse fogo será “inextinguível” no sentido de que não se apagará enquanto não houver cumprido completamente a sua missão destruidora. Será “eterno” em suas conseqüências. Aqueles que forem por ele destruídos jamais voltarão à existência. Judas 7 coloca a destruição de Sodoma, Gomorra e das cidades circunvizinhas (ver Gn 19:1-29), que não estão queimando até hoje, como um “exemplo do fogo eterno”.
“A Bíblia esclarece que a sentença punitiva de cada impenitente será diretamente proporcional às suas obras” (Ap 20:11-15; ver também Mt 25:41-46). Cristo declara, em linguagem metafórica, que alguns serão castigados no juízo final com “poucos açoites” e outros com “muitos açoites” (Lc 12:47 e 48). E o livro do Apocalipse afirma que o diabo, a besta e o falso profeta “serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos” (Ap 20:10). Mas mesmo esse tormento mais prolongado haverá de os destruir completamente, não deixando deles “nem raiz nem ramo” (Ml 4:1). O pecado e o sofrimento tiveram um início, e terão também um fim. Chegará o dia em que não haverá mais “lágrimas”, nem “luto, nem pranto, nem dor” (Ap 21:4).

Como explicar a existência de um dia de 24 horas nos três primeiros dias da Criação, se o Sol só apareceu no quarto dia?

O relato de Gênesis 1 afirma que em cada um dos três primeiros dias da semana da Criação “houve tarde e manhã” (versos 5, 8 e 13), e que o Sol, a Lua e as estrelas só apareceram no quarto dia (versos 14-19). Mas não existe um consenso geral entre os comentaristas bíblicos a respeito de quando esses astros foram realmente criados. Alguns chegam a crer que todos os astros, além da Terra, vieram à existência apenas no quarto dia da Criação. Outros assumem que nesse dia foi criado apenas o sistema solar. Ainda um terceiro grupo sugere que o sistema solar já havia sido criado no primeiro dia, como fonte de “luz” para o mundo (versos 3-5), ou até mesmo junto com o próprio Universo, num “princípio” remoto (verso 1). Para esse grupo, no quarto dia da Criação Deus teria apenas alterado as condições atmosféricas para que a luz dos astros pudesse iluminar adequadamente a Terra.
Gleason L. Archer argumenta em sua Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas (pág. 66): “Gênesis 1.14-19 revela que na quarta fase criadora Deus abriu o manto de nuvens o suficiente para que a luz direta do Sol caísse sobre a terra e para que tivesse lugar a observação correta dos movimentos do Sol, da Lua e das estrelas. Não se deve entender que o versículo 16 mostra a criação dos corpos celestes pela primeira vez no quarto dia criador; antes, ele nos informa que o Sol, a Lua e as estrelas, criados no primeiro dia como fonte de luz, tinham sido colocados em seus lugares designados por Deus com a idéia de no final das contas funcionarem como indicadores de tempo (‘sinais, estações, dias, anos’) para os observadores terrestres.”
Seja como for, Gênesis 1 nos informa que no primeiro dia da Criação Deus não apenas formou a “luz” (verso 1), mas também “fez separação entre a luz e as trevas” (verso 4). Embora os três primeiros dias da Criação já fossem dias naturais de 24 horas, compostos de “tarde e manhã” (versos 5, 8 e 13), no quarto dia Deus trouxe à existência uma nítida “separação entre o dia e a noite” e uma nova realidade que permitisse aos seres humanos distinguir as diferentes “estações” e contar os “anos” (verso 14). Deus mesmo não necessitava desses recursos para computar o tempo, mas Ele os criou para benefício dos seres humanos, dos animais e das plantas. Cremos, portanto, que as atividades criadoras do quarto dia não conspiram contra o fato de Deus haver previamente realizado Suas atividades em dias literais de 24 horas.

Fonte: Sétimo Dia

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A doação de sangue e de órgãos é ou não proibida pela Bíblia?

A Bíblia proíbe comer o sangue, da mesma forma que proíbe comer a gordura das carnes ingeridas. Mas a Bíblia não proíbe a “transfusão” de sangue. “Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.” (Gênesis 9:4). Levítico 7:26 diz mais: “Não comereis sangue em qualquer das vossas habitações, quer de aves, quer de gado.”
Por que Deus proíbe isto? Deus quer que tenhamos saúde, e comer o sangue ou a gordura debilita nosso organismo e pode trazer doenças muito prejudiciais.
É completamente diferente ingerir sangue como comida (algo totalmente desnecessário e portanto proibido) e dar ou receber uma transfusão de sangue – algo que com certeza tem salvo e poderá salvar muitas vidas.
Pensemos em termos do amor cristão. Doar sangue reflete o amor de Cristo, que deu o seu sangue por amor a nós. Agora, do ponto de vista físico, podemos dar oportunidade para que outros sobrevivam recebendo o inestimável fluído. O mesmo pode ser dito da doação de órgãos em vida.
Quanto a doação de órgãos após a morte não cremos haver nenhum impedimento bíblico para isso. Com a  morte as partes do corpo serão perdidas para sempre. E se estes preciosos órgãos não nos valem mais, por que não permitir que outros se beneficiem deles e passem a viver com mais saúde e em melhor estado com algo que se tornará pó? Na ressurreição, Deus não precisará valer-Se daquela própria matéria para trazer-nos à vida. “Nenhuma lei da natureza requer que Deus devolva ao corpo  as mesmas partículas da matéria que o compunham antes da morte.”
Como Jesus vê uma pessoa que doa sangue?  Lucas 19:10 responde: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” Se Jesus veio derramar o seu sangue para nos salvar, com certeza ele vê com alegria quando alguém se dispõe a também doar o seu sangue para salvar alguém.
 
Nota. A ordem bíblica de não tomar sangue se refere a ingerí-lo como alimento, em nada se refere a transfusão. O resultado fisiológico da digestão do sangue é muito diferente da transfusão. A ingestão passa por um processo de decomposição em que são geradas toxinas no sistema digestivo. Já a transfusão aproveita o sangue sem passar por alteração química do mesmo, passando a ser benéfico e as vezes vital para a sobrevivência do indivíduo.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O Espírito Santo no passado. O Espírito Santo iniciou Suas atividades no mundo apenas a partir do Pentecostes (Atos2)?

Um dos textos mais importantes para a compreensão da obra do Espírito Santo antes e após o Pentecostes é João 14:16 e 17. Neste texto Cristo promete aos Seus discípulos uma  futura dotação especial do Espírito Santo: E Ele vos dará outro Consolador, explicando que esta dotação seria concedida pelo mesmo Espírito que já habitava neles: “Vós O conheceis, porque Ele habita convosco”. Por conseguinte, não podemos restringir as atividades do Espírito Santo ao período posterior ao Pentecostes.
Um número significativo de alusões à atuação do Espírito Santo pode ser encontrado no Antigo Testamento. Já em Gênesis 1:2 Ele é descrito como pairando “sobre as águas”. Sansão foi possuído várias vezes, de forma sobrenatural, pelo Espírito Santo (Juízes 13:25; 14:6 e 19; 15:14). Davi enfatiza a onipresença do Espírito Santo ao indagar: “Para onde me ausentarei do Teu Espírito?” (Salmo 139:7-12). O Novo Testamento, por sua vez, refere-se a Zacarias (Lucas 1:15) e Cristo (Lucas 4:1) como homens cheios do Espírito Santo antes do Pentecostes.
Embora o Espírito Santo viesse atuando incessantemente pela salvação dos pecados desde o início da história humana, no Pentecostes os discípulos receberam uma capacitação especial do poder do Espírito Santo para testemunhar as boas-novas da salvação em Cristo “até os confins da terra” (ver Atos 1:8). Em outras palavras, naquela ocasião, os seguidores de Cristo, que já manifestavam o fruto do Espírito derivado de uma experiência de salvação (ver Gálatas 5:22 e 23), receberam um dom especial do Espírito, que os capacitaria a proclamar o evangelho nas próprias línguas das diferentes “nações” representadas no dia do Pentecostes (ver Atos 2:1-13). Portanto, a obra do Espírito Santo é bem mais abrangente em seu escopo do que a mera concessão do dom de línguas no dia do Pentecostes.

Alberto Ronald Timm, doutor em Teologia, em um de seus artigos na Revista Sinais dos Tempos (Tatuí – SP - Casa Publicadora Brasileira) Janeiro de 1999, p. 29.
 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Mistério Babilônia - Parte 2

As religiões de mistério mais conhecidas na história são aquelas encontradas na antiga Babilônia, no Egito, o mitraísmo (na Pérsia e depois no Império Romano), os mistérios elêusicos, dionisíacos e  órficos (Grécia), o druidismo (Celta), a cabala (judaísmo), o gnosticismo, o hermetismo, a teosofia moderna , e aquelas encontradas nas sociedades secretas como a rosa-cruz e a maçonaria.


As doutrinas comuns a essas religiões (ver Parte 1) são:


1) O iniciado pode expandir sua consciência para tornar-se divino.

2) O morrer e o nascer de novo são o tema central. Inclusive depois da morte física. Portanto, há a crença na imortalidade natural e até na reencarnação.

3) Astrologia, principalmente adoração do sol como representando Lúcifer. Atenção especial à doutrina luciferiana.

4) Presença forte de simbologia (formas e números) como forma de transmissão dos mistérios e como sinal de identidade dos praticantes.


Nos últimos 50 anos o mundo tem presenciado a popularização dessas principais doutrinas para as massas em geral através da indústria do entretenimento. Músicas, filmes, literatura e jogos eletrônicos têm sido os meios usados para influenciar uma sociedade biblicamente ignorante, e prepará-la para o estabelecimento da Babilônia do apocalipse (um só governo mundial, uma só religião de mistério universal).  O Vaticano é a instituição que está preparando o mundo religioso para a chegada desse momento, e será a instituição que dará suporte a essa futura religião de mistério universal (Babilônia), porque Roma está completamente envolvida com as religiões de mistério. 


A influência das religiões de mistério na literatura, por exemplo, pode ser confirmada no livro "O Segredo", que tornou-se uma febre mundial. Poucos questionaram seu conteúdo, muito menos sua inspiração proveniente das religiões de mistério.

Ainda sobre o papel da indústria do entretenimento na preparação do mundo para o surgimento da Babilônia do apocalipse, convém lembrar algo curioso sobre os druidas, sacerdotes da religião de mistério dos Celtas. 


"Os druidas não construíam templos, pois criam que, para adorar os deuses da natureza, o melhor a fazer era integrar-se a essa natureza. Na Gália, um local de culto dos druidas recebia o nome de Nemeton (literalmente ‘bosque sagrado’). O próprio termo ‘druida’ está relacionado às árvores – uma tradução aproximada dos componentes originais da palavra é 'aquele que tem a sabedoria do Carvalho'”.


A relação entre a indústria do entretenimento e o druidismo fica mais evidente então, ao verificarmos o significado para a palavra Wood ( em inglês): madeira ou pequena floresta (bosque). Logo, percebemos porque a indústria do cinema influenciada pelas religiões de mistério adotou Hollywood como sede mundial:


Holy wood significa "bosque sagrado". E Holly Wood (duplo L), significa "bosque de azevinho" - referência a um tipo de árvore da Europa. O detalhe é que os druidas celtas dividiam o ano em treze períodos, e cada período estava associado a uma árvore, a uma cor e a uma pedra preciosa. O azevinho era uma destas treze árvores e correspondia ao período entre 8 de julho e 4 de agosto no calendário celta. 


Atualmente, as religiões de mistério fazem questão de tornar público o deus que se adora em Hollywood (assista aqui).


(continua aqui

Fonte: blog Minuto Profético

terça-feira, 19 de outubro de 2010

PREDESTINAÇÃO: VERDADE OU HERESIA?

O que a Bíblia apresenta sobre predestinação são estes cinco textos:
II S. Pedro 1: 10 - “Portanto irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição...”
Efésios 1: 5 - “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo...”
Efésios 1: 11 - “...havendo sido predestinados, conforme o propósito daquEle que faz todas as coisas segundo o conselho de Sua vontade.”
Romanos 8: 29 - “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conforme à imagem de Seu Filho...”
Romanos 8: 30 - “E aos que predestinou a estes também chamou; e os que chamou também justificou...”

No conceito Calvinista Deus estabeleceu dois decretos: Um selecionando o grupo de salvos; outro o grupo dos perdidos. Calvino mesmo disse que este é o “terrível decreto de Deus”.
Segundo Calvino, existiria no mundo um grupo de pessoas que poderiam fazer tudo errado, mas seriam salvas. E outro grupo as pessoas poderiam fazer tudo certo, mas jamais se salvariam. Ouça o que João Calvino, declarou em 1537:  
Ora, a semente da Palavra de Deus só se enraíza e produz frutos nas pessoas que o Senhor, por Sua eleição eterna, predestinou para serem filhos e herdeiros do Reino Celestial. Para todos os outros (que pelo mesmo conselho de Deus foram rejeitados antes da fundação do mundo) a clara e evidente pregação da verdade só pode ser um cheiro de morte para a morte.” – Instruction in Faith (Paulo T. Fuhrmann. 1/949, pág. 136). Citado pelo Pr. Pedro Apolinário.

A predestinação Calvinista portanto, é:
• Deus já decretou quem vai ser salvo e quem se perderá. Não precisa obediência nem desobediência para que Deus manifeste Sua justiça ou misericórdia.
• Os que Deus destinou a salvação serão salvos mesmo pecando ou não querendo ser salvos. E os que destinou à perdição não serão salvos mesmo aceitando o Sacrifício de Jesus, e vivendo vida santificada.
• Que Jesus não morreu por todos os homens, mas tão somente pelos que foram predestinados.
João Calvino, foi inegavelmente, um dos grandes Reformadores Protestantes, mas o princípio de fé que estabeleceu para seus seguidores, não afina com a Palavra de Deus. Creio que, os textos isolados que valeu-se para criar seu arcabouço doutrinário, são estes:
“O Senhor fez todas as coisas para os seus próprios fins, e até o ímpio para o dia do mal.” Provérbios 16: 4.
“...compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer.” Romanos 9: 18
“... Eu endurecerei o seu coração (de Faraó), para que não deixe o povo ir.” Êxodo 4: 21.
“Como está escrito; amei Jacó, e aborreci Esaú.” Romanos 9: 13.
“...Em verdade vos digo que um de vós Me há de trair.” Mateus 26: 21.

QUE DIZ A BÍBLIA?
Em Adão todos são predestinados a morrer:
I Coríntios 15: 22 – “Porque assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão glorificados em Cristo.”
Em Jesus todos são predestinados a salvação:
São João 1: 12 – “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu Nome.”
Tito 2: 11 – “Porque a Graça de Deus se há manifestada, trazendo salvação a todos os homens.”
II Pedro 3: 9 – “ ... não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.”
Apocalipse 22: 17 – “...quem quiser receba de graça a água da vida.”

Está claro? Deus não predestinou ninguém para a perdição. Pelo contrário, é Seu desejo que ninguém se perca, todavia não pode interferir nas decisões do homem, por força do livre arbítrio que conferiu ao ser humano. Todos tem a oportunidade de se salvar, mas isso é exclusivamente uma decisão pessoal. Portanto, o princípio bíblico é que o homem é livre para decidir qual seu destino. Porém, é inegável o anseio de Deus pela salvação de todas as Suas criaturas, observe:
I Timóteo 2: 4 – “O qual deseja que os homens sejam salvos e cheguem ao conhe- cimento da verdade.”
São João 3: 16 – “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”
OBSERVE: • Morreu por todos!
• Todos que crerem, serão salvos!
Jesus mesmo ratificou este princípio, garantindo que a salvação não é um prêmio só para alguns privilegiados, mas é extensiva a todos os que perseverarem na carreira cristã até o dia final. Veja:
Apocalipse 2: 10 – “...sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida.”
Apocalipse 3:5 – “Ao que vencer, de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da Vida...”

Deus empenhou Sua palavra em favor de todos os homens, de todas as eras e de todas as condições: financeiras, culturais e étnicas. Eis a prova:
Ezequiel 18: 32 –“Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor. Portanto, convertei-vos e vivei.”
Mateus 7: 21 – “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino do Céu, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai que está nos Céus...”

Compreendeu? Deus sofre se a pessoa decide não aceitá-Lo. Por isso, os que não se salvarem, se perderão de livre e espontânea vontade. Deus fez tudo para salvá-los. Preste atenção aos textos finais:
Jeremias 21: 8 – (Leia também Deut. 30: 15-19). “...eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte.”
Josué 24: 15 – “...escolhei hoje a quem sirvais...”
Por quê? Deus é a essência da liberdade! Comprometeu-Se jamais interferir na vontade humana, mas em toda a Bíblia demonstra profundo amor e interesse na conversão do pecador, pois deseja que ele viva para sempre. Aleluia! Glória a Deus! É o homem quem escolhe e determina o seu destino eterno, e não Deus.
Atos 17: 30 – “... notifica aos homens que todos em toda parte se arrependam.”
I Timóteo 2: 4 – “Que quer que todos os homens se salvem...”
Atos 16: 31 – “...crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa.”
Deus não pode fazer nada mais que apelar. Apelar! Apelar! E por quê? – Lógico, um dia Ele vai purificar esta Terra para ser a morada dos salvos, e para isso, terá que destruir o pecado, Satanás, seus anjos rebelados, e os ímpios que recusaram a salvação. Mas, se como ocorreu em Nínive, todos se arrependerem, Deus ficará muito feliz, porque todos assim, se salvarão.
I Coríntios 10: 12 “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe, não caia.”

Meus amados, a doutrina da predestinação é que ninguém precisa arrepender-se porque o caso de todos já está pré-estabelecido. Então por que Paulo, cheio do Espírito conclama a que todos se arrependam? Também, não acha você seja uma preocupação desnecessária do apóstolo, mandar se “cuidar” para não cair na vida espiritual, se o destino de todos estiver traçado?
I Tessalonicenses 5: 9 – “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo.”
Jesus Cristo, o Salvador bendito pagou o preço da redenção de todos. Por isso pode afirmar:
João 6: 37 – “...o que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora.”
João 6: 47 – “...aquele que crê em Mim tem a vida eterna.”
Apocalipse 3: 11 – “...guarda o que tens para que ninguém tome a tua coroa.”
Querido irmão, Deus jamais virá a nós dizendo: “Mudei de idéia contigo, Meu sacrifício está anulado, agora as regras do Plano da Redenção são outras.”
Não! – O homem escolhe! O preço está pago para todos sem exceção! Um dia Jesus ficou tão triste com a indiferença de Seu povo, que afirmou:
“E não quereis vir a Mim para terdes vida.” (João 5: 40).

Compreende? O problema não é quem será ou não será salvo! Se a predestinação fosse uma doutrina verdadeira, creio que não precisávamos de Jesus, do Seu sacrifício, nem do evangelho, nem da igreja, muito menos do Plano de Salvação. Bastava viver e aguardar a morte. No entanto, eis aí o Senhor Jesus, demonstrando claramente que os que decidem ir a Ele terão vida e vida eterna. Os que recusarem, assumem sua desventurada decisão, sendo exterminados quando for destruído o pecado.
Complemente seu estudo. Deus ama a todos: Eze. 33: 11: Mat. 5: 45. Faraó foi quem se endureceu: Êxo. 7: 13,14,22: 8:15,19, 32; 9:7,34,35; 13:15. Os próprios pagãos reconheceram que Faraó se endureceu deliberadamente: I Sam. 6:6.

MEDITE NISTO COM CARINHO
Mateus 25: 34 – “...vinde benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.”
Mateus 25: 41 – “...apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.”
Se houvesse predestinação realmente, Jesus diria aos perdidos como disse aos salvos: “...preparado para vós desde a fundação do mundo”. Isso é óbvio, porque aí estão os dois grupos de pessoas: salvos e perdidos!
Aqui pois, a inequívoca verdade que Jesus morreu por todos, mas nem todos querem ser salvos, e Deus respeita a decisão de todos. O fogo, pois, foi preparado para o diabo e seus anjos e não para o homem.
Como no Juízo Final a Terra se tornará uma bola de fogo, todos os perdidos, Satanás e seus anjos serão destruídos por suas chamas. Deus, os anjos, o Senhor Jesus, o Espírito Santo e todos os salvos lamentam, mas... que fazer?

Fonte: www.jesusvoltara.com.br

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O QUE HÁ DEPOIS DA MORTE?



Este tema sempre despertou a curiosidade e a imaginação das pessoas. Cada segmento religioso busca dar uma explicação; tentando  amoldar suas teses aos fenômenos sobrenaturais  vistos no mundo. Mas o que diz a Bíblia a respeito da morte? Nela a morte é apresentada como uma conseqüência do pecado.
“...Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás, pois no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”(Gênesis2:17).
“Porque o salário do pecado é a morte ...”. (Romanos 6:23).
Porque assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e com o pecado a morte...” (Romanos 5:12).
A idéia de que a vida continua após a morte foi lançada no jardim do Éden, durante o diálogo da serpente com Eva.
“Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. (Gênesis 3:4).

Foi no jardim do Éden, através da serpente, ou seja, Satanás, que surgiu a idéia de imortalidade da alma. O pai da mentira, Satanás, sabia que se o homem tivesse uma visão errônea da morte seria mais fácil fazê-lo pecar. Por que temer o pecado se  na realidade a consequência do pecado não é a morte real, mas  uma passagem para outra vida? 
A crença na reencarnação e vida após a morte desfaz a sentença de  Deus, declarando que todos os seres humanos são imortais mesmo após o pecado. Esta mentira está ressoando através dos tempos até hoje.
As culturas pagãs desenvolveram as mais variadas fábulas com relação ao estado dos mortos. Os egípcios, entre outros povos, foram os que mais desenvolveram mitos e crendices em torno da morte. Infelizmente esta doutrina foi  assimilada por parte do judaísmo e cristianismo, sendo pelo último durante a grande escuridão da idade medieval. A Bíblia não abona a crença na imortalidade da alma, muito pelo contrário ela afirma:
Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é  minha;  a alma que pecar essa morrerá.”(Ezequiel 18:4).
A Bíblia fala que somente Deus possui a imortalidade. (I Timóteo 6:16).
A Bíblia também  fala que a vida do ser humano em si é igual a dos animais.
 “Porque o que sucede aos filhos dos homens, sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos tem o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade.” (Eclesiastes  3:19).
 “Quem adverte que o fôlego dos filhos dos homens sobe para cima, e o fôlego dos animais desce para baixo da terra?” (Eclesiastes 3:21).
Ambos, homens e animais, são seres criados a partir dos elementos químicos da terra  acrescido da maravilhosa energia propulsora, ou seja “fôlego de vida”.
Formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida, e o homem tornou-se alma vivente.” (Gênesis 2:7).
A Bíblia não diz que Deus formou o homem do pó da terra e introduziu nele uma alma. A alma no seu sentido literal é a própria constituição humana, a soma dos elementos químicos mais a energia vital.
Na morte o processo é justamente o contrário.
“... se lhes tiras a respiração, morrem, e voltam para o seu pó.”  (Salmos 104:29).
No Antigo Testamento a palavra alma é traduzida do termo hebraico NEPHESH e no  Novo Testamento é traduzida do termo grego PSYCHE. Ambos os termos se aplicam comumente à unidade do ser humano (matéria + energia vital), enfim, ao homem como indivíduos; mas em algumas vezes designa a parte sentimental da pessoa, os pensamentos, a consciência , o caráter, a imaginação. Não há nada nestes dois termos que  designe uma entidade consciente que possa sobreviver à morte do corpo e ser assim imortal.
O estado dos mortos foi ilustrado por Jesus ao comparar com um sono.
“Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo dorme, mas vou despertá-lo do sono... Então disse-lhes claramente: Lázaro está morto.” (João 11:11, 14).  
Se a morte fosse uma passagem para a vida eterna, com certeza Lázaro estaria no céu quando Jesus mandou tirar a pedra da sepultura. No entanto Jesus não mandou Lázaro voltar para a Terra, mas sim sair para fora da sepultura. (João 11:43) 
A idéia de comparar a morte com o sono também é expressa por Jó.
Assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus não acordará nem se erguerá de seu sono.”( Jó 14:12).
 A consciência do homem na morte é claramente expressa nos seguintes textos:

Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem cousa nenhuma, nem tão pouco eles tem jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não tem parte alguma neste século, em cousa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5,6).
“Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio.” (Salmo 115:17).
Segundo a Bíblia os mortos receberão a recompensa após a ressurreição:

E muitos dos que dormem no pó da Terra ressuscitarão uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno.” ( Daniel 12:2).
Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, e serás bem aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos.” (Lucas 14: 13, 14 - grifo acrescentado).
Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizerem o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizerem o mal para a ressurreição da condenação.” ( João 5:28,29).

O apóstolo Paulo diz: 

                 "Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.  Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor". (I Tessalonicenses 4:13-17).

Não é compatível com o que a Bíblia revela e nem mesmo com a lógica a idéia de que os mortos já estejam no céu ou no inferno ou em um lugar indeterminado recebendo alguma recompensa ou aguardando esta de forma consciente. A Bíblia fala que na ressurreição os mortos serão julgados e recompensados segundo a suas obras.

Uma questão importante que talvez o caro leitor esteja se perguntando, diz respeito às manifestações sobrenaturais espiritualistas que são atribuídas aos mortos. A Bíblia diz:

Quando vos disserem: Consultai os que tem espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; - não recorrerá um povo ao  seu Deus? a favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? (Isaías 8:19).
Se os mortos estão completamente inconscientes, em repouso, quem são os espíritos que vêem comunicarem-se com as pessoas? A própria Bíblia responde:

Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais  vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para  os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-poderoso.”(Apocalipse 16:14).
E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito pois que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça: a fim dos quais será conforme as suas obras.” (II Coríntios 11:14,15).

A obra de Satanás é a obra do engano, assim ele vem agindo desde o princípio e assim ele pretende afastar os seres humanos de Deus. A Bíblia diz que Satanás é  o pai da mentira e nunca se firmou na verdade (João 8:44). Não podemos esquecer que no Éden ao tentar  Eva, Satanás usou uma serpente como médium. Portanto o espiritualismo é uma antiga tática do inimigo para enganar e levar o ser humano ao pecado.
A doutrina da reencarnação é outra cilada diabólica usando o mesmo pano de fundo do espiritismo. Esta prega a perpetuidade da alma através de infindáveis ciclos de nascimento e morte. Mas a Bíblia é clara com respeito a este assunto:
“E como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, e depois disso o juízo.” (Hebreus 9:27).
A Bíblia é clara ao dizer que o ser humano nasce e morre apenas uma vez em sua passagem pela existência. A idéia de que somos eternos e apenas mudamos de estágios se contrapõe completamente a Bíblia, porque elimina a figura da responsabilidade moral por nossos atos e do juízo final. Assim sendo, não interessa o caminho que escolhemos hoje, seja bom ou mal, porque segundo esta doutrina, somos intrinsecamente eternos. Mas Deus diz:
“..Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte.” (Jeremias 21:8).
A doutrina da imortalidade da alma bem como outras crenças de origem pagã  se fixaram na tradição da  igreja no tempo em que um poder apóstata passou a dominar o cristianismo, não pela força, mas pela astúcia. Um período marcado pelo obscurantismo, opressão e intolerância religiosa. 

Texto extraído do livro: A Opção da Fé!
Autor: Aguinaldo C. da Silva