sexta-feira, 19 de abril de 2019

Não existe nível seguro de consumo de álcool, mostra pesquisa

Uma má notícia para quem gosta de tomar uma taça de vinho no fim do dia, acreditando ser um hábito saudável.
Um novo estudo global, publicado na revista científica The Lancet, confirmou o que algumas pesquisas anteriores diziam: não existe um nível seguro para o consumo de álcool.
Os pesquisadores admitem que beber moderadamente pode proteger contra doenças cardíacas, mas sugerem que o risco de desenvolver câncer e outros males se sobrepõe aos benefícios.
De acordo com os autores do estudo, essas descobertas são as mais significativas já realizadas até hoje, devido à variedade de fatores levados em conta na pesquisa.

Quão arriscado é beber moderadamente?

O estudo, que faz parte da série Fardo Global das Doenças (GBD, na sigla em inglês), analisou os níveis de consumo de álcool e seus efeitos sobre a saúde em 195 países de 1990 a 2016.
Na pesquisa, realizada com participantes de 15 a 95 anos, os cientistas compararam pessoas que não bebem álcool com consumidores de bebida alcóolica.
E descobriram que, dos 100 mil abstêmios, 914 desenvolveram problemas de saúde relacionados ao álcool, como câncer, ou sofreram alguma lesão.
Já quem toma diariamente uma dose - equivalente a 10 gramas de álcool puro - apresenta um risco 0,5% maior, se comparado a quem não bebe.
Se o consumo for de duas doses por dia, o risco sobe para 7%. E, no caso de cinco doses diárias, chega a ser 37% maior.
"Um drinque por dia significa um aumento pequeno do risco, mas se você ajusta isso à população do Reino Unido, representa um número muito maior. E a maioria das pessoas não toma apenas uma bebida por dia", diz a médica Sonia Saxena, pesquisadora do Imperial College London, no Reino Unido, uma das autoras do estudo.
"Estudos prévios identificaram um efeito protetor do álcool em relação a algumas condições, mas descobrimos que os riscos combinados à saúde associados ao álcool aumentam com qualquer quantidade (consumida)", completa Max Griswold, principal autor da pesquisa, da Universidade de Washington, nos EUA.
"A forte associação entre o consumo de álcool e o risco de câncer, lesões e doenças infecciosas compensa os efeitos protetores contra doenças cardíacas."
"E embora os riscos para a saúde do álcool comecem pequenos, com uma dose por dia, eles crescem rapidamente à medida que as pessoas bebem mais", alerta.
No Reino Unido, o sistema de saúde recomenda, desde 2016, que homens e mulheres não bebam mais do que 14 "unidades" de álcool por semana, o equivalente a seis pints (medida inglesa que corresponde a 560 ml) de cerveja de moderado teor alcoólico ou a dez taças pequenas de vinho de baixo teor alcoólico.
Na época, a professora Dame Sally Davies, chefe de saúde do governo britânico, observou que qualquer quantidade de álcool poderia aumentar o risco de câncer.
Fonte: BBC
Nota. De fato, o álcool não traz qualquer benefício para a saúde. O propalado benefício do vinho está tão somente no resveratrol que a uva contém e não no teor alcoólico da bebida mais comum desta planta.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

O que vai motivar o cumprimento profético escatológico

     Conforme artigo publicado na Folha Uol, que pode ser lido <aqui> , o planeta Terra está atingindo o recorde de concentração de gases que causam o efeito estufa. Segundo dados colhidos em 2017, subiu 41%, desde 1990, no efeito de aquecimento causado pelas emissões. 

     "Os dados científicos são inequívocos. Caso não sejam reduzidas rapidamente as emissões de gases do efeito estufa, e em particular do Co2 (dióxido de carbono), as mudanças climáticas terão consequências irreversíveis e cada vez mais destrutivas para a vida na Terra.", disse Petteri Taalas, secretário-geral  da Organização Meteorológica Mundial  (OMM), agência da ONU. Segunda esta agência da ONU, as concentrações na atmosfera de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), três gases causadores do efeito estufa, voltaram a aumentar no ano passado "para estabelecer novos recordes" em escala global.

O secretário Taalas afirmou ainda que "o período favorável para ação está prestes a acabar". A COP24 sobre o clima que ocorrerá em dezembro deste ano em Katovice na Polônia, irá finalizar o Acordo de Paris, que objetiva limitar o aquecimento climático a menos de 2 Cº em relação ao nível da revolução industrial.

"A tendência é preocupante. Há uma diferença entre ambição e realidade", diz o professor Pavel Cabat, diretor do departamento de pesquisa da OMM, em entrevista coletiva. A alta comissária da ONU dos direitos humanos, Michelle Bachelet, pediu a comunidade internacional que "tome medidas eficazes, ambiciosas e urgentes", para conter a mudança climática. "Nações inteiras, ecossistemas, povos e modos de vida, poderão simplesmente deixar de existir", afirma ela.

"E nada indica a inversão desta tendência, que é, porém, o fator determinante da mudança climática, da elevação do nível do mar, da acidificação dos oceanos, do aumento do número e da intensificação e número fenômenos meteorológicos extremos", afirma a OMM.

Em face dos dados publicados acima e do posicionamento de grandes nações, como os EUA, pode-se prever que as metas para conter as emissões que causam o  aquecimento global irão fracassar. O governo dos EUA abandonou o acordo de Paris em junho de 2017, sob a alegação de que a economia americana, que é considerada a locomotiva da economia mundial, não pode ser prejudicada em seu crescimento ou deixar de alcançar o pleno desenvolvimento.

Por outro lado, passa a ser cada vez mais premente a questão ambiental. Já não se pode duvidar de que em algum tempo o nível dos mares e dos oceanos irão subir de fato e que outras tantas previsões sombrias se tornarão realidade. Parece ser apenas uma questão de tempo para que o quadro ambiental se agrave grandemente  e as tragédias ambientais  se intensifiquem de forma alarmante. Dentro deste quadro, tentativas para minorar tal problemática irão surgir. Uma das possíveis será a paralisação de todas atividades econômicas durante um dia por semana. Um dia em cada sete corresponde a quase quinze por cento de consumo e emissões poluentes a menos, o que ambientalmente faz uma considerável diferença.

Há mais de um século a escritora norte-americana Ellen G. White previu que antes da segunda vinda de Jesus Cristo a este mundo, seria decretado pelo governo norte-americano, e posteriormente pelos demais governos da Terra,  o repouso dominical obrigatório. Segundo esta previsão, este decreto se tornará uma afronta ao verdadeiro dia de repouso apontado na Bíblia, o sábado. Segundo a referida autora, a adesão ou rejeição a esta postura determinará os verdadeiros adoradores no contexto final da história deste mundo. 

Diversas correntes evangélicas preveem um anticristo de ideologia marxista, oriundo de algum país do antigo bloco soviético ou de algum canto da Ásia. No entanto a figura do anticristo é proveniente do próprio meio cristão ocidental, como visionavam os protestantes no início do Movimento de Reforma. Lembrando que o anticristo não é somente uma entidade que se opõe a Cristo, mas também que se coloca no lugar dele.  

O desencadeamento dos eventos finais e das profecias escatológicas não virão, ao contrário do que muitos pensam, por motivos ideológicos contrários ao cristianismo, ou de matriz ideológica ateísta, mas por motivos que  já visualizamos no presente, alimentado por doutrinas presentes na maioria das igrejas nominalmente cristãs.  

Aguinaldo C. da Silva


terça-feira, 2 de outubro de 2018

“Ideologia de gênero é abuso infantil em larga escala”, afirma especialista

A ideologia de gênero está revelando-se “abuso infantil em larga escala” e representa uma ameaça aos direitos básicos das crianças, concluiu um painel do Values ​​Voter Summit, a maior reunião política anual de conservadores nos Estados Unidos. Diante de centenas de pessoas reunidas no evento na capital Washington, o psiquiatra Paul McHugh e a pediatra Michelle Cretella falaram sobre os danos que a ideologia de gênero representa para as crianças. “Nosso país está promovendo abuso infantil em grande escala”, disse Cretella em sua palestra. “E meu campo de atuação é cúmplice. Pediatria, psiquiatria, nosso sistema educacional a mídia de massa e mídia social, todos contribuem.”

Ela fez um alerta para que os conservadores parem de utilizar a linguagem dos ativistas transgêneros. Todo ser tem um sexo biológico, não deveríamos nos render ao conceito artificial de “gênero” ou falarmos sobre uma “identidade de gênero” determinada pela mente e não pelo DNA, explicou.

Cretella, diretora executiva da Universidade Americana de Pediatria, descreveu os efeitos da medicação sendo administrado em crianças que sofrem de “disforia de gênero”. O Lupron, por exemplo, é usado para tratar a puberdade precoce em crianças, câncer de próstata em homens e endometriose em mulheres. A droga, no entanto, pode ter sérios efeitos colaterais, incluindo fraturas ósseas e perda de memória.

O medicamento nunca foi testado ou aprovado para tratar crianças fisicamente saudáveis ​​com disforia de gênero, uma patologia psiquiátrica. Os hormônios que alteram o sexo podem aumentar o risco de ataques cardíacos, derrames, coágulos sanguíneos, diabetes, vários tipos de câncer e instabilidade emocional nas crianças. “Essa é a mesma instabilidade que as drogas supostamente aliviariam em jovens disfóricos”, explicou.

“O sexo não é atribuído pelas pessoas. Eu não atribuo sexo aos meus pacientes quando os vejo na sala de parto. Ele se mostra e nós reconhecemos isso. Nossos corpos nos dizem quem somos”, continuou Cretella.

Em todo o mundo, os encaminhamentos médicos para disforia de gênero em que os jovens estão buscando a transição para o sexo oposto aumentaram astronomicamente. Dados divulgados na semana passada mostram que na Inglaterra os casos aumentaram mais de 4.000% nos últimos anos.
Em grande parte, isso ocorreu por causa das ações realizadas por pediatras que se revelam verdadeiros ativistas. A ideologia de gênero, acrescentou Cretella, ameaça outras liberdades. “Se as crenças individuais superarem a realidade, nossos direitos desaparecerão. Não será mais aceito nenhum direito dos pais, nenhum direito religioso… Supressão total. Precisamos nos posicionar não apenas por causa de nossos filhos, mas em defesa de nossas liberdades mais básicas”, disse ela.
Contágio de ideias pela internet

Em sua fala, o Dr. Paul McHugh, psiquiatra da Universidade Johns Hopkins, citou um estudo de longo prazo feito na Suécia, onde a taxa de suicídio de pacientes submetidos a cirurgia de redesignação sexual é 20 vezes maior que a da população em geral.


sábado, 15 de setembro de 2018

Religião e Fé nos dias atuais

     Com o florescimento do Ateísmo a partir do século XVIII, fortalecido pelo Evolucionismo que eclodiu no século posterior, parecia que a religião ou a crença em Deus estava com seus dias contados. No entanto, passados mais de dois séculos, esta previsão não se cumpriu. Pelo que tudo indica a fé está em alta, mesmo que sofrendo um processo de customização, como diz o filósofo e historiador da religião Leandro Karnal. Para ele  o Cristianismo tem passado por um processo de sincretismo, sendo influenciado por elementos como o consumismo e individualismo reinantes na atualidade. Mas o importante é que a fé no Deus bíblico não morreu, como previa Nietzsche. Porém, agora muitas pessoas desenvolvem a fé naquilo que preferem crer, rejeitando uma base reconhecida de verdades, como se espera  de um crente sincero. Infelizmente esta é uma característica atual crescente, cumprindo a profecia bíblica que indica o baixo nível de fé e amor no final dos tempos. Sobretudo, a maneira manipuladora de se envolver com assuntos de fé, que se revela no presente século, onde os crentes nominais recebem a Jesus como salvador mas o rejeitam como senhor. A característica principal do cristão, ou seja, a submissão, é um elemento descartado quase por completo do contexto de fé.
   Abaixo posto um vídeo em que Karnal apresenta as nuances do presente quadro do mundo cristão.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Olhai para a figueira e todas as árvores

       Certa vez Jesus orientou seus discípulos a olharem para a figueira e todas as árvores (Lucas 21:29-31), no sentido de lhes ensinar a perceber os sinais dos tempos, em especial quando fosse chegado o fim desta era de pecado e a chegada do reino de Deus em glória. Pois é, olhando para os fatos que hoje ocorrem no mundo, estes nos indicam que vivemos num momento crucial. Não pelos fatos em si, mas pelo conjunto de fenômenos hoje que se adensam no globo. O cristão leitor da Palavra de Deus não pode ser insensível a isto, pois diz respeito a sua vigilância e preparação espiritual para o encontro com Jesus. A seguir posto um vídeo que demonstra fatos notáveis de mudanças ambientais no mundo, atribui-se ao aquecimento global a possível causa, no entanto os que conhecem a Bíblia, sabem que no final dos tempos uma conjuntura de fatores apontarão para um caos iminente antes da volta do Senhor Jesus.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

EMANUELE CHOROU. NÓS DEVÍAMOS CHORAR TAMBÉM

O papa Francisco proporcionou mais uma vez um momento que todos consideram emocionante. Uma criança, Emanuele, que participava de um evento, numa paróquia perto de Roma, no qual se fizeram perguntas ao papa, começou a chorar assim que chegou perto do microfone. Francisco reparou, achou estranho, chamou o menino para junto de si, abraçou-o e pediu-lhe para lhe dizer ao ouvido a pergunta que tinha preparado. Emanuele contou ao papa que o seu pai, ateu, tinha falecido; por isso, a pergunta era: “O meu pai está no céu?
Francisco partilhou com todos a questão da criança, dizendo: “Talvez todos pudéssemos chorar como Emanuele quando temos uma dor como a dele no coração. Ele chora pelo seu pai. Pedi-lhe permissão para vos dizer que pergunta era a dele. Há pouco tempo Emanuele perdeu o pai, que era ateu mas baptizou todos os quatro filhos, era um bom homem.
O papa ainda esclareceu: “Que belo que um filho diga que o seu pai era um bom homem, é um belo testemunho daquele homem e muito bonito que ele tenha tido a coragem de chorar à nossa frente. [O pai de Emanuele] Não tinha o dom da fé mas baptizou os filhos, tinha um bom coração. Como é o coração de Deus quanto a um pai assim? Deus tem um coração de pai e face a um pai não crente que mandou baptizar os filhos, pensam que seria capaz de o manter longe? Não. Aqui tens a tua resposta, Emanuele.
Em primeiro lugar, devemos elogiar a postura do papa por ter sido simpático e acolhedor para com a criança. Fez muito bem em chamá-lo para perto, abraçá-lo e ouvi-lo atentamente, levando assim algum conforto aquela criança e, certamente, à sua mãe e a seus irmãos.
Contudo, na sua resposta, o papa Francisco comete dois erros graves:
1) quando morremos, não vamos para o céu;
2) ninguém irá para o céu porque tem um bom coração.
No fundo, o papa apenas confirmou dois aspetos da doutrina católica que se opõem ao que as Escrituras revelam:
1) a imortalidade de alma (Eclesiastes 9:5, 6, 10);
2) a salvação pelas obras (Efésios 2:8, 9).
Emanuele é uma criança que frequenta a catequese. Ele teria certamente ficado confortado se lhe tivesse sido ensinado o que a Bíblia realmente diz: os que partem não vão para lado algum, nem em cima nem em baixo, senão para o pó da terra em estado de inconsciência. Ele poderia saber que o seu pai não está em alegria e felicidade, como também não está em sofrimento e dor. Mas não é isso que ele e a sua família ficarão a pensar depois das palavras de Francisco; pelo contrário, seguirão animados por uma certeza que, embora dada pelo papa, não subsiste à prova bíblica.
A verdade pode ser muito dura e difícil de aceitar; ainda assim, é sempre preferível do que ser enganado com uma falsa esperança que, mais tarde, quando desmascarada, se provará muito mais dolorosa do que a dor e o sofrimento que, no início, tentamos evitar.
Depois de ouvir o papa, Emanuele deve ter parado o choro. Depois de saber desta história, quem deveria chorar somos nós: primeiro, porque quatro crianças perderam o pai; segundo, porque o engano quanto ao que acontece quando morremos continua a enganar milhões em todo o mundo.
Fonte: otempofinal

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Como as preguiças-gigantes vieram parar na América?

Segundo o relato bíblico, uma arca com espécies selecionadas estacionou em algum lugar nas cadeias de montanhas situadas na região do Ararate, na Turquia. Encontramos esta narração no primeiros capítulos de Gênesis, o que certamente parece intrigante aos olhos humanos imaginar que todos os animais que encontramos atualmente espalhados por sobre o planeta tenham migrado a partir da Turquia.
E a pergunta um tanto quanto óbvia que paira no ar é: Seria possível menos de dez mil animais que supostamente teriam saído da arca se espalhar por todos os continentes? [1]
Para dificultar ainda mais essa questão e colocar criacionistas contra a parede pode-se também perguntar: De que forma os bichos-preguiça chegaram até as Américas, considerando que eles um dia tivessem saído da arca? Como se deu essa migração? Por que existem animais da ordem Xenarthra na América, tais como tamanduás e tatus que não se observam em nenhum outro lugar do mundo?
Antes que darwinistas se ouricem em suas cadeiras, queremos lembrá-los que pela perspectiva evolutiva isso também aconteceu. Um dos primeiros a sugerir esta ideia foi Alfred Russel Wallace em 1876. [2] Darwinistas defendem que todos os animais descendem de um ancestral em comum, e se espalharam pela terra através de migrações se adaptando a cada região em que viessem habitar. Assim, se especiaram em cada local adquirindo características próprias. Isso supostamente teria ocorrido entre 66 e 45 milhões de anos e teriam se dividido em três categorias de animais: marsupiais, xenartros e ungulados nativos.
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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Sobre as “espécies” de animais que entraram na Arca

Conforme artigo científico publicado recentemente na Academia Journal of Scientific Research, do qual eu sou um dos autores, existem cerca de 2 milhões de espécies vivas já catalogadas, sendo mais de 60 por cento delas insetos. Porém, as estimativas são a de que existam entre 9 e 100 milhões de espécies ainda não conhecidas.1 Ademais, há 300 mil espécies fósseis do cambriano/edicara ao pleistosceno. É um erro assumir que todas essas espécies entraram na arca.
Muitos, ainda hoje, interpretam de forma errada a palavra espécie, mal traduzida nas versões da Bíblia em português. Porém, o criacionista honesto entende que o termo bíblico  espécie nada tem que ver com a unidade básica de classificação utilizada hoje na Biologia moderna. Noé não foi instruído a embarcar dois exemplares de cada espécie, como se ele usasse nosso sistema taxonômico. Em vez disso, o termo correto, concebido por Frank Marsh em 1941, é conhecido por “baramin” que deriva do verbo hebraico bara (criado) e min (tipo) – referindo-se a tipos básicos criados.2 Portanto, como informa Gênesis 7:2, Noé deveria levar apenas um casal de todos os tipos básicos de animais imundos e sete pares de todos os tipos básicos de animais considerados puros. Logo, o “tipo” bíblico é o equivalente ao nível “família” da taxonomia moderna (veja a Figura 1).
Figura 1 – Tipos básicos equivalem ao nível família. Fonte: adaptado de Junker e Scherer (2002)
Conforme Gênesis 7:14, apenas animais terrestres e que voavam deveriam ser levados para dentro da Arca. Portanto, organismos marinhos deveriam ficar de fora, e não há consenso se seria necessário levar insetos a bordo (embora houvesse espaço suficiente para eles). Em 2013, cálculos apresentados em um estudo realizado por estudantes do departamento de física da Universidade de Leicester demonstraram que a Arca de Noé poderia flutuar com 70 mil animais a bordo.3Embora não tenha havido necessidade de entrada de tantos animais assim conforme atualização das estimativas que mostraremos adiante.
Antes, é necessária uma contextualização a partir de uma retrospectiva a fim de entendermos quais foram os esforços criacionistas até aqui, diante das evidências científicas disponíveis para cada época, para montar o cenário ideal relativo ao número mais realista e aos tipos de animais levados a bordo na arca.

domingo, 19 de novembro de 2017

Baraminologia e especiação rápida após o dilúvio

Nos últimos meses uma polêmica se instaurou na mídia, principalmente naqueles canais de divulgação parciais dominados pelo partidarismo evolucionista e ateu que, de maneira alguma, aceitam ter sua fé na teoria naturalista confrontada. Trata-se de um artigo publicado em uma revista científica estrangeira intituladaAcademia Journal of Scientific ResearchO periódico está avaliado, indexado e classificado na lista do Qualis Periódicos da Capes, sistema oficial de classificação da produção científica brasileira dos programas de pós-graduação, nas áreas de Biotecnologia, Ciências Biológicas II e Medicina I e II, o que por si só justifica a atenção dada ao artigo publicado. Vale lembrar que o estudo, até ser publicado, passou por várias etapas, tais como levantamento e sistematização de referenciais atuais sobre o tema, escrita e reescrita, inúmeras vezes, revisão de orientadores, especialistas, editores, enfim, toda uma rede de pessoas que tornou isso possível.

O artigo, cujo título é “Speciationin real time and historical-archaeological and its absence in geological time”, causou euforia e pânico geral devido ao fato de os autores serem proponentes da comunidade do design inteligente e do criacionismo. Inclusive eu, que escrevo este artigo, sou um dos autores dessa pesquisa. Mas do que se trata esse artigo? Por que ele foi tão polêmico assim?

Vale lembrar que ao longo de décadas tem havido uma confusão geral sobre o significado de espécies, comparações impróprias e erros de classificação dos seres vivos. Em artigo publicado na revista Science, por exemplo, Schwartz e Tattersall afirmam que esse milagre da multiplicação da nomenclatura das espécies foi longe demais. Diante disso, o artigo publicado por criacionistas e tedeístas vem apresentando evidências reais e atuais sobre uma revolucionária metodologia de estudo de classificação de espécies associada ao dilúvio bíblico, chamada de Baraminologia, ou, como mostra a própria raiz da palavra “baramin”, que deriva do verbo hebraico bara (criado) e min (tipo) – referindo-se a tipos básicos criados.

Segundo Reinhard Junker e Siegfried Scherer, “tipos básicos é uma unidade de classificação, um taxon, resultado do trabalho da descontinuidade sistemática como é observado na natureza”. Dito de forma simples, tipos básicos criados variabilizaram ao longo do tempo, desde o dilúvio, até chegarem ao que conhecemos hoje como subespécies. Os baraminologistas usam uma série de critérios metodológicos de adesão para determinar os limites dos grupos baramins, isto é, quais organismos compartilham um ancestral comum. De modo geral, os métodos mostram espacialmente graus de similaridade e de dissimilaridade entre grupos (descontinuidade morfogenética), e podem revelar informações taxonômicas úteis, distinguindo cada vez mais os fatores que dão probabilidade ou não de parentesco, aumentando assim sua contribuição em biologia aplicada a técnicas de melhoramento genético e estudo do comportamento evolutivo das populações.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Comemoração de 500 anos da Reforma Protestante

   Hoje faz 500 anos que Matinho Lutero afixou suas 95 teses na porta da igreja de Wittenberg, dando assim notoriedade ao movimento que ficou conhecido como Reforma Protestante.
   Apesar da revolução provocada no início, o ímpeto da mudança se arrefeceu no decorrer dos anos. Hoje os líderes que representam as partes em conflito, ou seja, igreja Católica e igrejas Protestantes, apenas pedem perdão pelo mal estar e violências ocorridas durante o período. 
    O site de notícias  o Globo   publicou parte do comunicado conjunto que fizeram os líderes protestantes e católicos durante a celebração, nesta terça-feira, dos 500 anos da Reforma.
      "Pedimos perdão por nossos fracassos, as formas com que os cristãos feriram o corpo do Senhor e se ofenderam uns aos outros durante os 500 anos transcorridos desde o início da Reforma até hoje, nos comprometemos a seguir nosso caminho comum (...), buscando um consenso substancial que permita superar as diferenças restantes que existem entre nós."

       Hoje os sucessores do movimento protestante dão a entender que os motivos que originaram o fato histórico não estão mais em relevância. O que foi defendido ao custo de sangue e sofrimento por seus pioneiros não tem mais a importância de outrora. Os interesses ecumênicos e conveniências políticas tomaram este lugar.
       Com certeza esta é uma situação que Lutero não almejou nem pretendeu, ou seja, de ver os princípios que nortearam a Reforma serem desprezados ao troco de uma união idealizada.
       Esta mudança de atitude por parte dos líderes da Reforma Protestante se deu em função de terem abandonado o cerne da própria Reforma, ou seja,  não deram continuidade ao processo  iniciado de retorno às verdades bíblicas.
       No processo de redescoberta das verdades bíblicas, depois do longo período de apostasia do cristianismo, muitos grupos e movimentos fizeram parte desta obra. Grupos como luteranos, calvinistas, batistas e metodistas se acomodaram em torno de suas conquistas e deixaram de buscar a verdade da Palavra de Deus como o bem maior. 
        Por meras conveniências  políticas vendem sua "primogenitura", o que interessa é o bom relacionamento e a mútua aceitação uns dos outros e não mais as verdades que os distinguem. Até certo ponto este é um objetivo a ser buscado, devemos procurar a paz e o respeito entre as igrejas sempre, mas nunca abrir mão do que se pensa acerca da verdade relevada de Deus.
          Pelo que está apresentado no Apocalipse, esta "Babilônia" religiosa que está se erguendo no mundo cristão terá seu ápice num futuro próximo. Tal fato vai distinguir os verdadeiros seguidores de Cristo, o Cordeiro, dos demais seguidores da Besta. Pelo que noto  isto não vai muito longe. Só os que estiverem firmemente fundamentados na Bíblia e com o propósito solidificado em seguir a vontade de Deus irão resistir a tal engano.

Aguinaldo C. da Silva