“Vendo que a ONU fez, acredito que deveríamos ter uma Organização das Religiões Unidas, uma ONU das religiões”, afirmou Peres, um dos ganhadores do Prêmio Nobel da Paz de 1994.
Sem especificar os detalhes, essa “ONU das religiões” seria liderada pelo Papa. A justificativa é que o modelo atual das Nações Unidas acaba sendo impotente diante da atuação de grupos terroristas “que matam em nome de Deus”. O ex-presidente acredita que o secretário-geral da ONU, “não têm nem a força nem a eficácia de qualquer homilia do Papa, que reúne meio milhão de pessoas na praça de São Pedro”.
Chamada por ele de Organização das Religiões Unidas, poderia intervir em situações como a guerra criada pelo Estado Islâmico, que é essencialmente religiosa. Peres acredita que são casos pontuais, pois “a maioria das pessoas não são como eles, praticam sua religião sem matar ninguém, nem sequer pensam nisso.”
A proposta inclui ainda a formatação de uma “Carta das Religiões Unidas, que funcionaria como a Carta das Nações Unidas”, estabelecendo diretrizes “em nome de todos os credos”. Entre suas posições, estabeleceria que “cortar a cabeça das pessoas ou realizar assassinatos em massa não tem nada a ver com religião”. A justificativa do líder israelense é que a ONU não tem se mostrado eficaz contra grupos extremistas. “É um organismo político, mas não tem a convicção que as religiões geram”.
“No passado, a maior parte das guerras era motivada pelo espaço das nações…. Agora é uma guerra completamente nova se comparada com as do passado, tanto nas técnicas e sobretudo nas motivações. Hoje em dia há centenas, possivelmente milhares de grupos terroristas que matam em nome de Deus”, acredita.
Recentemente, cerca de 40 soldados da ONU foram sequestrados por grupos terroristas na região de Golã, entre a Síria e Israel. Nenhuma ação efetiva foi tomada, o que motivou a queixa de Peres.
Foi destacado ainda que Francisco tem se mostrado interessado nessa aproximação de cristãos, judeus e muçulmanos, pois no início do mês convidou o líder palestino Mahmoud Abbas, o próprio Shimon Peres e o Patriarca de Constantinopla para rezarem com ele no Vaticano. “Talvez [Francisco] seja o único líder realmente respeitado por todos”, finalizou.
O padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, esclareceu que o Papa Francisco não assumiu compromissos em levar adiante a proposta, mas que sempre incentivou as iniciativas de diálogo com as outras religiões, em busca de justiça e paz. Desde que tornou-se pontífice, Francisco tem reforçando sua postura ecumênica, tentando aproximar-se das outras correntes do Cristianismo como os ortodoxos e os evangélicos.
Fonte: GospelPrime
Nota. Os últimos acontecimentos se aproximam rápido. A polarização em torno de uma autoridade religiosa na Terra propiciará o cumprimento profético de Apocalipse, em especial do capítulo 13. É chegado a hora. "Prepara-te, e dispõe-te, tu e todas as multidões do teu povo que se reuniram a ti, e serve-lhes tu de guarda." Ezequiel 38:7