terça-feira, 17 de novembro de 2015

Sobre o terrorismo crescente

Presenciando os últimos acontecimentos, em especial os atentados terroristas da última sexta-feira (13/11) em Paris, fiquei pensando no que pode estar por trás de uma mente terrorista, sobretudo dos jovens ocidentais que se aliam ao denominado Estado Islâmico.
Procurei ler um pouco sobre o processo de radicalização de militantes islâmicos. As opiniões dos especialistas são variadas e as vezes desencontradas. Contudo, a partir de uma visão geral faço a minha análise buscando agregar os principais elementos pertinentes.

1) Os jovens ocidentais que se juntam a radicalização islâmica são  fruto de uma sociedade secular européia pós-cristã e pós-moderna, que em certo momento percebem um grande vazio existencial e se rebelam contra o sistema e a sociedade. Como resultado se juntam a grupos terroristas.

2)  Fatores sociais e econômicos acentuam o quadro de falta de horizonte. Numa sociedade de mercado, a forma comum de alcançar realização e demonstrar valor pessoal  é  adquirindo bens de consumo de valor. Num cenário de crise econômica e desemprego as chances para os jovens são escassas, em especial para os de origem estrangeira.

3) A decadência moral da sociedade européia, que se desenvolveu nas últimas décadas sob uma base  agnóstica ou ateia, tem chegado a um nível deplorável. Isto acaba sendo um elemento catalizador de revolta e desagregação social em alguns jovens.

4) Estes jovens são provenientes de lares com pouca ou quase nenhuma formação religiosa. Por religião me refiro não  aquela religiosidade ligada aos ritos, mas a uma verdadeira espiritualidade, que desenvolva o amor, que faça ver o semelhante como fruto das mãos de Deus e não apenas como um animal evoluído. Que desenvolva a sensibilidade e a empatia, a ética e a solidariedade.

    Como um cancro que assola a humanidade, assim podem serem vistos estes grupos terroristas. Porém as causas vão além de dogmas e doutrinas. As verdadeiras causas estão num coração em guerra por não conhecer o amor de Cristo. As verdadeiras causas não deixam de ser reflexos do grande conflito que se iniciou no Céu e envolveu este mundo. A luta entre o bem e o mal só acabará com o segundo advento de Jesus, quando implantará seu reino eterno de perfeita paz e justiça.

Aguinaldo C. da Silva

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