terça-feira, 27 de outubro de 2015

O Relativismo Cultural e o PL 1.057

         No artigo intitulado "Na Canoa do Antropólogo" escrito por Demétrio Magnoli, que pode ser acessado <Aqui>, o autor expõe o embate ideológico provocado pelo PL 1.057 que atualmente tramita no Senado Federal. Este projeto que visa coibir a prática do infanticídio existente entre os índios, também é chamado de lei Muwaji, em homenagem a índia Muwaji Suruwahá que enfrentou sua tribo para salvar sua filha que nasceu com paralisia cerebral.
          Na polêmica em torno do referido projeto, de um lado estão aqueles que defendem o que Demétrio chama de "fetichização da cultura" e de outro os que defendem os direitos humanos universais.
          Demétrio expõe de forma escrachada as incongruências dos relativistas morais e culturais ao citar fatos,  como a discriminação contra as mulheres na Arábia Saudita, Afeganistão entre outas regiões do mundo, a mutilação genital feminina na Somália, a xenofobia manifestada em vários países da Europa. Sendo estas práticas oriundas e peculiares a certas culturas e povos,  deveriam também serem aceitas pelos relativistas culturais, mas não é o que acontece.            
          Os que defendem a manutenção de práticas bárbaras e criminosas pelas culturas indígenas, não reconhecem o óbvio: a necessidade de respeito aos princípios universais da vida e da dignidade humana. Os defensores desta postura, na sua maioria políticos da extrema esquerda, nesta hora não negam sua matriz ideológica tipicamente ateia.
           Mesmo os que se declaram sem religião, como o próprio Demétrio Magnoli, acabam reconhecendo uma base moral universal que deve reger o mundo. Os valores da Bíblia exaltados e explicados por Jesus Cristo são esta base moral. O que seria o mundo sem a influência cristã no decorrer da história? Talvez ainda conviveríamos com sacrifícios humanos e outros bestialismos pagãos.
           A polêmica do PL 1.057 é mais uma constatação da falácia do relativismo moral. Se não temos uma base moral universal, tudo pode ser aceito de alguma forma em algum lugar. Práticas como a pedofilia e zoofilia  já estão sendo apresentadas como aceitáveis em certos círculos de intelectuais. Recentemente se considerou acabar com a criminalização do incesto na Suécia. A decadência moral da presente época é fruto do secularismo, da negação aos princípios dados por Deus ao ser humano

Aguinaldo C. da Silva
         

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