quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Matar em nome de Deus é grande sacrilégio, diz Papa Francisco

     O papa Francisco condenou quem mata “em nome de Deus”, uma forte crítica aos extremistas muçulmanos. Francisco estava neste domingo (21) na Albânia onde ministrou uma missa para cerca de 250 mil pessoas, segundo o Vaticano.
     “Ninguém pode usar o nome de Deus para cometer violência. Matar em nome de Deus é um grande sacrilégio. Discriminar em nome de Deus é desumano. Ninguém pode pensar em usar Deus como escudo enquanto planeja e executa atos de violência e de sofrimento”, disse.
       Bergoglio falou sobre a tolerância entre as religiões e diferenças e citou a si próprio como exemplo de convivência pacífica dizendo que a “religião autêntica é fonte de paz e não de violência”.
      Diante dos fiéis, Francisco disse que estava “muito feliz” por estar na Albânia, “terra de heróis que sacrificaram a vida pela independência do país” e “terra de mártires que testemunharam sua fé em tempos difíceis de perseguição”.
     Falando especificamente com os jovens, o líder católico pediu para que eles saibam dizer não a idolatria, ao dinheiro e para a falsa liberdade individualista e que digam sim para a cultura do encontro e da solidariedade.
     No final da missa ele defendeu a “pacífica e frutuosa convivência entre pessoas e comunidades pertencentes às religiões diversas é possível e praticável e um bem inestimável para a paz e para o desenvolvimento harmonioso de um povo”.
     Na Albânia a maioria da população é muçulmana e havia temores de que soldados do Estado Islâmico estivessem presentes na missa com o objetivo de matar o Papa, já que ele vem recebendo ameaças desse grupo. No país apenas 15% da população é católica.
Fonte: Gospel Prime

Nota. É importante nestas horas ter um passado que indique coerência. O site Bol publicou um artigo que denuncia um processo de investigação sofrido pelo padre Marcelo Rossi, que pode ser lido <aqui> no qual o articulista diz, no meio de seu comentário, o seguinte:
"A Cogregatio <órgão do Vaticano para a disciplina da fé> matou na fogueira, por asfixia ou afogamento centenas de milhares de pessoas no mínimo entre os séculos 12 e século 19 (mas há relatos de incipientes matanças já no século 10). A Inquisição também calou, excomungou ou proibiu de ensinar milhares de padres e freiras ao redor do mundo até o presente."
        O mais chocante é saber que as mesmas instrumentalidades usadas no passado para tirar a vida de tantas pessoas ainda perduram até hoje. Entre estas está a Congregação para a Doutrina da Fé, presidida por muitos anos pelo cardeal Joseph Ratzenger, que mais tarde se tornou o papa Bento XVI. Outro que sofreu punição e o afastamento das suas funções por esta mesma instituição foi o Teólogo Leonardo Boff. Este declarou ter sentado na mesma cadeira na qual sentaram pessoas como Galileu Galilei.

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