sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A Decisão de Ser Discípulo

    Jesus diz que o discípulo é um ser livre. Cristo não esmaga a cana quebrada e nem apaga a torcida que fumega. Ele não violenta o coração. Não faz apelos emocionalmente irresistíveis. Não coage a alma humana. Não faz lavagem cerebral. Seu convite ao discipulado começa com um "se alguém quer".
    O homem deve analisar se deseja segui-lo. Ninguém é forçado a aceitar. O candidato ao discipulado tem que se sentir em liberdade, pois Jesus mostra que há opções. Todavia, a opção para fora do discipulado é morte, escravidão, gemido e náusea.   No discipulado há uma lei básica: a pessoa é livre para tudo, só não é livre para deixar de escolher. O candidato a ele é escravo da sua liberdade. Mas é tão livre que pode até
escolher ser escravo.
    Deus criou o homem não apenas com o livre arbítrio mas também com o poder de arbitrar. Por isso Jesus afirma que o discípulo tem que ser alguém que quer.   Se alguém quer, é como inicia o convite.
    O seguidor de Jesus deve saber o que quer, porque o discipulado sempre exige uma de-cisão. Algumas decisões não são de-cisões. No discipulado, no entanto, não raramente as tomadas de posição implicam rupturas, fraturas emocionais, psicológicas, familiares, sociais e até econômicas.
    O discípulo tem que saber o que quer, porque dele é exigido que abra mão de valores, a fim de se apoderar do Reino de Deus:

       "O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no
        campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E,
        transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem, e
        compra aquele campo."

     Não se trata de salvação pelas obras, mas de entender e aceitar os custos da descoberta, da REVELAÇÃO. O tesouro valia mais do que o campo. Logo, quem comprou o campo, ganhou o tesouro de graça.
    Assim é no Reino de Deus: a salvação (tesouro) é de graça, mas o discipulado (campo) tem um preço. Há valores a serem trocados; há um custo a ser pago.
    Isto porque o Reino dos Céus é a única realidade duradoura, e o seu valor é incalculavelmente precioso.
    Por isso a pessoa realmente desejosa de receber os resultados positivos da vida no Reino dos Céus, uma vez confrontada com ele, prontamente, e cheia de alegria, fará o sacrifício que for necessário, seja a perda de amizades, bens, posição, ou inclusive da própria vida.
   Todavia deve-se saber que quando a grande alegria, que supera toda medida, toma conta da alma, ela arrebata, atinge o mais íntimo, supera a compreensão. Tudo fica pálido e sem brilho diante do brilho do Reino dos Céus. Nenhum preço parece alto demais diante desse tesouro.  A entrega precipitada e irrefletida do que há de mais precioso torna-se a evidência mais clara disso. Diante do Reino entrega-se tudo porque se fica arrebatado diante da grandeza do achado. A boa-nova da sua irrupção arrebata, gera a grande alegria, orienta toda a vida para a consumação da comunhão com Deus, opera a entrega apaixonada. Faz com que a perda seja ganho. Transforma o sacrifício em festa.  Faz da troca de valores o melhor negócio.
    Deve ainda o discípulo ter a coragem de aceitar que sua conversão pode dividir a família. É possível que haja uma de-cisão na sua casa. Pode surgir uma guerra emocional e religiosa do pai incrédulo contra o filho convertido, ou do filho rebelde contra o pai arrependido; da mãe beata contra a filha que mudou de religião, ou da filha renitente contra a mãe recém-convertida; da sogra falante contra a nora humilde, ou da nora avançada contra a sogra considerada quadrada por causa de Jesus.
    O discípulo deve saber que seus inimigos poderão ser os da sua própria casa. Deve, no entanto, estar informado de que no Reino de Deus existe o milagre da multiplicação dos relacionamentos interpessoais e dos privilégios sociais: "Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou mãe, ou pai, ou campos, por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba já no presente o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e no mundo por vir a vida eterna - ver também que a Cruz gera nova família.

    É indispensável ainda que o discípulo saiba o que quer, porque a vida de  um seguidor de Jesus é comparável à de um sentenciado à morte: ele pode morrer de morte violenta ou não, mas, em qualquer dos casos, existe morrendo para poder morrer vivendo. Quem quiser preservar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder, de fato a salvará.


Fonte: Seguir a Jesuso mais Fascinante Projeto de Vida

quarta-feira, 27 de julho de 2016

As implicações do caminho !

      "Qualquer que procurar salvar a sua vida perdê-la-á e qualquer que a perder salvá-la-á. (Luc. 17:33). No Reino de Deus convive-se com o paradoxo de que achar a vida é perdê-la, e perder a vida por Jesus é achá-la. Esta opção de vida leva o seguidor de Jesus a uma disposição de limitar-se tanto quanto necessário: "Se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível (onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga). E se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo o dois pés, seres lançado no inferno (onde não lhes morre o verme nem o fogo se apaga). E se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrar no Reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois, seres lançado no inferno".
    
     Este modo de vida exige espírito voluntário. Entretanto, no texto onde Jesus ensina maneiras de se imporem limites, raia a luz da mais intensa expansão e liberdade. A mão, pé ou olho amputado são do discípulo mas não são o discípulo. O cristão que se limita por causa do Reino de Deus continua inteiro, completo, pleno. Outra surpresa diante da qual Jesus nos coloca é que essa aparente castração é o caminho para a verdadeira vida (a palavra vida aparece duas vezes no texto como resultado desses atos). Resta-nos a constatação de que aqueles que rejeitam essa limitação vão plenos para o inferno. E a última estranheza da sabedoria de Jesus é que aquele que se apodera de menos (mão), anda por caminhos menores (pés), e vê menos (olho), é quem vai se apoderar de mais; é quem entrará no céu e verá a glória de Deus no Reino eterno.
    
     As implicações de cada uma dessas lições afetam os negócios, os sentimentos, os relacionamentos e as ambições do cristão. Não se trata de autoflagelação, mas de autolimitação não patológica produzida pela certeza de que tudo aquilo que faz tropeçar tem que ser evitado. O discípulo, para aprender de Jesus, tem que ter a palavra do Mestre como o ponto de partida, o ponto de apoio, o ponto de referência, o ponto de vista e o ponto de chegada. "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha". O discípulo tem que estruturar a sua vida única e exclusivamente sobre a Palavra de Deus. Não há outra base. Seus pontos de vista são os de Deus. Sua estrutura é a verdade do reino de Jesus. As opiniões próprias são sepultadas quando alguém se dispõe a ser um aprendiz do Mestre. Importa ter a mente de Cristo e não aceitar viver de outra maneira que não seja sobre as bases do ensino do Senhor Qualquer outra obsessão termina quando começa o discipulado. Nele só há lugar para a sadia obsessão do Reino de Deus. Nem afazeres, nem compromissos, nem qualquer relacionamento humano podem tomar o lugar e a importância do convite de Jesus.


segunda-feira, 25 de julho de 2016

O que Jesus significa para você?

   Uma das frases que surge várias vezes no Evangelho em relação a Jesus é: quem é este? Quando Jesus passava por uma localidade pregando e realizando milagres as pessoas perguntavam: quem é este e de onde vem? Quando repreendeu os ventos e acalmou  a tempestade ao estar com seus discípulos num barco atravessando o mar da Galileia, estes também perguntaram: quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem? Ao curar um paralítico e perdoar os seus pecados, mais uma vez se faz a pergunta: quem é este que perdoa pecados? Quando estava entrando em Jerusalém montado num jumentinho a pergunta feita foi: quem é este?
    Esta pergunta ainda é recorrente em nossos dias, mesmo num país em que a maioria se declara cristã. Mesmo entre os chamados evangélicos Jesus é uma figura pouco conhecida. Para ser discípulo não basta saber que Jesus dividiu a história, que foi uma pessoa de finos traços de caráter, conduta ilibada e de um altruísmo sem fim.  Para ser discípulo de Jesus é preciso identificar o divino Nele. Jesus é a expressão do Pai. Ele disse: Quem vê a mim, vê o Pai (João 14:9 ).
    Jesus é homem segundo o coração de Deus. Ele viveu conforme o projeto de Deus, atingiu o que Adão deveria ter sido. Jesus é o homem perfeito. Nós somos criaturas inacabadas que temos em Cristo o modelo supremo. Ele é para nós a referência de saúde psíquica, a referência de saúde moral, a referencia de saúde relacional, a referência de saúde espiritual. Enfim, em Cristo todos os aspectos do homem estão desenvolvidos de forma completa e equilibrada.
   O maior desejo do Pai é que sejamos imitadores de Jesus, que nos transformemos à sua imagem e semelhança. Jesus nos faz o convite “Quem quiser vir após mim a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” (Mat. 16:24).
    A pergunta que hoje se faz é: qual o lugar que Jesus ocupa em sua vida? Ele ocupa o centro do seu ser ou é mais um ilustre desconhecido? Se ele de fato for seu mestre terá a primazia na sua agenda, estará no topo de sua escala de valores e interesses.  Com o que você dedica seu tempo e seus recursos? Ser discípulo envolve se dedicar com paixão por Jesus.
    Seguir a Jesus não é um modismo, mas  é abrir-se para uma nova forma de vida. Ser discípulo de  Jesus é fazer da vida uma liturgia e na liturgia encontrar vida. É celebrar a santidade de Deus na prática do dia a dia, onde nossas relações e tudo o que fazemos seja para honra e glória de Deus. O apóstolo Paulo disse: “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” I Cor. 5:17.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Pe. Fábio fala sobre o Sábado e a Lei




Nota. A validade da lei de Deus, incluindo a guarda do sábado, não é algo  que podemos negar. Esta realidade costumeiramente é alvo de racionalizações rasas no intuito de desmerecer e invalidar estas instituições. Jesus na realidade ensinou os judeus a guardarem a lei, não a aboliu, mas a confirmou. Deixou o exemplo de como guardar, considerando quais exceções se aplicam ao sábado.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Reino Unido vota pela saída da União Européia

A União Europeia é uma união econômica e política criada após a 2ª Guerra Mundial. O bloco funciona como um mercado único, com livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais. Formado por Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales, o Reino Unido começou a fazer parte da União Europeia em janeiro de 1973.
O Reino Unido, no entanto, não faz parte da zona do euro – formada pelos países que têm o euro como moeda oficial. Dentre os 28 países do bloco europeu, 19 compartilham a moeda única. Os britânicos continuam usando a libra esterlina.
Até hoje, nunca um país membro deixou a união política e econômica dos países que formam a União Europeia. Em 1975, houve um referendo muito parecido com o de agora no Reino Unido, mas venceu a permanência no bloco com larga vantagem: 67% dos votos.
Há forte preocupação de que o voto pela saída tenha o efeito dominó, com outros países organizando consultas similares. Marine Le Pen, da extrema-direita francesa, afirmou que seu desejo é que cada país faça uma votação popular sobre a pertinência da União Europeia.
"Como peço há anos, agora é necessário o mesmo referendo na França e nos países da União Europeia", afirmou a líder da Frente Nacional na França pelo Twitter. Na Holanda, o chefe do Partido da Liberdade e membro do Parlamento, Geert Wilders, escreveu: "Agora é a nossa vez! Hora de um referendo holandês! #ByeByeEU".
Fonte: G1
Nota. Este fato, ou seja, a saída do Reino Unido da União Europeia, traz a possibilidade  do  esfacelamento completo do bloco. O quadro que se delineia está em consonância com a profecia bíblica de Daniel capítulo 2. Lá diz que os pés e os dedos  em parte de ferro e em parte de barro pertencentes a estátua do sonho de Nabucodozor, que representa as nações da Europa que descenderam do Império de Roma, jamais iriam se unir para formar um novo reino. A mesma profecia  afirma que tentativas seriam feitas sem êxito para este fim. Desde muitos séculos tem sido feitas tentativas para unir a Europa. Algumas através de guerras, outras através de casamentos entre nobres das famílias reais, mas nenhuma surtiu efeito. Pelo que vemos mais uma tentativa, a União Europeia, não vai perdurar. Mais uma vez a Palavra de Deus, a Bíblia sagrada, demonstra ser fidedigna ou confiável. Se aproxima rapidamente o dia em que a pedra (volta de Cristo) apresentada na referida profecia, vai atingir a estátua (reinos deste mundo), para estabelecer um reino eterno o qual não será jamais destruído e que terá paz e perfeita ordem.  

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Novo estudo afirma que perdoar faz bem à saúde

De acordo com um novo estudo publicado na revista Journal of Health Psychology,perdoar a si mesmo e aos outros pode protegê-lo do estresse e do efeito que ele causa na saúde mental.
Os pesquisadores analisaram os efeitos do estresse crônico na saúde mental das pessoas, e descobriram como os indivíduos misericordiosos são afetados em comparação com aqueles que não costumam perdoar. Para fazer isso, eles pediram que 148 jovens adultos preenchessem um questionário avaliando seus níveis de estresse durante a vida, sua tendência a perdoar, e sua saúde física e mental.
Como era esperado, pessoas com uma maior exposição ao estresse ao longo de suas vidas apresentaram uma saúde física e mental pior. No entanto, os pesquisadores também descobriram que se as pessoas possuem uma tendência maior para perdoarem a si mesmas e aos outros, esta característica praticamente eliminava a conexão entre o estresse e doenças mentais.
“Ela é quase completamente apagada — estatisticamente, é zero,” diz Loren Toussaint, autor do estudo e professor associado de psicologia na Luther College em Iowa, Estados Unidos. “Se você não tende a perdoar, acaba sentindo os efeitos brutos do estresse de uma maneira não mitigada. Você não tem um amortecedor para o estresse.”
Ainda é preciso determinar como uma personalidade misericordiosa protege uma pessoa dos males causados pelo estresse severo. Os pesquisadores especulam que pessoas mais propensas a perdoar podem adotar habilidades de enfrentamento melhores para lidar com o estresse, ou sua reação diante de fatores altamente estressantes pode ser menos intensa.
A amostra de participantes do estudo é pequena, e mais pesquisas são necessárias para entender completamente os benefícios do perdão. Apesar disso, Toussaint diz que acredita “100%” que a capacidade de perdoar pode ser aprendida. Muitos terapeutas trabalham para cultivar o perdão em sessões com seus pacientes, diz ele, e sua própria pesquisa anterior mostrou que rezar ou meditar brevemente a respeito do perdão pode ajudar as pessoas a relaxarem um pouco.
“O perdão faz com que a conexão entre o estresse e as doenças mentais fique próxima de zero,” diz ele. “Eu acredito que a maioria das pessoas quer se sentir bem, e o ato de perdoar oferece a elas a oportunidade de conseguir isso." 
TIME via Yahoo
Nota. O perdão é proveniente de Deus. Nós podemos perdoar porque Ele nos perdoou primeiro. Quantas pessoas sofrem os males e as consequências nefastas do não perdão! São lares desfeitos e relações rompidas por falta de um gesto nobre que leva ao fim da ira, providenciando a reconciliação. Este ato beneficia tanto a saúde psicológica quanto física, e acima de tudo agrada ao Pai celestial. 

quarta-feira, 1 de junho de 2016

O juízo pré-advento

     Este é um assunto que tem provocado muita incompreensão por parte de muitos estudiosos da Bíblia. Meu objetivo aqui não é elucidar todos os aspectos deste ícone da doutrina adventista, mas expor a viabilidade teológica do tema, a partir de uma leitura refletida sobre alguns textos bíblicos. Uma análise meticulosa do livro de Apocalipse lança luz sobre o assunto, tornando o tema propício de ser assimilado. O primeiro deles é Apocalipse 3 verso 5. Lá esta escrito:
O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante de seus anjos.”
Neste texto o crente é apontado como um combatente, se há vencedores isto indica que há luta. O apóstolo Paulo também se refere à carreira cristã como o “combate da fé” (II Tim. 4:7). Só é possível saber quem é vitorioso depois de encerrada a luta, não podemos determinar isto durante a prova.  O autor do Apocalipse está dizendo que os crentes ou todos aqueles que ingressaram para o Reino de Deus, serão em algum momento após a jornada da fé, olhados pelo seu Senhor, e somente os vitoriosos serão mantidos no livro da vida, ou seja, não terão seus nomes riscados. Um momento de selamento, onde a posição de salvo se torna definitiva e não mais haverá  a possibilidade de reversão.  Alguém poderá dizer que este momento seja logo após a morte. Mas o mesmo livro de Apocalipse diz que haverá um momento definido para este julgamento. “E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados ...” (Apoc11:18).
Com relação ao julgamento diante do trono branco (Apoc20:11-15), é dito: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Apoc. 20:15). Aí a questão não gira mais em torno de se manter ou riscar o nome do livro da vida, mas em apenas verificar se o nome está escrito no livro da vida. Isto nos leva a inferir que o momento de se verificar quem irá permanecer com o nome no livro da vida não será após o milênio, nem durante o mesmo, pois neste tempo a igreja já estará no Céu participando de um outro julgamento, o de Satanás e dos ímpios (I Cor. 6:2-3). Assim sendo, o momento em que os justos serão apresentados diante da platéia celestial será antes do segundo advento de Cristo à Terra.
Na Parábola das Bodas (Mateus 22:1-14), Jesus ratifica esta idéia, os convidados são observados nas cortes celestiais e os que não têm a veste nupcial serão lançados fora. A Parábola das 10 virgens também enfatiza esta verdade. As virgens loucas também aceitaram o convite, permaneceram lado a lado com as virgens prudentes, até recebem o azeite, mas não o guardaram devidamente e por isto não foram recebidas pelo noivo.
A grande maioria dos evangélicos consideram esta doutrina incompatível com a justificação pela fé. Talvez o problema esteja na compreensão do fenômeno da salvação.  Somos salvos quando nos encontramos com Cristo e recebemos Sua graça, mas o permanecer na graça depende de como nos relacionamos com Cristo. Neste caminho há sinergismo, interação; não somos salvos compulsoriamente. O ouvir e atender a voz do Espírito Santo depende de nós. A Bíblia diz que aquele que perseverar até o fim este será salvo (Mateus 10:22). A compreensão da salvação sem este último elemento cria um conceito deturpado da graça. Um conceito de que eu não preciso vigiar, exercer fé, perseverar nas provas.
Muito ao contrário de ser um julgamento para se encontrar méritos pessoais para a salvação, este é um julgamento para ver quem permaneceu firme no relacionamento com Cristo. Apesar de o rompimento deste relacionamento já trazer consequências imediatas; perante as hostes celestiais haverá um dia em que as coisas serão colocadas às claras (Romanos 2:16; Hebr. 4:13; 10:30; Apoc. 3:5; Exodo 32:33). 
           

Aguinaldo C. da Silva


terça-feira, 31 de maio de 2016

CRIACIONISMO, FIXISMO E EVOLUCIONISMO


   Se analisarmos tanto o evolucionismo quanto o criacionismo ambos usam dois tipos de conhecimentos, o científico e metafísico. Não existe, portanto empirismo puro em nenhum deles. No evolucionismo se utiliza o naturalismo filosófico, que seria o componente não científico ligado ao evolucionismo. 
    Muitos dizem que o criacionismo, referido na Bíblia, no livro do Gênesis, defende que os seres vivos foram criados por uma entidade divina, num único ato de Criação e com as mesmas características dos seres vivos atuais. A diversidade biológica é vista como uma evidência de que o Criador teria planejado cada espécie com um determinado fim, sendo estas perfeitas e imutáveis, o que seria o conceito fixista. Mas o criacionismo realmente é fixista? Realmente não. O criacionismo entende que o termo de espécies mencionado na bíblia não significa o mesmo termo de “espécie” utilizado hoje na Taxonomia biológica.
     Segundo o criacionismo no contexto bíblico o termo espécie significa um tipo básico que hoje abrangeria espécie, gênero e até família, sendo que o conceito espécie bíblico tem um significado muito mais abrangente do que o significado do termo espécie usados pela biologia. O fixismo é uma ideia que não existe mais, acreditar que toda biodiversidade atual provêm de uma criação original que não sofreu mudanças, não faz sentido, houve variação continua havendo variação, mas dentro de limites. A evolução diz da variabilidade sem limites numa única árvore, começando num ancestral comum e depois se ramificando. No criacionismo seria uma floresta de árvores onde há variação, mas não existe uma única origem, e sim vários seres, tipos básicos (o que chamamos de espécies com DNA matriz) através dos quais realmente houve variação. Seria uma microevolução em que podem ser observados diretamente, os criacionistas concordam que esta ocorre, mas não macroevolução
      De alguma forma o criacionismo não discorda de tudo na teoria de Darwin, a seleção natural, por exemplo, é um processo real e explica bem certos tipos limitados de variação, mudanças em pequena escala, de fato temos inúmeros exemplos para isso. Ela só não se encaixa bem ao tentar explicar o que Darwin achava que poderia, a complexidade real da vida. Tem-se o bico do tentilhão, e tem-se o próprio tentilhão, uma mudança pequenina na forma do bico (microevolução) versus a origem do próprio organismo (macroevolução). O problema principal para a biologia é entender exatamente onde a seleção natural funciona e onde não funciona.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Papa compara a tentativa de conquista do Islã com a comissão evangélica de Jesus

"Hoje, eu não acho que há um medo do Islã como tal, mas sim do ISIS e sua guerra de conquista, que é parcialmente retirada do Islã", disse ele ao jornal francês La Croix. "É verdade que a ideia de conquista é inerente à alma do Islã, no entanto, também é possível interpretar o objetivo no Evangelho de Mateus, onde Jesus envia seus discípulos à todas as nações, em termos da mesma ideia de conquista."

O Papa também disse que "temia" ouvir sobre as "raízes cristãs da Europa", porque, para ele, eles assumem "conotações colonialistas" e pediu aos países europeus para "integrarem" os migrantes muçulmanos no continente.


"Essa integração é ainda mais necessária hoje, já que, como resultado de uma busca egoísta de bem-estar, a Europa está enfrentando o grave problema de uma taxa de natalidade em declínio", afirmou. "Um vazio demográfico está se desenvolvendo."


Suas opiniões são surpreendentemente semelhantes aos de Iman Sheikh Muhammad Ayed, que disse que os muçulmanos devem explorar a crise migrante para reproduzir-se com os europeus e "conquistar seus países."


"A Europa tornou-se velha e decrépita e precisa de reforço humano... eles não são motivados por compaixão para com o Levante, seu povo e seus refugiados... em breve, vamos atropelar eles sob os pés, se Alá quiser", afirmou. "Em toda a Europa, todos os corações estão alucinados com o ódio contra os muçulmanos. Eles desejam que estivéssemos mortos, mas eles perderam sua fertilidade, portanto, ele procuram pela fertilidade em nosso meio."


"Vamos dar-lhes a fertilidade! Vamos reproduzir filhos com eles, porque nós devemos conquistar seus países!"


Papa Francis também promoveu o socialismo durante a entrevista.


"Um mercado completamente livre não funciona", afirmou. "Os mercados em si são bons, mas eles também exigem um ponto de apoio, uma terceira parte, ou de um estado para monitorar e equilibrá-los."


"Em outras palavras, [o que é necessário é] uma economia social de mercado."


fonte: anovaordemmundial



Nota. É no mínimo surpreendente para não usar outros termos mais contundentes, o fato de o supremo líder católico comparar a campanha jihadista de conquista do mundo, por parte do ISIS, ao mandado missionário de Jesus aos discípulos. O Papa denota ter uma mentalidade anticristã secularizada. Uma posição que para viabilizar o macroecumenismo,  acaba sacrificando ou ignorando  as convicções fundamentais no Evangelho que um cristão verdadeiro deve possuir. 


domingo, 22 de maio de 2016

CONSTRUINDO A CONSCIÊNCIA CRISTÃ

     A época atual tem exigido a busca cada vez maior de discernimento, reflexão e ponderação. É fácil pender para qualquer extremo do liberalismo ou legalismo. Difícil é ser um cristão equilibrado, consciente e ao mesmo tempo fundamentado na palavra de Deus.
      Uma das questões mais importantes para os cristãos da atualidade é desenvolver uma consciência ética integrada às mudanças que se realizam hoje no mundo, cada dia mais globalizado e pluricultural. Fácil é se fechar num casulo cultural, se entrincheirar em posturas anacrônicas ou de uma mentalidade medieval. O desafio é manter uma consciência cristã diante de uma visão de mundo que se altera constantemente.
    Dentro deste espectro há algumas coisas que se tornam fundamentais. Uma delas é ter um conhecimento bem embasado das coisas ou das questões em voga. Frequentemente  vemos cristãos assumindo posições retrógradas por ignorarem aspectos de natureza científica ou psicológica importantes. 
   Outra questão é reconhecer as limitações do ser humano dentro do contexto do pecado. Muitas ideologias que surgiram ao longo da história foram descartadas ao serem colocadas em prática por sustentaram verdadeiras utopias. Se demonstraram inócuas por desconsiderarem a limitação humana ou ignorarem aspectos da natureza humana como a maldade. Conhecer as propensões do comportamento humano é fator essencial para estabelecer regras e códigos éticos a nível individual e social. Este mesmo fator é determinante para o cristão no estabelecimento dos seus limites ou escolha do padrão de santificação.
    Por fim, a interpretação correta da mensagem bíblica é outro fator importante para a construção da consciência cristã. Podemos dizer que a contextualização correta das verdades bíblicas na vida prática passa pela conjugação dos tópicos citados. A sabedoria envolve a inter-relação  dos aspectos mencionados, ou seja, para  alcançarmos o esclarecimento ou  uma mentalidade equilibrada precisamos fazer uma consideração ampla.
    Concluindo, ser cristão envolve mais que  sustentar dogmas ou doutrinas.  O foco do evangelho deve residir em Jesus e no amor que Ele nos transmite.  O alvo que Jesus nos passou envolve o ser integral. Observemos o sermão da montanha (Mateus 6).  
     A piedade com entendimento ainda é um alvo a ser buscado com afinco e diligência. Busque-mo-lo sempre! 

Aguinaldo C. da Silva