sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A ESSÊNCIA DO QUE É SER DISCíPULO DE CRISTO

Há vários aspectos ou realidades que devem estar presentes no discípulo ou caracterizarem sua vida. Espera-se que aqueles que seguem a Jesus vivam  numa atmosfera de paz, que suas ações estejam sob os princípios morais da lei de Deus, que tenham  um olhar benigno diante das mazelas da vida, sentindo compaixão das pessoas  na condição de pecado em que elas estão.
                Diante deste quadro estamos em constante confrontação, ou seja, diariamente contrastamos nossas ações com o padrão de conduta de um verdadeiro discípulo e percebemos o quanto ainda nos distanciamos do ideal ou quão imperfeitos ainda somos.
Sabemos que estes aspectos só serão reais em nossa vida pela impressão viva e real de Cristo em nosso coração. Portanto pela fé podemos ter uma percepção nítida da pessoa de Cristo, fazendo que seus princípios e valores sejam por nós incorporados.
                O apóstolo Paulo diz que somos transformados pela contemplação da pessoa de Jesus (II Cor. 3:18). É o reconhecimento de nossa inadequação diante do caráter de Cristo que nos faz buscá-lo como ideal de vida e perfeição. Quanto mais nos aproximamos de sua pessoa, mais aperfeiçoados e ricos em dons ficamos. Quanto mais nos distanciamos dele mais descemos na escada da santificação e do aperfeiçoamento pessoal. 
A submissão ao Espírito Santo é a condição para progredirmos na caminhada com Cristo. Esta submissão redunda em obediência e abnegação. Quando escolhemos fazer a nossa vontade ao invés da de Cristo, perdemos a oportunidade de crescermos no caminho da santificação e de produzirmos os frutos do Espírito.
Há uma interação entre nós e a fonte de vida que é Cristo. Por isto está escrito que todo ramo que está ligado na videira verdadeira produz fruto. É a disposição da vontade convertida nas decisões diárias que caracterizam esta relação. Hoje quem venceu, eu ou Cristo? Deixei de fazer minha vontade para segui-Lo ou impus minhas definições e gostos na hora da escolha.
A salvação que se opera em nossa vida exige um contínuo morrer. Todos os dias somos convidados a tomar a cruz de Cristo e assim permitir que Ele viva em nós. Esta é a forma de nutrir nossa relação com Ele, e assim nossa espiritualidade não será um ritualismo vazio ou fruto de mera tradição.
O aperfeiçoamento do discípulo advém da intimidade com Cristo e não dos padrões da sociedade. Ainda que nos encante o brilho do verniz social na expressão do politicamente correto,  a mudança de natureza ocorre apenas pela ação do Mestre em nossa vida.
O toque da graça divina atinge aquele que busca, pede, abre o coração e permite ser influenciado diariamente pelo Espírito de Deus. Se estamos buscando sua graça e os resultados são insuficientes é hora para quebrantar-nos, implorar o perdão  e atender com seriedade aos apelos que o Espírito hoje nos faz.                                                              

                                                                                                               Aguinaldo C. da Silva

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