terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O pecado e o senso de dignidade pessoal!

   Narra a Bíblia que logo após terem desobedecido, Adão e sua esposa tentaram se ocultarem de Deus, também fizeram vestes de folhas de figueira para disfarçar sua nudez. Isto indica que um forte senso de indignidade, remorso e culpa lhes invadiu a alma. Não podiam mais estar diante de Deus sem sentir vergonha ou um sentimento de inadequação que os inquietava.
    No decorrer da história bíblica há exemplos desta inadequação sentida por pessoas que se aproximaram ou se sentiram perto de Deus. Um destes foi Isaías, que disse: "Ai de mim que sou homem de lábios impuros" (Isaías 6.5). Outro foi Manoá que pensou que iria morrer por considerar que tinha visto a Deus (Juízes 13.22). Pedro ao pressentir que Jesus era o Messias, o Filho de Deus, disse: "Afasta-te de mim que sou homem pecador" (Lucas 5.8). 
    A boa notícia é que não precisamos mais estar temerosos, pois Jesus veio para nos reconciliar com o Pai.(Romanos 5.11). Basta receber o Espírito Santo e submeter-se a Ele como Senhor de nossa vida, assim estaremos em paz com Ele. Deus nos ama, nos fez a sua imagem, ou seja, somos a realização de seu projeto. Nossa vida em todos os seus aspectos pode e deve ser para honra e glória Dele (I Coríntios 10.31). Nosso corpo pode e deve ser o templo do Espírito Santo (I Coríntios 6.19). 
   Portanto nossa consciência é purificada pela Palavra de Deus e não precisamos viver com medo, pois o amor afasta o medo (I João 4.18).
   Falo isto porque há cristãos que vivem com tantos temores, receios e pudores que os colocam numa situação de contínua opressão, pois acham que nunca irão sacrificar o corpo tanto quanto necessário para viver uma vida de verdadeira piedade.
     Mais uma vez o senso de dignidade pessoal é o ponto chave. Se cremos que fomos restabelecidos por Cristo verdadeiramente, nossa consciência não deve ficar cativa desta insegurança.  Se tenho consciência de que sou nova criatura e que algo em mim mudou, não preciso caminhar cabisbaixo, apoquentado, inseguro. Para descansar na graça tenho que receber o amor e generosidade divinas e como consequência me autoaceitar. Entre os frutos do Espírito  está: a alegria, a paz e o domínio próprio.

Aguinaldo C. da Silva

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