quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A CONDUTA DO CRISTÃO NA VISÃO DE C. S.LEWIS

Continuando a ler o  livro 'Cristianismo Puro e Simples', do autor C.S. Lewis, me chamou a atenção um trecho no qual o autor expõe o engodo do relativismo moral, dizendo que não há nenhum idealismo em querer viver os princípios morais de forma plena.   O texto está abaixo:

"É perigoso, porém, dizer que um homem que se esforça para seguir a lei moral seja um homem de "altos ideais",  pois isso pode nos dar a impressão de que a perfeição moral é um mero gosto pessoal dele e que o restante dos homens não teria o dever de procurar realizá-la. Esse erro seria desastroso. A conduta perfeita talvez seja tão inalcançável quanto a perfeita perícia ao volante, mas é um ideal necessário prescrito a todos os homens por causa da própria natureza da máquina humana,  da mesma forma que a pilotagem perfeita é prescrita a todos os motoristas pela própria natureza dos automóveis. E seria ainda mais perigoso se você se considerasse uma pessoa de "altos ideais" só porque tenta não mentir (em vez de só contar mentirinhas ocasionais), não cometer adultério (em vez de só cometê-lo de vez em quando) e não ser violento com os outros (em vez de ser só um pouquinho violento). Você correria o risco de transformar-se num moralista hipócrita, considerando-se uma pessoa especial a ser felicitada por seu "idealismo". Na verdade, isso seria o mesmo que se julgar especial por esforçar-se para acertar o resultado de uma soma. É claro que a aritmética perfeita é um "ideal", pois certamente cometemos erros em algumas contas. Porém, não há nada de especialmente louvável em tentar obter o resultado correto de cada passo de uma soma. Seria pura estupidez não fazer esta tentativa, pois cada erro do cálculo vai lhe causar problemas para obter o resultado final. Da mesma forma, toda falha moral causará problemas, provavelmente para os outros, certamente para você." páginas 92,93.

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