terça-feira, 13 de julho de 2010

OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO !

Em um de Seus mais belos discursos, Cristo falou sobre a solicitude da vida. Sempre existiu, em quase todas as pessoas, a preocupação por sustento e segurança. Na atualidade esta preocupação tem chegado ao ponto de causar males, tais como: estresse, fobias, síndrome do pânico, etc... 
Cristo não pretendia ensinar que devemos deixar de ser previdentes para ser amantes do ócio. Em certa ocasião Ele falou que tanto Ele, quanto seu Pai, trabalhavam incessantemente (João 5:17). A atividade é algo salutar para o ser humano. Lembremo-nos que ao primeiro casal, Deus deu a ocupação de cuidar do jardim do Éden. Nosso corpo foi feito para ser exercitado. Tanto o corpo quanto a mente carecem de atividade para se manterem saudáveis.
O que é negativo para o homem é o trabalho em excesso ou as preocupações desnecessárias, que causam ansiedade doentia. Por isso Jesus disse : “Deixe cada dia com o seu mal.” (Mateus 6:34). Muitas vezes queremos pensar em todos os problemas e responsabilidades futuras. Não devemos sofrer antecipadamente e desnecessariamente. As coisas nem sempre são tão difíceis quanto parecem e podem ser resolvidas uma de cada vez.
Quando se referiu aos lírios do campo e aos pássaros que são sustentados pela mão divina, Cristo falava sobre a confiança que  devemos ter em Deus como o grande provedor da vida. Não podemos prescindir da certeza de que vamos chegar ao final do dia como vencedores e de que Deus irá nos proteger durante mais uma jornada.  Este é o melhor antídoto contra a ansiedade.
Jesus observava Seus discípulos ansiosos quando se somavam a eles grandes multidões, pois depois de horas a ouvi-Lo consideravam que deveriam ser alimentadas também com o pão material, para suprir suas necessidades físicas. Numa destas situações, Jesus fez o maravilhoso milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. Apenas cinco pães e dois peixes saciaram uma multidão com mais de cinco mil pessoas. A primeira grande lição deste episódio demonstra que o pouco com Deus pode se tornar em muito. Há pessoas que têm muito, mas são insatisfeitas, por isto são ansiosas e infelizes.  Todos os bens adquiridos não são capazes de lhes dar a tranqüilidade de um pássaro ou a beleza de um lírio.
Cristo disse que nem mesmo Salomão se vestiu como um lírio. Esta planta pode se desenvolver em lugares poluídos, em charcos que outras plantas não florescem. Por incrível que pareça, um lírio consegue ser alvo no meio do lodo, rodeado por sujeira, dejetos e outros materiais contaminadores. Assim é aquele que é sustentado pelo Eterno, vive em paz e com pureza d’alma, apesar de estar rodeado por todas as maledicências, injustiças e problemas deste mundo. 
O discurso de Jesus lembra-nos que não devemos correr afoitos atrás de glórias mundanas, pois nem mesmo Salomão com toda a sua riqueza e inteligência conseguiu se realizar com elas. Ao invés disto ele falou: “Eis que tudo é vaidade” (Eclesiastes 1:2).
As verdadeiras riquezas nem sempre são valorizadas e buscadas com afã. Um espírito sossegado e pacífico não desperta interesse em uma sociedade que corre atrás do lucro, da ostentação e das vaidades. A pessoa que vive apenas para as consecuções materiais, se torna secularizada, fria, superficial, um mero produto do sistema.
O consumismo que dominou a sociedade no presente século foi responsável pela degradação ambiental e a exaustão dos recursos naturais. A busca pelo ter sobrepujou a busca pelo ser, caracterizando o homem atual, alienado, ganancioso, materialista. 
Cristo também se referiu ao perigo que as riquezas representam para a vida espiritual. As preocupações da vida podem sufocar a vivência espiritual. Podemos nos esquecer de Deus, vivendo em função dos bens materiais. Jesus lembrou disto nas palavras: “Mas os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições, concorrendo, sufocam a palavra ficando ela infrutífera.” (Marcos 4:19).
O perigo das preocupações desta vida em detrimento aos valores espirituais sempre foram um empecilho grave. Ele disse: “Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma?” (Mateus 16:26).
O caminho daqueles que fazem a jornada da fé deve ser baseado no equilíbrio e temperança, tendo como base os valores que não se quantificam em cifras monetárias, pois são inestimáveis. 
Quando Jesus apresentou este discurso, fez referência a um aspecto fundamental para o sucesso pessoal e espiritual, mostrando que devemos ajustar o foco da vida para sermos felizes. Que devemos olhar além das atrações do cotidiano para alcançarmos paz.   

Texto extraído do livro
Jesus o Mestre da Vida
Autor: Aguinaldo C. da Silva o venhamos a nos esquecer de Deus, vivendo em funçm comunhva

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